Tão nervosos que eles (academistas) estavam
Num jogo, quase, decisivo, o Académico de Viseu não foi além de um empate frente ao Cinfães, equipa que já estava arredada da luta pela subida. Em jogo interessante, o empate acaba por ser o resultado lógico e, diga-se, justo.A formação orientada por Luís Almeida não repetiu a exibição realizada há oito dias, antes frente ao Tondela. A necessidade de vencer "tolheu" os intentos dos jogadores viseenses que se mostraram muito intranquilos no início de jogo, o que acabou por lhes ser fatal. Uma desconcentração aos 13 minutos, quase, deitou por terra as reais expectativas dos donos da casa.E os academistas até criaram a primeira grande ocasião de golo. Aos quatro minutos Rui Santos teve uma grande incursão pela direita, cruzando com "açúcar" para Everson rematar, mas Padeiro fez a defesa da tarde.Estranhamente, o lance não animou e serenou as hostes viseenses, que se mostravam intranquilas e permissivas em termos defensivos, como ficou provado aos 13 minutos, quando Nogueira teve tempo e espaço para bater Augusto.Se a turma da casa já tinha dado sinais de intranquilidade, estes aumentaram e foi a turma duriense que esteve perto de ampliar a vantagem. Aos 26 minutos Maia apareceu na zona da marca de grande penalidade a rematar de cabeça, com a bola a sair rente ao poste esquerdo da baliza de Augusto. Antes, porém, já Luís Almeida tinha tirado Álvaro para lançar Milford, para à meia hora tirar Casal e lançar Márcio, que acabou por dar mais vivacidade ao meio campo e ataque, com o treinador academista a correr todos os riscos.À entrada para o último quarto de hora do primeiro tempo, a turma da casa logrou ganhar algum ascendente em busca da igualdade. Depois de Rui Santos ter atirado ao poste, num lance em que flectiu da esquerda para o meio, Zé Bastos levou a decisão do jogo para a segunda parte, num lance em que a defensiva duriense se "esqueceu" do numero 9 do Académico, que bateu Padeiro.Segunda parte mais movimentadaA etapa complementar foi mais movimentada, muito por culpa dos viseenses, que imprimiram maior velocidade à partida. Todavia, isso não significou clarividência, pois faltou sempre qualquer coisa, apesar de Everson ter "assumido" o jogo. Porém, foi inconsequente, não por culpa sua, mas, em especial por culpa de um Cinfães que povoou bem o meio campo, limitando muito a organziaçao ofensiva dos viseenses.Logo aos 3 minutos, Zé Bastos fugiu na direita, mas o cruzamento apanhou Milford um tudo-nada adiantado, acabando por não conseguir o desvio para a baliza.Aos 10 minutos, o lance mais polémico do encontro, com Sidon a tocar a bola com a mão na área, com o juiz da partida a nada assinalar. Diga-se também que não houve reclamações por banda dos viseenses.Com o Académico a tentar imprimir velocidade ao jogo, a formação orientada por Vítor Moreira procurava controlar as operações a meio campo, tentando também "acalmar" o jogo. Os viseenses tentavam chegar ao golo, mas faziam-no, quase sempre, com muita ansiedade, nunca encontrando a melhor forma de levar a bola com perigo até à área de Padeiro. Aos 67 minutos a turma da casa teve a melhor ocasião da etapa complementar. Na sequência de um canto, apontado por Rui Santos, Zé Bastos apareceu a rematar na pequena área, mas Padeiro salvou sobre a linha.Até final, diríamos que, por parte dos viseenses, houve muita parra e pouca uva, pois raramente lograram criar grandes dificuldades ao ultimo reduto duriense. Alias, foi a turma de Vítor Moreira que esteve perto do golo, em tempo de descontos, com Mauro a aparecer bem na direita e a fazer a bola beijar o poste da baliza de Augusto.Quanto à arbitragem, Fernando Nunes e companhia regressam ao Porto de consciência tranquila, apesar daquele lance na área duriense.
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