domingo, 27 de fevereiro de 2022

BENFICA - 3 V.GUIMARAES - 0 - VITORIA

 O Benfica aproveitou o deslize da véspera do Sporting com um triunfo que acabou por ser tranquilo na receção a um V.Guimarães, que sai da Luz a lamentar as oportunidades que desperdiçou a abrir o jogo.

Benfica 3-0 V.Guimarães: Gonçalo Ramos marcou, Darwin bisou e águias colocam-se a quatro pontos do Sporting
epa09789892 Benfica's Darwin Nunez (2-L) celebrates a goal against Vitoria de Guimaraes during their Portuguese First League soccer match held at Luz Stadium, Lisbon, Portugal, 27 February 2022. EPA/MIGUEL A. LOPES

O Benfica recebeu e venceu por 3-0 o V.Guimarães no Estádio da Luz em partida da 24.ª jornada da I Liga e reduziu para quatro os pontos de desvantagem para o rival Sporting no 2.º lugar da tabela classificativa.

As águias começaram por ver o conjunto vimaranense desperdiçar duas excelentes oportunidades para abrir o ativo, com Vlachodimos e negar em ambas as ocasiões o golo a um isolado Estupiñan, mas a partir do momento em que Gonçalo Ramos abriu o ativo não mais pareceu perto de deixar fugir os três pontos. Darwin Nuñez dilatou a vantagem ainda na primeira parte e bisou, de penálti, a abrir a segunda, num jogo marcado ainda por uma tocante ovação de todo o estádio ao ucraniano Roman Yaremchuk.

Primeiros minutos de bola cá, bola lá

O Benfica vinha de uma exibição convincente a meio da semana frente ao Ajax, no Estádio da Luz, e Nelson Veríssimo só fez duas alterações - forçadas - no onze inicial: entraram Morato e Meité e saíram Otamendi e Weigl, castigados.

As águias procuraram impor o seu jogo deste o primeiro minuto e criaram perigo logo a abrir quando, na sequência de uma excelente jogada coletiva, Gilberto surgiu a rematar já dentro da grande área contrária, com o esférico, depois de desviar num adversário, a sair centímetros ao lado da baliza à guarda de Bruno Varela.

Mas o V.Guimarães mostrava-se disposto a jogar de igual para igual e praticamente a seguir Estupiñan surgiu isolado na cara de Vlachodimos, vendo o guarda-redes grego negar-lhe o golo com uma excelente defesa com o pé direito. E o cenário repetiu-se minutos mais tarde, com Estupiñan a voltar a isolar-se e a entrar na grande área, mas uma vez mais a não conseguir bater o guardião grego, que fez a mancha e defendeu para canto.

Benfica aperta e marca duas vezes

A partir do quarto de hora, contudo, o Benfica, após estes dois avisos, começou a instalar-se no meio campo vimaranense. O V.Guimarães começou a mostrar mais dificuldades para sair com a bola controlada e as águias acabaram mesmo por marcar.

Decorria o minuto 24 quando Gilberto cruzou da direita e Gonçalo Ramos, no meio de dois defesas contrários, a surgir fulgurante a rematar de primeira, com o pé direito, para um disparo fulminante que só parou no fundo das redes.

O V.Guimarães tentou, mas não conseguiu reagir e foi o Benfica que voltou a marcar, 13 minutos depois. Na sequência de uma excelente jogada coletiva, Gilberto (outra vez ele) cruzou na perfeição da direita e a bola caiu na cabeça de Darwin Nuñez, que com categoria cabeceou para o fundo das redes.

Penálti a abrir a segunda parte e tudo decidido

O intervalo chegou então com o Benfica a vencer por 2-0 e se dúvidas houvesse quando ao vencedor do encontro, estas ficaram praticamente dissipadas logo a abrir o segundo tempo. O Benfica recuperou uma bola em zona alta, Gonçalo Ramos entrou na grande área do V.Guimarães e foi derrubado por Maga junto à linha de fundo. Na conversão do respetivo castigo máximo, Darwin enganou Varela, atirou para a direita, o guarda-redes vimaranense caiu para a esquerda e fez o 3-0. Foi o seu 20.º golo da temporada na I Liga.

