sábado, 28 de fevereiro de 2015

BENFICA - 6 ESTORIL - 0 - GOLEADA


Maior goleada do Benfica na Luz coroou dia de festa

No dia do 111.º aniversário, o Benfica fez tudo parecer fácil contra um Estoril que não foi mais do que uma sombra e vê clássico do cadeirão.

Benfica estoril
Foto: JOSÉ SENA GOULÃO
Lima fez o quinto de penálti numa jogada onde Gaitán mostrou classe.


Antes do clássico entre FC Porto e Sporting, o Benfica recebeu o Estoril em partida da 23.ª jornada, no Estádio da Luz. As "águias" abalroaram o Estoril por 6-0. Os golos foram marcados por Luisão (16’), Salvio (26’), Pizzi (33’), Jonas (35’ e 86') e Lima (56’).
Regressado quase um mês depois, Jorge Jesus apostou em Gaitán no onze inicial. O argentino foi a grande novidade numa equipa que também contou com Samaris e Eliseu, dois atletas que não estiveram presentes no encontro com o Moreirense. Do lado do Estoril, que vinha de uma derrota frente à Académica (2-1), Bruno Nascimento recuperou a tempo e fez parceria com Bruno Miguel na zona central da defesa.
Em dia do 111.º aniversário, o Benfica recebeu o Estoril com a possibilidade de se distanciar (à condição) do FC Porto. A turma da Luz começou mais forte como seria de esperar e aos 11’, deu-se a primeira jogada de grande perigo. Jonas recebeu na área após cruzamento rasteiro d Maxi e rematou com estrondo ao poste de Kieszek.
A pressão intensificou-se e Jonas voltou a ter nova oportunidade com o guardião estorilista a responder com uma defesa enorme. Na sequência da jogada houve um canto e Luisão, imponente, fez o primeiro. No entanto, os pupilos de Jorge Jesus não estavam satisfeitos e Salvio aproveitou a passividade defensiva da formação da linha para ampliar o resultado.
Eliseu cruzou da esquerda e o argentino, vindo de traz, apareceu na pequena área meteu a bola por baixo de Kieszek. O Estoril vinha de quatro derrotas e estava amorfo e sem capacidade para sair para o ataque e viu Pizzi a fazer o terceiro golo aos 33’. A bola sobrou para a entrada da área e o português rematou forte e colocado para o terceiro.
Dois minutos depois, Jonas encostou, após grande jogada de entendimento. O brasileiro recebeu a bola de Maxi e marcou. O jogo parecia tão fácil que, aos 41’, Gaitán, após grande passe de Samaris, desperdiçou um golo fácil quando só tinha o guarda-redes polaco pela frente. Deste modo, o Benfica saiu para o intervalo com os três pontos praticamente garantidos.
Na etapa complementar, o Benfica baixou a intensidade do jogo e geriu a partida como quis. O Estoril tremia como varas verdes sempre que os “vermelhos e brancos” aceleravam e foi o que se verificou aos 56’, quando Lima consumou a “manita” com um penálti de Lima. Jonas sofreu o penálti depois de uma falta de Mano e o camisola 11 tratou de converter a falta com mestria.
A partida já dava para os jogadores mostrarem toda a sua técnica e Lima (64’) tnetou mesmo o golo de calcanhar. Cinco minutos depois, Anderson Esiti viu o segundo amarelo e aumentou as dificuldades para a turma de José Couceiro. O jogo foi-se arrastando e aos 77’ surgiu a grande oportunidade dos homens do Estoril, com Léo Bonatini a atirar ao poste quando só tinha Artur pela frente. Jonas fechou as contas com o sexto golo. O brasileiro encostou para a baliza, após remate de Ola John para defesa de Kieszek e o avançado de 30 anos encostou sem oposição. Estava carimbada a maior goleada benfiquista em casa desta época.
Até ao final da partidam as "águias" estiveram perto do golo mais algumas vezes e os estorilistas já só pediam que o encontro terminasse. Benfica venceu de forma categórica perante uma turma visitante que não parecia ter vontade de estar no jogo.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A.VISEU - 2 BRAGA B - 1 - DERROTA


FICHA DO JOGO – Braga B 2 – 1 Académico de Viseu

2ª Liga – 30ª Jornada
Data – 25 de fevereiro de 2015
Estádio – Estádio 1º de Maio ( Braga )
Arbitro – Tiago Antunes ( A.F. Coimbra )
Auxiliares – João Martins e Marco Silva
Ao intervalo – 1 - 1
Resultado final – 2 - 1

GOLOS
Menga ( 24 ´) e Pardo ( 57 ´) – Braga B
Gabi ( 08´ ) - Académico de Viseu

BRAGA B 2
Tiago Sá;
Oto´o, Monteiro, Gonçalo Silva e José Gomes;
Saná, Mauro e Agdon;
Osuchukwu, Menga e F. Martins.

SUBSTITUIÇÕES
Agdon por Pardo (55´);
Osuchukwu por Nuno Valente (75´);
F. Martins por Erivaldo (87´).
NÃO UTILIZADOS
José Santos, Nurio, Pedro Eira e Didi

TREINADOR
Abel Ferreira

ACADÉMICO DE VISEU 1
Ivo Gonçalves;
João Amorim, Tiago Gonçalves, (cap.) Eridson e Dalbert;
Gabi, João Ricardo e André Sousa;
Luisinho, Sandro Lima e Tiago Almeida.

