segunda-feira, 8 de abril de 2013

OLHANENSE - 0 BENFICA - 2 - BEM CONSEGUIDO


O Benfica, de Jorge Jesus, venceu pela primeira vez em Olhão, em jogos para o campeonato. Depois de três empates nas últimas três temporadas, os encarnados venceram, com golos de Salvio e Matic.

No Olhanense, Manuel Cajuda não pôde contar com Luís Filipe (castigado) e promoveu a titularidade de Vasco Fernandes, que jogou ao lado de André Micael, na zona central da defesa. Nuno Reis derivou para lateral-direito, e no ataque, Tiago Targino regressou ao onze, em detrimento de Leandro.


Matic, Salvio e Enzo Perez, que Jesus afirmou estarem em dúvida, foram titulares, tal como André Almeida, que ocupou a vaga de Melgarejo, ausente devido a castigo. Na rotação dos avançados, desta vez coube a Cardozo ser suplente de Lima e Rodrigo.

No lançamento do jogo, Manuel Cajuda recordou os seus tempos de jogador, e contou uma história de um jogo, pelos juvenis do Olhanense, em Évora. «No final o nosso treinador disse que tínhamos jogado com 16. E nós sem perceber... Então, defendemos com oito e atacámos com sete. Oito e sete, mais o guarda-redes, dá 16. O Benfica defende com oito jogadores atrás da linha da bola. Se eu defender com nove atrás da linha da bola, não sou assim tão mau... Se o Benfica defende com oito jogadores, não me podem 'bater', ao dizer que eu posso pôr o autocarro...»



Seguindo o raciocínio de Cajuda, o «autocarro» do Olhanense foi mais curto, deixando lugares vagos no ataque. Oito homens a defender, mais o guarda-redes, dá nove, até aí... lotação esgotada, mas as saídas para o ataque só foram feitas com quatro (Terroso, Rui Duarte, Targino e Babanco), tão distante estiveram os outros «ocupantes». Assim, as contas ficaram-se pelos treze e o Olhanense ficou retido no seu meio-campo, com a «locomotiva» encarnada a desbravar caminho em direção à baliza de Bracali.

Rodrigo e Lima assumiram o papel de maquinista e conduziram o ataque, que pelo caminho, recolheu várias oportunidades de golo, principalmente nos primeiros 25 minutos. Faltou pontaria na finalização mas também houve muito Bracali a estorvar. A energia da locomotiva vermelha ia-se escoando, e só perto do intervalo é que surgiu dois novos ensejos, mas com o mesmo fim: parada de Bracali e bola ao lado. Ambos a remate de Lima.



Depois dos quinze minutos para reabastecimento, as duas «máquinas» voltaram no mesmo ritmo da viagem inicial. Só que o GPS dos encarnados estava melhor afinado e numa jogada individual de Salvio, o Benfica chegou ao seu destino, com o argentino a rematar rasteiro, fazendo a bola entrar na baliza de Bracali.

Cajuda não perdeu tempo e de imediato trocou dois dos lugares da frente do seu autocarro, com as trocas de Babanco e Terroso, por David Silva e Leandro, E deu ordem a Jander e Lucas Souza, para, mais vezes, ocuparem lugares mais adiantados, aumentando assim a lotação. Assim, o Olhanense lá conseguiu efetuar, pela primeira vez, um remate à baliza de Artur. E por Jander, um dos que teve autorização para trocar de lugar.



Mas o GPS dos encarnados estava certinho e aos 64 minutos, Matic, com um remate rasteiro, voltou a colocar a bola no mesmo sítio onde 12 minutos antes, Salvio tinha inaugurado o marcador: no destino e estacionada junto à base do poste direito. Curiosamente, Salvio e Matic, dois jogadores que Jesus colocou reservas em relação à sua utilização, desbravaram o caminho e deram continuidade ao caminho que o Benfica quer levar rumo ao destino final: o título

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