Viseenses encolheram-se até à derrota
O Académico de Viseu perdeu, pela segunda vez nos últimos dias, a possibilidade de subir à liderança da Série C da Terceira Divisão. Em Santa Maria de Lamas, a formação viseense viu Miranda apontar o único golo do encontro a uma onze minutos do final do encontro.A verdade é que o jogo da passada quarta-feira parece ter tido efeito na turma orientada por José Miguel Borges. Tal como em Cinfães, também em Santa Maria de Lamas os academistas entraram bem no jogo, mas, paulatinamente, foram perdendo o comando e o controlo do mesmo, recuando em demasia, até sofrerem o golo, num erro de marcação ao jogador da formação da casa, na sequência de um livre apontado por Fredy.No final do encontro, ficámos com a sensação de que era possível outro resultado. Os viseenses entraram no Comendador Henrique Amorim a criar muitas dificuldades à equipa da casa, mas o primeiro tempo terminou com a equipa da casa a controlar as operações. Na etapa complementar, os viseenses foram, praticamente, inofensivos, pois apenas fizeram um remate, digno desse nome, à baliza de Nuno.Bom início de partidaComo atrás referimos, os visitantes entraram bem no jogo, conseguindo logo nos primeiros minutos criar muitas dificuldades à turma da casa. Logo ao segundo minuto, Rui Lage apareceu a cruzar da esquerda, com Nuno a ter que se aplicar para evitar que a bola fosse para a sua baliza.Os academistas, com uma boa dinâmica de jogo, apareciam, com frequência, no meio campo contrário e criavam preocupação em Luís Pinto, o técnico da turma da casa, que aos treze minutos viu Augusto negar o golo a Kaká, com uma grande defesa, na sequência de um livre frontal à baliza viseense. À passagem do primeiro quarto de hora da partida, a equipa de Lamas voltou a criar dificuldades a Augusto e companhia. Na sequência de um canto apontado por Kaká, Amílcar apareceu a desviar de cabeça, mas a bola sair rente ao travessão.A resposta dos viseenses foi rápida, aos 17 minutos, com Rui Santos a sair em contra-ataque, pela meia direita, mas o remate saiu longe do alvo. O jogo estava numa fase de equilíbrio, com a bola a andar pelos dois meios campos. Aos 23 minutos, o contra-ataque viseense voltou a funcionar, mas do qual nada resultou.Jogo foi-se tornando desinteressanteDecorrida a primeira meia hora, o jogo estava aberto, mas cada vez menos interessante. A formação viseense tinha abrandado a intensidade do jogo, facto que parecia interessar aos visitados. O jogo, com isso, perdeu interesse e passou a ser menos bem jogado. O técnico viseense, insatisfeito com a prestação da sua equipa, a cinco minutos do intervalo tirou o inconsequente Everson e colocou em campo Filipe Figueiredo, na tentativa de dar mais largura e velocidade ao seu jogo. Todavia, a alteração não deu frutos, nem no pouco tempo que restava do primeiro tempo, tampouco, como viria a confirmar-se, na etapa complementar, período muito pouco interessante. Lamas manteve a postura da primeira parte, procurando pausar o jogo, anulando as unidades mais adiantadas dos viseenses. Decorridos os primeiros quinze minutos, José Miguel Borges tirou Costa, que esteve em bom nível no primeiro tempo, mas que desaparecera no segundo e fez entrar Fernando Ferreira. Todavia, apesar da alteração, a prestação dos viseenses não se alterou. Diga-se, que nos segundos 45 minutos, apenas por uma vez, os viseenses lograram rematar a baliza com algum perigo.Com os visitantes a "encolherem-se", a turma da casa acreditou e acabou por chegar ao golo, aos 78 minutos, na sequência de um livre na esquerda e, também, num erro clamoroso de marcação. Fredy apontou o livre na esquerda, com Amílcar a escapar à marcação e a aparecer na pequena área, a rematar de cabeça para o fundo da baliza.A reacção dos viseenses não foi de molde a criar grandes problemas à turma da casa, que se manteve concentrada até final para garantir os três pontos.Em resumo diríamos que a derrota é um castigo para os viseenses, numa prestação descolorida, em especial nos segundos 45 minutos.Trabalho irregular do trio de arbitragem do Porto.
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