SUBSTITUIÇÕES
Tiago Almeida por Tiago Borges (61´);
Gabi por Clayton Leite (75´);
Luisinho por Fábio Martins (86 ’).
NÃO UTILIZADOS
Ruca, Sérginho, Alex Porto, e Ricardo Ferreira

TREINADOR
Ricardo Chéu 

O Sporting de Braga B venceu hoje o Académico de Viseu por 2-1. Numa partida a contar para a jornada 30 da Segunda Liga portuguesa, os pupilos de Abel Ferreira alcançaram o primeiro triunfo dos últimos nove jogos. Apesar de ter começado a perder cedo, com Gabi a inaugurar o marcador para os viseenses, Dolly Menga na primeira parte e o "reforço" Felipe Pardo carimbaram a cambalhota no resultado. Com este importante triunfo, os bracarenses saem da zona de despromoção, estando agora com 30 pontos no 19.º lugar.
Do lado do Académico de Viseu que vinha da primeira derrota em casa dos últimos 3 meses frente ao Atlético (0-1), Ricardo Chéu promoveu 3 alterações no onze, fazendo regressar os castigados André Sousa e Sandro Lima, e promovendo à titularidade Gabi por detrimento de Clayton Leite. O jogo e as opções pareciam correr de feição para o técnico dos Viriatos, quando aos 9 minutos, e na sequência de um lance atabalhoado, Gabi abriu o placar no Estádio 1.º de Maio. Sem fazer muito por isso, o Académico estava na frente e tinha agora tudo a seu favor para regressar aos triunfos. No entanto, e tal como acontecera frente aos alcantarenses, as faltas de atenção tomaram conta da defensiva academista e, aos 24 minutos, o angolano Dolly Menga apareceu na cara de Ivo Gonçalves para restabelecer o empate.
Num segundo tempo mal jogado e onde, uma vez mais, os índices físicos caíram a pique, Ricardo Chéu procurou chegar ao triunfo, fazendo entrar Clayton Leite e Tiago Borges para os lugares de Gabi e Tiago Almeida, mas acabou por ser um outro substituto a fazer a diferença. Aos 57 minutos, Felipe Pardo (veio da equipa principal) entrou e um minuto depois, na primeira vez que tocou na bola, fez o 2-1 para o Sporting de Braga B. Com a reviravolta consumada, Abel Ferreira reforçou o meio campo, enquanto o treinador academista fez sair Luisinho para dar o lugar a Fábio Martins.
Até ao final da partida, destaque ainda para uma grande intervenção de Tiago Sá a segurar o triunfo para os bracarenses que assim regressam às vitórias, depois de mais de dois meses sem sentir o doce sabor dos 3 pontos. Foi com um "empurrão" de Pardo que o Sporting de Braga B garantiu a saída da zona de despromoção. Já o Académico volta a perder dois jogos consecutivos, quase 4 meses depois, ficando a ver o top-10 por um canudo.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A.VISEU - 0 ATLÉTICO - 1 - DESILUÇÃO

Ac. Viseu FC 0 - 1 Atlético CP

Para começo de crónica refiram-se as alterações no onze em relação ao jogo com o Tondela – Alex Porto jogou no lugar do castigado de André Sousa (a falta que este jogador fez) e também devido a castigo surgiu no lugar de Sandro Lima o também brasileiro Fábio Martins.

O jogo começou bem para o Académico que logo no minuto 3 atirou à barra – Clayton ajeitou para Alex Porto que embalado atirou à barra; na sequência da jogada a bola sobra para Fábio Martins que se deixa desarmar; do desarme a bola sobra novamente para Alex Porto que atira para defesa segura de Igors.

Esperava-se a partir daí um Académico dominador e acutilante. Lá dominador foi mas faltou sempre intensidade ao jogo academista. Destaque apenas para dois remates sem perigo da nossa parte e outro para o Atlético.

O Académico era, foi sempre, a melhor equipa sobre o terreno, mas deixou-se entear no jogo lisboeta. E nem o bom remate, de livre, que fez brilhar a boa altura o guarda redes visitante, fez anestesiar a dor que foi ver o Académico arrastar-se pelo campo.

E ante do intervalo o Atlético chega ao golo, sem saber ler nem escrever. Asneira de Tiago Gonçalves, que pareceu querer sair a o jogar, que não soltou a bola quando devia e quando se deixa antecipar vai em esforço tentar o corte. O árbitro achou que era grande penalidade e Silas, com classe, não falhou.

Esperava-se uma boa reação na segunda parte mas o que aconteceu foi, no mínimo, enfadonho. Aos 50 João Amorim tirou um bom cruzamento, uma raridade no dia de hoje, que Fábio Martins não conseguiu emendar de forma clara. A partir daí… acabou o jogo.

