domingo, 30 de abril de 2023

LIGA PT - TROFENSE - 1 A.VISEU - 0 - DERROTA

 

Trofense-Ac. Viseu, 1-0: Golo ao cair do pano de Erivaldo garante novo fôlego na Trofa

Delírio com o tento aos 90 minutos

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• Foto: Trofense

O golo do extremo Erivaldo, ao minuto 90, deu este domingo ao Trofense o triunfo por 1-0 na receção ao Académico de Viseu e oferece esperança ao conjunto da Trofa na luta pela manutenção na Liga Sabseg.

O duelo da 30.ª jornada entre um Trofense a precisa de pontuar e um Académico de Viseu já quase fora da corrida à subida ficou marcado pela grande intensidade das equipas na procura de um resultado positivo.

Apesar do menor favoritismo, a formação da Trofa entrou melhor na partida e, logo ao terceiro minuto, ficou próximo de inaugurar o marcador, através de um cabeceamento de Rúben Pereira ao primeiro poste, após cruzamento de Vasco Rocha.

Os viseenses, que voltaram a demonstrar dificuldades após a saída de Jorge Costa do comando técnico, não conseguiam reagir perante um adversário pressionante e os anfitriões foram acumulando oportunidades de golo, com destaque para um remate de Mozino, aos sete minutos.

À medida que os minutos iam passando, o Trofense ia gradualmente perdendo o ímpeto inicial e o Académico de Viseu começava a conseguir escapar à pressão alta adversária e a criar desequilíbrios. Ao minuto 24, Soufiane Messeguem rematou à entrada da área, com a bola a sair desviada pela defensiva da equipa da casa, quase atraiçoando Tiago Silva, que conseguiu tirar a bola em cima da linha de golo e, aos 27, tiveram nova boa oportunidade, por Jonathan Toro.

No segundo tempo, Pachu criou perigo aos 48 minutos, mas foi o Académico de Viseu a ter a ocasião mais flagrante, aos 57, quando o brasileiro, após jogada de Messeguem, enviou a bola ao poste e deixou os adeptos da equipa da casa em sobressalto. A partir desse lance de maior alerta para a baliza de Tiago Silva, o Trofense dominou de forma mais veemente a partida e, a não ser no remate de André Clóvis, aos 85 minutos, não cedeu ao Académico de Viseu qualquer oportunidade clara de golo. Aos 90 minutos, Erivaldo apontou o tentou da vitória do Trofense, na recarga a um grande remate em arco de Pachu, que embateu em cheio na trave, o que gerou um momento de euforia generalizada para os trofenses nos momentos finais da partida.

Com este resultado, o Trofense soma 27 pontos e ascende ao 16.º lugar, em igualdade pontual com a BSAD, e o Académico de Viseu mantém os 49, em quarto, e vê as suas hipóteses de subida de divisão praticamente arredadas.

Jogo no Estádio Clube Trofense, no Porto.

Trofense -- Académico de Viseu, 1-0.

Ao intervalo: 0-0.

Marcador:

1-0, Erivaldo, 90 minutos.

 

Equipas:

- Trofense: Tiago Silva, Tiago Manso, Tiago Ferreira, Marcos Valente (Stevy Okitokandjo, 66), Rúben Pereira, Tiago André, Daniel Liberal (Issoufi Maiga, 46, Semeu Commey, 90+2), Hélder Morim, Vasco Rocha, Mozino (Henrique Pachu, 46) e Wesley Tanque (Erivaldo, 61).

(Suplentes: Miguel Santos, Semeu Commey, Martim Maia, Andrezinho, Schürrle, Erivaldo, Henrique Pachu, Stevy Okitokandjo e Issoufi Maiga).

Treinador: Pedro Rodrigues.

- Ac. Viseu: Domen Gril, Tiago Mesquita, André Almeida, Nduwarugira, Vítor Bruno, Paná (Rodrigo Pereira, 84), Soufiane Messeguem, Roberto Massimo (Yuri Araújo, 72), Jonathan Toro (Capela, 68), Gauthier Ott e André Clóvis.

(Suplentes: Momo Mbaye, Rafael Bandeira, Capela, Jovani Welch, Javier Currás, Luisinho, Yuri Araújo, Rodrigo Pereira e Ricardo Ramírez).

Treinador: Pedro Bessa.

Árbitro: Bruno José Costa (AF Viana do Castelo).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Tiago Silva (08), Marcos Valente (64), Capela (70), Gauthier Ott (78), André Almeida (90+4) e Rúben Pereira (90+4).

