quinta-feira, 30 de junho de 2016

PORTUGAL - 1 POLONIA - 1 . (5-6) - MEIAS


Portugal 'calça as meias' nos penáltis

Depois dos oitavos de final, a Seleção voltou a disputar um novo tempo extra. Desta feita, não desfez o empate e foi a grandes penalidades para assegurar o apuramento.

Portugal vence a Polónia nos penáltis
Foto: LUSA
Portugal vence a Polónia nos penáltis



Por João Paulo Godinho, em Marselha sapodesporto@sapo.pt
Portugal está nas meias-finais do Euro2016, depois de superar a Polónia nas grandes penalidades disputadas no Stade Vélodrome, em Marselha. A equipa das quinas foi exemplar, ao marcar todas as tentativas, enquanto a Polónia viu Rui Patrício negar o golo a Blazscikowski no quarto penálti. A Seleção Nacional repete assim a presença nas meias-finais, depois de similar proeza em 2012, e mantém vivo o sonho do título europeu.
Tal como no Euro84, Marselha voltou a apadrinhar um jogo épico e dramático de Portugal no Campeonato da Europa. A Seleção Nacional chegou ao final do prolongamento empatada a um golo com a Polónia, num embate duro e difícil no Stade Vélodrome a contar para os quartos de final do Euro2016.
Com duas novidades no onze - as entradas de Eliseu e Renato Sanches para os lugares de Raphael Guerreiro e André Gomes -, a Seleção Nacional entrou praticamente a perder no encontro desta noite, ao sofrer um golo logo aos dois minutos de jogo. Robert Lewandowski andava desencontrado com as balizas adversárias, mas precisou apenas de dois minutos para fazer o 1-0 para a Polónia. Cédric abordou mal uma desmarcação de Grosicki no flanco esquerdo e permitiu o cruzamento para o remate certeiro do goleador polaco no coração da área. Pior entrada era impossível para a equipa das quinas.

Com efeito, a formação orientada por Fernando Santos revelou muitas dificuldades na fase inicial do jogo para travar as transições rápidas e objetivas da Polónia, que rapidamente aproveitava as movimentações de Milik, Lewandowski e Grosicki.
Só a meio do primeiro tempo é que Portugal começou a assentar o seu jogo. Aos 30', surge o primeiro lance polémico do jogo, com o árbitro a não sancionar um empurrão de Pazdan nas costas de Ronaldo, o que daria uma grande penalidade a favor de Portugal. No entanto, a equipa não se perturbou e chegou mesmo ao empate três minutos depois. Numa boa combinação entre Renato Sanches e Nani, o médio de apenas 18 anos desferiu um forte remate de fora da área com o pé esquerdo e assinou o 1-1 na sua estreia a titular no Europeu. O jovem internacional português ditou o empate com que se atingiu o intervalo.
Para o segundo tempo pedia-se mais agressividade e rapidez à equipa das quinas. Porém, o primeiro aviso voltou a pertencer à Polónia. Uma vez mais, Lewandowski ganhou espaço e cabeceou no centro da área, mas o tiro saiu à figura de Rui Patrício.
A equipa de Fernando Santos começou lentamente a acertar novamente as marcações e entrou então na sua melhor fase do jogo. Ronaldo, Adrien e Cédric estiveram perto do golo, mas o crescimento da Seleção não teve consequências na finalização.
A Polónia passou a sentir mais problemas para sair nas suas transições rápidas, muito por culpa do maior acerto defensivo de Portugal, espelhado na boa atuação de Pepe. O selecionador nacional decidiu então refrescar a equipa e lançou João Moutinho e Ricardo Quaresma para os lugares de Adrien e João Mário.
Contudo, Portugal não foi capaz de encontrar o caminho para o segundo golo e foi para prolongamento diante da Polónia. No segundo tempo extra consecutivo, depois de uma situação semelhante ao jogo com a Croácia nos oitavos de final, a equipa das quinas não conseguiu desta feita marcar. A última aposta de Fernando Santos foi Danilo, ao entrar para o lugar de William Carvalho.
Sem golos ou inspiração, tudo ficou adiado para as grandes penalidades. Aqui, Portugal não falhou nenhuma - marcaram Ronaldo, Renato Sanches, João Moutinho, Nani e Quaresma - e sentenciou a passagem às meias-finais. Agora, segue-se Bélgica ou País de Gales, no dia 6 de julho, em Lyon.

