segunda-feira, 30 de setembro de 2013

UMA ENORME VERDADE DO BENFICA ACTUAL

Vamos Lá Falar Outra Vez do Campeonato


Ao fim de 90' de campeonato vim aqui explicar que desistia de escrever crónicas dos jogos do Benfica esta temporada. Argumentei calma e ponderadamente que não valia a pena estar aqui a maçar-vos semana após semana batendo nas mesmas teclas. Ao contrário do que possam ter pensado não foi um desabafo de ocasião nem nenhuma precipitação.
Antes de começar o campeonato a minha desilusão trazida de Maio não só não tinha passado como ainda aumentou. A maneira como a Direcção reagiu aquela tragédia em três actos foi assustadora de tão grosseira!

Basicamente, o que sinto é que no dia a seguir ao Jamor perdeu-se uma oportunidade histórica de arrumar o clube por dentro e por fora.
Por dentro deixando partir Jorge Jesus. Não por ser mau treinador, até acho que foi um dos melhores que passou por cá, mas apenas e só porque acabou o ciclo dele de maneira cruel e fria. Esteve perto de vencer o campeonato algumas vezes mas só o ganhou uma, fez excelentes carreiras europeias mas mostrou que nunca iria consumar uma vitória final nas provas da UEFA, e aqui até me refiro mais ao desastre de Braga do que à infelicidade final de Amesterdão. Venceu, e muito bem, Taças da Liga que , ao contrário do que se quer fazer pensar, são importantes de ganhar mas borrou a pintura toda no historial da Taça de Portugal. Após aquele jogo com o Vitória no Jamor, Jorge Jesus não tinha, nem tem, mais nada para nos dar. Tinha de ir à sua vida e nós tínhamos que aprender a lidar com isso.
Ainda por dentro, Cardozo tinha de ter saído. Saía Jesus, saía Cardozo e também saía Carlos Martins, por exemplo. Para se cortar o mal pela raíz até devíamos ter promovido a venda de Artur que arrasta consigo para sempre fantasmas dos momentos negros da época passada.
Optou-se por manter tudo! Até Carlos Martins.

Não houve vontade nem coragem de começar um novo ciclo, de procurar novos métodos. Era importante ter entrado uma nova equipa técnica mas com uma direcção forte na secção de futebol. Aproveitava-se para informar os sócios que o departamento de futebol tinha um líder e uma equipa em vez de termos algo que ninguém entende bem o que é e como funciona. A ideia que tenho do futebol do Benfica é que Jorge Jesus faz o que quer e bem lhe apetece, às vezes Vieira coloca um travão e acena com Rui Costa que ninguém percebe o que faz ali ao certo. Nem Vieira sabe explicar a cada entrevista que dá, nem Rui Costa deve saber direito o que anda ali a fazer no meio do líder Jesus e do Presidente Vieira. Por exemplo, onde anda Carraça? Saiu, ficou ? E o tal "novo" Director Desportivo ?
Enfim, está tudo como dantes, é Jesus a mandar e Veira a rezar para que a coisa corra bem.

O problema é que no futebol assim como não há grande ciência oculta e todos percebem um pouco do jogo também não há milagres! O ciclo esgotou-se mesmo. As vantagens de termos mantido Jesus este tempo todo esfumaram-se. E eram boas e relevantes. Jesus criou um hábito sagrado que nós já tínhamos esquecido e alguns nem sabiam como era... Falo dos jogos na Luz. Com Jesus em casa o Benfica passou a vencer quase sempre. Esta temporada não perdemos pontos com o Gil Vicente por ... milagre ( afinal há milagres no futebol mas são raros ) e agora esbarrámos num Belenenses regressado ao seu lugar e cheio de dores de crescimento que chega à Luz em choque com a perda do seu treinador. Jogámos zero.

Na primeira volta não conseguimos ganhar a nenhum dos vizinhos!
Após a vitória europeia e o suado triunfo em Guimarães tudo indicava que estávamos a começar um daqueles ciclos fortes de Jesus mas a tentação do treinador em fazer as coisas à sua maneira levou-o a ressuscitar Cortez! Não me venham com a conversa da rotação que para isso também tinha tirado Maxi Pereira e até Fejsa que tal como Siqueira não fez pré época connosco. E rotação ao 5º jogo de campeonato sem ter consolidado ainda um "11" ?!

Enfim, não quero estar aqui a culpar o pobre brasileiro, não é disso que se trata, o que interessa é que é mais um prova que o ciclo JJ terminou. Correu tudo mal e perderam-se pontos com uma das equipas menos fortes (nesta altura, entenda-se) da Liga.
Se os 2 pontos perdidos em Alvalade até se compreendiam nas contas finais, a derrota na Madeira e este empate caseiro dissipa todo o tipo de dúvida quanto ao êxito no fim da época. Lá está, há milagres mas só pontuais.

Por outro lado a Direcção do Benfica não consegue perceber o nosso campeonato. Não entende mesmo. Pior que isso, acha que domina todas as componentes da competição mas não percebe nada.
Esta tem sido a época em que a vergonha desapareceu de todo no que diz respeito a ganhar à força. O Benfica perde pontos quando joga mal. Justo.
O problema é que o Campeão está a revalidar o título da maneira que todos sabemos. Quando joga mal é criticado pela imprensa, é assobiado pelos próprios adeptos mas ... ganha! É um pormenorzinho que muda tudo. A maneira como deram a volta no Bonfim ou o modo como chegaram à vitória neste último jogo deixa tudo à mostra. Só não vê quem não quiser. Temos que viver com isto.

