domingo, 30 de março de 2014

ATLÉTICO - 1 A.VISEU - 0 - FOI PENA

Atlético CP 1 - 0 Ac. Viseu FC

Estádio da Tapadinha, 30 de março de 2014
36ª Jornada da Liga 2 Cabovisão
Árbitro: Manuel Oliveira (Porto)

Atlético: Mika; Luís Dias, Marinheiro, Hugo Carreira e Kiki; Marco Bicho (Taira, 61), Diego Lima e Hugo Pina; João Mário (Diego Gonçalves, 74), Leandro Borges (Moreira, int) e Rui Varela. Treinador: Jorge Simão.

Ac. Viseu: Ricardo Janota; Tomé, Thiago Pereira, Tiago Gonçalves e Ricardo Ferreira (Dalbert, 74); Ibraima (Bruno Grou, 85), Bruno Loureiro e Leonel (Ouattara, 65); Luisinho, Fausto Lourenço e Cafú. Treinador: Ricardo Chéu.

Golo: Rui Varela 81 (1-0)
Perante cinco dezenas de academistas o Académico de Viseu perdeu esta tarde na Tapadinha com o “lanterna vermelha”. Uma derrota que nos entristece, como acontece com todas as derrotas, mas que não nos pode desanimar. O Académico fez o que podia, e quando tentou fazer ainda algo mais, chegar à vitória, notou-se então a falta de soluções, mercê da onde de lesões/castigos.

Na primeira parte as equipas equivaleram-se e ouve perigo nas duas áreas. Aos 9 minutos Leonel arrancou uma bomba parada por Mika; aos 12 é Thiago Pereira a dar o corpo à bola evitando o remate vitorioso de Rui Varela; aos 14, na sequência de um pontapé de canto, Tiago Gonçalves esteve a centímetros de marcar; aos 22 Leandro Borges surge isolado perante Janota que reduz o ângulo, e a bola sai às malhas laterais; aos 25 grande defesa de Janota a remate de Varela; aos 40 minutos uma excelente combinação Cafú/Tomé/Cafú com o avançado academista depois a optar pelo cruzamento que lhe saiu mal; aos 42 outra bomba de Leonel ao lado; ao 45 João Mário surge isolado perante Janota mas assim que os centrais se abeiram dele, atira-se para o chão.

Ao intervalo o resultado era certo, pena não ter havido golos.

A segunda parte abriu com uma boa oportunidade para o Académico. Na sequência de um pontapé de canto, apontado por Fausto Lourenço, Tiago Gonçalves surge ao primeiro poste a pentear a bola e esta a sair, do lado contrário, rente ao poste. O Académico estava melhor na partida e pouco depois esteve novamente a centímetros de marcar. Tiago Gonçalves – que grande exibição fez o central academista – faz um excelente corte, dá para Bruno Loureiro, que com uma grande arrancada, entra na área remata mas a bola tabela num defesa e vai para canto. A melhor intervenção de BL23 em todo o jogo.

Aos 65 minutos o Académico despareceu da partida. Saiu Leonel, entrou Ouattara. Percebo a ideia do treinador, mostrando que era para a frente que a equipa deveria ir, mas não deu certo. Leonel, sem estar a fazer um jogo deslumbrante, era dos que dava critério na circulação da bola. A partir daí o Académico eclipsou-se por completo.

Cresceu o Atlético na partida. No minuto 80 Janota ainda safou com duas boas defesas. Mas na sequência do pontapé de canto Rui Varela subiu mais alto que toda a gente e atirou a contar.

Ricardo Chéu ainda trocou Ibraima por Bruno Grou. Voltou a não resultar. Muita gente no ataque, ninguém no meio campo, e o Académico foi incapaz de efetuar o assalto final.

Em suma, nada a apontar em termos de entrega dos jogadores. Lutaram, esforçaram-se mas desta vez não foram felizes. São coisas que acontecem

BRAGA - 0 BENFICA - 1 - DIFÍCIL

Lima dá a vitória ao Benfica em Braga

Faltam cinco jornadas para terminar o campeonato e o Benfica mantém os sete pontos de vantagem sobre o Sporting, segundo classificado.

Lima dá a vitória ao Benfica em Braga
O Benfica venceu, este domingo, o SC Braga por 0-1, em jogo da 25.ª jornada da I Liga, que se disputou no Estádio AXA, em Braga. Lima (12') marcou o único golo da partida que permite manter a distância folgada para os adversários diretos. No tempo extra, Rodrigo falhou uma grande penalidade.

