quinta-feira, 28 de novembro de 2013

ANDERLECTH - 2 BENFICA - 3 - SABOROSA

Complicada

Vitória escusadamente complicada na Bélgica, que nos garante a Liga Europa e mantém em aberto o possível apuramento para os oitavos de final da Champions. Mais uma vez fiquei com a convicção de que o maior adversário do Benfica foi ele próprio, porque me parece que poderíamos ter evitado tanta complicação para ganhar este jogo.


Novas mexidas no onze, a principal delas no meio campo, para onde entrou o Fejsa. Na defesa as laterais foram entregues ao Maxi e ao André Almeida. Em teoria o Benfica deveria jogar em 4-3-3, mas na prático o que vimos acontecer por diversas vezes foi o Markovic a vir para o meio, enquanto que o Enzo ocupava a direita, deixando a equipa mais próxima de um 4-4-2 tradicional. A entrada do Benfica no jogo foi positiva, já que assumimos maior iniciativa e controlámos a posse de bola, enquanto que o Anderlecht se fechava perto da sua área para depois tentar explorar algum contra-ataque. Não criámos muitas ocasiões de golo, mas era o Benfica quem parecia estar claramente por cima. Só que, como tem vindo a acontecer frequentemente, praticamente da primeira vez que o Anderlecht deu sinal de si no ataque, chegou ao golo. Primeiro o Artur defendeu para canto um remate perigoso, e na insistência do canto um dos centrais adversários aproveitou da melhor maneira uma bola embrulhada entre ele e o Luisão para fazer o golo. O golo belga aconteceu aos dezoito minutos, e o Benfica acusou o golpe, pois durante os minutos que se seguiram passámos por algumas dificuldades, com o Anderlecht, empolgado pelo público, a ganhar algum ascendente no jogo. Mas quinze minutos depois chegámos ao empate, num cabeceamento do Matic após livre do Enzo, e a equipa voltou a serenar.


A segunda parte começou bem para o Benfica, pois com apenas sete minutos decorridos conseguimos colocar-nos em vantagem, numa jogada de contra-ataque construída pelo Gaitán e pelo Enzo. Com um toque fantástico o Gaitán tirou um adversário da jogada já dentro da área, e depois o remate para o poste mais distante (que iria para fora) tabelou num adversário e acabou em golo. Este golo foi um golpe muito forte para o Anderlecht, e fiquei com pena e até mesmo irritado que não o tenhamos aproveitado, por falta de jeito ou de vontade. O Anderlecht foi verdadeiramente ao tapete, e adiantou-se quase sem nexo no terreno, deixando-nos verdadeiras auto-estradas para explorar, mas faltou-nos o killer instinct para acabarmos de vez com a questão. em vez disso optámos por tentar congelar o jogo e gerir a vantagem, o que nos deixava obviamente ao alcance de um qualquer lance fortuito. Esta nossa opção ficou ainda mais evidente quando a primeira substituição feita retirou do campo o Gaitán, que estava a ser claramente um dos melhores em campo. Pagámos pela falta de ambição, e o Anderlecht chegou mesmo ao empate a treze minutos do final. Parecia que tínhamos mais uma vez deixado escapar uma vitória na Champions que estava completamente ao nosso alcance, e já perto do final retirámos ainda do jogo outro dos jogadores de maior rendimento - Enzo, para dar o lugar ao Rodrigo. Mas acabou por ser mesmo o Rodrigo a tirar partido do muito espaço que o Anderlecht deixava na retaguarda para, num contra-ataque em que foi lançado pelo Sulejmani, marcar aos noventa minutos e decidir o jogo a nosso favor.


Sem qualquer surpresa os jogadores em maior destaque foram o trio do costume: Gaitán, Enzo e Matic. São os jogadores em melhor forma neste momento, e aqueles que dão pormenores de classe à nossa equipa. Afastar o Enzo no centro do campo, como me pareceu que se tentou fazer durante o período inicial do jogo, prejudica bastante a equipa. O seu posicionamento nessa zona já deixou de ser uma adaptação: aquela é a posição natural dele, e é um desperdício vê-lo encostado à linha. O Matic parece sentir alguma atrapalhação quando tem alguém a jogar ao lado dele, ou até um pouco mais recuado, como aconteceu hoje com o Fejsa, mas fez um jogo sempre em crescendo, e voltou a marcar um golo. Quanto ao Gaitán, por vezes parecia ser o único com vontade de pegar na bola, ir para cima dos adversários e jogar com os olhos postos na baliza. Sem surpresa também os destaques negativos. O Lima continua a sua senda desinspiradíssima, deixando-nos com ainda mais saudades do Cardozo sempre que joga. Mas ainda pior do que ele foi o Markovic. Foi uma nulidade absoluta neste jogo, e não consegui perceber como é que aguentou tanto tempo em campo. Acho que se somássemos o número de passes errados e perdas de bola dele e do Lima durante este jogo, chegaríamos a um valor assustador.

O resultado desejado e exigido foi conseguido. Arrancado a ferros e com muito mais dificuldade que seria necessária, mas conseguido. Já não dependemos apenas de nós próprios para seguir na Champions, mas pelo menos a continuidade nas competições europeias está assegurada. Agora só quero é ganhar ao Rio Ave.