O Atlético fez do anti jogo uma arma, fechando-se na sua defensiva, tirando a bola de qualquer forma. Lázaro Oliveira é um treinador que espero nunca ver a treinar o Académico de Viseu, um verdadeiro assassino do futebol – no sentido de que arruína e destrói - daqueles que não traz nada de novo ao jogo de que tanto gostamos, jogou para o pontinho, ganhou a sorte grande. E não faltará gente a vangloriá-lo em certas crónicas para quem vencer vale tudo. Não devia valer.

De uma coisa o Atlético não tem culpa, nem o seu treinador. De que do Académico não se tenha visto uma única jogada de encher o olho. Foi sempre de uma previsibilidade confrangedora. Houve jogadores que desde os primeiro minutos não se viram em campo – e estou a falar de Clayton – mas que ficaram até ao fim, mesmo com substituições para fazer. Seguramente Ricardo Chéu viu outra coisa e é por isso que ele é o treinador e eu sou apenas um adepto.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

MOREIRENSE - 1 BENFICA - 3 . COMPLICADO

Moreirense-Benfica, 1-3 (crónica)
O Benfica superou um dos testes mais difíceis fora do seu Estádio da Luz. E superou-o sem nota artística, como seria de esperar, deixando o Moreirense com fortes queixas em relação à equipa de arbitragem. Reviravolta com polémica (1-3), em jogo quente.
 
A equipa de Jorge Jesus foi surpreendida por um golo de João Pedro (a bola desviou em Jardel) após um intenso cerco à baliza de Marafona. Acusou a desvantagem sem perder o Norte e beneficiou de erros alheios para regressar a casa com um sorriso.
 
Os números, de qualquer forma, justificam o triunfo. 68 por cento de posse de bola, 18 remates, 15 pontapés de canto. Esforço inglório dos Cónegos. André Simões terá culpas na forma como se dirigiu ao árbitro do encontro.
 
Uma hora de jogo. O Benfica acaba de empatar num pontapé de canto inexistente. Elízio esticara a perna e Salvio caíra na área. Fica o pormenor: o brasileiro não tocou certamente na bola. Nem parece derrubar o argentino.
 
Na sequência do canto apontado por Pizzi, Luisão anulou a desvantagem. O caldo entornaria logo depois. Insatisfeitos com a situação, os jogadores do Moreirense excederam-se nos protestos, segundo Jorge Ferreira.
 
O árbitro do encontro mostrou o cartão vermelho direto a André Simões, semeando a confusão. Jorge Jesus e Miguel Leal surgem entre os que entram em campo e recebem igualmente ordem de expulsão. Muito feio.

LEIA OS DESTAQUES
 
Houve então o jogo até esse momento e outro a partir daí. O Benfica, impulsionado pelo golo do empate e em vantagem numérica, pressionou em busca do segundo e ele chegou em poucos minutos. Eliseu a rematar com o pé direito, à entrada da área, com a trajetória a enganar Marafona.
 
O Moreirense reclamou ainda uma grande penalidade, na resposta, em duelo entre Eliseu e Danielson na área do Benfica. Ficam dúvidas. A verdade é que os encarnados tinham feito mais pela vantagem mas sofreram um golo de João Pedro na primeira parte e pareciam ceder à pressão.
 
Mérito para a equipa de Miguel Leal pela forma sem complexos como foi tapando os caminhos para a sua baliza e soube bloquear a primeira fase de construção do líder do campeonato. Alex recuou várias vezes para incomodar André Almeida, com André Simões e Battaglia e formarem uma dupla coesa à frente da defesa.
 
O Benfica criava perigo pelas laterais, sobretudo a direita, e foi conquistando pontapés de canto atrás de pontapés de canto na etapa inicial. Jorge Jesus não estava completamente satisfeito, ainda assim. Lima acertou no poste, na melhor oportunidade encarnada, e o Moreirense foi-se soltando até surpreender o adversário.
 
Perda de bola a meio-campo, desequilíbrio no lado direito do Benfica e Arsénio a aproveitar para servir João Pedro. O extremo, que marcara igualmente na Luz, rematou em arco, a bola desviou no peito de Jardel, e Artur não conseguiu evitar o 1-0.
 
Sinais de alarme em Moreira de Cónegos. O nulo punia a falta de inspiração dos jogadores do Benfica.
 
Em vantagem, a equipa da casa voltou a recuar linhas e utilizar as formas possíveis para deixar o tempo correr. Marafona, por exe mplo, viu o cartão amarelo no arranque da etapa complementar por ser pouco lesto na marcação de pontapés de baliza.
 
O jogo decorria a um ritmo interessante, ainda assim, e o Benfica ia criando oportunidades para iniciar a reviravolta. Ela chegaria na fase mais polémica do encontro, já explorada acima, e seria confirmada com o golo da ordem de Jonas, ao minuto 72.
 
Triunfo justo do líder num campo difícil. Justo, sim, mas com lances que merecerão profunda análise nos próximos dias, seguramente. 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A.VISEU - 1 TONDELA - 0 - TRADIÇÃO

Ac.Viseu FC 1-0 CD Tondela

“A tradição ainda é o que era”
Ac.Viseu FC 1-0 CD Tondela


O Académico venceu esta tarde o dérbi distrital frente ao líder do campeonato, o Tondela.
Num jogo intenso, ingrediente básico no histórico dos desafios entre os dois clubes, levou melhor a equipa orientada por Ricardo Chéu, que assim se redimiu da derrota na passada jornada, na Trofa.