O nosso gigantesco problema , eu diria existencial, é saber que nem jogando no máximo das nossas forças, nem com os melhores e mais caros plantéis de sempre, nem com o melhor futebol que temos visto vamos conseguir ficar à frente do rival. Está mostrado, está provado. Basta um deslize nosso e morremos. O segredo disto é que quando eles deslizam já vão confortáveis ou então quando estão para deslizar algo os agarra e os mantém no rumo.

E nós o que fazemos ?
Bem, nós atacamos forte e feio nos comunicados. Uma modalidade recente muito querida pela nossa Direcção. Pessoal que adora escrever e ver a sua prosa divulgada pelo país enche-se de orgulho e ironias e goleia nos comunicados. Quase sempre sem resultados. Para quê? Na semana a seguir ainda é pior como se viu.
Ou então critica-se meios de comunicação. Há poucos meses o Benfica atirou-se forte e feio ao Correio da Manhã que tinha jornalistas que fumavam substâncias ilícitas. Espectáculo.
E depois? Ah, depois o nosso Presidente tem toda a honra em dar uma entrevista no canal de televisão desse jornal. Além disso esse canal passa a fazer cobertura do arranque dos nossos jogos. Uma coerência intrigante.

Não há rumo absolutamente nenhum no jogo de bastidores do campeonato. Calam-se quando deviam falar, falam quando deviam estar calados, atacam quem depois os recebe em casa. Não consigo entender a estratégia.
Mas entendo bem os resultados. Estão à vista.

O Presidente diz que estamos muito perto de ganhar, o treinador revela que a hegemonia será nossa e os sócios o que dizem? Aqui vamos ficar só mesmo pelos sócios para não ferir susceptibilidades, ok?
Os sócios viraram costas ao clube e ao futebol mas ninguém quer ver isso. Nem a Direcção que se esforça por esconder números nem os mais acomodados que desculpam a falta de militância no estádio, nos pavilhões e nas Assembleias Gerais com a crise financeira, a meteorologia e sabe-se lá mais o quê..
Acho que agora não dá mais para disfarçar nem tornar isto numa questão pessoal.
A equipa de futebol tem cerca de 30 mil pessoas a ir ao estádio, nas modalidades nem mil aparecem, nas Assembleias Gerais estão cerca de 500 no máximo. O mais deprimente deste estado foi ver a Luz em noite de Champions League com menos de metade das cadeiras ocupadas. Único estádio europeu nessa noite europeia que não encheu. Triste.
Mas isto explica-se.

Quantos Red Pass vendeu o clube esta temporada? Cerca de 20.000. Assim fica fácil ler-se os 30.000 que aparecem na Luz. 2/3 são cativos , 1/3 ocasional.  Não é preocupante ? A mim parece-me ser a falência de um projecto. Se o Estádio foi pensado para 60.000 pessoas acho que estamos bem abaixo das expectativas.
Só que o panorama é desolador. Os sócios estão fartos de Jesus , de Cardozo e , acima de tudo, de perceberem que isto nunca vai ter um final feliz. Já deram o seu contributo para alguns momentos bons mas o que os benfiquistas querem é títulos. E isso foi-se.

O mais preocupante de tudo isto é perceber que a mensagem oficial esta temporada é: a prioridade é o campeonato!
Bem, se isto é a prioridade nem quero ver o que está para vir nas Taças!
A Champions League acaba na Luz mas queremos é ganhar o campeonato.
A mim parece-me o contrário, o arranque do campeonato foi um desastre e a estreia na Champions foi positiva. Se calhar é apontar baterias à Europa. Aproveite-se o melhor plantel de sempre para brilhar na Europa.
É que no campeonato o melhor é começarem a pensar em trabalhar para a entrada directa na Champions da próxima temporada. Ganhar o campeonato português é uma missão absolutamente impossível mesmo que não estivéssemos em fim de ciclo e com esta postura moribunda. O título continua entregue, pensem no resto e parem com comunicados e prioridades.
Foram comidos outra vez em tudo.
E puseram-se bem a jeito para isso, diga-se de passagem. Quem não arruma a casa no verão nunca será campeão. O que se fez foi desarrumar mais e criar um caos aparentemente controlado. Deu asneira.
Volto repetir, vejam lá é se dá para o 2º lugar.

É uma dor interna e silenciosa não sentir a menor vontade em ir para a Luz em dia de jogo chegando lá em cima da hora do jogo e sair de lá arrastando os pés. É uma tristeza não ter voltado a vibrar com um golo do Benfica desde aquela noite com os turcos na Luz. É triste não ter a menor vontade de ir ver a equipa a lado nenhum. É que cada vez gosto mais de futebol e o Benfica teima em afastar-se dessa paixão.

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A Mulher do Garay

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domingo, 29 de setembro de 2013

BENFICA - 1 BELENENSES - 1 - TRISTE

Vergonhoso

Exibição verdadeiramente miserável e resultado a condizer: dois pontos deitados fora contra uma das piores equipas da Liga (se não a pior mesmo). Não foi apenas a pior exibição do Benfica esta época; deve ter sido a pior exibição do Benfica dos últimos anos, porque há muito, muito tempo que não me lembro de ver a minha equipa produzir tão pouco e, pior ainda do que isso, com tão pouca vontade de fazer mais. Tudo hoje - a exibição, a atitude e o resultado - foi simplesmente vergonhoso.


