sexta-feira, 26 de abril de 2013

FENERBAHCE - 1 BENFICA - 0 - SORTE MAS ACREDITO


Pálida

Uma derrota pela margem mínima que deixa tudo em aberto para a segunda mão, mas que castiga um exibição pálida do Benfica esta noite. E podemos considerar que fomos protegidos pela sorte, já que por três vezes vimos a bola embater nos ferros da nossa baliza - o Gaitán também atirou uma vez ao ferro.


O André Gomes foi a escolha natural para o lugar do Enzo, tendo a surpresa sido a entrada do Aimar no onze, para fazer a ligação com o ataque. Na defesa, a presença natural do Jardel no lugar do capitão Luisão. O ambiente turco pouca influência pareceu ter sobre a nossa equipa, já que o nosso início de jogo foi bastante razoável. Durante o primeiro quarto de hora o Benfica teve o jogo controlado, e até dispôs de duas oportunidades, nos pés do Salvio e do Aimar. Mas perto dos vinte minutos o Fenerbahçe dispôs de duas oportunidades de rajada, tendo na segunda enviado a bola à barra da nossa baliza num cabeceamento do Webó, e despertou com esses dois lances, passando a ter superioridade no jogo durante os minutos que se seguiram. Mas apesar do relativo ascendente de cada uma das equipas em determinados períodos do jogo, nunca houve propriamente períodos de sufoco, já que parecia haver muito respeito de parte a parte, e para além disso o futebol jogado era muito desligado, com passes falhados e poucas jogadas dignas de interesse. Já em período de descontos antes do intervalo, penálti contra o Benfica, após uma falta desastrada do Ola John, e a sorte a sorrir-nos mais uma vez, já que na marcação o Baroni acertou no poste.


Para a segunda parte surgiu, sem grande surpresa, o Gaitán no lugar do Aimar, já que o nosso dez mostrou uma natural falta de ritmo. A reentrada dos turcos foi forte, tentando por várias vezes o remate e acertando mesmo no ferro pela terceira vez no jogo, desta vez num remate do Kuyt. Praticamente na resposta, foi o Gaitán quem atirou ao poste, naquela que foi a melhor oportunidade do Benfica em todo o jogo. A partir do meio da segunda parte o Benfica pareceu recuar mais, não se se por falta de frescura física ou por ser uma aposta em segurar o nulo, mas a verdade é que no espaço de alguns minutos os turcos carregaram mais, sem que o Benfica conseguisse segurar a bola ou sair para o ataque para respirar um pouco, limitando-se os nossos jogadores a aliviar bolas para onde estavam virados. Coincidência ou não, o Fenerbahçe chegou mesmo ao golo no culminar desse período, num momento em que, para variar, a sorte não nos foi favorável, já que o golo surge na sequência de um canto mal assinalado. O Melgarejo ao segundo poste encarregou-se de fazer a assistência para o primeiro poste, numa zona onde estavam três adversários à vontade, tendo um deles cabeceado para o golo (mesmo assim a bola ainda foi ao poste antes de entrar, de nada valendo o corte do Jardel, pois a bola já tinha ultrapassado a linha). Faltavam vinte minutos para o final, mas pouco mais de assinalável se passou até final. Os turcos pareceram relativamente satisfeitos com o resultado, e o Benfica foi desastrado e desinspirado no ataque.


O melhor do Benfica terá sido o Matic. O Melgarejo fez um jogo bastante fraco, e não digo isto apenas pela 'assistência' para o golo turco. Antes disso já ele tinha tido mais do que um corte disparatado, e algumas perdas de bola desnecessárias. O Rodrigo, que entrou a meio da segunda parte, revelou-se um auxiliar importante da defesa do Fenerbahçe na manutenção da vantagem mínima.

A derrota por um a zero é um resultado sempre bastante perigoso, mas deixa-nos com boas possibilidades de discutir o acesso à final para a semana, em nossa casa. O Fenerbahçe não mostrou ter uma qualidade suficientemente grande para que esta desvantagem seja uma barreira inultrapassável. Mas temos agora que saber desviar a atenção desta competição, e focar-nos no jogo com o Marítimo. A conquista da Liga é a grande prioridade e a Liga Europa continua a ser, para mim, acessória. Tendo em conta a campanha que o velho corrupto e o azeiteiro já andam a fazer para esse jogo, não podemos dar-nos ao luxo de cometer o menor deslize.

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