quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

BENFICA - 3 V. SETUBAL - 0 - NA FINAL DA TAÇA DA LIGA

O Benfica garantiu um lugar na final da Taça da Liga, competição preferida dos encarnados desde que Jorge Jesus iniciou a sua era à frente dos encanados. Os benfiquistas venceram o Vitória de Setúbal, por 3-0, e aguardam pelo desfecho da outra meia-final que opõe FC Porto e Marítimo.  Benfica vs Vitória de Setúbal (LUSA)

Jorge Jesus mudou o fato ao Benfica para o primeiro de doistakes com o V. Setúbal em poucos dias. A grande maioria dos ‘catedráticos’ que subiram ao relvado no dérbi de Alvalade, no último fim de semana, ficaram de fora ou, em alguns casos, com lugar ao lado mister no banco de suplentes dos encarnados. 

Até aqui nada de novo, até porque, fazendo um flashback às opções do treinador das águias na Taça da Liga, facilmente se vislumbram alguns dos nomes menos utilizados no campeonato e/ou competições europeias. 

FICHA DE JOGO 

Mesmo que involuntariamente, Jesus alterou o chip da equipa e, sobretudo, a dinâmica. O Benfica que começou o jogo não foi, nem de perto nem de longe, aquela equipa constante de acelerações temíveis que lidera a classificação portuguesa. 

 
Quase tragédia grega 

E só por acaso é que o Vitória não começou o jogo a festejar, aproveitando algumas autoestradas que se foram abrindo à frente da área benfiquista. 

Pelkas foi o primeiro a perceber onde estava o filão e, se na primeira oportunidade a bola ainda desviou num defensor baixando o nível de perigo, na segunda o grego já estava praticamente com os braços no ar quando Lisandro Lopez tirou a bola à boca da baliza, numa intervenção que vale tanto como um golo. 

O corte do argentino foi uma espécie de twist que teve o condão de virar o bico ao prego. O Benfica acusou o toque e deu corda aos sapatos, mas, ainda assim, a reação não foi imediata. 

O volume de jogo encarnado foi subindo, de minuto para minuto, aumentando, gradualmente, o seu grau de efetividade. Começou com remates transviados (Pizzi e Eliseu), seguindo-se uma finalização de cabeça no interior da área (Derley). Até que, finalmente, apareceu o abre-latas. 

Gonçalo Guedes desbloqueou 

O Benfica saiu vivo daquele primeiro cerco sadino, mas tardava em conseguir entrar na zona das decisões, e teve de ser o miúdo a mostrar o caminho. 

Primeiro ameaçou com um remate às malhas laterais, depois de uma boa combinação com Derley, para mais tarde cair na área num lance com Advíncula do qual resultou uma grande penalidade, a expulsão do peruano e o golo de Talisca. 

Foi uma espécie de murro no estómago para a formação de Bruno Ribeiro, que, poucos minutos depois, veria o mundo cair-lhe em cima, com nova grande penalidade e o segundo golo do Benfica assinado por Pizzi. 

Estava praticamente fechada a porta da final da Taça da Liga para o Vitória. 

 

Cumprir calendário 

Olhando para o epílogo daquilo que foi a primeira parte, facilmente se percebe que os últimos minutos colocaram uma pedra sobre o jogo. A diferença, que já era enorme à partida, tornou a tarefa sadina numa missão praticamente impossível. 

Foi, por isso, normal, que só se tenha jogado num meio campo nos últimos 45 minutos. O Benfica baixou, significativamente, o ritmo na busca de mais golos, mas não fazendo disso um caso de vida ou morte. 

Foram vários os remates de fora da área, o mais espetacular (talvez) com assinatura de Gonçalo Guedes que rebentou com estrondo na baliza de Raeder. Foi um dos três momentos que ainda conseguiram arrancar bruas do público da Luz. 

O segundo foi, claro está, o terceiro golo do Benfica, assinado por Jonas, avançado que tem nas taças a seu alvo favorito. 

 

Maior que os dois primeiros só o regresso de Rúben Amorim à equipa. O estádio aplaudiu a compasso a entrada do português no relvado após seis meses afastado da equipa por lesão. 

O Benfica é, assim, o primeiro finalista da Taça da Liga, competição que já venceu por cinco vezes, ficando, agora, à espera do adversário que vai sair do confronto entre FC Porto e Marítimo, naquela que será a 11.ª final de Jorge Jesus na Luz.

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