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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A.VISEU - 1 PENAFIEL - 0 - IMPORTANTE



Ficha do jogo – Académico de Viseu 1 – 0 Penafiel

Liga 2 Cabovisão - 17ª Jornada
Data – 27 de novembro de 2013
Estádio – Estádio Municipal do Fontelo em Viseu
Arbitro – Ricardo Moreira (Vila Real)
Auxiliares – Nuno Fraguito e Sérgio Jesus
Ao intervalo – 0-0
Resultado final - 1-0

Golos: Bruno Loureiro (52´) Académico de Viseu

Ac. Viseu 1
Ricardo Janota, Tiago Rosa, Tiago Gonçalves (cap.), Paulo Monteiro e Marco Lança, Ibraima, João Martins Luisinho (Leonel, 86’), Bruno Loureiro Zé Rui (Lourenço, 90´) e Cafú (Ouattara, 81´)

Treinador: Filipe Moreira

Penafiel 0
Coelho, Dani, Fábio Ervões, Pedro Ribeiro e Pedro Santos (Elisio, 7´), Ferreira, André Fontes, Ivan (Guedes, 45´), Aldaír (Paulo Roberto, 74´), Gabi e Rafael.

Treinador: Miguel Leal. 

Académico vence com a assinatura de Bruno Loureiro (com vídeo)



Ac.Viseu FC 1 x 0 FC Penafiel



Esta tarde no Fontelo venceu a única equipa que fez por merecer os 3 pontos, o Académico de Viseu.

Foi a nossa equipa aquela que melhor entrou em jogo, mostrando querer de facto vencer o jogo. Do outro lado estava o Penafiel, que me desculpem os seus adeptos, mas que não mostrou o porquê de ser o terceiro classificado da Liga 2 Cabovisão. O Penafiel, na primeira parte, foi uma equipa demasiado fechada, sempre atrás da linha da bola, e esperando que um contra ataque pudesse funcionar. Nunca funcionou.

Por sua vez o Académico, com as peças bem distribuídas pelo terreno, foi dono e senhor do jogo, tentando sempre desenrolar a teia defensiva dos penafidelenses. Mas não foi fácil. Ao minuto 13, após um canto marcado por João Martins, Cafú esteve quase a marcar. A jogada foi toda idêntica ao primeiro golo academista com o Atlético mas desta vez o ponta de lança academista atirou por cima. Zé Rui, aos 43 minutos, também esteve perto de marcar mas o seu remate passou rente ao poste esquerdo de Coelho. O Penafiel teve apenas um remate, por Ivan Santos, mas muito ao lado.

Ao intervalo zero a zero. Disse a um dos nossos leitores, que estava perto de mim na bancada, que “assinaria” se me dissessem que empataríamos. Ele disse que não, que empatar era curto. Não foi por falta de ambição que disse o que disse, mas sim porque estava perfeitamente convicto que aquele Penafiel tinha que jogar mais, que iriam jogar mais na segunda parte.

Ao intervalo Miguel Leal mexeu na equipa e os primeiros 5 minutos foram seus. Empurraram o Académico para o seu meio campo e parecia de facto que teríamos um novo Penafiel na segunda parte.

Foi sol de pouca dura. Aos 51 minutos Zé Rui e Luisinho combinam bem com o 7 academista a ajeitar a bola para Bruno Loureiro que não perdoou. Golo do Académico o primeiro de BL 23 na presente época!

A partir daí o Penafiel acabou. Teve mais bola, é certo, mas nunca foi capaz de ligar uma jogada com princípio, meio e fim. Usou, e abusou, do futebol direto e aí toda a defesa academista se sentiu como peixe na água.

A partir de certa altura pedia-se na bancada que FM refrescasse a equipa. O treinador academista na minha opinião esteve bem. Não fazia sentido mudar nada quando a equipa se mostrava completamente segura de si. Mexeu já depois do minuto 80, mas pedir a Ouattara que faça o mesmo que Cafú não me pareceu correto. Emendou isso com a entrada de Leonel a de Lourenço e a equipa nunca pareceu em dificuldades para segurar o resultado.

O Penafiel em termos atacantes foi uma nulidade e foi sempre o Académico a estar mais perto do 2-0. João Martins e Luisinho combinaram bem, mas o cruzamento do extremo academista não saiu da forma correta para Cafú. Leonel, frente a Coelho, também falhou o segundo golo academista (boa defesa).

Ainda bem que o meu colega de bancada não deixou que eu assinasse o empate. Boa vitória do Académico que pede um bom resultado no terreno do Leixões para que as nuvens negras não voltem de novo ao Fontelo!

IMAGEM

An Amusing Collection of Perfectly Timed Sports Photos

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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CD Trofense 1-0 Ac. Viseu FC -ÚLTIMOS

CD Trofense 1-0 Ac. Viseu FC



Estádio do Clube Desportivo Trofense, 24 de novembro de 2013
16ª Jornada da Liga 2 Cabovisão
Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa)

Trofense: Conrado, Tiago Mesquita, Márcio, Dennis, Rateira, Tiago, Hélder Sousa (Maicon Assis, 71), Jorge Inocêncio (Luiz Alberto, 84), Mateus Fonseca (Neves, 80), Preciado e Padilla. Treinador: Porfírio Amorim.