Depois da derrota por 1-0 contra o FC Porto na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, o Benfica regressou ao campeonato nacional com o objetivo de reforçar a liderança. O adversário desta tarde foi o SC Braga, que precisava de pontos para subir na tabela e assim conseguir um lugar nas competições europeias.

O Benfica entrava nesta 25.ª jornada com 12 pontos de avanço sobre o FC Porto, que joga mais logo na Madeira contra o Nacional, e quatro sobre o Sporting, que ontem venceu em casa o Vitória de Guimarães.

Na baliza dos encarmados, Oblak regressou à titularidade no Benfica. isto face ao jogo no Estádio do Dragão. O quarteto defensivo do Benfica foi composto por Sílvio, Luisão, Garay e Siqueira, enquanto, no meio campo, Fejsa e Enzo Pérez voltaram a formar dupla. Lazar Markovic e Nico Gaitán jogaram nas alas com Lima e Rodrigo na frente de ataque.

Com muitos adeptos benfiquistas no Estádio AXA, o clube da Luz colocou-se na frente do marcador logo aos 12 minutos, numa jogada fácil e com muito espaço para Gaitán e Rodrigo, com Lima a finalizar da melhor forma, batendo Eduardo. Rodrigo e Lima conseguiram ultrapassar seis jogadores do SC Braga, numa boa combinação entre os dois avançados do Benfica e uma clara desatenção da defesa arsenalista.

Até ao final da primeira parte, o SC Braga contou ainda com um bom lance para empatar. À passagem da meia hora, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Pardo, Rusescu cabeceou e a bola passou rente à trave, perante a passividade da defensiva do Benfica naquela área.

A etapa complementar em Braga foi mais equilibrada, com um jogo muito intenso no meio-campo e com dificuldades em criar situações de perigo perto das balizas.

Nos últimos 15 minutos, numa altura em que a equipa de Braga procurava, e insistia, o golo do empate, o Benfica conseguiu segurar a vantagem mínima e conseguir mais preciosos três pontos, isto quando faltam apenas cinco jornadas para o final do campeonato. Contudo, em tempo de compensação, o árbitro Pedro Proença assinalou grande penalidade a favor do Benfica após falta sobre Rodrigo mas, na conversão, Eduardo adivinhou o lado do remate do avançado dos encarnados, não permitindo que o Benfica aumentasse a vantagem.

Com este triunfo na capital do Minho, o Benfica volta a aumentar a vantagem para sete pontos sobre o Sporting, segundo classificado.

A equipa de Jorge Jesus joga, esta quinta-feira, às 20h05, na Holanda, contra o AZ Alkmaar, em jogo a contar para a primeira mão dos quartos de final da Liga Europa.

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sábado, 29 de março de 2014

TÍTULOS - CELTIC FC CAMPEÃO DA ESCÓCIA


O Celtic, do internacional português Amido Baldé, sagrou-se esta quarta-feira 

tricampeão escocês.

A equipa de Glasgow garantiu a conquista do seu 45.º cetro ao golear o Partick


 Thistle, por 5-1, no Celtic Park.

O Celtic lidera com 84 pontos, mais 26 que o Aberdeen, segundo classificado com


 58 pontos.

Classificação:

1. Celtic 84 pontos/ 31 jogos


2. Aberdeen 58/ 30


3. Motherwell 57 30


4. Dundee 53/ 31

5. Inverness 48 /30


6. St. Johnstone 44/ 31


7. Hibernian 34/ 31


8. Kilmarnock 30/ 31


9. Ross County 30/ 31



11. St. Mirren 27/ 31


12. Hearts 21/ 30 


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TAÇA - PORTO - 1 BENFICA - 0 - ACREDITAR

Desvantagem

Jogo pouco inspirado do Benfica, particularmente durante os primeiros minutos, e que foi justamente penalizado por uma derrota pela margem mínima, devido a um golo sofrido ainda muito cedo - precisamente na pior fase do Benfica no jogo.

A coerência com o discurso de termos como principal aposta vencer o campeonato manteve-se: deixámos seis titulares de fora para este jogo. Mantiveram-se o Maxi, Luisão, Garay, Fejsa e Rodrigo, completando o onze o Artur, Sílvio, Sulejmani, Salvio, Rúben Amorim e Cardozo. Não fiquei nada surpreendido com esta opção: esperava-a e, mais do que isso, desejava-a. A entrada do Benfica no jogo foi má (toda a primeira parte foi bastante fraca, aliás) e a do Porto foi forte. