sábado, 25 de outubro de 2008

H. BERLIN - 1 BENFICA -1 - FOI BOM




Começa com um ponto, a campanha do Benfica na fase de grupos da Taça UEFA.
Quique Flores tinha dito que o empate em Berlim já era um bom resultado, e por isso deve sair satisfeito, mas o Benfica continua sem vencer na Alemanha. Di María até parece gostar de jogar em solo alemão, já que os dois golos que fez pela equipa da Luz foram naquele país, mas o tento do argentino não chegou para quebrar o enguiço.
As «águias» até entraram bem no Olímpico de Berlim. Logo aos quatro minutos Nuno Gomes criou perigo, com um remate de fora da área que passou bem perto do poste, depois de ter desviado num defesa. Mas este lance, e o início dinâmico da equipa portuguesa, não se prolongaram por muito tempo. Aos poucos o Benfica foi recuado, e revelando dificuldades que já se faziam adivinhar quando a equipa entrou em campo.
É que na formação inicial Quique Flores teve direito a uma surpresa e a uma contrariedade. Di Maria foi a novidade, ocupando uma das faixas (a outra ficou para Reyes); o contratempo foi a lesão de Yebda, no aquecimento, que promoveu Binya à titularidade. Com este «onze», a equipa encarnada sentiu muitas dificuldades para pegar no jogo. A zona intermediária acusou a falta de Carlos Martins (suplente) e de Rúben Amorim (lesionado), no lado direito, para dar algum equilíbrio ao sector e maior capacidade de construção de jogo ofensivo. Di Maria e Reyes, bem abertos nos flancos, não podiam assumir essa função, enquanto que Katsouranis e Binya são jogadores mais talhados para a recuperação de bola. Por isso o Benfica denotou muitas dificuldades em circular a bola, recorrendo ao pontapé longo para o ataque, onde Cardozo e Nuno Gomes foram presa fácil para a defesa alemã.
Empate também na «guerra» de bancos
O Hertha, por seu lado, foi pegando no jogo progressivamente, mas sem grande pressão. Ainda assim pertenceu à equipa alemã a melhor oportunidade do primeiro tempo, quando Voronin surgiu isolado dentro da área, mas permitiu a (grande) intervenção de Quim (38m).
Depois de 45 minutos pouco interessantes, ambos os técnicos decidiram agir. Lucien Favre trocou Dardai por Kacar, Quique Flores lançou Suazo para o lugar de Cardozo. E com seis minutos cumpridos na etapa complementar, o Benfica chegou ao golo. Grande passe de Nuno Gomes a lançar a corrida de Di Maria, que entrou na área sobre a direita e tocou para o fundo da baliza. O argentino parece gostar de solo alemão, já que o único golo que tinha apontado com a camisola do Benfica tinha sido em Nuremberga, na edição anterior da Taça UEFA.
Na primeira «guerra» entre treinadores, Quique Flores parecia levar a melhor, mas Lucien Favre teve direito a desforra. No Benfica entraram depois Carlos Martins e Urreta, e no Hertha foram lançados Kaká (por lesão de Friedrich) e Pantelic. O sérvio revelou-se uma aposta ganha, já que aos 74 minutos fez a igualdade, com um belo remate em arco, que parece ainda desviar em Maxi Pereira antes de enganar Quim.
Nos minutos seguintes, e até final da partida, o Hertha tentou chegar ao triunfo, mas sem sucesso, ainda que Voronin tenha desperdiçado uma grande oportunidade. O Benfica, com as alterações feitas por Quique Flores, não melhorou a meio-campo, e por isso também não teve capacidade para garantir os três pontos. Empate justo, no final dos noventa minutos, pese embora a pressão final da equipa da casa.

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