O mister academista colocou em campo: Ivo, J.Amorim, T.Gonçalves, Eridson e Dalbert; J.Ricardo, André Sousa e Clayton; T.Almeida, Luisinho e Fábio. Jogaram ainda: Sandro Lima, Gabi e R.Ferreira



A primeira parte fica marcada por dois lances de perigo, um para cada lado. Do lado academista, à passagem dos 20min., um fantástico remate de João Ricardo que esbarrou na trave da baliza defendida por Cláudio Ramos. Para o lado da equipa tondelense, e já perto do intervalo, um remate de Piojo, que Ivo ia deixando escapar, mas que o poste ajudou a resolver.

O 2ºtempo, iniciou-se praticamente com o lance capital do jogo. Magnifico trabalho de Luisinho na direita do ataque academista, cujo remate final é desviado pelo braço do central do Tondela, Vítor Alves. O árbitro Vasco Santos entendeu haver motivo para grande penalidade, que o próprio Luisinho encarregou-se de converter. Estava feito o 1-0 e era a explosão de alegria no Fontelo, com uma boa moldura humana, diga-se – a melhor da temporada. Até ao fim do jogo, praticamente não houve ocasiões flagrantes de golo, com o Académico a guardar bem a vantagem. Destaque ainda para a expulsão de André Sousa - mais um grande jogo -, que falha assim o desafio do próximo domingo novamente no Fontelo, frente ao Atlético. Pelas nossas contas, também Sandro Lima estará ausente (uma vez que levou o 5ºamarelo na prova).



Vitória justa do Académico, em mais um derby onde a tradição se manteve. 
O Ac.Viseu alcança os 39 pontos, estando o objetivo da manutenção cada vez mais próximo. Parabéns equipa!!!!

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

BENFICA - 3 V.SETUBAL - 0 - NORMAL

Calmo

Um jogo muito calmo e quase sem história, de tão fraca que foi a réplica dada pelo Setúbal. O Benfica marcou cedo, controlou o jogo como quis, e conquistou uma vitória folgada que talvez só peque por escassa.


Neste momento o Pizzi parece levar vantagem sobre o Talisca na luta por um lugar no onze inicial, e foi ele quem surgiu ao lado do Samaris na zona central do meio campo. De resto vimos as escolhas que têm sido habituais ultimamente. Ao contrário daquilo que aconteceu no jogo da passada quarta-feira, o Benfica pegou no jogo desde o apito inicial, isto perante um Setúbal encostado à sua área e claramente apostado em defender o nulo. Não teve muito tempo para se dedicar a essa actividade, porque logo aos oito minutos o Benfica inaugurou o marcador. Canto na esquerda marcado pelo Pizzi, e cabeceamento vitorioso do Jardel. O golo no entanto não demoveu o Setúbal da intenção inicial, porque continuou a jogar com cautelas defensivas e sem grandes pressas, talvez ciente de que uma desvantagem mínima poderia ser anulada num lance fortuito. E aliás, pouco depois do nosso golo até teve mesmo uma ocasião (porventura a única durante todo o jogo) para fazer isso mesmo, quando aproveitou um livre para colocar a bola na área e obrigar o Artur a uma defesa que me pareceu quase que por instinto. Mas tirando esse lance, o Setúbal praticamente não existiu em termos ofensivos e limitou-se a tarefas defensivas. Mas nem foi tanto por mérito defensivo do Setúbal que o resultado se manteve teimosamente na diferença mínima. O Benfica pode-se, isso sim, queixar de si mesmo por não ter conseguido marcar o segundo golo mais cedo, porque construiu ocasiões para o fazer, desperdiçando algumas delas de forma quase escandalosa - ficou-me na memória uma situação em que primeiro o Jonas e depois o Maxi conseguiram aquilo que parecia ser mais difícil, que era não marcar. Foi já perto do intervalo que o segundo golo chegou, num lance em que o Ola John ganhou no corpo a corpo com um defesa do Setúbal, entrou na área pela esquerda, e já perto da linha de fundo esperou o máximo que podia até conseguir colocar a bola atrasada para o remate do Lima, e a quase certeza de que a vitória já não fugiria.


A segunda parte foi ainda mais calma do que a primeira. Jogou-se uma grande parte do tempo apenas no meio campo do Setúbal, e a exemplo do que aconteceu noutras ocasiões o Benfica fica a dever a si próprio um resultado mais dilatado do que aquele que conseguiu, porque desperdiçámos ocasiões de sobra para marcar mais golos. Até o Luisão esteve perto de marcar com uma nota artística elevada, num chapéu ao guarda-redes que saiu ligeiramente por cima. O terceiro golo lá acabou por surgir inevitavelmente, a vinte minutos do final, e de uma forma talvez mais difícil do que noutras ocasiões que desperdiçámos. Numa jogada de insistência do Salvio e do Maxi pela direita, em que pressionaram os defesas do Setúbal, conseguiram recuperar a bola junto à área e ao cruzamento do Salvio correspondeu o Lima com um cabeceamento junto à relva, marcando assim um bonito golo. Depois disto vimos o Rúben Amorim e o Gonçalo Guedes ganharem mais uns minutos na equipa principal, o primeiro para ganhar ritmo e o segundo para ganhar calo. Continuámos a falhar golos - o Jonas não esteve nos seus dias em termos de finalização e teve mais uma perdida incrível - e na fase final do jogo os nossos jogadores entretiveram-se a coleccionar cartões amarelos, o que inclusivamente serviu para que o Samaris ficasse excluído do nosso próximo jogo.


