terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Academico de Viseu 0-1 AD Valecambrense - FRUSTAÇÃO EM CASA


Foi uma tarde negra para o Académico de Viseu.
Na recepção ao Valecambrense, numa tarde de sol (coisa rara nos últimos tempos), os viseenses não se deram bem com o bom tempo. Frente a uma equipa que mudou sete jogadores em relação ao jogo da primeira volta, o Académico de Viseu acabou por sofrer um golo, a que não conseguiu responder. Apesar da resposta do banco de Luís Almeida, a proceder à primeira alteração, à meia hora de jogo, com a entrada de Rui Santos, a formação viseense mostrou sempre uma estranha apetência por complicar o que até parecia fácil. Diríamos que o resultado final acaba por castigar a forma complicativa como os viseenses tentaram abrir espaços de remate na área contrária, raramente conseguindo jogar pelas alas, apesar das entradas de Rui Santos e Lopes.
Início prometedor
O Académico de Viseu começou bem o encontro, provocando algumas dificuldades ao último reduto contrário. Logo aos quatro minutos, Álvaro, com um remate cruzado, fez a bola passar rente ao poste esquerdo da baliza de Bairrada. No minuto seguinte, foi Everson que, com um remate do meio da rua, fez abanar o travessão da baliza de Bairrada.A entrada em jogo dos viseenses não antevia o que vinha logo a seguir. Aos oito minutos, a formação orientada por Manuel Matias conseguiu cinco pontapés de canto consecutivos, com a defesa academista a denotar algumas dificuldades em tirar a bola das redondezas da área de Augusto.Só que, aos dez minutos, os visitantes chegaram ao golo, com Santiago a subir pela direita, a ganhar a Filipe e a cruzar para a área, onde Ricardo Pina apareceu a desviar, ao primeiro poste, para a entrada de Nuno Preto fazer o resto. Os viseenses reagiram de pronto, mas denotaram, desde logo, estranhas dificuldades em jogar em ataque continuado, optando pelo futebol directo que dava vantagem à possante defesa contrária, onde pontificavam Nuno Mota e Sérgio, com Marcelo a ser o primeiro grande obstáculo dos viseenses, mas Bairrada a ser o maior de todos.Aos 34 minutos, a turma de Luís Almeida conseguiu criar perigo, com Fernando Ferreira a converter um livre que Bairrada desviou para canto. A entrada de Rui Santos deu maior velocidade ao ataque, mas foi inconsequente. Ainda assim, aos 35 minutos, tentou um canto directo, mas o travessão desviou a bola pela linha final.
Dois lances polémicos no segundo tempo

A etapa complementar começou com o primeiro lance polémico, aos três minutos, com Zé Bastos, dentro da área, a tentar escapar a um adversário e a ser tocado (?) em falta. O juiz da partida nada assinalou.Com os visitantes cada vez mais remetidos ao seu meio campo, os viseenses porfiavam, optando pelos remates de meia distância. Aos 20 minutos, Álvaro arrancou uma bomba que saiu rente ao poste.Aos 24 minutos, veio o lance mais polémico, com Nuno Farelo a tocar a bola com a mão, na área de rigor, com o juiz da partida longe do lance e o auxiliar a nada assinalar, ficando por marcar uma grande penalidade que poderia inverter o rumo do encontro.Até final, mais três lances merecem destaque. Aos 27 minutos, uma boa jogada de Rui Santos, flectindo da esquerda para o meio, a arrancar um remate que Bairrada susteve para canto. O mesmo aconteceu aos 43 minutos, com Rui Santos na conversão de um livre. Calico, em tempo de descontos, testou a pontaria do meio da rua, mas Bairrada respondeu com uma grande defesa.Em jeito de resumo, diríamos que a sorte bafejou a equipa visitante, perante um Académico que porfiou, mas falhou na capacidade de abrir espaços pelos corredores, o que os visitantes souberam fazer para apontar o único tento do encontro. Nota para a estreia de Valdo, um jogador a rever noutras circunstâncias.Tarde irregular do trio de arbitragem de Coimbra.
in Diário de Viseu

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