Assistência: 935 espetadores.

sábado, 29 de abril de 2023

GIL VICENTE - 0 BENFICA - 2 - VITORIA

 Chiquinho saltou do banco para desbloquear um jogo que estava a ser complicado para os encarnados.

Benfica vence em Barcelos com dois golos na reta final
Gonçalo Ramos tenta passar por Aburjania LUSA

O Benfica foi a Barcelos vencer o Gil Vicente, por 2-0, com golos na reta final de Chiquinho e Grimaldo.

Roger Schmidt fez apenas uma alteração em relação à última jornada, com Florentino a entrar para o lugar de Chiquinho; João Neves voltou a ser titular no miolo, enquanto Aursnes manteve-se a lateral direito. No lado do Gil Vicente, foram três as mudanças: Gabriel rendeu Tomás Araújo, que está cedido pelo Benfica, Pedro Tiba entrou para o lugar de Fujimoto e Boselli jogou na vez do lesionado Marlon.

O Benfica começou com bola e a tentar criar perigo junto à baliza de Andrew, mas o Gil Vicente foi ganhando confiança e aos 13’ teve a primeira grande oportunidade num cruzamento/remate de Carraça que resvalou em Grimaldo e acabou por rasar o poste da baliza encarnada.

Aos 19’ Boselli arrancou pela direita a alta velocidade, deixando Grimaldo para trás em duas ocasiões para depois atirar, à entrada da área, para uma boa intervenção de Vlachodimos.

Os encarnados melhoraram e estiveram perto de marcar mais do que uma vez, aproveitando o espaço excessivo concedido pelo Gil Vicente nas costas da sua defensiva, só que nada saía bem à equipa de Roger Schmidt – aos 23’ e 33’ a bola entrou mesmo na baliza, mas havia fora de jogo.

Aos 38’ Rafa deixou Neres na cara de Andrew, mas o brasileiro atirou contra o guardião dos gilistas. Já perto do intervalo, Florentino apareceu a rematar à entrada da área, mas Andrew evitou o golo do médio e, depois, a recarga de Neres.

A falta de golos fez com que os encarnados entrassem mais nervosos no segundo tempo, com o Gil Vicente a tentar fazer uso disso. Aos 54' Boselli fez a bola passar perto da baliza após uma saída precipitada de Vlachodimos, que acabou por redimir-se ao travar o disparo de meia distância de Pedro Tiba, minutos depois.


Roger Schmidt lançou Gonçalo Guedes e Gilberto (saíram Neres e João Mário), mas foi na segunda vez que o treinador alemão mexeu que o Benfica chegou ao golo. Chiquinho e Musa entraram a correr para ainda disputarem um canto a favor dos encarnados, a bola viajou até à direita para Aursnes, que cruzou para o coração da área, onde Chiquinho, na primeira ação no jogo, cabeceou certeiro para o fundo das redes.

Já na reta final, Fábio Veríssimo foi alertado para uma possível mão de Rúben Fernandes na área gilista e, após analisar o lance, assinalou  grande penalidade favorável às águias. Com João Mário no banco, foi Grimaldo quem assumiu a cobrança do castigo: bola para um lado, guarda-redes para o outro, e 2-0 para o Benfica.

domingo, 23 de abril de 2023

BENFICA - 1 ESTORIL - 0 - VITÓRIA

 Único golo do encontro foi marcado por Otamendi ainda na primeira parte.

Benfica vence Estoril por 1-0 e regressa aos triunfos
Otamendi festeja o 1-0. EPA/JOSE SENA GOULAO LUSA

Com muita ansiedade à mistura, o Benfica regressou às vitórias este domingo após bater o Estoril por 1-0. Otamendi foi o autor do único golo dos encarnados mesmo no final da primeira parte (44').

A equipa de Schmidt mantém assim os quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto, enquanto que o Estoril agrava a má série de resultados e aproxima-se cada vez mais da zona de despromoção.

Veja as melhores imagens do encontro!

Duas mexidas para cada lado

Roger Schmidt e Ricardo Soares não foram totalmente fiéis as habituais escolhas que conhecemos de Benfica e Estoril.

Nos encarnados, destaque claro para a saída de Gilberto e Florentino com as entradas de Neres e o jovem João Neves (a estrear-se a titular). Aursnes assumiu assim a lateral-direita, tal como já tinha acontecido por momentos no jogo frente ao Inter e o jovem médio português tornou-se claramente no construtor de jogo das Águias.

Neres juntava-se mais à frente a Gonçalo Ramos, Rafa e João Mário, no já habitual 4-2-3-1. Apesar de os encarnados manterem a sua identidade tática, notava-se uma maior sede e nervosismo na procura do primeiro golo - fruto também dos últimos maus resultados.