O Lima merece ser distinguido pelos dois golos que marcou. É bom que se reencontre com o golo, uma vez que esta época parece andar menos concretizador do que é habitual. Gostei bastante do Pizzi mais uma vez. A qualidade de passe naquela zona do campo é uma mais valia, e quando conseguir adquirir as rotinas defensivas poderá ser um caso sério. Por falar em rotinas defensivas, o Samaris tem mostrado uma evolução brutal na sua posição, e hoje voltou a fazer uma exibição muito boa. Os nossos centrais mostraram a segurança do costume. Por último, acho que hoje vi o Ola John correr mais do que o tinha feito nos últimos três meses juntos.

Passou mais uma jornada e mantemo-nos como a única equipa dependente apenas de si própria para chegar ao título. Quanto mais tempo conseguirmos manter esta situação, maior será a frustração e pressão sobre o nosso adversário na luta pelo título. A margem é curta e não permite falhas de concentração.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

TROFENSE - 2 A.VISEU - 1 - ENFIM

Segunda Liga: Trofense vence Académico e quebra jejum mais de 3 meses depois

Emblema da Trofa derrotou viseenses que até estiveram em vantagem. 3 pontos relançam luta pela permanência.

Estádio do Clube Desportivo Trofense, 14 de fevereiro de 2015

27ª Jornada da Segunda Liga
Árbitro: Marco Ferreira (Madeira)

Trofense: Diogo Freire; André Teixeira, Cláudio, Eduardo Enrique e André Pires; Babo, Tiago (c) e Hélder Sousa; Serginho (Tiago Martins, 87), André Rateira (Dário Junior, 55) e Rafael Silveira (João Pedro, 72). Treinador: Vítor Campelos.

Ac. Viseu: Ivo Gonçalves; João Amorim, Eridson (Alex Porto, 86), Tiago Gonçalves (c) e Dalbert; João Ricardo, André Sousa e Clayton; Tiago Almeida (Tiago Borges, 67), Luisinho e Sandro Lima (Fábio Martins, 75). Treinador: Ricardo Chéu.

Expulsão: Tiago Borges 92

GolosEduardo Enrique 35 pb (0-1), Rafael Silveira 47 (1-1), João Pedro 77 (2-1)

Noventa e sete dias depois, o Trofense voltou a vencer um jogo de futebol. O feito aconteceu este sábado à tarde frente ao Académico de Viseu. Sem conhecer o doce sabor da vitória há muito tempo, a equipa treinada por Vítor Campelos ainda foi para o intervalo a perder (0-1), mas conseguiu dar a volta ao marcador na segunda parte (2-1). Os golos foram, curiosamente, todos apontados por homens do clube da casa.
Vindo de duas galvanizantes vitórias, frente a Freamunde e Benfica B, o Académico entrava na Trofa com a clara “obrigação” de trazer os 3 pontos para Viseu. Porém, a primeira hipótese de golo foi para o Trofense e logo no primeiro minuto, quando Rafael Silveira apareceu isolado na cara de Ivo Gonçalves, valendo aos academistas a boa intervenção do seu guarda-redes. Respondeu pouco tempo depois a turma de Ricardo Chéu, com Tiago Almeida a ficar a centímetros do golo, depois de ver o seu remate desviado pela defesa adversária.
Com mais bola e com o controlo absoluto do meio campo, onde uma vez mais André Sousa se destacou dos demais intervenientes, o Académico de Viseu inaugurou o marcador à passagem do minuto 35, quando Luisinho apareceu na área e rematou cruzado com Diogo Freire a defender a bola para frente que acertou em Eduardo Enrique que fez golo na própria baliza. Na frente do resultado, o Académico continuou a “carregar” em cima do Trofense, e teve até ao intervalo mais duas chances de ampliar a vantagem, primeiro com João Amorim e depois com Luisinho a acertarem nos ferros da baliza dos homens da casa.
Em desvantagem no marcador, a equipa da Trofa regressou ao relvado mais pressionante, tendo conquistado logo dois cantos nos primeiros dois minutos. E foi na sequência do segundo pontapé de canto que o empate chegou, com Rafael Silveira a fazer de cabeça o 1-1, num lance em que Ivo Gonçalves e a defesa do Académico não ficaram bem na fotografia. Com a igualdade restabelecida e puxados pelo público da casa, os pupilos de Vítor Campelos tentaram marcar de imediato o segundo tento perante uma equipa de Viseu que apareceu inexplicavelmente apática nos segundos 45 minutos.
No entanto, e já com Fábio Martins em campo no lugar de Sandro Lima, os viseenses estiveram por duas vezes perto do golo. Primeiro por intermédio de André Sousa, que servido por Luisinho, e já na quase na pequena área, “acertou” em Diogo Freire; e depois pelo próprio Luisinho, que viu, uma vez mais, o guardião do Trofense evitar o 1-2 com uma grande estirada para canto. Com o jogo a ficar cada vez mais partido, veio ao de cima a velha máxima do “quem não marca, sofre” e assim foi, quando aos 79 minutos, o recém-entrado João Pedro fez, na sequência de um livre lateral, de cabeça o 2-1 para a equipa da casa. Era o explodir de alegria por parte dos adeptos do Trofense.
Dada a cambalhota no marcador, o Académico ainda tentou correr atrás do prejuízo mas viu a última esperança esfumar-se quando, já perto do fim, Tiago Borges foi expulso, depois de ver o vermelho directo por palavras dirigidas ao árbitro Marco Ferreira. Pouco tempo depois terminava o jogo, com a festa a cair para os homens da Trofa que assim terminaram com um jejum que já durava desde 9 de Novembro.Quanto ao Académico, voltou a perder 4 jogos depois, ficando agora à espera do derby do Distrito, na próxima terça-feira, frente ao líder desta Segunda Liga de futebol, Tondela.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