Três alterações no onze: o inevitável regresso aos dois avançados, com a entrada do Lima, e mudanças nas laterais da defesa, onde regressaram o Maxi e o Cortez. O Benfica até entrou bem no jogo. A jogar abertamente ao ataque, em pressão constante sobre o adversário, remetendo-o bem para dentro do seu meio campo, e conseguindo vários remates e cantos quase consecutivos. O resultado disso foi o golo do Cardozo, decorrido o primeiro quarto de hora, num cabeceamento após cruzamento do Lima na esquerda. E depois disto... nada. O jogo praticamente acabou para o Benfica nesse preciso instante. Não sei se se convenceram que o mais difícil estava feito, e que já nem seria necessário esforçarem-se muito, mas eu não consigo mesmo lembrar-me de mais nada de positivo que tenhamos feito durante todo o resto do jogo. Claro que o Belenenses agradeceu e apareceu finalmente no jogo, mesmo que sem ameaçar grande coisa porque, convenhamos, eles são mesmo muito maus. Mas à meia hora de jogo tiveram um canto, a bola foi para a área e o Garay, o Fejsa e o Cortez ficaram a olhar uns para os outros enquanto um adversário cabeceava para o golo no meio deles. O pior de tudo nem foi o empate, foi perceber logo naquela altura, quando ainda teríamos mais de uma hora para jogar, que perante a atitude que a equipa vinha mostrando só muito dificilmente acabaríamos por ganhar o jogo. A (não) reacção ao golo sofrido encarregou-se de confirmar esta perspectiva nada agradável.

Para a segunda parte veio o regressado Gaitán no lugar do Markovic (novo jogo para esquecer), mas nada mudou. O Benfica simplesmente esqueceu-se de como jogar futebol. Uma lentidão irritante e uma falta de ideias exasperante foi tudo o que vi. Quase nunca conseguimos ganhar a linha para fazer um cruzamento, e andámos imenso tempo a trocar a bola aparentemente sem objectivo entre os nossos jogadores. Quando nos aproximávamos da área, sem ideias sobre o que fazer, a bola lá voltava para trás e viajava da direita para a esquerda e vice-versa, sem progressão ou sem que algum jogador quisesse arriscar um cruzamento ou um remate. Foi confrangedor ver a incapacidade gritante que tivemos para criar ocasiões de golo. E quando perdíamos a bola, a equipa ficava partida ao meio porque os jogadores da frente recuavam a passo e nem lutavam pela recuperação - o mais grave é que comecei a ver este comportamento ainda durante a primeira parte. O Belenenses lá foi fazendo o seu trabalho, a queimar tempo simulando lesões ou retardando as reposições da bola em jogo o mais que podia. De resto, bastava manter os jogadores acumulados nas imediações da sua área para ir aliviando as bolas que o Benfica, com o passar do tempo, ia despejando cada vez mais para essa zona com muito pouco nexo. O empate acaba por ser um resultado óbvio para tão pobre exibição, e só não foi pior porque, repito, o Belenenses é mesmo muito mau. Pelo menos os fanáticos da estatística da 'posse de bola' devem estar contentes hoje - não vi os números, mas devemos ter arrasado nesse capítulo. Não fizemos nada com a bola, mas fartámo-nos de ter posse. Aliás, devemos ter dominado tudo o que é estatística. Assim é que é bonito.

Não consigo - é mesmo impossível - encontrar algum destaque neste jogo. A maioria dos jogadores até parecia estar cansada, ou apática e sem vontade de jogar. O Matic parece que após avançar no terreno se está a transformar num jogador banal. O Lima tem sido uma lástima esta época, e hoje voltou a fazer um jogo inacreditavelmente mau, salvando-se apenas pelo cruzamento para o golo. Menciono estes apenas por ser notória a diferença para aquilo que sabemos que podem produzir, não porque ache que tenham estado piores do que os colegas hoje.

Espero que na próxima quarta-feira, em Paris, a nossa equipa jogue muito bem, faça um brilharete, e que com isso os nossos jogadores ou técnicos possam aspirar a um bom contrato ou uma transferência interessante. Têm toda a probabilidade de o conseguir; afinal de contas, hoje passaram oitenta minutos a descansar. Por mim, podem meter a Champions num certo sítio. Estou-me positivamente nas tintas (já o disse no passado e vou continuar sempre a dizer o mesmo) para a Champions, e provavelmente nem me incomodarei a ver o jogo. É uma prova de que não gosto e que, na minha opinião, só serve sempre para atrapalhar o campeonato. Sobretudo quando o profissionalismo parece escassear.

UNIÃO - 1 A.VISEU - 0 - MAU MUITO MAU

CF União 1-0 Ac. Viseu FC

Estádio Municipal do Machico, 28 de setembro de 2013
8ª Jornada da Liga 2 Cabovisão
Árbitro: Jorge Ferreira (Braga)

União da Madeira: Pedro Trigueira, Carlos Manuel, Zarabi, Roberto, Delmiro, Toni, Ávalos, Rúben Andrade (Hugo Morais, 23), José Vítor (Adilson, 64), Santiago Silva (Jimmy, 79) e Miguel Fidalgo. Treinador: José Barros.

Ac. Viseu: Hélder Godinho; Tomé, Tiago Gonçalves, Cláudio e Tiago Rosa; Lourenço, João Martins e João Alves (Capela, 64); Zé Rui (Leonel, 72), Ouattara (Diogo Alves, 57) e Cafú. Treinador: Filipe Moreira

Golo: Lourenço 45+1 pb (1-0)


Veja aqui a crónica do jogo

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

V.GUIMARÃES - 0 BENFICA - 1 - JUSTO


Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
1/12
Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
2/12
Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
3/12
Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
4/12
Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
5/12
Vitória de Guimarães vs Benfica (LUSA)
V. Guimarães-Benfica
6/12
V. Guimarães-Benfica
OUTRAS FOTOGALERIAS
O segundo resgate era inevitável. Jesus percebeu-o a tempo, ainda que o plano envolvesse uma parcela de risco alarmante. A primeira fórmula, concebida a partir de uma suposição errada - inspiração de Djuricic - foi um logro.