Ac. Viseu: Ricardo Janota; Tiago Rosa, Paulo Monteiro, Tiago Gonçalves e Marco Lança; Ibraima, João Martins (Bruno Loureiro, 75) e Leonel (Ouattara, 68); Zé Rui (Diogo Alves, 61), Luisinho e Cafú. Treinador: Filipe Moreira.

Expulsões: Conrado (Trofense) e Paulo Monteiro (Ac. Viseu) após o apito final


Golo: Mateus Fonseca 30 (1-0)

Mais uma jornada passada e o Académico continua a fazer maus resultados nas suas deslocações.
De facto nao se sofre muitos golos, raramente sofremos mais do que um. Mas marcar é que está complicado.
A tarde estava boa para praticar futebol na Trofa. Talvez uns 500 espetadores e uma claque com muita animação e cor.
Mas entrando no terreno que é o que interessa, o Académico começou bem, sem medo, a querer assumir o jogo.
Aos 8 minutos Cafu ia isolar-se mas é derrubado. Amarelo para o defesa, porque o lance era perigoso. Pena que o livre nao tenha levado perigo.
O Académico apostava bem no lado direito com as subidas de Tiago Rosa, o apoio de João Martins e a velocidade de Luisinho.
Do lado contrário, Zé Rui quase não tocou na bola na 1ª parte, ou quando tocou não lhe deu seguimento infelizmente.
A 1ª vez que Trofense chega à baliza foi num contra ataque após canto do Académico , que é apanhado em contrapé com 3 contra 2. Mas Ricardo Janota defende muito bem para canto.
Entretanto começou-se a ouvir a claque academista que embora com cerca de 12 elementos esteve sempre muito ativa durante praticamente todo o jogo.
Aos 25 minutos há um novo bom remate do avançado do Trofense,  Padilla, para  mais uma boa intervenção Ricardo Janota.
O Académico ia ganhando alguns cantos, o meio campo notava-se que tinha mais qualidade que os trofenses, mas o perigo à frente não chegava
E eis que surge o golo do Trofense. Engraçado que começou tudo com trocas de bola pausadas entre defesas e médios da equipa da casa, o que pôs os adeptos a assobiar e a mandar as suas bocas.. mas o certo é que alguém fez um passe longo, para a ponta esquerda, há um cruzamento e aparece ao 2º poste Mateus a cabecear, com a bola a anichar-se mesmo na base inferior do poste , entrando ainda após uma palmada de Janota.
O Académico acelerou então mais o jogo e a troca de bola, com boa quota parte de João Martins e Luisinho, chega às alas mas faltava rematar mais. Uma exceção foi exatamente o 24 academista a rematar fora da área, um pouco ao lado.
A melhor ocasião dos academistas surgiu depois disso. Cafú recebe a bola de costas, finta muito bem o defesa, entra na área sobre o lado esquerdo , semi isolado , e remata para boa defesa de Conrado.
A 1ª parte acabou e esperava-se uma boa reacção dos viseenses na 2ª.

No reatamento, João Martins tem uma abertura fantástica para o centro do terreno, uma grande desmarcação do Luisinho,que entra na área mas descaído para a direita e não conseguiu rematar.
Os cantos sucediam-se, perdi a conta a tantos cantos, mas que na prática pouco perigo criaram.
As substituições começam a acontecer, Zé Rui sai (tarde desinspirada) para a entrada de Diogo Alves.
Num dos cantos a seguir, a bola passou a meio metro da linha de golo mas ninguém a empurrou para dentro.
Entrou ainda Ouattara e Bruno Loureiro para tentar chegar pelo menos ao empate.
O Trofense começa a acusar cansaço físico e a quase que a cada minuto algum Trofense caía no relvado queixoso/lesionado.
Leonel tira um coelho da cartola, remata tipo trivela fora da área e a bola bate num defesa e passa a poucos centímetros e é cedido mais um canto.
Ou seja, continuávamos a tentar atacar, a flanquear bem a bola mas depois algo faltava para o desfecho final.
Após a entrada de Bruno Loureiro, mais um lance de perigo exatamente com Bruno a rematar cheio de intenção para o poste mais distante, mas a bola é desviada pelo Guarda Redes Conrado a caminho da baliza.
O jogo ia-se aproximando do fim , o Académico jogava com cada vez mais pressão mas tambem ansiedade.
O Trofense a espaços assustava no contra ataque mas a defesa , principalmente Tiago Gonçalves , estiveram bem sem dúvida.
O jogo teve 7 minutos de desconto, mas nem assim conseguimos marcar. E após o apito final, bastante confusão entre jogadores,  com Paulo Monteiro e Conrado a serem expulsos.
O Académico tem agora que refletir sobre o que pode fazer para combater este ciclo terrível para acabar a 1ª volta com testes duros. O próximo é já na 4ª Feira contra o Penafiel em casa.
Força equipa, estamos convosco!
Hoje perdeu na Trofa. Neste momento faz parte do grupo dos últimos classificados com 13 pontos tantos como o seu adversário de hoje e como o Feirense (13 pontos). Quarta-feira são necessários os 3 pontos e o adversário é difícil... o Penafiel.


domingo, 24 de novembro de 2013

BENFICA - 1 BRAGA - 0 - SOFRIDA

Sofrida

Vitória feliz e sofrida, num jogo difícil e após uma exibição sofrível do Benfica. Mas apesar da qualidade ter andado bastante arredada do nosso jogo, pelo menos a equipa nunca baixou os braços e manteve uma boa atitude, acabando por ser recompensada no final.


