domingo, 2 de janeiro de 2011

BENFICA - 2 MARITIMO - 0 - BOM INICIO NA TAÇA DA LIGA

Taça da Liga: Benfica-Marítimo, 2-0


 Não têm nome de filósofos, não são gregos, muito menos primeiro-ministros, mas sabem, obviamente, que 2011 não é de facilidades e ainda que o tango é para se dançar a dois. Salvio e Saviola formaram dupla outra vez para começarem o ano conforme saíram do anterior: a marcar e a serem protagonistas em triunfo encarnado. Ao que parece, há uma nova parceria na Luz: Salviola!
«Para dançar tango são precisos dois e eu não tive parceiro durante meses»
O Marítimo até começou o ano melhor que o Benfica. A ideia inicial era surpreender o campeão nacional que, de acordo com o treinador, perdera o ritmo em que vinha. Jorge Jesus entrou em 2011 conforme mandam os economistas: sem grandes gastos, ou seja, a poupar. Assim, seis habituais titulares ficaram de fora, fosse por castigo, lesão ou mesmo para estarem frescos para Leiria.
Moreira e Fábio Faria jogavam os primeiros minutos da época e viam os madeirenses atrevidos a querer fazer nova surpresa na Taça da Liga. A ilusão durou dez minutos. Kardec ocupava o lugar de Cardozo, mas não fazia esquecer o paraguaio: duas grandes ocasiões, duas perdidas. No entanto, o mote estava dado e, após uma falha incrível de Tchô, Salvio fez a rolha saltar do champanhe! O 8 da Luz brindou os adeptos com um golaço e meteu os encarnados em vantagem.
«Para dançar tango são precisos dois e eu não tive parceiro durante meses.» Esta é uma das frases que marcaram 2010 e pode ser, talvez, explicação para os últimos meses de Saviola na Luz. A declaração de José Sócrates serve para ilustrar a dança solitária do argentino, sem se tomar partidos, obviamente, nem inclinações à esquerda ou à direita. O golo de Salvio despertou a equipa e Saviola. El Conejo apareceu, mais uma vez, no sítio certo, à hora certa, num movimento visto e revisto em Portugal. O 8 parece entender-se cada vez mais com Saviola e, curiosamente, os últimos bons jogos de Salvio correspondem a uma subida de rendimento de El Conejo
Trocas, mais trocas e liderança
O Benfica vencia por 2-0 ao intervalo e se o Marítimo entrara melhor no encontro, os encarnados justificaram a vantagem depois. Pedro Martins tinha feito apenas uma alteração ao onze que terminara 2010, mas a manutenção da equipa e a boa atitude perante (alguma da) segunda linha encarnada não eram suficientes. Já na segunda parte, os madeirenses ainda tiveram lances de golo, como o de Cherrad que entrara para o lugar de Tchô: tal como o colega, no primeiro tempo, o argelino desperdiçou.
Jorge Jesus também começara a trocar peças. Aliás, fora o primeiro a fazê-lo ao tirar o estreante Fábio Faria e colocar César Peixoto. O treinador tentava recuperar mentalmente o camisola 25, assobiado nas últimas aparições na Luz que, ao que parece, ainda não se convenceu da valia do esquerdino
Vieram ainda Amorim e Jara, Heldon e Alonso. Com o resultado feito e o relógio a correr para o minuto 90, serviu para uns ganharem minutos e outros descansarem, apesar do lance final com a bola a bater na trave de Moreira.
Em suma, Salvio e Saviola fizeram o resultado no primeiro tempo e o Benfica viveu dos rendimentos no segundo. O campeão salta para o topo do Grupo B e fica mais próximo das meias-finais.

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