Com o V.Guimarães resignado, a bola não tardou a entrar no fundo das redes da baliza de Varela, encostada por Gonçalo Ramos. O lance, porém, foi invalidado por um fora de jogo no início da jogada.

Yaremchuk entra e recebe ovação no momento mais arrepiante da noite

A história do jogo estava escrita, o Benfica desacelerou, ainda que continuando a  criar alguns lances de perigo, o V.Guimarães voltou a conseguir surgir mais vezes no meio-campo contrário, embora sem nunca conseguir voltar a ameaçar verdadeiramente a baliza de Vlachodimos, como o fez nos minutos iniciais da partida, quando o resultado ainda estava em 0-0.

O momento mais arrepiante do jogo, porém, estava guardado para o minuto 62. Com a vitória praticamente 'no bolso', Nelsón Veríssimo tirou Darwin e fez entrar Roman Yaremchuk. O público da Luz levantou-se de imediato para aplaudir de pé o avançado ucraniano, gritando em uníssono o seu nome, face a tudo o que se vive no seu país natal. Verdadeiramente tocante, com  Yaremchuk a não conseguir esconder as lágrimas.

Com tudo decidido e com o passar dos minutos os espaços foram aumentando e as duas equipas estiveram por algumas vezes perto de marcar. Bruno Duarte atirou ligeiramente ao lado da baliza de Vlachodimos para o V.Guimarães e Bruno Varela defendeu um cabeceamento de Everton na outra área em duas delas.


Porém, o resultado não sofreu mesmo mais alterações, com o Benfica a somar mais três pontos e a chegar aos na tabela, agora apenas menos quatro do que o Sporting. Quanto ao V.Guimarães, somou a terceira derrota consecutiva e caiu para o sétimo lugar da tabela.

Veja o resumo do encontro

 
 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

LIGA CAMPEÕES - BENFICA - 2 AJAX - 2 - TUDO EM ABERTO

 

Atitude

Uma mudança de atitude da primeira para a segunda parte acabou por nos permitir a obtenção de um resultado razoável perante uma equipa que tinha até agora ganho todos os seus jogos na Champions, e que mantém o desfecho da eliminatória em aberto.

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O regresso do Gilberto à titularidade acabou por ser a única novidade no onze, no qual o Taarabt manteve o seu lugar na sequência da exibição positiva no descalabro do Bessa. O Benfica pareceu apostar numa disposição táctica mais A primeira parte do jogo ficou para mim marcada pelo excessivo respeito/receio que o Benfica pareceu sempre mostrar pelo Ajax. A linha de pressão começava quase sempre dentro do nosso próprio meio campo, permitindo que os jogadores do Ajax trocassem a bola quase à vontade na sua zona defensiva. Quando a bola era recuperada, creio que a tentativa seria sair rapidamente através sobretudo do Rafa ou do Darwin, mas isso raramente foi conseguido. O dogma de tentar sempre sair da defesa a jogar é uma coisa que também afecta frequentemente o Benfica, mesmo quando a situação não o recomenda, e foi por esse caminho que o Benfica acabou por conceder o primeiro golo, depois de um primeiro quarto de hora de relativo equilíbrio. Uma má recepção do Grimaldo de uma bola vinda do Vlachodimos permitiu a pressão imediata do lateral contrário e recuperação de bola. Depois o cruzamento seguiu para o lado oposto, onde o Tadic estava completamente solto no interior da área (o Gilberto estava adiantado e longe demais para recuperar quando perdemos a bola) para finalizar de primeira, colocando a bola completamente fora do alcance do nosso guarda-redes. O Benfica conseguiu reagir a este golpe e aos vinte e cinco minutos acabou por repor a igualdade. Na primeira vez em que o Rafa conseguiu fugir ao lateral pelo lado direito, o cruzamento tenso feito sobre a linha de fundo desviou ligeiramente num defesa e foi por muito pouco que o guarda-redes holandês (quero lá saber se agora são neerlandeses) não fez autogolo. Do canto resultante, saiu mesmo um autogolo. Depois de duas tentativas do Vertonghen que esbarraram em defesas adversários a bola sobrou novamente para o belga, que foi até perto da linha de fundo e cruzou tenso e rasteiro para a pequena área, tendo a bola tocado no Haller e entrado na baliza. Foi a melhor resposta possível ao golo inaugural, pena que o empate tivesse durado tão pouco porque o mesmo Vertonghen três minutos depois falhou perto da outra baliza e permitiu ao autor do autogolo redimir-se e recolocar o Ajax em vantagem. Um cruzamento vindo da direita parecia ser aparentemente inofensivo, mas o Vertonghen desviou-o na direcção da própria baliza, e depois deixou que o Haller escapasse à sua marcação para fazer a recarga com sucesso à bola que tinha sido defendida por instinto pelo Vlachodimos. Até ao intervalo o Ajax preocupou-se em circular a bola enquanto o Benfica continuava a esperar pelo adversário no seu meio-campo. Mesmo assim o Ajax conseguiu criar uma grande ocasião para marcar já em cima do intervalo, quando atirou uma bola ao poste.