BENFICA - 3 V. SETUBAL - 0 - NA FINAL DA TAÇA DA LIGA

O Benfica garantiu um lugar na final da Taça da Liga, competição preferida dos encarnados desde que Jorge Jesus iniciou a sua era à frente dos encanados. Os benfiquistas venceram o Vitória de Setúbal, por 3-0, e aguardam pelo desfecho da outra meia-final que opõe FC Porto e Marítimo.  Benfica vs Vitória de Setúbal (LUSA)

Jorge Jesus mudou o fato ao Benfica para o primeiro de doistakes com o V. Setúbal em poucos dias. A grande maioria dos ‘catedráticos’ que subiram ao relvado no dérbi de Alvalade, no último fim de semana, ficaram de fora ou, em alguns casos, com lugar ao lado mister no banco de suplentes dos encarnados. 

Até aqui nada de novo, até porque, fazendo um flashback às opções do treinador das águias na Taça da Liga, facilmente se vislumbram alguns dos nomes menos utilizados no campeonato e/ou competições europeias. 

FICHA DE JOGO 

Mesmo que involuntariamente, Jesus alterou o chip da equipa e, sobretudo, a dinâmica. O Benfica que começou o jogo não foi, nem de perto nem de longe, aquela equipa constante de acelerações temíveis que lidera a classificação portuguesa. 

 
Quase tragédia grega 

E só por acaso é que o Vitória não começou o jogo a festejar, aproveitando algumas autoestradas que se foram abrindo à frente da área benfiquista. 

Pelkas foi o primeiro a perceber onde estava o filão e, se na primeira oportunidade a bola ainda desviou num defensor baixando o nível de perigo, na segunda o grego já estava praticamente com os braços no ar quando Lisandro Lopez tirou a bola à boca da baliza, numa intervenção que vale tanto como um golo. 

O corte do argentino foi uma espécie de twist que teve o condão de virar o bico ao prego. O Benfica acusou o toque e deu corda aos sapatos, mas, ainda assim, a reação não foi imediata. 

O volume de jogo encarnado foi subindo, de minuto para minuto, aumentando, gradualmente, o seu grau de efetividade. Começou com remates transviados (Pizzi e Eliseu), seguindo-se uma finalização de cabeça no interior da área (Derley). Até que, finalmente, apareceu o abre-latas. 

Gonçalo Guedes desbloqueou 

O Benfica saiu vivo daquele primeiro cerco sadino, mas tardava em conseguir entrar na zona das decisões, e teve de ser o miúdo a mostrar o caminho. 

Primeiro ameaçou com um remate às malhas laterais, depois de uma boa combinação com Derley, para mais tarde cair na área num lance com Advíncula do qual resultou uma grande penalidade, a expulsão do peruano e o golo de Talisca. 

Foi uma espécie de murro no estómago para a formação de Bruno Ribeiro, que, poucos minutos depois, veria o mundo cair-lhe em cima, com nova grande penalidade e o segundo golo do Benfica assinado por Pizzi. 

Estava praticamente fechada a porta da final da Taça da Liga para o Vitória. 

 

Cumprir calendário 

Olhando para o epílogo daquilo que foi a primeira parte, facilmente se percebe que os últimos minutos colocaram uma pedra sobre o jogo. A diferença, que já era enorme à partida, tornou a tarefa sadina numa missão praticamente impossível. 

Foi, por isso, normal, que só se tenha jogado num meio campo nos últimos 45 minutos. O Benfica baixou, significativamente, o ritmo na busca de mais golos, mas não fazendo disso um caso de vida ou morte. 

Foram vários os remates de fora da área, o mais espetacular (talvez) com assinatura de Gonçalo Guedes que rebentou com estrondo na baliza de Raeder. Foi um dos três momentos que ainda conseguiram arrancar bruas do público da Luz. 

O segundo foi, claro está, o terceiro golo do Benfica, assinado por Jonas, avançado que tem nas taças a seu alvo favorito. 

 

Maior que os dois primeiros só o regresso de Rúben Amorim à equipa. O estádio aplaudiu a compasso a entrada do português no relvado após seis meses afastado da equipa por lesão. 