domingo, 26 de junho de 2016

PORTUGAL - 1 CROÁCIA - 0 - FELIZES


Quaresma leva Portugal para os 'quartos' do Euro2016

O golo de Portugal só foi alcançado no prolongamento e agora o próximo adversário será a Polónia, em Marselha, no dia 30.

Ricardo Quaresma celebra o golo da vitória sobre a Croácia
Foto: Francisco Leong
Ricardo Quaresma celebra o golo da vitória sobre a Croácia



Por João Paulo Godinho, em Lens sapodesporto@sapo.pt
Portugal venceu esta noite a Croácia por 1-0, após prolongamento, e carimbou o apuramento para os quartos de final do Euro2016. A decisão do jogo disputado no Stade Bollaert-Delelis só foi encontrada aos 117 minutos do encontro, graças ao golo do 'renascido' Ricardo Quaresma, que saltou do banco nos últimos minutos do tempo regulamentar.
Num encontro que foi quase sempre monótono e por vezes pouco interessante, só na reta final do tempo extra é que se sentiu a emoção de uns oitavos de final do Campeonato da Europa. Portugal parecia apostado em controlar o ritmo e atacar só pela certa, enquanto a Croácia se lançava claramente em busca do golo. Nesses minutos, a Seleção foi bafejada pela sorte e depois soube ter a arte e o engenho para desenhar um contra-ataque mortífero. Renato Sanches, Nani e Ronaldo construíram a jogada, que seria culminada com a recarga certeira e à boca da baliza de Ricardo Quaresma. Estavam jogados 117 minutos e o passaporte dos 'quartos' já tinha um carimbo. Foi preciso sofrer mais alguns minutos para então soltar a festa no relvado e nas bancadas do estádio de Lens.
Há jogos que pelos primeiros minutos parecem logo anunciar ao que vêm e este Croácia-Portugal denunciou logo a palavra “prolongamento”. Numa partida decisiva para as aspirações das duas seleções na prova, o jogo foi impregnado de taticismo desde o apito inicial, ao que se juntava uma certa indisponibilidade para o risco. Para este duelo, Fernando Santos surpreendeu ao apresentar três estreias entre os titulares - Cédric, José Fonte e Adrien Silva -, recuperando ainda Raphael Guerreiro para o onze inicial. A aposta no trio do meio-campo que brilhou este ano no Sporting, com Adrien, João Mário e William Carvalho, parecia ser a resposta do selecionador para o poderoso e criativo meio-campo croata, comandado por Modric e Rakitic.

O arranque do jogo foi muito morno, sem velocidade e com escassa dinâmica entre os dois conjuntos. A incapacidade de gerar desequilíbrios foi constante e por isso o primeiro remate só surgiu aos 25', por Pepe, com um cabeceamento perigoso a passar ligeiramente por cima da baliza de Subasic, na sequência de um livre de Raphael Guerreiro. A resposta croata chegou aos 30', com Perisic a ganhar espaço no flanco direito, a superar o lateral esquerdo português e a atirar às malhas laterais da baliza de Rui Patrício. E assim se resumiram os momentos em que o golo quase pairou em Lens. Muito pouco para um jogo dos oitavos de final do Campeonato da Europa e com um justificado nulo no intervalo.