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Para a segunda parte o Benfica voltou com uma atitude diferente, muito menos na expectativa e tentando assumir as despesas do jogo. Os sinais já eram um pouco mais positivos, mas a partir do momento em que entrou o Yaremchuk para o lugar do Everton, pouco depois de findo o primeiro quarto de hora, então o Benfica ficou mesmo completamente por cima no jogo. O Ajax já não conseguia manter tranquilamente a bola em seu poder, e o Benfica conseguia frequentemente colocar a defesa holandesa em sentido quando recuperava a bola e partia rapidamente para o ataque explorando o adiantamento de toda a equipa adversária. O Rafa sobretudo começou a ser uma ameaça constante pela direita, onde o Blind não tinha pernas para o acompanhar quando era apanhado em posições adiantadas. As situações de finalização começaram a suceder-se (Darwin, Yaremchuk, Gonçalo Ramos) e aos setenta e dois minutos chegámos finalmente ao empate. Foi numa situação muito semelhante a outra ocorrida pouco antes, na qual o Gonçalo Ramos finalizou mal quando poderia ter passado a bola a um colega que estava mais bem colocado (o Gonçalo Ramos foi dos mais rematadores da equipa nesta fase, mas raramente o fez com boa direcção). Desta vez a fuga do Rafa pela direita foi bem acompanhada e vimo-nos numa situação de quatro jogadores nossos para três defesas do Ajax. A bola foi passada ao Gonçalo Ramos, que à entrada da área fez um bom remate, defendido com alguma dificuldade pelo guarda-redes. A bola subiu, e na queda o Yaremchuk adiantou-se a todos os adversários e cabeceou para a baliza deserta. O treinador do Ajax reagiu de imediato e deverá ter achado que se o Rafa continuasse a fazer os estragos que estava a fazer pela direita o Benfica não ficaria por ali, trocando o Blind pelo Tagliafico, conseguindo estancar um pouco a iniciativa benfiquista. Os nossos jogadores também pareceram começar a acusar o esforço da segunda parte, com alguns deles a queixarem-se de cãibras (Taarabt, Gilberto) ou a mostrar bastante fadiga (Darwin), e por isso não conseguimos manter a pressão sobre o Ajax ao mesmo nível. O empate acabou por ficar até final, com as duas equipas nos instantes finais a parecerem aceitar o resultado. Como nota final, achei que o árbitro sérvio mostrou que não são apenas os árbitros portugueses a ter falta de qualidade.

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No Benfica destaco sobretudo mais um bom jogo do Taarabt, o que começa a ser surpreendente dada a frequência com que isto começa a acontecer. O Rafa também esteve em destaque, sobretudo na segunda parte.

 

Não é caso para festejarmos um empate, mas tendo em conta o valor do adversário e as previsões que se faziam antes deste jogo não deixa de ser um resultado positivo. Acima de tudo foi bom ver a atitude da equipa na segunda parte a a capacidade para reagir por duas vezes à desvantagem. Veremos como corre a segunda mão, mas partirmos para ela com a eliminatória ainda em aberto já estará a superar as expectativas de muita gent

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

LIGA PORTUGAL - A.VISEU - 1 LEIXÕES - 2 -DERROTA

 


BOAVISTA - 2 BENFICA . 2 - NULOS

 Encarnados estiveram a vencer por 2-0, mas o Boavista conseguiu (com mérito) chegar ao empate na segunda parte.