Algumas ausências na nossa equipa esta noite, a começar logo pelo banco, onde o Jorge Jesus não se pôde sentar por estar a cumprir suspensão. Alterações na defesa, onde o Siqueira regressou, empurrando assim o Sílvio para a direita e o André Almeida para fora do onze. Havia também a curiosidade sobre quem seria o escolhido para ocupar o lugar do Rúben Amorim, acabando a escolha por recair no Djuricic. Finalmente, no ataque, destaque óbvio para a presença do Lima, com o Cardozo a ficar fora dos convocados. Relativamente aos últimos jogos, pareceu-me que o Rúben e o Cardozo fizeram muita falta. O Cardozo pelos golos, obviamente, e o Rúben porque vinha sendo o principal municiador do ataque, com diversos passes de rotura para criar situações de perigo. O Braga não foi uma equipa nada fácil: apresentou-se sempre muito bem organizado, com as linhas fechadas em frente à sua área, dando muito pouco espaço para que o Benfica procurasse os caminhos para a baliza. O Benfica também ajudou a complicar: jogámos a uma velocidade que em nada ajudaria a desequilibrar a estrutura do Braga, e insistimos demasiado pelo centro, porque o Markovic passou o tempo todo a fugir para o centro, deixando-nos sem um verdadeiro ala direito - O Sílvio foi quem tentou assumir essa função, mas esteve perfeitamente desastrado na altura de centrar. Com dificuldades em construir jogadas de ataque, e quase sempre pouca gente na zona de finalização - o Djuricic passou ao lado do jogo, e o Lima teve mais uma exibição a dar sequência à desilusão que tem sido esta época - foram raríssimas as ocasiões de golo que criámos. Acho que contei apenas uma após um canto, em que o Matic, quase à vontade no meio da área, rematou para onde estava virado (para fora). A melhor ocasião pertenceu mesmo ao Braga, num remate do Éder que o Artur ainda conseguiu desviar para a barra. Resumidamente: muita posse de bola do Benfica sem grande produção ofensiva para mostrar.


O Braga pareceu entrar melhor na segunda parte, e durante os primeiros minutos chegaram-se até a ouvir alguns assobios à nossa equipa - a única ocasião em que isso aconteceu durante toda a partida, pois de resto o apoio do público foi constante. Foi nesta altura que, pela segunda vez no jogo, vimos a bola embater na barra da nossa baliza, depois de um remate de fora da área do Rafa que não daria qualquer possibilidade de defesa ao Artur. Só depois o Benfica pareceu despertar um pouco, mas voltámos ao cenário da primeira parte, com o Braga muito bem organizado na defesa mas agora a parecer capaz de sair melhor para o contra-ataque, e o Benfica a mostrar pouca inspiração e capacidade para baralhar a organização adversária. Criámos uma boa ocasião, que o Markovic rematou disparatadamente por alto após centro rasteiro do Djuricic, e já com o Ivan Cavaleiro no lugar do primeiro criámos outra, numa tabela entre ele e o Siqueira, para uma grande defesa do Eduardo. Pouco tempo depois disso, quando já faltavam pouco mais de quinze minutos para os noventa, chegámos ao golo. Face à desinspiração colectiva, não foi por isso surpresa que tivesse surgido numa insistência individual: o Matic pressionou e recuperou a bola na zona defensiva do Braga, e depois entrou na área pela esquerda e rematou cruzado e rasteiro para o poste mais distante. Obtido o importante golo, o Benfica procurou diminuir o ritmo do jogo, mas sem grande sucesso, pois não fomos capazes de fazer uma gestão da posse de bola eficaz. Também fomos desastrados no aproveitamento dos espaços que o Braga passou a dar atrás na sua tentativa de chegar ao empate. Mas por outro lado o Braga também não conseguiu responder ao nosso golo, e pese um maior balanceamento ofensivo, nunca conseguiu colocar a nossa baliza em perigo.


O destaque do Benfica vai para o Matic por ter marcado o golo que decidiu o jogo, especialmente sendo numa jogada de sua exclusiva iniciativa. Gostei também do Enzo, apesar de por vezes ter demorado demasiado a soltar a bola. O Djuricic passou praticamente ao lado do jogo - não me parece que ele encaixe na nossa táctica, e parece passar grande parte do jogo algo perdido em campo. O Markovic fez um jogo péssimo: não se assumiu como extremo, ajudando a afunilar o nosso jogo, perdeu inúmeras bolas de forma quase infantil, e exibiu uma atitude competitiva que deixou muito a desejar, voltando as costas à bola por diversas vezes ou recuperando a passo de cada vez que a perdia. O Lima continua na sua senda desinspirada, e não sei se terá conseguido fazer alguma contribuição positiva durante todo o jogo.