O Benfica é, assim, o primeiro finalista da Taça da Liga, competição que já venceu por cinco vezes, ficando, agora, à espera do adversário que vai sair do confronto entre FC Porto e Marítimo, naquela que será a 11.ª final de Jorge Jesus na Luz.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

CARTOON


SPORTING - 1 BENFICA - 1 - SORTE

Sorte

Tendo em conta as circunstâncias tenho que considerar o resultado do jogo desta noite como um mal menor, que nos mantêm em posição privilegiada na luta pela renovação do título de campeão. Mas não deixo de me sentir algo desapontado pelo facto do Benfica ter passado a maior parte do jogo numa estratégia de risco mínimo e aparentemente satisfeito com o empate. É certo que o jogo era muito mais decisivo para o Sporting do que para nós e que não pudemos contar com o nosso maior desequilibrador, mas esperava mais da nossa parte.


A estratégia de maior segurança ficou visível logo na escolha do onze inicial - visto a olho, já que o clube anfitrião fez questão de não anunciar a constituição da equipa do Benfica, ou melhor, do 'visitante', porque durante todo o tempo foi assim que se referiram à nossa equipa (certamente em casas de viscondes e gente diferente é assim que se demonstra classe). André Almeida em vez do Talisca, com a equipa a dispor-se em campo num 4-4-2 em que o Samaris e o André actuaram praticamente lado a lado, em vez do mais habitual 4-1-3-2. Sobre o jogo jogado, tenho pouco a dizer. Foi um jogo bastante táctico, em que as defesas se superiorizaram aos ataques e não houve uma única ocasião de golo para qualquer uma das equipas durante os primeiros quarenta e cinco minutos. Senti bastante a falta do Gaitán, uma vez que o seu substituto Ola John foi um dos jogadores mais desinspirados de toda a equipa e não fez uma contribuição positiva que fosse para o nosso jogo. Atrás dele também o Eliseu esteve longe do desejável, pelo que a nossa asa esquerda praticamente não serviu para nada. Também é justo referir que na direita o Salvio foi tudo menos brilhante, pecando por individualismo excessivo e por complicar jogadas em que se impunha a opção mais simples. No centro o Samaris, pelo contrário, esteve sempre muito bem e juntamente com o André e os frequentes recuos no campo do Jonas encaixaram no meio campo do Sporting, impedindo que tirassem partido de alguma teórica superioridade numérica nessa zona do terreno. 


Não vi grandes diferenças no início da segunda parte. Nenhuma das equipas parecia querer correr grandes riscos, e da parte do Benfica via uma aparente ainda maior vontade em deixar correr o marfim e satisfazer-se com o nulo. Uma vez que era ao Sporting a quem menos interessava este resultado, na fase final do jogo foi por isso natural que tentassem carregar mais na procura do golo. O facto de termos ficado com ambos os laterais e os dois médios centro (o Samaris já perto do final) amarelados creio que também contribuiu para uma menor agressividade a defender e para que os extremos do Sporting passassem a ter um pouco mais de liberdade - vi vários lances em que claramente os nossos jogadores se retraíram e não arriscaram meter o pé. Mas apesar disso o jogo nunca ficou particularmente desequilibrado, e recordo-me apenas de uma boa ocasião para o Sporting, num cabeceamento do Carrillo (no qual o Eliseu ficou a assistir de cadeirinha) que obrigou o Artur a uma boa defesa. No Benfica apenas me chamou a atenção um bonito passe do Samaris para o Jonas, que dentro da área decidiu tentar assistir o Lima quando me pareceu que poderia ter rematado. Parecia-me que o jogo estava inevitavelmente destinado a um nulo, e que apenas algum lance fortuito poderia alterar o estado das coisas. E nos minutos finais, foi mesmo isso que acabou por acontecer, e por duas vezes. Primeiro, e porque no melhor pano cai a nódoa, o Samaris, que estava até então a fazer um jogo sem mácula, teve um mau corte que isolou o João Mário entre os nossos centrais. O Artur defendeu o remate, mas já não conseguiu evitar a recarga do Jefferson. Um duro golpe a três minutos dos noventa, ainda por cima sendo o golo marcado por um dos jogadores que eu mais detesto à face da terra (desde que lesionou o Salvio por seis meses que não suporto aquele animal). Claro que os adeptos da casa soltaram logo a sua tradicional arrogância e desataram a dar 'olés', como se o jogo medíocre a que se assistia sequer o merecesse. Levaram o castigo merecido para isso, porque já em período de descontos uma confusão dentro da área que se seguiu a um lançamento lateral do Maxi e posterior insistência com um despejo da bola para lá acabou com a bola a sobrar para o Jardel, que rematou no meio da confusão para o golo do empate.


Apesar da má intervenção que resultou no golo do adversário creio que o Samaris fez um jogo muito bom. O Artur também merece referência porque depois da campanha vergonhosa levada a cabo pelo Record durante a semana para o desestabilizar fez um jogo seguro e defendeu o que havia para defender. Não foi muito, mas o que fez fê-lo bem e nada mais poderia fazer no golo sofrido. O Jardel mereceria destaque quanto mais não fosse pelo golo, mas também esteve sempre bem na defesa, sobretudo tendo em conta o trabalho adicional a que foi muitas vezes sujeito para compensar o Eliseu. E também gostei do Maxi, que nunca revelou grandes dificuldades para controlar o jogador potencialmente mais desequilibrador do Sporting. O Nani passou praticamente ao lado do jogo, e isso muito por culpa do Maxi.