Depois de ser a equipa sensação da fase de grupos, a Croácia demorou também a puxar dos galões e esperou pelo início do segundo tempo para o fazer. Com um arranque forte, a seleção de Ante Cacic começou a empurrar Portugal para a sua defesa e ameaçou a baliza de Rui Patrício por mais do que uma vez.
No entanto, Fernando Santos também compreendeu a agitação de que o jogo de Portugal precisava e foi lesto a lançar Renato Sanches para o lugar de André Gomes (50’). O médio de 18 anos teve um impacto quase imediato na equipa: se é certo que gera mais desequilíbrios na organização, foi também por ele que Portugal se projetou mais para o ataque e recuperou o equilíbrio. Aos 64’, Portugal reclamou grande penalidade por um contacto entre Nani e Strinic, mas o árbitro espanhol nada assinala, apesar dos protestos que surgem do banco de suplentes.
O jogo retomou então a sua toada mais calculista, com os dois treinadores a espreitarem logo no horizonte o prolongamento. Prova disso foi a primeira alteração croata surgir apenas aos 86 minutos, com Kalinic a substituir Mandzukic; curiosamente, o mesmo minuto em que Fernando Santos lançou Quaresma.
Estavam os dados lançados para um pequeno forcing final, mas tudo não passou de boas intenções. O jogo arrastou-se para o apito final de Carlos Vellasco Carballo e a decisão foi empurrada para o prolongamento.
Depois de 15 minutos iniciais irrelevantes, toda a emoção foi guardada para o fim. A Croácia ousou sonhar com o ataque e foi castigada pela 'matreirice' de Portugal, que até lançara Danilo para a reta final, na tentativa de segurar mais o jogo. A aposta acabou por resultar, porque a Seleção conteve as iniciativas croatas com maior ou menor sofrimento e depois porque encontrou a lucidez necessária no fim para chegar ao golo.
Com esta vitória por 1-0, Portugal soma o primeiro triunfo no Europeu e irá agora defrontar a Polónia nos quartos de final, em Marselha, no próximo dia 30. O sonho de Portugal continua vivo...

quarta-feira, 22 de junho de 2016

HUNGRIA - 3 PORTUGAL - 3 . PASSAGEM


Empate louco vale a Portugal passagem aos oitavos no terceiro lugar

A seleção passa no terceiro lugar do grupo F, atrás de Hungria e Islândia, e vai agora defrontar a Croácia em Lens.

Ronaldo estreia-se a marcar diante da Hungria
Foto: LUSA
Cristiano Ronaldo marcou dois golos no empate a 3-3 com a Hungria



Por João Paulo Godinho, em Lyon sapodesporto@sapo.pt
Portugal segue para os oitavos de final do Euro2016 com um empate louco a três golos diante da Hungria no jogo da terceira jornada do grupo F do Euro2016. A Seleção Nacional ficou no terceiro lugar, atrás dos húngaros e dos islandeses, que venceram a Áustria, por 2-1. Mesmo sem vencer, a equipa das quinas segue em frente e irá defrontar a Croácia em Lens no próximo sábado (20h00 em Portugal continental).