Benfica deixa-se empatar no Bessa e pode ficar ainda mais longe dos rivais
Taarabt em duelo com Musa LUSA

O Benfica empatou a dois golos na visita ao Boavista, no jogo de abertura da 23.ª jornada da I Liga, depois de ter estado a vencer por 2-0. Taarabt (21 minutos) e Grimaldo (30') colocaram os encarnados em vantagem, mas a equipa de Petit surgiu revigorada na segunda parte e conseguiu chegar à igualdade com golos de Gustavo Sauer (74') e Makouta (80').

Com este resultado, o Benfica segue na terceira posição, com 51 pontos, e pode ver FC Porto e Sporting, que têm menos um jogo, distanciarem-se (ainda mais ) na tabela classificativa. Já o Boavista, que não vence há oito partidas, é 12.º classificado, com 22 pontos.

Veja o resumo

Nas águias, Nélson Veríssimo fez apenas uma alteração em relação à equipa que começou o jogo com o Santa Clara. Adel Taarabt regressou ao onze e fez dupla com Weigl no meio-campo, relegando Paulo Bernardo para o banco de suplentes.

Com dois centrais castigados (Porozo e Abascal), Petit teve de adaptar Javi García ao eixo da defesa axadrezada, ao lado de Ilori e Cannon. Foi precisamente o espanhol a afastar para canto um cruzamento venenoso de Rafa na direita, à procura de Gonçalo Ramos (9’).

Ainda nem 20 minutos tinham decorrido e o Boavista perdia mais um central de raiz, em virtude da lesão de Tiago Ilori (entrou Hamache). O Benfica ‘aproveitou a deixa’ para causar estragos, chegando à vantagem numa excelente jogada coletiva que terminou com Taarabt (21’), de fora da área, a rematar em jeito sem hipóteses para Bracali. O marroquino não marcava há mais de dois anos.

Tentou responder o Boavista aos 28’ com Musa a atirar muito perto do poste da baliza encarnada, depois de uma arrancada de Nathan. No entanto, seria o Benfica a festejar novamente no Bessa: jogada iniciada na esquerda por Grimaldo, a lançar Darwin na profundidade, este cruzou para Rafa que atirou para a defesa de Bracali, mas Grimaldo apareceu para a recarga e colocou a bola no fundo da baliza.

Com duas jogadas coletivas bem executadas, a equipa de Nélson Veríssimo justificava a vantagem no Bessa e até ao intervalo ainda teve mais dois golos anulados, ambos por fora de jogo. Pelo meio, Otamendi viu o quinto amarelo e fica afastado da receção ao Vitória de Guimarães, na próxima ronda.

A segunda parte começou com uma jogada de perigo do Boavista, a deixar Musa na cara do golo, mas Vlachodimos conseguiu fazer bem a mancha. O Benfica limitava-se a gerir e só aos 56' voltou a estar perto do golo, com Rafa a seguir isolado para a área axadrezada, mas a optar pela finta em vez do remate, perdendo-se o lance.


Por esta altura, o conjunto de Petit acercava-se mais da baliza de Vlachodimos e aos 65' viu Musa cabecear ligeiramente ao lado do poste direito, após canto. Da ameaça à concretização, foi apenas uma questão tempo até o Boavista reduzir a desvantagem. Aos 74' Sauer recebeu na direita, tabelou com Musa e depois, em zona mais interior e de fora da área, atirou rasteiro para o 1-2.

O golo entusiasmou ainda mais os axadrezados que, já depois de uma bola enviada ao ferro por Hamache, chegaram mesmo ao empate. Tudo começou num lançamento lateral rápido, com Gorré a invadir a área pela esquerda e a tocar para trás, onde surgiu o disparo de Makouta ao ângulo (80').

Houve mais Boavista nos últimos minutos e Hamache, de livre direto, ainda tentou o 3-2, mas sem sucesso.