Saiu o desenquadrado sérvio (e, já agora, Addy), entrou Lima e o Benfica teve a capacidade de voltar a suspirar. De alívio. Com Lima de braço dado a Cardozo e o Vitória reduzido a dez unidades na última meia-hora, não houve SWAP minhoto nem sinal de incorreção factual capazes de inquinar a sentença derradeira: as águias triunfaram em condições duríssimas.

Por responsabilidade própria e qualidade da oposição, o Benfica teve, sublinhe-se, de sofrer muito. Até ao fim. Num derradeiro sopro de vida, o Vitória acabou o jogo a pressionar e a beneficiar de um livre direto à entrada da área. Nada feito. O testemunho de Tiago Rodrigues chocou com estrondo na barreira encarnada.

Sobrou, pois, para contar o primeiro golo de Óscar Cardozo na época. Jogada confusa, remate do paraguaio, desvio de Marco Matias, plano de recuperação pontual aprovado. Também destas vitórias, honestas mas sem ponta de virtuosismo, se fazem os campeonatos.

FICHA DE JOGO E NOTAS

Pese embora o final feliz, há toda uma história densa e problemática para o Benfica. Pelo menos até ao tempo de descanso. O primeiro tempo revelou-se uma batalha de corpos em choque, protestos constantes e futebol muito, muito pobre.

Tanto assim é que, para arranjarmos um outro lance interessante, somos forçados a incluir um pontapé bem intencionado mas inofensivo de André Santos e uma defesa de Douglas a remate de Siqueira. Essa sim, uma boa intervenção.

Nessa fase do jogo, o Benfica não teve pinga de imaginação, nem uma centelha de dinamismo a fomentá-la. Não é justo desligar esta avaliação negativa do mérito vitoriano, naturalmente, embora a responsabilidade maior deva ser apontada aos homens de Jesus.

Markovic escondeu-se na esquerda, Matic teve pouca influência, Djuricic raramente teve ou quis a bola, e apenas Fejsa e Enzo apareciam a um nível aceitável. Perante isto, o treinador do Benfica viu-se forçado a mexer. Ainda a tempo de se salvar, conforme já referimos.

Veja como foi o V. Guimarães-Benfica AO MINUTO

A expulsão de David Addy é um fator determinante nesta mini-avalanche do Benfica até ao golo, mas já antes do lateral sair as águias mandavam no jogo. Lima deu a intensidade e a presença que Djuricic foi capaz de dar e começou a adivinhar-se a mexida no marcador.

Mesmo assim, o Vitória justifica aplausos pela coragem e reação exibidas. Nii Plange agitou a ala direita, Maazou deu luta a Luisão e Garay até ao derradeiro instante, mas o Benfica agarrou com alguma segurança a felicidade sustentada pelo golo a meias entre Cardozo e Matias.

Resta uma observação à arbitragem de Bruno Esteves: péssimo ao não assinalar um penálti evidente sobre Lima, mal ao exibir o primeiro amarelo a Addy e ao poupar Siqueira do segundo. O jogo não foi fácil também para o juiz de Setúbal.

Resgate assegurado.

domingo, 22 de setembro de 2013

TAÇA DE PORTUGAL . A.VISEU-2 NOGUEIRENSE - 1 - EM BRASAS

Ac. Viseu FC 2-1 AD Nogueirense

O Académico de Viseu, recebeu hoje no Fontelo, uma "velha conhecida" equipa de Nogueira de Cravo.

Ac. Viseu - Helder, Tomé, Tiago Gonçalves, Claudio e Tiago Rosas, Lourenço, J. Martins(Luisinho) e J. Alves(Capela), Zé Rui(Leonel), Ouattara e Cafu.

Já se sabia que não iria ser um jogo fácil para a equipa do Académico, já que contra este adversário, qualquer jogo se torna complicadíssimo, apesar da diferença de escalões onde cada uma delas compete este ano.

O jogo até começou, muito bem para o Académico, logo na jogada inicial, lance desenvolvido pelo lado esquerdo do ataque, cruzamento para a área e Cafu a cabecear para o fundo das redes.
Ainda não tinha decorrido o 1º minuto de jogo!

A partir daqui, a equipa academista, teve uma mão cheia de ocasiões de dilatar o marcador, mas por um ou outro motivo, a bola teimou em não entrar mais.

Realce para o Sr. Paixão que deixou passar ainda na 1ª parte um atropelo por parte de um defesa do Nogueirense a Ouattara dentro da área!

Na segunda parte a história mudou radicalmente, a equipa viseense, dá o controlo de jogo ao adversário, começa a recuar no terreno, e foi sem surpresa que a equipa forasteira chega ao empate.

Caiu um balde de água fria no Fontelo! A equipa intranquilizou-se ainda mais, o Nogueirense jogava em contra-ataque, e nada saía bem ao Académico.

O lance capital chegou quando faltavam cerca de 15m, para o final do jogo. Cafu consegue ultrapassar um defesa, e quando seguia isolado para a baliza, é rasteirado á entrada da área por um defesa contrário, que acaba por receber ordem de expulsão.

O livre foi convertido, mas sem perigo para a baliza adversária. A jogar com mais um jogador, Filipe Moreira faz entrar Luisinho, e a sua velocidade, conseguiu dar outra dinâmica ao ataque academista.

