sábado, 12 de abril de 2014

A.VISEU

Quem quer afundar o Académico de Viseu?

academico
O Académico de Viseu Futebol Clube foi fundado em 7 de Junho de 1914, ou talvez um pouco antes, segundo nota escrita na imprensa regional. Estiveram na sua origem alunos do Liceu de Viseu e do Colégio da Via Sacra. Fará este ano 100 primaveras. Porém, pouco ridentes.
São muitas as vicissitudes sofridas nestes 100 anos de existência. Muito amor à camisola preta, muita carolice, muita paixão, muito sofrimento. Muita História.
Frequentemente, antes das eleições autárquicas, até os políticos gostam do Académico. Ainda os há a gostar depois: Fernando Ruas, José Junqueiro e poucos mais.
Nos últimos anos, António Silva Albino tem segurado o leme da nau, tem gasto muito do seu património, tem o seu coração a bater síntono com o Académico.
Mas não chega. Infelizmente.
António Albino contaria com 193 458, 13 mil euros em dinheiro líquido da autarquia e segundo a dotação de Fernando Ruas. Mais aproximadamente 50 mil euros se subissem. Porém, com a mudança de rosto autárquico, mudaram as regras, a meio do “jogo” e com expectativas criadas. Porquê? Só Almeida Henriques poderá dizer. Por ser uma “paixão” acalentada por Ruas? E Ruas ser homem a desacreditar? Ignoramos. Certo é que este Clube, um símbolo da Cidade, deveria ser tratado com outra dignidade e muito respeito.
Será possível que o presidente do Académico tenha sido chamado para uma reunião com o chefe de gabinete de Almeida Henriques, assim subalternizando o assunto ao deixá-lo em mãos de um subalterno? Para comunicar a António Albino que só receberia 49 mil euros líquidos? Menos do que Almeida Henriques estoirou, no ar, na Festa de Fim de Ano?
O Académico tem um orçamento de cerca de 800 mil euros. O Académico, diz-se, esteve para assinar direitos com o Benfica TV, mas houve  quem intercedesse por interposta pessoa, para essa assinatura ser feita com a Sport TV, recebendo assim o Académico menos cerca de 50 mil euros. Será possível que estas coisas se passem deste modo? E que estes menos 50 mil euros seriam ressarcidos por subsídio directo? E não foram.
No fundo, não receberam o prémio de subida, não receberam a verba que Ruas pagava e estipulou e, na contratualização com a Sport TV, ainda se gerou mais um rombo no frágil casco desta nau em mares procelosos.
A política partidária costuma contaminar tudo onde mexe.
A política partidária não faz nada senão em prol de si mesma e dos seus interesses?
A política partidária usou o Académico para ter visibilidade e votos?
A política partidária, por inconfessáveis interesses ou motivações quer agora ajudar ao naufrágio do Académico?
E os aficionados?
E os viseenses?
Não terão uma palavra a dizer?
Não terão contas a exigir por actos tão questionáveis?
Quem foi o autarca que há dias se desculpou por já não ir aos jogos do Académico alegando que para assistir a esses teria que assistir aos jogos de todas as equipas do concelho de Viseu?
E porque não agiu de igual modo durante a campanha eleitoral?
Que vergonha!
Viva o Académico!

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