F.C. Porto-Benfica, 2-1
Jorge Jesus esperava ter aprendido o suficiente para contrariar o histórico de resultados frente ao F.C. Porto. Não o fez. Faltou a uma lição sobre Kelvin, o herói improvável, errante, crista ao vento e pinta de brinca na areia. Saltou do banco para decidir o clássico. Benfica entrega a liderança numa semana.
Cinco pontos perdidos em dois jogos. O anterior líder não esteve mal no Dragão, parecia até confortável quando o 2-1 apareceu. Mas jogou demasiado perto do limite, aceitou o risco e perdeu. A roleta russa tramou os encarnados.
Que clássico, que emoção! Nem sempre bem jogado, mas com uma intensidade única, incomparável. A melhor face do futebol português.
Ola John a ver Salvio correr
Vítor Pereira esperava o reforço do setor intermediário por parte do Benfica e Jorge Jesus não iria mudar de ideias quando considerava que essa seria a melhor forma para garantir um equilíbrio de forças numa zona nevrálgica do relvado.
O treinador encarnado ganhou essa aposta, embora Ola John tenha sido um mero figurante no clássico do Dragão. O talento é inegável mas o holandês voltou a demonstrar uma angustiante falta de cultura tática, sobretudo em processos defensivos.
O F.C. Porto poderia explorar esse flanco mas James Rodriguez esteve em noite de inexplicável nervosismo, errando passes sem conta, notando-se até alguma velocidade de execução. Os dragões viraram-se então para a esquerda. Aliás, pelo mesmo corredor onde o Benfica apresentava um Salvio desconcertante.
Foi por ali que surgiu o primeiro golo do encontro. Lançamento lateral de Salvio. Bola na área, vários ressaltos, Garay no remate cruzado, desvio e Lima a encostar ao segundo poste.
Com 19 minutos de jogo, Lima provava ser um caça-dragões, voltando a marcar nos duelos com a formação azul e branca. Outro nome a merecer figurar na ficha de jogo, em detrimento de Oscar Cardozo. Mobilidade e instinto.
Resposta imediata
Não havia superioridade que justificasse, de qualquer forma, a vantagem no marcador. Em cinco minutos, os dragões regressaram ao jogo. Alex Sandro insistiu pela esquerda e abriu para Varela. Este cruzou rasteiro, a bola desviou em Maxi Pereira e seguiu para a baliza, enganando Artur.
O intervalo chegaria com um empate lógico, acertado perante o equilíbrio de forças. Logo após o 1-1, João Moutinho disparou para uma grande defesa de Artur Moraes. A maior emoção, ainda assim, chegaria no regresso aos balneários, quando Vítor Pereira foi falar com Pedro Proença e a equipa técnica do Benfica foi atrás. Raul José, adjunto de Jesus, discutiu de forma veemente com o técnico portista.
O F.C. Porto entrou na segunda metade com maior dinâmica. Varela criou um par de ocasiões de perigo mas o jogo foi entrando numa fase repleta de paragens, de cartões, quedas, mais perdas de tempo (Artur exagerou neste capítulo).
Roderick cedo e Kelvin a tempo
Jesus não gostou de ver Matic e Enzo Pérez em risco de expulsão. O sérvio esteve uma vez mais irrepreensível. Ao minuto 64, Roderick substituiu Gaitán e reforçou a aposta no empate. Demasiado cedo.
Lembram-se de Kelvin? Daquele miúdo que resolveu frente ao Sp. Braga, foi para a equipa B amuar, foi conduzir sem carta e desapareceu das convocatórias? Voltou. E já nos minutos finais, quando o Benfica parecia mais confortável, já depois de Cardozo entrar para obrigar Helton a grande defesa (E de James, em posição irregular, a atirar ao poste), decidiu o clássico.
Discutir-se-à a justiça do resultado, desta inversão no topo na tabela, mas tudo se resume ao talento e à ambição. Kelvin recebe de Liedson e foge a Roderick. Só suplentes. À entrada da área, colocou todo o fogo do dragão naquele remate cruzado de pé esquerdo, afastando a bola de Artur.