Num desses lances de contra-ataque academista, Tomé(?), cai na área, e o árbitro assinala a marca da grande penalidade. Lourenço pega na bola para a converter, mas Cláudio, pede para converter, e com a calma, concentração e frieza a que já nos habituou, acaba por fazer o segundo golo.

A partir deste momento, voltou estranhamente a intranquilidade á equipa da casa, que nem em vantagem no resultado e em numero de jogadores, soube controlar o jogo a seu belo prazer.

Resultado justo, mas muito sofrível de uma equipa, que pode e deve fazer muito mais, mas que joga em cima de um "fogareiro em brasas".

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CARTOON



A.VISEU

Notícia de interesse academista

Viseu, 18 setembro (Lusa) -- O presidente do Académico de Viseu, António Albino, anunciou hoje que retirou o pedido de demissão do cargo, anunciada na semana passada.
O anúncio foi feito através da leitura de um curto comunicado, sem direito a perguntas no final, no qual o presidente do clube viseense, que esta época subiu à II Liga de futebol, reafirmou a sua vontade de continuar na liderança do clube, o que acontece desde 2003.
"Recebi muitas chamadas e muitas mensagens", disse António Albino, referindo que não ficou indiferente às manifestações de apoio e solidariedade.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

BENFICA - 2 ANDERTECH - 0 - BOM COMEÇO

Benfica da Champions tem mais encanto

Encarnados começaram a participação na Liga dos Campeões com uma importante vitória em casa, frente ao Anderlecht. Foi o melhor Benfica desta época.

Benfica da Champions tem mais encanto
Começou com o pé direito a temporada europeia do Benfica. A jogar em casa, os encarnados “arrancaram” a melhor exibição da temporada até ao momento e bateram o Anderlecht por 2-0, em jogo da primeira jornada do Grupo C da Liga dos Campeões.
O Benfica entrou em alta rotação no jogo do Estádio da Luz e depressa começou a destruir as linhas defensivas do Anderlecht. Cedo o empenho deu resultado, já que aos quatro minutos o Benfica chegou à vantagem. Enzo Pérez rematou ainda de fora da área, Proto não segurou e Djuricic foi mais lesto na reação e bateu o guarda-redes belga.
O Benfica não abrandou o ritmo e o Anderlecht mostrou-se completamente surpreendido pela mobilidade da frente de ataque encarnada, com o pivot Cardozo a segurar e libertar jogo para Djuricic, Markovic e Enzo Pérez, hoje com muito mais liberdade na companhia de Fejsa e Matic. 
Nos minutos seguintes, Cardozo esteve perto de regressar aos golos e, quando não era ele, criava espaços para os colegas. O golo acabou por surgir na sequência de um canto, com o capitão Luisão a dar por bem empregue a subida à área belga: o brasileiro matou a bola no peito e só com o guarda-redes pela frente não facilitou e rematou para o 2-0.
Muito Benfica para pouco Anderlecht e até ao intervalo foi mesmo o Benfica a estar mais perto do terceiro. Do Anderlecht apenas um lance de algum perigo, por Mitrovic, e que Fejsa resolveu com prontidão.
O Benfica voltou a entrar mais pressionante na segunda parte, mas o Anderlecht voltou ao relvado também mais afoito. Com nova disposição no campo, os belgas provocaram os primeiros lances junto da baliza de Artur, com o jogo a ficar mais partido e Fejsa e Matic com mais trabalho para travarem as investidas belgas.
Contudo, o Anderlecht não conseguiu mais do que causar algum sobressalto - que Artur soube resolver - e foi perdendo gás na tentativa de reduzir a vantagem encarnada, que quer Cardozo quer Markovic podiam ter aumentado. Sobretudo o sérvio, que já se viu que é craque, mas que vai ter de aprender a soltar a bola com mais rapidez em vez de insistir nas jogadas individuais.
Sem golos até final, o Benfica manteve com segurança o 2-0 conquistado no primeiro tempo e consegue de forma incontestável os três primeiros pontos no Grupo C da fase de grupos da Liga dos Campeões.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

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FARENSE - 1 A. VISEU - 1 - FRACO NULO

SC Farense 1-1 Ac. Viseu FC



O Académico foi hoje a Faro, defrontar a equipa local. O Farense, precisava de pontuar, uma vez que se encontra na cauda da tabela classificativa, e acabou de despedir o treinador na ultima jornada.

Estádio São Luís, 15 de setembro de 2013
6ª Jornada da Liga 2 Cabovisão
Árbitro: Hélder Malheiro (Santarém)

Farense: Ivo, Carlitos, Fausto, Luzardo (Hernâni, 79), Hugo Luz, Bilro, Nikola, Matias (Adelaja, int), Livramento (Fábio Felício, 65), Ibukun e Rambé. Treinador: Antero Afonso.

Ac. Viseu: Hélder Godinho; Tomé, Cláudio, Thiago Pereira e Tiago Gonçalves; Paulo Monteiro, João Alves (Capela, 66) e João Martins (Lourenço, 74); Ouattara (Tiago Rosa, 82), Zé Rui e Cafú. Treinador: Filipe Moreira.

Expulsão: Paulo Monteiro 28


Golos: João Alves 21 (0-1), Adelaja 55 (1-1)

Foi sem surpresa que a equipa da casa dominou os primeiros 15m de jogo, com o Académico aos poucos a equilibrar a partida. 

Passavam 21m de jogo, quando João Alves, aparece na área a fazer o golo academista.