Para o jogo decisivo em Lyon, Fernando Santos apresentou a estreia de Eliseu no onze e o regresso de João Mário à titularidade, relegando Quaresma para o banco de suplentes. Embora o empate fosse suficiente para passar pelo menos como um dos melhores terceiros classificados, Portugal entrou bem no jogo e impôs de imediato o seu domínio, mostrando iniciativa e dinâmica. Contudo, tal como nos jogos anteriores, denotava alguma falta de contundência perto da área do veterano Gabor Király.
Tudo parecia estar a correr de acordo com o plano de Fernando Santos até que chegou o minuto 19 e o golo da Hungria. Zoltán Gera aproveitou o espaço à entrada da área para desferir um potente remate de pé esquerdo, que furou toda a defesa portuguesa e bateu Rui Patrício. O tento húngaro foi um verdadeiro murro no estômago da Seleção, que acusou e de que maneira o golo sofrido.
Nos minutos seguintes, Portugal desorientou-se, perdeu referências e ofereceu ainda mais espaços à equipa magiar, que só não elevou a vantagem graças a uma boa defesa de Rui Patrício a um tiro de Elek já dentro da área.
Foi já perto do intervalo que Portugal ressurgiu da letargia e do desânimo em que estava mergulhado. Ronaldo, depois de desperdiçar mais dois livres, passou o protagonismo e a decisão para Nani, aos 42 minutos, assistindo o seu colega de ataque para o golo de Portugal. Depois de já ter marcado à Islândia no encontro de estreia, Nani finalizou com classe e segurança diante de Király, levando assim a seleção empatada para o intervalo.
No segundo tempo adivinhava-se uma reação forte da equipa das quinas, mas o que aconteceu foi um novo 'balde de água fria'. Já com Renato Sanches em campo no lugar de João Moutinho, Portugal ficou novamente em desvantagem aos 47'. Dzsudzsák fez o 2-1 para a Hungria na conversão de um livre à entrada da área, no qual a bola ainda desviou em André Gomes.
Portugal voltava a ter de correr atrás do prejuízo, mas foi então que Cristiano Ronaldo surgiu com brilhantismo em campo. Apenas três minutos depois, o capitão da Seleção estreou-se a marcar neste Euro2016 com um belíssimo golo de calcanhar, consumando o recorde de golos em quatro Europeus consecutivos (2004, 2008, 2012 e 2016).
A Seleção dava mostras de querer ganhar o jogo, mas tudo o que aconteceu foi ver a Hungria marcar uma vez mais. Aos 55', o capitão húngaro bisou na partida, com o seu remate de fora da área a ser outra vez desviado e a enganar Rui Patrício. O jogo estava numa fase quase surreal, em que tudo podia acontecer.
Ato contínuo, Portugal chegou ao empate aos 62' e novamente por Ronaldo. Já com uma assistência de Ricardo Quaresma, o capitão cabeceou no coração da área e fez o 3-3, tornando este o jogo com mais golos neste Euro2016.
Pouco depois, a Hungria ameaçou com um remate ao poste e parecia que tudo poderia voltar a repetir. Contudo, já não houve mais golpes de teatro no jogo, passando a uma fase em que as duas seleções pareciam confortáveis com o empate. Assim foi o resultado final, que sofreu uma alteração na classificação já após o apito final, com o tento islandês a consumar a ultrapassagem a Portugal no grupo. Sem vitórias mas com o apuramento no bolso, Portugal irá agora encontrar uma das seleções que melhor futebol praticou neste Euro2016: a Croácia.