É mais um daqueles jogos em que se tem que dizer que o mais importante foi que ganhámos. E melhor ainda, esta vitória permitiu-nos recuperar dois pontos para o primeiro lugar. O resto, se jogámos bem, se jogámos mal, são pormenores. Prefiro que aconteça como hoje, em que a exibição foi sofrível e ganhámos, do que o que aconteceu em Atenas, onde demos espectáculo e perdemos.

domingo, 17 de novembro de 2013

A.VISEU - 3 ATLÉTICO - 0 - IMPORTANTE

Ac. Viseu 3 - 0 Atletico CP

O Académico de Viseu venceu hoje no Fontelo, o Atlético, por esclarecedores 3-0 e subiu à 19ª posição ultrapassando de uma assentada o seu adversário de hoje bem como o Feirense que empatou em Chaves (1-1).

Poderemos dizer que houve dois jogos hoje no Fontelo. O jogo antes da entrada de Luisinho e o jogo depois da entrada de Luisinho. Antes do "ai Jesus de Viseu" entrar o Académico, a jogar numa espécie de 4x4x2, foi uma equipa sem chama, sem habilidade e a levar ao desespero os adeptos academistas que esperavam ver uma equipa a lutar pelos 3 pontos desde o apito inicial e, pelo contrário, acabaram por ver um Atlético mais mandão, embora sem grandes oportunidades de golo.

Mal Luisinho entrou - saiu Bruno Loureiro que já tinha visto um cartão amarelo - o Académico teve logo uma boa jogada pelo lado direito, o lado do 7 academista, lance esse que teve o condão de acordar a equipa e, porque não dizê-lo, teve também o condão de acordar os adeptos academistas que começaram a perceber que mais valia gastar energias a apoiar a equipa do que a apupar Filipe Moreira. Após um canto do lado direito - lá está! - marcado por João Martins, Cafú, o aniversariante, de cabeça marcou o primeiro golo academista. Ao intervalo 1-0.

A segunda parte prometia bom futebol e logo nos primeiros minutos Paulo Monteiro, também ele de cabeça, a após cruzamento remate de Luisinho encostou de cabeça e fez o 2-0.

A partir daí o Atlético veio para a frente, causou bastante perigo na área academista e deu um colorido especial à vitória do Académico pois foi um digno vencido. Falhou, no entanto, na pontaria e só por uma vez fez brilhar a grande altura o guardião academista Ricardo Janota.

O Académico, no contra ataque, podia também ter marcado mais dois ou três golos. Leão, o guarda redes do Atlético, com duas defesas de grande nível evitou que Cafú e Luisinho marcasse, este último quando o resultado já estava em três a zero. Destaque também para aquela que foi, no meu entender, a melhor jogado do desafio com Luisinho e Tiago Rosa a combinarem bem, com o defesa direito a cruzar atrasado para Leonel atirar à barra. Destaque óbvio também para o bonito golo de Zé, num grande momento de inspiração.

Agora segue-se o jogo na Trofa. Que bom que seria que os 3 pontos viessem para Viseu!



PRESSE

Descansa em paz Alex!

A tragédia voltou a bater à porta do futebol português esta tarde. É com enorme pesar que soube da notícia que Carlos Alexandre Caseiro Marques, mais conhecido por Alex Marques, jogador do Tourizense, morreu este domingo no decorrer do jogo com o Carapinheirense, encontro referente à 9.ª jornada da Série E do Campeonato Nacional de Seniores.

O jovem futebolista, de apenas 20 anos, sentiu uma forte indisposição, aos 7 minutos de jogo, acabando por sucumbir no relvado, apesar da ajuda dos bombeiros que se encontravam no local.
Alex era natural de Esposende e formou-se no F.C. Porto, onde foi treinado por Pedro Emanuel. Na formação passou ainda pelo Rio Ave e como sénior jogou no Esposende. No início desta época transferiu-se para o Tourizense.

Que descanse em paz e que a família deste jovem encontre conforto e paz nas pessoas que lhe são mais próximas.

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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

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TÍTULOS-BRASIL

Conheça o Cruzeiro o novo campeão do Brasil

A vitória do Cruzeiro sobre o Vitória (3-1), na última 4ª feira, foi o suficiente para o clube de Belo Horizonte se sagrar campeão do Brasil, ainda a 4 jornadas do fim do campeonato. É o 3º título de campeão nacional do Cruzeiro, que se soma aos de 1966 e 2003.

A equipa treinada por Marcelo Oliveira assegurou o troféu graças ao triunfo sobre o Vitória, com os golos da partida a serem marcados por Willian, Julio Baptista e Ricardo Goulart.
Ao intervalo do jogo, contudo, o título de campeão nacional já estava garantido para o Cruzeiro, uma vez que a vitória do Criciúma sobre o Atlético-PR (2-1), era suficiente para assegurar a diferença pontual para o 2º.

Os destaques individuais deste plantel campeão vão para o GR Fábio; os defesas Egídio, Dédé e Bruno Rodrigo; Éverton Ribeiro, Níton e Ricardo Goulart no meio campo e Borges como avançado. A formação jogou num 4-2-3-1 e com um meio campo muito forte na busca e circulação da bola recebeu muitos elogios pois, ao contrário dos mais recentes campeões do brasileirão, previligiou sempre o futebol espectáculo, conseguindo, ao fim de alguns anos, juntar o título nacional à estatística de melhor ataque da prova.

O Cruzeiro tem ainda no seu historial, para além dos 3 títulos de campeão brasileiro, 4 Taças do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003) e 2 Taças dos Libertadores da América (1976, 1997).

Campeão surpreendente


A campanha do Cruzeiro surpreendeu muita gente. O clube iniciou a temporada debaixo de alguma desconfiança, com alguns adeptos a criticarem a contratação do treinador Marcelo Oliveira, ex-jogador e técnico do rival Atlético Mineiro. O facto de ter falhado a conquista da Taça do Brasil por 2 ocasiões, com o Coritiba, também não ajudou.

Mas a equipa teve um início imparável no campeonato. No final da 1ª jornada já era líder, graças a uma goleada por 5-0 sobre o Coritiba. O Cruzeiro nunca esteve abaixo do 7º lugar e reconquistou a liderança na 9ª ronda, dia em que aplicou chapa 4 ao seu grande rival da cidade. Durante um período da competição, repartiu com o Botafogo o comando da classificação mas a partir da 16.ª jornada nunca mais largou o 1º lugar.

A certeza de que o título já não fugia à “raposa” - alcunha pelo qual o clube é conhecido e a sua mascote desde 1945, inspirada em Mário Grosso, ex-presidente do clube e conhecido pela sua esperteza e astúcia no comando dos negócios do clube, mas também pelo facto de a raposa ser o animal que se alimenta de galináceos, numa clara alusão ao seu rival regional, o Atlético Mineiro, conhecido pela alcunha de “galo” - surgiu à 34.ª ronda. Ao ser campeão a 4 rondas do final da competição, o Cruzeiro igualou o recorde do São Paulo de 2007 - de campeão com a maior antecedência da história do campeonato brasileiro disputado na fórmula actual - iniciada em 2003.

Na jornada anterior, o clube mineiro já havia fixado outro recorde. Com o triunfo por 3-0 sobre o Grémio, tornou-se no 1º clube a conquistar o título com, pelo menos, uma vitória sobre todos os adversários

O título agora conquistado pelo Cruzeiro quebrou ainda a hegemonia do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. É que nas últimas 9 épocas foram clubes destas duas cidades que se sagraram campeões. Antes, havia sido, precisamente o Cruzeiro a erguer o troféu, em 2003, no 1º ano em que o campeonato brasileiro se disputou na sua fórmula actual.
24/08 - Ponte 0 x 2 Cruzeiro (Foto: Ale Cabral/ LANCE!Press)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ACADÉMICA - 1 A.VISEU - 1 (4-3 GP) - FOI TAÇA

Orgulho Viseense na (quase) festa da taça!

Orgulho Viseense na (quase) festa da taça!
Académica 1-1 Ac.Viseu (4-3 a.p.)



Surpresa só para quem não viu. Em jogo a contar para a IVª eliminatória da Taça de Portugal, o Académico de Viseu deslocou-se a Coimbra e jogou cara a cara frente à turma local, de escalão superior, e só foi vencida pela “maldita” lotaria das grandes penalidades. Uma exibição superior que encheu de orgulho os inúmeros viseenses que marcaram presença no Estádio Cidade de Coimbra.


Filipe Moreira procedeu a algumas alterações em relação ao jogo de 4ªf em Aveiro, dando a titularidade de Marco Lança na esquerda da defesa, bem como o saudoso regresso de Ibraima ao onze.


Assim alinharam: Janota; Tiago Rosa, Tiago Gonçalves, Paulo Monteiro e Marco Lança; Ibraima, Bruno Loureiro, Leonel, João Martins; Ouattara e Cafú. Jogaram ainda: Zé Rui, Luisinho e Diogo Alves.


Os primeiros 45 min. foram mal jogados e tiveram poucos motivos de interesse, com uma Académica de Coimbra surpreendentemente apática, e o Académico de Viseu a tentar o contra ataque através das duas setas ofensivas. Pareceu-nos que a táctica – hoje audaz – do mister Filipe Moreira passava por isso mesmo: coesão defensiva, meio-campo guerreiro com qualidade de passe superior e um ataque entregue aos velocistas Ouattara e Cafú, mais tarde substituídos por Luisinho e Zé Rui. Digno de registo no 1ºtempo apenas um remate de Leonel aos 25min que saiu por cima do travessão de Ricardo.


A 2ªmetade continuou com a mesma toada. Contam-se pelos dedos de uma mão as oportunidades de golo de ambas as equipas. A Académica optava pela circulação de bola, esperando o erro dos viseenses, mas bem os comandados de FM, a defenderem com categoria. Foram inexcedíveis no que respeita à determinação e entrega ao jogo os academistas de Viseu. 0-0 no final do tempo regulamentar.


