terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A. VISEU - 3 F. ALGODRES - 1 - CONTINUA A SÉRIE




Milford 'iluminou' tarde cinzenta no Fontelo
O Académico de Viseu venceu o Fornos de Algodres e "encostou-se" ao líder, Fiães, no topo da tabela classificativa. Num jogo "cinzento", Mildorf foi a luz que brilhou ao fundo do túnel, nos últimos 10 minutos do encontro e que permitiu aos viseenses obterem um triunfo, justo diga-se, mas muito suado e sofrido.O dérbi deixou muito a desejar, pois esperava-se mais das duas equipas, em especial do Académico de Viseu. Sem estar em causa a vitória, a verdade é que a formação, orientada por José Miguel Borges, mostrou um futebol algo atabalhoado, pouco objectivo e que caiu, em especial no início do segundo tempo, na teia montada pelo adversário.Sem Sérgio e Rui Lage, a verdade é que a equipa tremeu em muitas situações de ataque contrário, valendo a pouca inspiração dos avançados visitantes.O jogo começou cinzento, com as duas equipas a mostrarem pouca clarividência, num futebol aos repelões. Logo aos três minutos, os donos da casa poderiam ter inaugurado o marcador, mas Zé Luís mostrou atenção e arrojo ao oferecer o corpo à bola, rematada por Rui Santos, após excelente cruzamento de Zé Bastos.Esperava-se que o lance animasse os viseenses, mas tal não se verificou. Com um meio campo que não pegava no jogo, os avançados viseenses tinham que recuar para terem bola. O jogo entrou numa fase incaracterística, com os visitantes a conseguirem dificultar a acção do adversário. Só que, aos 14 minutos, Rui Santos escapou pela direita, oferecendo o golo a Zé Bastos, que não perdoou.O golo deu alguma tranquilidade aos viseenses, que, contudo, não aproveitaram os efeitos que o golpe provocou nos visitantes. Até ao intervalo, o futebol praticado pelas duas equipas não animou as bancadas, com excepção de dois ou três lances de ataque dos viseenses, que lhes teria permitido ampliar o marcador. Aos 31 minutos, Everson falhou o golo por centímetros, com um desvio de cabeça ao lado da baliza, após um livre de Costa, na direita, batido com conta, peso e medida.Visitantes mais afoitos no segundo tempoA etapa complementar mostrou um Fornos mais agressivo, em termos ofensivos, provocando alguns calafrios à defesa academista. Aos 14 minutos, Nuno Simões escapou à vigilância de Tiago e companhia, mas não acertou com a baliza. O mesmo não aconteceu, aos 23 minutos, quando, na linha limite da área viseense, tirou dois adversários do caminho e, com um remate colocado, bateu o guarda-redes Augusto.O empate era um prémio para a melhor reentrada em jogo dos visitantes e um castigo para a forma displicente como os viseenses estavam no jogo.Todavia, com o decorrer dos minutos veio ao de cima a falta de frescura física da formação orientada por Fernando Pompeu, num terreno fustigado pela chuva. A entrada de Milford para o lugar de Costa, virou o jogo. Três minutos depois de ter entrado, desfez a igualdade, com um remate do meio da rua, após assistência de Zé Bastos. O golo deitou por terra as aspirações dos visitantes em levar pontos de Viseu, que viram o mesmo jogador "matar" o jogo, a três minutos final. Curiosidade para o facto do avançado academista ter feito dois golos à sua primeira equipa em Portugal.Numa tarde de futebol cinzento, houve uma arbitragem a condizer. O trio de Coimbra mostrou falta de coordenação e, também, de categoria.ReacçõesJosé Miguel Borges(Treinador do Académico)"Foi uma vitória importante, num jogo difícil, mas que nós poderíamos ter tornado mais fáceis, mormente no primeiro tempo, período em que dominámos e tivemos oportunidades de fazer mais golos, que nos dariam outra tranquilidade.O início do segundo tempo foi algo atribulado, com um ou dois falhanços que contagiaram a equipa e que coincidiu com o golo do empate. Soubemos reagir, com o querer e a vontade dos jogadores demos a volta ao jogo."Fernando Pompeu (Treinador do Fornos de Algodres)"Foi um jogo bem disputado, com o Académico a ter mais posse de bola no primeiro período, essa era a nossa estratégia, e tiveram a felicidade de marcar um golo irregular.No segundo tempo entrámos melhor, pegámos no jogo, empatámos, mas quando estávamos por cima, sofremos o segundo golo e, aí, tudo ficou mais complicado. O terceiro golo "matou" o jogo."

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