sábado, 18 de junho de 2016

AUSTRIA - 0 PORTUGAL - 0 - COMPLICADO


Postes tramam Portugal diante da Áustria

A Seleção Nacional não foi além de um empate a zero com a Áustria no jogo da segunda jornada e fica agora praticamente obrigado a ganhar para seguir em frente.

Ronaldo falha penálti
Foto: AFP
O capitão da Seleção voltou a falhar contra a Áustria



Por João Paulo Godinho, em Paris sapodesporto@sapo.pt
Portugal e Áustria empataram 0-0 este sábado, no Parque dos Príncipes, em Paris, no jogo da segunda jornada do grupo F do Euro2016, e as duas seleções ficam agora entregues à calculadora para a derradeira ronda.
Para o jogo da segunda jornada do grupo F do Euro2016, Fernando Santos fez duas alterações no onze inicial que defrontou a Islândia, ao apostar em William Carvalho e Ricardo Quaresma para os lugares antes ocupados por Danilo e João Mário.
O arranque do encontro foi disputado num ritmo frenético, com a Áustria a ameaçar o golo logo aos três minutos, num cabeceamento isolado de Harnik ao lado da baliza de Rui Patrício. O guarda-redes estava desamparado para travar o lance. A resposta acabou por surgir aos 13', por Nani, que se isolou bem no flanco esquerdo e atirou para boa defesa de Almer. Na sequência dessa jogada é ainda Vieirinha a fazer nova tentativa de longe, mas o guarda-redes austríaco voltou a opor-se bem.
Aos poucos, Portugal cresceu no jogo, mesmo sem se exibir a bom nível. No entanto, a maior qualidade na gestão da posse de bola permitiu-lhe criar algum ascendente e mais ocasiões. A mais perigosa aconteceu já aos 29 minutos, quando Nani cabeceou ao poste da baliza austríaca, apenas alguns minutos após Ronaldo ter desperdiçado uma excelente jogada do ataque luso.
Porém, nem Portugal e nem Áustria conseguiram trilhar o caminho do golo. Com o nulo à entrada para a segunda parte, este jogo parecia ter o condão de coroar como vencedor aquele que marcasse primeiro no Parque dos Príncipes.
O segundo tempo arrancou logo com um aviso de Ilsanker de longe para boa defesa de Rui Patrício. Os austríacos pareciam voltar com outra agressividade, mas essa impressão desfez-se rapidamente. Portugal recuperou o domínio do encontro e até viu Cristiano Ronaldo mostrar-se finalmente. Depois da desinspiração com a Islândia e uma primeira parte cinzenta, o capitão da Seleção – que esta noite tornou-se o mais internacional de sempre, com 128 jogos – obrigou Almer a negar o golo por duas vezes.
Sem encontrar o rumo da baliza, Portugal perdeu ainda algum gás e até permitiu à Áustria reequilibrar-se um pouco. Fernando Santos tentou então mexer na partida e começou por lançar João Mário, ao qual se seguiriam depois Éder e Rafa.
Antes disso, o momento capital do jogo: aos 78 minutos, Ronaldo sofreu falta para penálti e o árbitro Nicola Rizzoli apontou de imediato para a marca do castigo máximo. Em mais um capítulo de falta de inspiração do craque português neste Europeu, o remate foi ao poste e a Áustria respirou de alívio. Ronaldo não conseguiu ainda marcar pelo quarto Europeu consecutivo, como tanto procura.
Os últimos minutos foram marcados por muito coração mas sem cabeça, com a seleção a revelar os mesmos defeitos da estreia: falta de velocidade e de profundidade no ataque, aliada à desinspiração generalizada. Assim, o nulo resistiu até ao apito final e deixa Portugal agarrado à calculadora. A próxima final será agora com a Hungria e será preciso vencer para que esse jogo não seja mesmo o final de Portugal neste Euro201

terça-feira, 14 de junho de 2016

PORTUGAL - 1 ISLANDIA -1 - O EMPATE ASSENTA-LHES BEM..


Portugal tropeça com empate na estreia

A seleção nacional deixou escapar dois pontos frente à Islândia no jogo realizado esta noite em Saint-Étienne.

Group F Portugal vs Iceland
Foto: epa05365195
Portugal e Islândia em ação em Saint-Étienne



Por João Paulo Godinho, em Saint-Étienne sapodesporto@sapo.pt
Portugal não foi além de um empate a um golo na estreia neste Euro2016 frente à Islândia. Nani deu vantagem à Seleção nacional no primeiro tempo, mas Bjarnason igualou na segunda parte.
Para o primeiro onze de Portugal na competição, o selecionador Fernando Santos apostou em Nani ao lado de Ronaldo e colocou o jovem Raphael Guerreiro a titular no lado esquerdo da defesa. Os primeiros minutos foram marcados pelo equilíbrio no Stade Geoffroy Guichard, muito por culpa de uma boa entrada dos islandeses, que colocaram em sentido a equipa das quinas.
Com efeito, a primeira ocasião de perigo no jogo pertenceu à Islândia, com Sigurdsson a escapar no lado esquerdo do ataque e a rematar em dose dupla para duas defesas eficazes de Rui Patrício. Estava dado o aviso e Portugal soube interpretá-lo bem. A formação lusa acelerou o ritmo e beneficiou das trocas posicionais entre João Mário e André Gomes, sobretudo, que começaram a criar espaços na defesa islandesa.
As oportunidades para Portugal passaram a ser cada vez mais frequentes e Nani quase abriu o marcador aos 20 minutos, mas Halldorsson negou o golo ao cabeceamento do avançado luso com uma espantosa defesa por instinto. Não foi então, mas bastou esperar 11 minutos para Portugal chegar mesmo ao golo.
Numa boa combinação entre Vieirinha e André Gomes no flanco direito, o médio do Valência ganhou espaço e cruzou de forma exemplar para o desvio certeiro de Nani. Estava assim inaugurado o marcador em Saint-Étienne, aos 31 minutos da partida, consumando o crescimento de Portugal no jogo, assente num ritmo mais elevado e muita dinâmica no ataque.
As indicações eram boas para o segundo tempo, mas a Islândia voltou a reentrar bem e desta feita não perdoou na primeira oportunidade de que dispôs. Aos 50’, Vieirinha deixou demasiado espaço nas suas costas e Bjarnason foi lesto a aproveitar para encostar para o 1-1, sem hipóteses para Rui Patrício.
O golo sofrido foi um “balde de água fria” na Seleção, mas esta tentou rapidamente sacudir e reerguer-se. Sem a mesma inspiração do primeiro tempo e com algumas precipitações à mistura, Portugal começou a empurrar os islandeses para o seu meio-campo e Nani e André Gomes voltaram a estar perto do golo. Já Ronaldo esforçava-se muito e rematava de forma insistente, mas sempre sem a melhor direção. Um jogo cinzento do capitão da Seleção na sua 127ª internacionalização, igualando Figo no topo dos mais internacionais da Seleção.
Fernando Santos percebeu que teria de agitar o jogo e em cinco minutos lançou Renato Sanches (70’) e Ricardo Quaresma (75’) para os lugares de João Moutinho e João Mário. O extremo do Besiktas era apontado como indisponível para o encontro, mas foi mesmo a jogo e logo na primeira jogada obrigou Halldórsson a aplicar-se para evitar o golo.
A Portugal pedia-se paciência e engenho para desmontar a coesa defesa islandesa. Contudo, o relógio avança de forma inexorável para o fim. A última cartada do selecionador passou por Éder, já nos derradeiros minutos, mas a Islândia também ameaçava e Rui Patrício foi obrigado a mostrar reflexos num remate de Finnbogason, que havia entrado na segunda parte.
O 'forcing' final de Portugal acabou por não ser bem sucedido e redundou assim num empate a estreia de Portugal e Islândia neste Euro2016. O primeiro líder do grupo F é a Hungria, que bateu esta tarde a Áustria (2-0). O próximo jogo da Seleção é agora no dia 18, sábado, em Paris, frente à Áustria.

sábado, 4 de junho de 2016

A.VISEU

A.VISEU - NOVO MISTER

André David foi esta tarde apresentado como novo treinador do Académico de Viseu para a próxima época. Com 30 anos o técnico natural de Vila Pouca de Aguiar assume o seu primeiro desafio nos campeonatos profissionais e deixou como ponto de referência enquanto treinador o facto de ser bastante ambicioso: “Sou um treinador jovem e com muita ambição, estamos a falar do clube mais representativo das beiras. Esta é a maior cidade das beiras e certamente vai querer continuar a crescer e a consolidar a sua estrutura. Estar na segunda liga é uma satisfação enorme para mim, é algo que eu projetava e ambicionava algum tempo.”

“Espero conseguir responder as expectativas do clube” 


Quanto ao principal objetivo do clube viseense para a próxima temporada, como o próprio afirmou é garantir a manutenção o mais rápido possível: “Espero conseguir responder as expectativas do clube. O presidente pediu-nos que alcançássemos a manutenção o mais rápido possível e pediu-nos que o nosso trabalho fosse em conta à rentabilização dos jogadores jovens do clube e vai ser nesse sentido que vamos trabalhar.”

“Conheço grande parte dos jogadores”


Sobre o futuro plantel que vai orientar, o timoneiro diz conhecer a maioria dos atletas: “Já conheço não só de agora, mas de outros tempos grande parte dos jogadores do Académico de Viseu, os que não conhecia com as informações privilegiadas acabei por ficar a conhecer.” Em relação a possíveis reforços, o técnico mostrou-se bastante tranquilo: “O clube têm um departamento de scouting e eu também tenho o meu reportório, com os jogadores que me agradam e que representam o meu modelo de jogo e a minha ideia.”
O treinador terminou a primeira conferência de imprensa como técnico do Académico de Viseu deixando uma mensagem positiva aos sócios: “As vitórias vão certamente acompanhar o Académico de Viseu durante toda a época.”
André David vai continuar a contar com a ajuda de Tiago Castro, e para completar a sua equipa técnica vai trazer consigo para Viseu 2 treinadores adjuntos. A pré-época está agendada para dia 27 de junho.