segunda-feira, 18 de março de 2013

V.GUIMARÃES 0 BENFICA - 4 -SOBERBO


Vantagem

Está feito. O Benfica não tremeu numa jornada decisiva, goleou em Guimarães, e aproveitou da melhor maneira o deslize do rival mais directo na luta pelo título. Esta época parece que não somos nós quem mais treme nas alturas decisivas.


O regresso do Garay no onze aumentou muito a minha confiança para o jogo. Com a motivação extra do empate no jogo da Madeira, era uma oportunidade que o Benfica não poderia desperdiçar. O Benfica entrou bem no jogo, mas a primeira parte até foi algo complicada, com o Guimarães a dar boa réplica durante os primeiros minutos de jogo, conseguindo responder às iniciativas do Benfica e mantendo em aberto a expectativa quanto ao resultado. Esta toada de algum equilíbrio manteve-se durante cerca de vinte minutos, mas entretanto viu-se o Jardel falhar um golo de forma algo clamorosa, quando cabeceou ao lado da baliza uma bola cruzada pelo Salvio, e esse lance deu o mote para um período melhor do Benfica. A superioridade do Benfica começou a evidenciar-se, ganhámos a luta do meio campo e tomámos conta do jogo. A proximidade à baliza do Guimarães tornou-se mais constante, e a consequência acabou por ser mesmo o golo do Benfica. Foi na marcação de um penálti, um lance que começou com o Gaitán a marcar rapidamente um livre e a isolar o Lima, que depois sofreu falta de um defesa quando já tinha ultrapassado o guarda-redes. Na altura da marcação o Cardozo, ao contrário do ponta-de-lança do nosso rival, não tremeu, enviou a bola para um lado e o guarda-redes para o outro, e deu-nos a merecida vantagem no marcador, com trinta e sete minutos decorridos. O golo pareceu afectar o Guimarães, o que nos permitiu mantermo-nos por cima no jogo até ao intervalo.


A superioridade do Benfica manteve-se na reentrada para a segunda parte, e ao fim de um quarto de hora essa superioridade ficou ainda mais definitivamente vincada, pois o Guimarães ficou reduzido a dez devido ao segundo amarelo mostrado ao Kanu, e o Benfica aumentou para dois a zero logo de seguida. Novamente o Gaitán no lance, a fazer o cruzamento da esquerda para uma finalização de classe do Garay, que fez o chapéu ao guarda-redes do Guimarães. Este golo atirou o Guimarães ao tapete, e com meia hora ainda para jogar, era previsível que o Benfica pudesse construir um resultado ainda mais dilatado, o que veio mesmo a acontecer. Apenas por uma vez o Guimarães chegou com perigo à nossa baliza, enquanto que da parte do Benfica os lances de perigo iam-se sucedendo, até que o terceiro golo aconteceu mesmo, aos oitenta e dois minutos, marcado pelo Salvio. O argentino já tinha estado perto do golo antes, e desta vez, isolado, ultrapassou o guarda-redes e marcou sem dificuldade. Para final de festa, o quarto golo na última jogada do encontro, pelo Rodrigo, que aproveitou uma defesa incompleta do guarda-redes do Guimarães após um cruzamento do Maxi.


Gostei de toda a equipa em geral. Mais uma vez pareceu mostrar uma boa condição física, não se notando consequências do jogo em Bordéus (houve quatro mudanças no onze inicial em relação a esse jogo). Tal como em França, gostei do jogo do Gaitán. Muito activo, esteve nas jogadas dos dois primeiros golos, e são muito boas notícias que ele tenha 'reaparecido' para a fase decisiva da época. O regresso do Garay à defesa foi também muito importante, e foi assinalado com um bom golo. Para mim é o melhor defesa a jogar em Portugal, e um jogador que eu espero sinceramente que consigamos manter no clube.

Só dependemos de nós próprios para ser campeões, e depois desta jornada já só há uma equipa que pode afirmar isso. Os quatro pontos de vantagem são uma barreira psicológica importante, porque retirou ao nosso adversário a possibilidade de se refugiar no conforto de saber que nos recebe em sua casa na penúltima jornada. Conforme escrevi no início, até agora nos momentos decisivos foram eles quem tremeu. Com esta pressão adicional, até pode ser que continuem a tremer. Nós só temos que continuar a trabalhar com a mesma concentração e humildade demonstradas até agora. A vantagem, neste momento, é toda nossa.

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