Com o prolongamento veio a emoção e os golos. A briosa viria a marcar primeiro, através de Diogo Valente, numa autêntica oferta do GR do Ac.Viseu. Janota ficou mal na fotografia. Acontece. 1-0 aos 92min de jogo. Desde então, arriscamo-nos a dizer, assistiu-se ao melhor Ac.Viseu da época até ao momento, com 25min. de luxo, encostando completamente a Académica para o seu reduto defensivo. Tiago Rosa primeiro, Luisinho depois eram as oportunidades mais flagrantes. Até que uma jogada colectiva superior, originaria o golo do Ac.Viseu, apontado por Zé Rui a passe de João Martins, para gaudio dos muitos adeptos que viajaram de Viseu. Era a alegria e o sentimento de justiça pelo desenrolar da partida. 1-1 e prémio mais que merecido no final dos 120min.


Seguiu-se a lotaria das grandes penalidades, e aí foi mais feliz a turma de Coimbra, vencendo 4-3. Falharam para os viseenses, Diogo Alves e Luisinho.


Parabéns à Académica pelo apuramento, Parabéns ao Académico pelo jogo extraordinário. Parabéns aos adeptos viseenses que se deslocaram e não se cansaram de apoiar o melhor clube do mundo. Orgulho Viseense. Agora, resta apontar as baterias para o campeonato, com a convicção de que, com a atitude e ambição de hoje, o sucesso estará garantido já no próximo jogo.


Força Académico!!!
João Monteiro


Estádio Municipal de Coimbra, 10 de novembro de 2013
4ª Eliminatória da Taça de Portugal
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)

Académica: Ricardo; Marcelo Goiano, Aníbal Capela, Reiner Ferreira e Djavan; Nuno Piloto (Magique, 77), Fernando Alexandre e Cleyton; Marinho (Diogo Valente, 66), Ivanidlo e Manoel (Rafael Oliveira, 56). Treinador: Sérgio Conceição.

Ac. Viseu: Ricardo Janota; Tiago Rosa, Tiago Gonçalves, Paulo Monteiro e Marco Lança; Ibraima, Bruno Loureiro e João Martins; Ouattara (Luisinho, 67), Leonel (Diogo Alves, 74) e Cafú (Zé Rui, 67). Treinador: Filipe Moreira.

Golos: Diogo Valente 93 (1-0), Zé Rui 113 (1-1)



Grandes penalidadesDiogo Alves falha – defesa de Ricardo (0-0); Cleyton ao lado (0-0); golo de Marco Lança (0-1); golo de Fernando Alexandre (1-1); Luisinho falha – Ricardo defende (1-1); golo de Diogo Valente (2-1); golo de Paulo Monteiro (2-2); golo de Ivanildo (3-2); golo de João Martins (3-3); golo de Magique (4-3)

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domingo, 10 de novembro de 2013

BENFICA - 4 SPORTING - ISTO É TAÇA FANTÁSTICO

Óscar

Nem sei o que escrever sobre este jogo. Talvez tenha sido um grande jogo, daqueles com muitos golos de que toda a gente gosta. Eu não me diverti nada, como é habitual nesta situação: não gosto de jogar contra esta gente, detesto tê-los em minha casa, e fico demasiado enervado durante todo o tempo que tenho que os aturar. Ainda estou, aliás, enervado. Estou satisfeito porque ganhámos e nos vimos livres deles, mas insatisfeito por não termos resolvido o jogo de forma mais convincente, em noventa minutos, e por termos desperdiçado uma vantagem de dois golos voltando a sofrer golos perfeitamente imbecis no seguimento de bolas paradas. O Benfica tem a obrigação de fazer muito mais frente a uma equipa com uma fracção do nosso orçamento, e que dispõe de menos qualidade e opções, posição por posição, no plantel.


Uma única mexida no onze de Atenas, mas sem alteração da táctica: André Almeida em vez do Maxi na direita da defesa. O jogo foi disputadíssimo e equilibrado desde o apito inicial, com a bola a andar longe das balizas, mas da primeira vez que o Benfica rematou à baliza, marcou. Foi um livre directo na zona preferida do Cardozo, perto da área e descaído para a direita, e o remate rasteiro deste passou sob a barreira sem deixar possibilidade de reacção ao guarda-redes. Quase de seguida ficámos perto do segundo golo, num lance em que o Enzo amorteceu para o remate de primeira do Cardozo, que foi correspondido com uma grande defesa do guarda-redes. Continuou o jogo na mesma toada, intensamente disputado, jogado a um ritmo elevadíssimo, mas com muito poucas ocasiões de remate para qualquer uma das equipas. Isto mudou no período louco que foram os últimos dez minutos da primeira parte. Primeiro sofremos o golo do empate, num grande cruzamento vindo da esquerda da nossa defesa que encontrou um jogador adversário solto do lado contrário para uma boa finalização de primeira, que não deu qualquer hipótese ao Artur. Depois foi uma boa reacção do Benfica ao golo sofrido, respondendo com dois golos de rajada, aos quarenta e dois e quarenta e quatro minutos. Ambos, inevitavelmente, da autoria do Cardozo. O primeiro numa jogada em que o Enzo desmarcou o Gaitán na esquerda, que com um cruzamento perfeito enviou a bola para o segundo poste, onde o Cardozo apareceu solto a cabecear de forma certeira. O segundo em novo cruzamento da esquerda, desta vez rasteiro, do Rúben, que o Cardozo se encarregou de finalizar com uma bomba de pé esquerdo. O jogo parecia (e deveria) ter ficado resolvido naquele momento. Mas muito mais estava para vir.


