segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

BENFICA - O NACIONAL - O NEM O ÁRBITO PRESTA...



Só Podem Estar a Brincar!
Será trivial concluir que o Benfica não triunfou neste confronto, quanto a mim fundamental na luta pelo título, porque Pedro Henriques, o árbitro da partida, cortou uma jogada que deu, efectivamente, golo. Óscar Cardozo encostou para a baliza, aproveitando um ressalto de bola, e fez o 1-0. Não valeu, e isso todos vimos. Ou melhor, uns viram mais que outros. Sabendo da envolvência desta jornada, em virtude dos empates caseiros dos adversários, a primeira nota de espanto que destaco vai para a absurda primeira parte do Benfica, verdadeiramente ridícula para uma equipa que quer ser Campeã Nacional.
Antes do jogo, em breve conversa com alguém com quem costumo trocar impressões diárias sobre o “nosso Benfica”, fui colocado em sentido com umas sábias palavras que duvidavam da mentalidade da equipa em momentos decisivos... arbitragens à parte, evidentemente! Nos últimos anos têm aparecido falhanços nesses momentos e mesmo esta época, apesar da fantástica liderança que há muito não víamos, o que é certo é que houve novo debacle. O Benfica é o Campeão de Inverno, que vale o que vale e nem é muito, mas fica novamente aquele amargo de boca, desta vez por vermos fugir uma liderança mais confortável.
Será que estes dois pontos, a juntar aos outros dois pontos perdidos de forma ridícula na anterior jornada caseira, farão diferença nas contas finais da Liga Sagres? Quer-me parecer que farão, mas cá estaremos para o confirmar ou desmentir. Aliás, se formos comparar o desafio com este Nacional, com a partida frente ao Vitória Setúbal, até vemos coisas muito parecidas. 45 minutos iniciais para o lixo - neste caso só não se saiu a perder porque os da Madeira não foram tão eficazes com os de Setúbal -, e pouco futebol no relvado. Muito pouco, mesmo.
Tal como na 10ª jornada, o Benfica de Quique Flores nunca conseguiu ser superior ao seu opositor e, neste caso, até acaba por beneficiar de uma azelhice confrangedora por parte do adversário, equipa que desperdiçou vários lances de golo praticamente feito. O típico "baile", portanto. Há uma bola ao poste logo nos minutos iniciais da segunda-parte, penso que é uma defesa de Moreira que a mete lá, e dois ou três lances de contra-ataque venenoso, onde o mesmo Moreira se impõe por uma vez, enquanto que o último passe saiu frustrado nos restantes.
À hora de jogo, o Benfica tem dois grandes lances de golo, os únicos para além do tal que é invalidado a Cardozo, mas Rúben Amorim disparata uma grande assistência de cabeça de David Suazo, e Luisão, autor de nova grande exibição, vê o seu cabeceamento negado em cima da linha por uma estupenda intervenção de Bracalli. Vendo o tempo a escassear, Quique Flores aposta em Nuno Gomes e em Urreta - esta última alteração verdadeiramente discutível -, mas só por uma vez há reais possibilidades de finalizar. Maxi Pereira, quanto a mim o melhor jogador em campo, não consegue rematar decentemente a poucos metros da baliza.
Analisando friamente o jogo, o resultado acaba por ser justo. Isto se a excelente arbitragem de Pedro Henriques, perfeita até ao minuto 90+2, não acabasse por ter influência directa no resultado do jogo e no seu vencedor. Confesso que foi um prazer seguir a arbitragem do lisboeta durante 90 minutos, mas é ele que sai da Luz como o responsável directo pelo empate do Benfica. É verdade que antes do golo a bola ressalta no braço de Miguel Vítor, mas é falta estando o jogador deitado no chão e de costas para o lance? Como é possível impedir uma vitória assim?
NDR: Um fartar vilanagem no Dragão. O costume, portanto. Todos viram, nem preciso descrever nada.
Ficha do Jogo:
12ª Jornada da Liga Sagres 2008/09
Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: Pedro Henriques (AF Lisboa)SL BENFICA: Moreira; Maxi Pereira, Luisão, Sidnei (Miguel Vítor, 28 m) e Jorge Ribeiro; Rúben Amorim (Urreta, 83 m), Hassan Yebda, Katsouranis e Di María (Nuno Gomes, 68 m); Óscar Cardozo e David Suazo.CD NACIONAL MADEIRA: Rafael Bracalli; Patacas, Halliche, Felipe Lopes e Alonso; Edson Sitta (Juninho, 69 m), Cléber, Luiz Alberto e Rúben Micael (Igor Pita, 75 m); Nené e Mateus (Nuno Pinto, 81 m).
Disciplina: Amarelos a Edson (32 m), Katsouranis (43 m), Alonso (45 m e 78 m), Yebda (47 m), Nené (62 m), Cléber (71 m) e Luiz Alberto (87 m). Vermelho, por acumulação de amarelos, a Alonso (78 m).

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