Perdemos dois pontos para o rival na luta pelo título, mas objectivamente mantemo-nos como a única equipa que depende apenas de si própria para conquistar o título. Espero que a sorte que tivemos hoje ao obter o empate no último fôlego de um jogo que poderíamos perfeitamente ter deixado fugir tenha sido também uma boa injecção de motivação adicional para que consigamos fazer a festa no final do campeonato.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A.VISEU - 2 BENFICA B - 0 - MUITO BOM

Ac. Viseu FC 2-0 SL Benfica B

Estádio do Fontelo, 8 de fevereiro de 2015
26ª Jornada da Segunda Liga
Árbitro: Rui Oliveira (Porto)

Ac. Viseu: Ivo Gonçalves; João Amorim, João Ricardo, Eridson e Ricardo Ferreira; Gabi, Clayton (Tiago Borges, 79) e André Sousa; Luisinho (c) (Alex Porto, 88), Tiago Almeida e Fábio Martins (Sandro Lima, 59). Treinador: Ricardo Chéu.

Benfica B: Bruno Varela; Nélson Semedo, Vitalii, Alexandre Alfaiate e Rebocho; Lindelof, Dawidowicz e Renato Sanches (João Carvalho, 21); Nuno Santos (Flávio Silva, 80), Victor Andrade e Sarkic (Clésio, 69). Treinador: Hélder Cristovão.

Golos: Luisinho 61 (1-0), Sandro Lima 85 (2-0)

Vitória clara, lógica e limpa, da melhor equipa em campo, naquela que foi, provavelmente, a melhor exibição academista da presente temporada.

Com João Ricardo adaptado a central - no lugar de Tiago Gonçalves e com Serginho no banco - e Ricardo Ferreira no lugar de Dalbert, e Luisinho a capitão, foi Fábio Martins o primeiro academista a fazer perigar a baliza benfiquista mas logo aí começou a brilhar a grande altura o guarda-redes forasteiro – Bruno Varela.

Pouco depois de André Sousa – que reforço! – ter atirado à figura de Bruno Varela, o Benfica reagiu o que permitiu uma grande defesa a Ivo Gonçalves. Foi sol de pouca dura… a partir desse momento o Académico foi demolidor – 1) Luisinho remate cruzado à figura de Varela; 2) Luisinho novamente à figura de Varela; 3) corte providencial de um defesa vermelho, num lace que cheirava a golo; 4) Fábio Martins na cara de Varela desperdiça (mérito para Varela); 5) Tiago Almeida a fazer brilhar o suspeito do costume (Varela): 6) Eridson de cabeça à barra!

Ao intervalo o “zero-a-zero” era um resultado impensável tal o caudal ofensivo academista. Prémio para a exibição espetacular de Bruno Varela, castigo pesado e injusto para o Académico.

E se alguém pensava que a segunda parte fosse diferente, logo no início viu que havia errado o seu prognóstico quando João Amorim – outra boa exibição – atirou, cruzado, ao lado da baliza vermelha.

Antes de nova avalanche academista o Benfica criou perigo para a baliza academista, com a bola a sair rente ao poste direito de Ivo Gonçalves (Victor Andrade). Mas até aí houve mais demérito academista – bola perdida de forma infantil – do que mérito benfiquista.

Pouco depois Fábio Martins saiu – que havia feito um remate perigoso pouco antes – para dar o lugar a Sandro Lima. E foi já com SL9 em campo que André Sousa colocou a bola redondinha nos pés de Luisinho que correu uns metros com o esférico, para desferir um remate indefensável. Golo do Académico, estava aberto o marcador – finalmente!

Pouco depois o Académico teve tudo para fazer o 2-0. Perda de bola da defesa benfiquista, Sandro Lima ganha a bola, corre meio campo com ela e isolado a Bruno Varela permitiu a defesa.

Já com Tiago Borges no lugar de Clayton - Sandro Lima e Eridson, na mesma jogada, obrigaram de novo Varela a brilha– já repararam na quantidade de vezes que escrevi este nome? – e pouco depois foi Ivo Gonçalves a fazer uma boa defesa a “dois tempos”.

Com o jogo a caminhar para os últimos minutos era urgente um segundo golo, e ele aconteceu mesmo. Jogada pela direita Luisinho cruzamento ao segundo poste onde aparece Sandro Lima a empurrar para a baliza de Bruno Varela. 10º golo no campeonato para o brasileiro, que passa a ser o 5º melhor marcador da história do Académico de Viseu, no que à Segunda Liga diz respeito.

Já não havia dúvidas que o Académico ia vencer o jogo – até ao fim realce para a substituição de Luisinho por Alex Porto, com a braçadeira a passar para o braço de Ricardo Ferreira, e também para um remate benfiquista à barra de Ivo Gonçalves.

Por último uma palavra para a arbitragem – impecável – e nem um lance duvidoso na área benfiquista lhe tira o mérito.

Em frente Académico!