Entrou bem o Benfica na segunda parte. A vantagem dava confiança e o adversário parecia afectado por aqueles dois golos sofridos logo a seguir a ter chegado à vantagem. Era o Benfica quem tinha mais bola e se acercava mais da baliza adversária, deixando no ar a possibilidade de poder ampliar o resultado. Mas a situação alterou-se num instante, passados os primeiros quinze minutos. Primeiro, um remate muito perigoso ainda bem de fora da área obrigou o Artur a uma intervenção difícil, e no canto que se seguiu sofremos o segundo golo, com um dos centrais adversários a surgir na zona do primeiro poste para um cabeceamento cruzado. O golo relançou a incerteza no vencedor do jogo, o nosso adversário ganhou confiança, e o Benfica pareceu-me ter decidido arriscar menos no ataque, optando por tentar reter a bola e desacelerar o ritmo do jogo. A substituição forçada do Rúben, a vinte minutos do final, também não nos favoreceu, pois o Gaitán, que foi deslocado para o centro, não tem a mesma capacidade de luta e como tal perdemos alguma força nessa zona do campo. Mas de qualquer forma o tempo ia correndo a nosso favor, e a verdade é que ameaças às balizas (e nomeadamente, à nossa) eram quase inexistentes. Mais uma vez, tudo mudou nos minutos finais. Primeiro o Markovic, de cabeça e após livre do Gaitán, enviou a bola à barra; logo de seguida foi o Cardozo, depois de mais um grande cruzamento do Gaitán, que tirou o defesa da jogada e viu o quarto golo ser-lhe negado por uma grande defesa do guarda-redes; finalmente, e quase na resposta, foi o nosso adversário quem viu a bola ser devolvida pelo poste numa jogada em que o seu jogador se isolou frente ao Artur. E foi já no tempo de compensação que em mais uma bola parada consentimos o empate. Num livre marcado sobre a direita da nossa área o Garay não conseguiu cabecear e nas suas costas surgiu um adversário a cabecear para o golo e a levar o jogo para prolongamento.


E no prolongamento a sorte acabou por sorrir-nos. O jogo parecia estar de volta à toada de equilíbrio, mas um lançamento de linha lateral do Sílvio, na esquerda, resultou numa embrulhada entre o Luisão e um adversário, e já no chão o nosso capitão ainda conseguiu cabecear a bola, que de forma frouxa e enrolada passou por debaixo da pernas do guarda-redes, que já não conseguiu evitar que ela ultrapassasse a linha. Foi um frango enorme de um guarda-redes que durante o jogo já tinha evitado o nosso golo num par de ocasiões, e ainda viria a evitá-lo novamente até final. Este golo fez o jogo pender para as nossas cores novamente. Durante o prolongamento voltámos a ganhar alguma serenidade (a entrada do André Gomes sobre os noventa minutos e o regresso do Gaitán à esquerda trouxeram mais algum equilíbrio à equipa), o adversário foi obrigado a expor-se mais, e nós aproveitámos os espaços para criar algumas situações que poderiam ter resolvido o jogo mais cedo - as mais flagrantes nos pés do Ivan Cavaleiro e do André Gomes, que atirou ao poste. Do lado adversário, uma grande ocasião também, num cabeceamento que passou muito perto da nossa baliza quando quase parecia ser mais fácil marcar. Nos minutos finais, beneficiámos ainda de superioridade numérica após a expulsão de um dos centrais adversários.


Oscar Cardozo, indubitavelmente, o homem do jogo. Marcou um hat trick dos verdadeiros. O terceiro golo foi muito bom, pois o remate de primeira foi indefensável, mas gostei particularmente do segundo, pois toda a jogada foi bonita e o Cardozo apareceu no sítio certo a cabecear de forma exemplar e certeira - ainda para mais quando o jogo de cabeça até nem é um dos seus pontos mais fortes. Gostei muito, para não variar, do Enzo, que trabalhou imenso e saiu esgotado, e do Gaitán, que foi o nosso jogador mais criativo (ele por norma costuma jogar quase sempre muito bem contra o adversário desta noite). O Garay não esteve ao seu nível no seu centésimo jogo com a nossa camisola. Os dois golos sofridos de bola parada são prova disso.


Ganhámos, como devíamos ter ganho e era expectável que o fizéssemos. Mas podia ter sido melhor. Devia ter sido melhor. Eram dispensáveis o prolongamento e o sofrimento. O jogo estava ganho ao intervalo. Não podemos continuar a cometer erros estúpidos nas bolas paradas. Temos o mesmo treinador e os mesmos jogadores. Não há justificação para que de um momento para o outro tenhamos desatado a sofrer golos desta forma em catadupa.