Aos 28m, mais um revés para a equipa de Viseu, Paulo Monteiro pisa um adversário, e é expulso com vermelho direto. Aguardamos possíveis imagens do jogo( que ao contrário do que estava previsto não foi transmitido pela BenficaTv), para averiguar se não foi um cartão parecido, com aquele que Capela viu na Covilhã. 
Começa a ser um "habitué", nos jogos fora de casa jogarmos com 10, contra 11, tem de ser obrigatoriamente um tema de discussão dentro do balneário, porque tem prejudicado muito o clube. 
Foi já na 2ª parte por volta dos 55m, que Adelaja, restabeleceu a igualdade, resultado que permaneceu até final.

domingo, 15 de setembro de 2013

BENFICA - 3 P.FERREIRA - 1 - JUSTA

Competente

Uma exibição competente deu ao Benfica uma merecida e relativamente tranquila vitória sobre o Paços de Ferreira, num jogo em que assistimos à estreia de dois jogadores com a nossa camisola.


Sendo mais ou menos óbvio que o Enzo iria ser desviado para a direita, para ocupar a posição do lesionado Salvio, durante a semana especulou-se sobre quem iria acompanhar o Matic no centro. Falou-se do Fejsa, do André Gomes, mas quem acabou por surgir no onze foi o Rúben Amorim. Com o Gaitán também lesionado, a esquerda ficou entregue ao Markovic, e no ataque alinhou a dupla Cardozo/Lima. Na defesa, estreou-se conforme esperado o Siqueira. Dificilmente o Benfica poderia ter tido uma entrada melhor no jogo. A equipa apresentou-se agressiva e a pressionar alto no terreno, e isso resultou logo num primeiro aviso, em que um mau alívio do guarda-redes do Paços deixou a bola nos pés do Lima, que depois não conseguiu dar o melhor seguimento à jogada. Mas com apenas quatro minutos decorridos o Benfica colocou-se em vantagem. Um passe do Rúben desmarcou o Lima pela esquerda, e o cruzamento deste escapou por pouco ao Cardozo no centro da área, para depois surgir o Enzo ao segundo poste a finalizar de primeira. O Benfica pareceu com vontade de resolver o assunto cedo, e não baixou o ritmo, perante um Paços que mostrou sempre vontade em jogar futebol e nunca baixou os braços, rematando várias vezes mas quase sempre apenas de fora da área. O Lima ameaçou o segundo, com um bom remate também de fora da área que obrigou o guarda-redes adversário a uma defesa mais apertada, e aos vinte e três minutos o Benfica ampliou mesmo a vantagem, num lance 'de laboratório'. Livre descaído sobre a direita, após falta sobre o Enzo, e quando se esperaria um remate directo do Cardozo saiu em vez disso um passe rasteiro para o interior da área, toque de primeira do Enzo a devolver para a direita e a desmarcar o Markovic, e centro rasteiro também de primeira para a finalização do Garay à boca da baliza. Tudo simples, rápido e bem feito. Sofremos depois um contratempo com a lesão do Rúben Amorim - que estava a fazer um bom jogo - o que nos permitiu assistir à estreia do Fejsa. Com uma vantagem confortável no marcador, o Benfica abrandou um pouco a marcação e o Paços dispôs de mais bola, embora sem conseguir praticamente criar uma oportunidade de golo digna desse nome. Foi o Benfica quem poderia ter ampliado ainda mais a vantagem, mas o Lima, completamente isolado, acabou por desperdiçar a ocasião, permitindo a defesa ao guarda-redes. Só mesmo sobre o apito para o intervalo é que o Paços conseguiu criar a sua primeira ocasião clara de golo, num lance em que o inevitável Bebé conseguiu ganhar em força ao Garay, ultrapassou o Artur, e de ângulo apertado viu o seu remate ser cortado pelo Luisão quase em cima de linha de golo.


O início da segunda parte foi animado. Como que a dar sequência à ameaça a fechar a primeira parte, o Paços conseguiu chegar ao golo, numa jogada aparentemente inofensiva em que me pareceu que a nossa defesa ficou meio a dormir. Não excluo a possibilidade da minha visão do lance no estádio ter sido influenciada pelo facto de andar sem paciência nenhuma para o Artur, mas o que me pareceu foi que ele saiu à bola (e fiquei com a sensação que com todas as possibilidades de chegar lá primeiro) e isso fez com que o Luisão desistisse do lance. Só que a meio da viagem o Artur mudou de ideias e parou, permitindo que o jogador do Paços chegasse à bola e finalizasse com alguma facilidade. Foi um golo algo inesperado, visto que o Paços tinha sido pouco perigoso até então (a única excepção foi o referido lance no fecho da primeira parte) e o Benfica parecia ter o jogo completamente controlado. Felizmente este golo acabou por não trazer males maiores, isto porque o Benfica respondeu no minuto seguinte com mais um golo para repor a diferença no marcador. Canto apontado na direita pelo Enzo, e o Garay a ir ao terceiro andar para cabecear cruzado para o fundo da baliza. Isto permitiu ao Benfica manter a tranquilidade, e gerir o esforço durante o resto da partida. Para a fase final do jogo o Cardozo deu o lugar ao Ola John (antes disso já o Siqueira tinha sido poupado, pois deu sinais de fadiga) e o Benfica jogou com o meio campo mais reforçado, pois o Enzo foi para o centro. O Paços raramente conseguiu voltar a ameaçar-nos (recordo-me apenas de um remate mais perigoso do Bebé), e mesmo a jogar com menor velocidade o Benfica aparentou sempre ser a equipa com maior probabilidade de voltar a marcar.


