Insuficiente
Exibição agradável, que deu para vencer o PSG mas foi, conforme esperado, insuficiente para garantir a passagem à próxima fase da Champions, já que o resultado do jogo na Grécia não nos serviu.
Regresso ao 4-3-3, sendo o Rodrigo o avançado preterido. O trio do meio campo foi formado pelo Fejsa, Matic e Enzo, com este último a jogar numa posição mais avançada, muitas vezes em apoio directo ao ponta-de-lança. Na defesa, realce para o regresso do Sílvio à esquerda. Boa entrada do Benfica no jogo, com o Enzo a dar logo o primeiro sinal de perigo num bom remate de fora da área, que obrigou o guarda-redes a uma defesa mais apertada. O PSG tentou fazer o mesmo que tinha feito no jogo em França, procurando manter a posse de bola trocando-a entre os seus jogadores no seu meio campo defensivo, sem grande progressão e tentando manter o ritmo de jogo baixo, mas acabou por ter que abandonar essas intenções devido à pressão que o Benfica procurou fazer logo em zonas mais adiantadas do campo. Só o Benfica parecia ter iniciativa no jogo, e foi por isso natural que as oportunidades acontecessem quase exclusivamente para o nosso lado. Infelizmente a falta de eficácia voltou a ser um problema o que explica que o resultado se fosse mantendo em branco. Houve duas ocasiões em particular que deveriam ter sido mais bem aproveitadas, pelo Gaitán, num remate cruzado, e pelo Matic, num cabeceamento em que ele apareceu completamente livre de marcação no interior da área. Em ambas as ocasiões a bola passou muito perto do alvo. Já é um chavão que quem não marca arrisca-se a sofrer, e mais uma vez isso se verificou. O PSG apenas por uma vez, num remate cruzado do Ménez, tinha dado um verdadeiro sinal de perigo no ataque. Da segunda vez que o fez, conquistou um canto, e na sequência do mesmo mais uma vez a nossa equipa revelou dificuldades em afastar a bola (não percebi bem como, mas pareceu-me que à saída da área o Gaitán e o Markovic desentenderam-se e nenhum deles acabou por atacar a bola) e na insistência da jogada o Cavani marcou à boca da baliza. Faltavam oito minutos para o intervalo, mas este tempo foi suficiente para que o Benfica corrigisse a injustiça no marcador, já quase a terminar a primeira parte, num penálti do Lima a castigar uma falta sobre o Sílvio.
A entrada do Benfica na segunda parte foi bastante positiva. A equipa surgiu mais adiantada e ainda mais agressiva na pressão sobre o adversário, conseguindo recuperar diversas bolas ainda no meio campo deste. durante este período praticamente só houve Benfica em campo, e o segundo golo surgiu como consequência natural disto mesmo, quando estavam decorridos treze minutos nesta segunda parte. Uma incursão do Maxi pela direita, em que combinou com o Enzo, terminou com um centro rasteiro que foi mal interceptado por um defesa, o que permitiu ao Gaitán aparecer em corrida para finalizar dentro da pequena área. Nos minutos que se seguiram o Benfica continuou a jogar da mesma forma, e parecia possível chegarmos a um terceiro golo, mas mais uma vez o pouco acerto na hora de decidir ou finalizar (com o Lima numa noite particularmente infeliz neste aspecto) foi quem levou a melhor. Depois disso o PSG dispôs de uma oportunidade flagrante para chegar ao empate, nos pés do Lavezzi, e este lance pareceu de alguma forma intimidar o Benfica, que passou a arriscar menos no ataque e optou por jogar de forma mais segura. O resultado disto foi um jogo bem menos interessante e até mesmo mal jogado de parte a parte, com jogadas desgarradas, várias perdas de bola e passes disparatados, e quase nenhumas oportunidades de golo - do PSG não houve uma única, e do Benfica talvez apenas um remate do Ivan Cavaleiro já na fase final do jogo.
No geral toda a equipa esteve uns furos acima daquilo que mostrou na passada sexta-feira (o que não era nada difícil). Matic em muito bom plano, e o Enzo com o andamento do costume. Não se, a correr aquilo que ele corre em todos os jogos, ele conseguirá aguentar este ritmo durante muitos mais tempo. Mas parece que há mais gente preocupada com a saúde física dele, e portanto ofereceram-lhe um jogo de descanso já no próximo fim-de-semana. Gostei também de ver o regresso do Sílvio, e pareceu-me que o Maxi esteve melhor do que aquilo que tem feito ultimamente. Pela negativa, o Lima, que praticamente apenas esteve bem na marcação do penálti. A confiança com que o marcou pareceu estar completamente ausente em praticamente todas as outras jogadas em que interveio, onde perdeu tempo de remate ou oportunidades de passe por se agarrar demasiado à bola ou dar sempre mais um toque.
Fez-se o possível, mas o nosso destino só muito dificilmente seria alterado. O mais normal seria que dez pontos fossem suficientes para nos apurarmos, mas desta vez não foi o caso, o que nos atira para a Liga Europa - e o consequente sobrecarregar do calendário. Pena foi que não tivessem jogado desta forma contra o Arouca. Trocava esta vitória pelos três pontos nesse jogo.
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