Do lado do Estoril, entram para o onze João Gamboa e Tiago Araújo em detrimento de Mor Ndiaye e Tiago Gouveia (emprestado pelo Benfica). Os canarinhos apareciam comprometidos em travar a sede de golo do Benfica e a aproveitar - sempre que possível - as transições. Ricardo Soares apresentou-se num 4-3-1-2 hibrído, que variava para um sistema de cinco defesas quando o adversário criava mais perigo em termos ofensivos.

Um penálti falhado, mas valeu o desequilibrio de Neres a serenar os ânimos

Foi uma primeira parte bastante agitada no Estádio da Luz. O Benfica - que já não vencia há quatro jogos - sentia a pressão de marcar cedo e afastar os fantasmas do passado. As bancadas apoiavam, mas também sentiam o mesmo nervosismo que transparecia no relvado.

A primeira grande ameaça surgiu na cabeça do jovem João Neves, reflexo da sede dos encarnados na procura do primeiro golo. O médio português apareceu na grande área em resposta a um cruzamento de Neres mas cabeceou por cima da barra de Daniel Figueira.

Aos 15 minutos, foi Gonçalo Ramos a voltar a mostrar o desacerto na hora de rematar à baliza. Desta feita foi Grimaldo a cruzar, mas o internacional português cabeceou por cima.

A impaciência começava a tomar conta das bancadas, até porque o Estoril mostrava ser capaz de chegar às zonas ofensivas. À passagem dos 20 minutos, Rafa teve uma grande perdida junto à baliza e, pouco tempo depois, foi Aursnes a tentar mas imediatamente a protestar com o árbitro Rui Costa. Pedia-se penálti na Luz, mas nada foi assinalado.

Ainda assim, não foi preciso esperar muito tempo para as Águias dispôrem do castigo máximo, mas por falta de Tiago Araújo sobre João Mário. Após consulta do VAR, não houve dúvidas e foi o próprio João Mário a assumir a responsabilidade. Se os ânimos já estavam difíceis de controlar, o internacional português ainda complicou mais as coisas ao falhar na cara de Dani Figueira que tirou a bola... com os pés. Era o terceiro castigo máximo falhado esta temporada no momento em que os encarnados precisavam ainda mais de um golo para tranquilizar.

Na falta do coletivo, teve de chegar a genialidade para o primeiro golo. O Estoril ainda teve uma grande ameaça na cabeça de Cassiano, mas foi Otamendi a ser eficaz graças a Neres.

O extremo brasileiro conseguiu sair de uma cabine telefónica junto à área contrária e assistiu o central argentino para o 1-0. Os grandes golos às vezes começam antes de a bola entrar e foi isso que se assistiu na Luz, com as bancadas a respirarem de alívio aos 44 minutos.

Uma 'falsa' tranquilidade do Benfica até chegar o VAR

Na segunda parte, o ambiente era bem mais tranquilo, mas os encarnados sabiam que só podiam respirar definitivamente de alívio se marcassem o 2-0.

Ricardo Soares começou logo a a mexer com as entradas de Rodrigo Martins e Francisco Geraldes, mas a verdade é que o jogo arrefecia de parte a parte.

Schmidt percebia o perigo do 1-0 e, desta vez, decidiu fazer as substituições nos encarnados bem mais cedo do que habitualmente vemos. Musa e Florentino foram chamados a jogo para os lugares de Gonçalo Ramos e Chiquinho, com a necessidade de refrescar não só o ataque como também 'trancar' a zona intermediária.

Seria um banco de luxo se o VAR não tivesse dado uma 'falsa' tranquilidade ao Benfica. Aos 72 minutos, Musa furou a barreira estorilista e na cara de Daniel Figueira atirou para o 2-0 que parecia fechar o encontro. A verdade é que muitos se esqueceram que a jogada tinha começado em Aursnes que estava em fora de jogo.

A equipa de Ricardo Soares voltava a acreditar e entravam três jogadores de uma só assentada. Eram dez minutos de muita ansiedade na Luz em que tudo podia acontecer - e com impacto direto na luta pelo título.


Já com Gonçalo Guedes do lado do Benfica, o Estoril não conseguiu o sufoco que pretendia, mas ainda assustou antes do apito final de Rui Costa. Gonçalo Guedes, Carlos Eduardo e uma jogada do Rafa podiam ter mudado tudo, mas o 1-0 ficou mesmo até ao final com duas equipas em polos opostos neste campeonato.