O homem do jogo foi, para mim, claramente o Enzo. Marcou o primeiro golo, participou na jogada do segundo (sofreu a falta e fez o passe para o Markovic) e marcou o canto para o terceiro golo. É neste momento um dos jogadores que mais aprecio ver no Benfica, pois tem inteligência a jogar, garra e uma enorme qualidade técnica. Durante a semana senti-me sempre pouco confortável com a ideia de o retirar do centro, onde me parece que podemos tirar melhor partido da sua qualidade, mas hoje na direita (e no centro, e na esquerda, e por todos os sítios por onde andou durante o jogo) esteve ao seu melhor nível. O Garay, com dois golos, foi obviamente outro dos destaques evidentes. Talvez esta época ele consiga recuperar o estatuto de central goleador que trazia da liga espanhola. Quanto aos estreantes, o Siqueira fez um jogo seguro, sem arriscar subir muito e tentando não complicar. Quanto ao Fejsa, gostei muito do que vi. É agressivo na conquista da bola, tem um raio de acção bastante grande, pois vimo-lo a pressionar em zonas bem distantes da nossa área, e tenta jogar em antecipação. Foi apenas um jogo, mas pareceu-me ser uma alternativa bastante válida ao Matic.

Sem deslumbrar, ainda assim pareceu-me que o jogo de hoje terá sido o mais sólido que o Benfica fez até agora esta época. Espero que a nossa equipa reforce os níveis de confiança e nos vá mostrando cada vez mais aquilo que sabemos que tem qualidade mais do que suficiente para fazer. A desvantagem para o nosso adversário directo já é dilatada para uma fase tão madrugadora da época, e a margem de manobra para erros é praticamente nula.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

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Coolest Sports Pix Of 2013 Week 36

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A.VISEU

Comunicado da direção do Académico de Viseu Futebol Clube

Comunicado



Vem a Direção do Académico de Viseu Futebol Clube dar a conhecer que esteve, nas últimas horas, em sua sede social, em reunião com os representantes das claques viseenses para analisarem os últimos acontecimentos sucedidos no passado dia 8 de setembro de 2013, no Estádio Municipal do Fontelo.
Desfeitos que foram alguns “mal entendidos”, de ambas as partes, e justificados outros tantos excessos de linguagem, direção e membros das claques lamentam os incidentes ocorridos no passado domingo, ficando claro que existe, de todo, um apoio incondicional das claques ao clube, o que esta direção vem enaltecer, reconhecer e até agradecer.
Mais ficou lavrado pelas respetivas claques que apresentam, desde logo, as mais sinceras desculpas pelos incidentes que involuntariamente possam ter causado, agradecendo aos sócios o apoio incondicional que têm sentido e reiterando, de forma inequívoca, a confiança na Direção do Clube e no seu Presidente, Sr. António da Silva Albino.
Assim sendo, considera esta direção que ficam reunidas as condições no sentido de continuar a dar rumo ao projeto de sucesso que, nos últimos 10 anos, tem utilizado a máxima “unidos para vencer”.

Pela Direção, a vice-presidência, 


Pedro Carvalho Ruas

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A.VISEU-2 CHAVES - 1 - MAU MAU MAU



Campeonato Nacional da 2ª Liga
7ª Jornada, 8 de setembroo de 2013 – Estádio do Fontelo - Viseu
Ac. Viseu-1 ; Chaves – 2

Hélder Godinho na Baliza,
Tomé, Cláudio, Pereira, Tiago Gonçalves, Paulo Monteiro, Luisinho, João Alves;
Zé Rui e Ouatara, Cafú.

Treinador: Filipe Moreira


Mau resultado, boa exibição, excelente atitude.
Hoje, no Fontelo, aconteceu … Futebol. O Académico entrou disposto a tudo fazer para ganhar o jogo, a equipa entrou pressionante, os jogadores foram em busca do golo, embora nem sempre da melhor forma, é verdade, mas para quem viu o jogo da Covilhã e quem esteve hoje, no Fontelo, a diferença foi da água para o vinho, ainda não um Dão de 1ª qualidade, mas já um aceitável tinto.
O Académico entrou de forma decidida, procurou chegar por variadas vezes à zona de perigo, teve vários “centramentos”, como diria Toni, de grande qualidade, dominou o jogo em termos de posse de bola, mas o futebol tem destas coisas, mesmo a acabar a primeira parte quando João Alves estava caído, sem que o árbitro tivesse parado o jogo, ou a equipa adversária tivesse colocado a bola fora, eis que surge o 1º golo, pois faltava-nos um homem atrás, mas isto é futebol, e sabemos que estas coisas podem acontecer, e infelizmente a nós acontecem-nos demasiadas vezes. Temos de aprender com estas situações, e impedir que as mesmas se repitam.
Ao intervalo o resultado mais justo seria o empate, mas saímos a perder por 1-0.

Na 2ª parte continuou a excelente atitude dos jogadores do Académico, mas na 1ª oportunidade o Chaves faz 2-0 através de um avançado muito alto, que num pontapé muito bem colocado faz 2-0, sem hipóteses para Hélder.
A partir daí, tudo ficou mais dificl, ainda assim o Académico não desistiu, criou 2 ou 3 situações de golo, uma delas com uma defesa impossível do guarda-redes flaviense, mas a verdade é que o tempo avançava e o resultado não mexia. Foi já em cima do último minuto de descontos que Cláudio (mais um grande jogo) faz o seu primeiro de muitos golos (estou em crer) com a camisola do Académico. Cláudio merecia mais e merceia que o seu golo valesse pontos, algo que infelizmente hoje não aconteceu.
Com esta atitude com esta determinação, algo que não aconteceu na Covilhã, embora o calor também tenha prejudicado, os jogadores e o Treinado do Académico, Filipe Moreira podem confiar no seu trabalho, melhor os lances de bola parada, rotinar um fio de jogo e as oportunidades, os golos e as vitórias vão aparecer.

