domingo, 12 de outubro de 2008

Suécia-Portugal, 0-0 - INTERESSANTE





Um empate não era mau à partida, um empate foi justo para as cores nacionais, apesar de uma grande penalidade não assinalada sobre Paulo Ferreira. Em Solna, para a qualificação do Mundial-2010, a Suécia foi a equipa mais próxima do golo na primeira parte e só o desacerto de Elmander deixou Portugal satisfeito com o que se passou nesse período. Ainda assim, o segundo tempo foi jogado ao ritmo português e só Queiroz quis qualquer coisa mais da partida.
Nos primeiros olhares sobre o encontro, Portugal apareceu a pressionar e a tentar trocar a bola. Era o engodo sueco a funcionar, pois assim que conseguiam ganhar a bola, os escandinavos partiam rápido para o ataque. Ibrahimovic servia de farol à equipa, recebia a bola lá na frente e assistia as camisolas amarelas que apareciam ora nas alas, ora no centro. Já Portugal sentia em demasia a falta de um organizador, Deco, pois claro, para criar brechas no muro sueco.
O futebol prático da Suécia deixou Elmander várias vezes na cara do golo: aos seis permitiu defesa a Quim (o árbitro deu pontapé de baliza), aos 17 antecipou-se aos centrais e cabeceou por cima, aos 26 de novo a bola a atravessar a barra, enviada pelo pé esquerdo do avançado, e aos 38 uma cabeçada, nas costas de Bosingwa, ao lado. Quatro ocasiões para os suecos saírem a vencer para o descanso.
Pelo meio, um remate de Hugo Almeida e outro de Ronaldo eram pouco para as ambições lusas.
Lagerback acomodou-se, Queiroz pelo menos tentou
Portugal apareceu melhor na segunda metade, com Meira, este sábado o trinco titular e aposta ganha do seleccionador, a tapar as investidas e o futebol aéreo da Suécia. Um remate de João Moutinho logo a abrir merecia melhor sorte e Portugal equilibrou em número de oportunidades. Pouco depois, Majstorovic derrubou Paulo Ferreira na grande área de Isaksson, mas o italiano Rosettti mandou seguir. Mal.
Os suecos começaram a recuar no terreno e até pareciam não se importar com o resultado (Lagerback nem fez qualquer substituição). Portugal tentou sempre algo mais, Queiroz tirou Hugo Almeida e lançou Quaresma e depois trocou Nani por Danny. A Selecção Nacional tinha o controlo da partida, como não tivera nos minutos finais de Alvalade, frente à Dinamarca. Não conseguiu a vitória, foi preferível não correr maiores riscos, e o objectivo mínimo foi cumprido.
Assim, com três jogos realizados, a selecção de Queiroz é terceira no grupo e já conheceu os três resultados: vitória sobre Malta, derrota com Dinamarca e empate na Suécia; três pontos perdidos em casa, um ponto ganho em casa do adversário teoricamente mais difícil, e três pontos do líder.
Voltaram Ronaldo e Quaresma; Meira e Paulo Ferreira estiveram em muito bom plano. Pena não ter havido Deco.

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