segunda-feira, 11 de março de 2013

BENFICA - 5 GIL VICENTE- 0 - PERFEITO


Perfeito

Marcar cedo, resolver o jogo, e depois baixar o ritmo e gerir o resultado é o tipo de gestão de esforço ideal, e o que mais me agrada. Foi o que o Benfica conseguiu fazer hoje, num jogo que fica sobretudo marcado pela eficácia da nossa equipa, e também por uma dose de alguma felicidade.


Apenas uma alteração no onze mais habitual do Benfica, onde o Jardel surgiu no lugar do Luisão. Depois de nos ter trocado as voltas na escolha de campo, o Gil Vicente até entrou bem no jogo, mas da parte do Benfica deu para ver desde o início pouca passividade e mais vontade de pressionar mais alto e jogar a um ritmo bem mais elevado do que aquele que empregámos nos últimos jogos. Foi do Gil Vicente o primeiro remate perigoso, que obrigou o Artur a uma defesa apertada, mas o Benfica chegou ao primeiro golo na resposta a este lance. Depois de um passe fantástico do Pérez a solicitar a entrada do Maxi pela direita, o cruzamento rasteiro do nosso capitão esta noite tabelou num adversário e acabou por trair o guarda-redes do Gil. Marcar cedo (o golo aconteceu aos onze minutos) era importante, mas desta vez não houve um imediato abrandamento da parte do Benfica. Pelo contrário, a seguir ao golo o Benfica continuou a marcar em intervalos de onze minutos, fez mais dois golos e praticamente arrumou de vez com a questão. Primeiro pelo Salvio, aos vinte e dois minutos, numa iniciativa individual em que furou pela direita e rematou de pé esquerdo para o poste mais distante, e depois pelo Melgarejo, aos trinta e três, numa finalização muito boa, em de um ângulo muito apertado conseguiu picar a bola sobre o guarda-redes e o carrinho feito pelo defesa. Com pouco mais de meia hora jogada, o Benfica tinha já resolvido o jogo com bastante tranquilidade e sem necessitar de grandes correrias.


Para a segunda parte, o Benfica veio naturalmente mais preocupado com a gestão de esforço, e baixou claramente a pressão, mantendo no entanto sempre a intenção de efectuar saídas rápidas para o ataque sempre que conseguia recuperar a bola. As coisas podiam ter ficado um pouco mais animadas logo nos primeiros minutos com um golo do Gil Vicente, mas a sorte bafejou-nos e o bonito remate colocado do Luís Martins levou a bola a embater na trave da baliza quando o Artur já nada podia fazer. Com o jogo a disputar-se num ritmo convenientemente lento, sempre que o Benfica metia um pouco mais de velocidade na saída para o ataque deixava antever que o resultado poderia avolumar-se. O Lima deixou uma primeira ameaça, num remate que passou perto, e depois marcou mesmo, numa finalização fácil após um centro do Ola John vindo da esquerda. O Gil Vicente até tinha entrado na segunda parte com empenho na procura de um golo que permitisse relançar um pouco o jogo, mas este quarto golo do Benfica pareceu matar-lhes de vez o ânimo, e ainda com vinte e cinco minutos por jogar até ao final a única dúvida que restava era saber se o Benfica ainda conseguiria marcar mais golos. Geriu-se mais algum esforço com a troca do Ola John e do Pérez pelo Aimar e o Gaitán, o Lima quase que marcou outra vez, o Cardozo falhou um golo que parecia quase certo, e foi mesmo para fechar da melhor forma que o Benfica fez o quinto. Foi numa jogada em que o Aimar rouba a bola a um adversário ainda no nosso meio campo, leva-a para a frente e solta-a no momento certo para a desmarcação do Salvio na direita, que depois centrou rasteiro para a finalização do Gaitán. Simples, bonito, e eficaz.


Matic e Garay dois dos melhores. Com o sérvio em campo o Benfica joga vários metros mais adiantada e consegue pressionar o adversário muito mais cedo. E depois tem ainda muita qualidade a distribuir jogo nas saídas para o ataque, ou até mesmo a organizar ele os ataques. O Garay esteve intransponível, como de costume. Gostei também do Pérez, para não variar. O Salvio e o Maxi estiveram bem no lado direito, e o Ola John, apesar de se ter escondido muito do jogo, saiu do campo com duas assistências feitas.

Foi uma vitória robusta, moralizadora, obtida de forma simples e aparentemente sem exigir demasiado esforço. O jogo perfeito, portanto.

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