É verdade que não fizemos um jogo perfeito, longe disso, mas fizemos um jogo que dignificou o Clube e apenas os resultado foi mau.

Eu sei que isto é um Campeonato de pontos e não de boas exibições, mas se entrarmos em campo, no próximo jogo, com a atitude de hoje, ficaremos mais próximos da vitória.

Hoje, ficou em definitivo esquecida a “não” exibição da Covilhã, conseguimos um bom jogo, ainda não conseguimos, um bom resultado, mas sem dramatismos, podemos alcançá-lo já na próxima jornada, que é a anterior, a 6ª .
Arbitragem sem a qualidade que se exige a um árbitro de 1ª categoria, ainda assim não nos vamos desculpar com a arbitragem, pois não devemos ir por esse caminho.

A Claque tem de perceber que todos têm o direito a estar no Estádio e a APOIAR o Académico.
Por mais razão que se possa ter, perde-se toda a razão com o tom e o teor de alguns cânticos e não só.
São jovens, muito jovens, mas não se esqueçam de algo tão simples como isto:
“Só podemos pedir respeito, se nos dermos ao respeito”

Há formas e formas de protestar e o protesto desde que exercido de forma correta, é admissível e pode até ser salutar, agora em termos injuriosos, e com linguagem inqualificável, isso NÃO PODE ACONTECER no Académico!
Vejam bem se aquilo que estão a fazer, é mesmo o que querem fazer e dizer!

Insultar quem salvou o Clube da Catástrofe e que devolveu a esperança, alegria a todos os Academistas, como eu, que chegaram a temer jamais ver o Académico num campeonato profissional, é admissível? Pensem no que estão a fazer, se gostam do Académico, como tenho a certeza que sim, mas com certas atitudes podem deitar tudo a perder.

O Sr. António Albino, o Sr. José Cabido e o Dr. Pedro Ruas podem ser acusados de ter errado aqui e ali, mas um coisa é certa, deram a cara numa altura em que todos se esconderam, assumiram o Clube, numa altura em que as incertezas eram mais do que muitas, deram ao Treinador a possibilidade de construir um plantel que muito julgaram impossível, eu próprio tive dúvidas de que fosse possível termos um plantel tão bom, logo no 1º ano, e o que recebem é a crítica barata, o insulto, e a ofensa, por parte daqueles que se deveriam preocupar UNICAMENTE com o APOIO à Equipa dentro do Estádio!

Foi feio, muito feio o que se viu e ouviu na Covilhã e hoje no Fontelo.

Eu que sempre defendi a Claque naquilo que ela tem de melhor, o APOIO à equipa, onde sempre estiveram excelentes, não posso calar o meu desgosto pelo comportamento inadequado de alguns dos seus membros no insulto e na crítica barata.

A Razão perde-se quando se age da forma que o fizeram e é com pena que assisto a um extremar de posições entre Direção e Claque.

Construir uma boa imagem demora tempo, destruí-la demora um piscar de olhos, nunca se esqueçam disso.


António Albino apresentou hoje a demissão da presidência do Académico de Viseu, cargo que ocupa desde 2003, tendo recebido a solidariedade da restante direção do clube.
«Dado o desenrolar dos acontecimentos menos próprios ocorridos durante o jogo Académico de Viseu e o Grupo Desportivo de Chaves, os quais envolveram diretamente o bom-nome do presidente da direção do Académico de Viseu Futebol Clube, António da Silva Albino, vem o mesmo informar todos os sócios e simpatizantes que, uma vez que não considera estarem reunidos todos os pressupostos fundamentais para a sua permanência no clube, pede de imediato a sua demissão», pode ler-se em comunicado dos viseenses.
Em causa, estará o descontentamento com os cânticos da claque do clube durante o jogo antecipado da sétima jornada da II Liga de futebol, que opôs o Académico ao Desportivo de Chaves e que terminou com a vitória dos flavienses por 2-1.
No mesmo comunicado, é salientada a «absoluta solidariedade» que a demissão de António Albino mereceu por parte dos restantes elementos da direção do clube.
A tensão entre a direção e a claque do clube tem aumentado desde 25 de agosto, quando a formação viseense recebeu o “rival” regional Tondela e os adeptos proferiu alguns cânticos tidos como «ofensivos» para os tondelenses e que levaram António Albino a pedir desculpa publicamente pelo comportamento destes.
Esta posição do presidente do Académico não agradou aos elementos da claque que, em comunicado, se demarcaram da posição do dirigente e anunciaram a ausência no jogo seguinte, na Covilhã.
A direção academista deixou então de oferecer os convites para os jogos da equipa, o que, na partida de hoje, levou a claque a entrar mais tarde nas bancadas, e a apenas ensaiar o apoio à equipa a partir dos 30 minutos do encontro.
Ouviram-se então ao longo do jogo alguns protestos, acompanhados de algumas tarjas, com inscrições como «sintam a diferença» e «com ou sem convites, estamos vivos».
No final do encontro, os protestos visaram, praticamente, exclusivamente o presidente do Académico, que, segundo uma fonte da direção do clube, poderá ter reagido «a quente», admitindo que António Albino reconsidere e se mantenha na presidência do Académico