Benfica de rastos. A perder a liderança numa semana, a sair em lágrimas do Dragão. Golpe de teatro ou Jesus ainda não aprendeu o suficiente para evitar esta realidade?
Cinco pontos perdidos em dois jogos. O anterior líder não esteve mal no Dragão, parecia até confortável quando o 2-1 apareceu. Mas jogou demasiado perto do limite, aceitou o risco e perdeu. A roleta russa tramou os encarnados.
Que clássico, que emoção! Nem sempre bem jogado, mas com uma intensidade única, incomparável. A melhor face do futebol português.
Ola John a ver Salvio correr
Vítor Pereira esperava o reforço do setor intermediário por parte do Benfica e Jorge Jesus não iria mudar de ideias quando considerava que essa seria a melhor forma para garantir um equilíbrio de forças numa zona nevrálgica do relvado.
O treinador encarnado ganhou essa aposta, embora Ola John tenha sido um mero figurante no clássico do Dragão. O talento é inegável mas o holandês voltou a demonstrar uma angustiante falta de cultura tática, sobretudo em processos defensivos.
O F.C. Porto poderia explorar esse flanco mas James Rodriguez esteve em noite de inexplicável nervosismo, errando passes sem conta, notando-se até alguma velocidade de execução. Os dragões viraram-se então para a esquerda. Aliás, pelo mesmo corredor onde o Benfica apresentava um Salvio desconcertante.
Foi por ali que surgiu o primeiro golo do encontro. Lançamento lateral de Salvio. Bola na área, vários ressaltos, Garay no remate cruzado, desvio e Lima a encostar ao segundo poste.
Com 19 minutos de jogo, Lima provava ser um caça-dragões, voltando a marcar nos duelos com a formação azul e branca. Outro nome a merecer figurar na ficha de jogo, em detrimento de Oscar Cardozo. Mobilidade e instinto.
Resposta imediata
Não havia superioridade que justificasse, de qualquer forma, a vantagem no marcador. Em cinco minutos, os dragões regressaram ao jogo. Alex Sandro insistiu pela esquerda e abriu para Varela. Este cruzou rasteiro, a bola desviou em Maxi Pereira e seguiu para a baliza, enganando Artur.
O intervalo chegaria com um empate lógico, acertado perante o equilíbrio de forças. Logo após o 1-1, João Moutinho disparou para uma grande defesa de Artur Moraes. A maior emoção, ainda assim, chegaria no regresso aos balneários, quando Vítor Pereira foi falar com Pedro Proença e a equipa técnica do Benfica foi atrás. Raul José, adjunto de Jesus, discutiu de forma veemente com o técnico portista.
O F.C. Porto entrou na segunda metade com maior dinâmica. Varela criou um par de ocasiões de perigo mas o jogo foi entrando numa fase repleta de paragens, de cartões, quedas, mais perdas de tempo (Artur exagerou neste capítulo).
Roderick cedo e Kelvin a tempo
Jesus não gostou de ver Matic e Enzo Pérez em risco de expulsão. O sérvio esteve uma vez mais irrepreensível. Ao minuto 64, Roderick substituiu Gaitán e reforçou a aposta no empate. Demasiado cedo.
Lembram-se de Kelvin? Daquele miúdo que resolveu frente ao Sp. Braga, foi para a equipa B amuar, foi conduzir sem carta e desapareceu das convocatórias? Voltou. E já nos minutos finais, quando o Benfica parecia mais confortável, já depois de Cardozo entrar para obrigar Helton a grande defesa (E de James, em posição irregular, a atirar ao poste), decidiu o clássico.
Discutir-se-à a justiça do resultado, desta inversão no topo na tabela, mas tudo se resume ao talento e à ambição. Kelvin recebe de Liedson e foge a Roderick. Só suplentes. À entrada da área, colocou todo o fogo do dragão naquele remate cruzado de pé esquerdo, afastando a bola de Artur.
Benfica de rastos. A perder a liderança numa semana, a sair em lágrimas do Dragão. Golpe de teatro ou Jesus ainda não aprendeu o suficiente para evitar esta realidade?
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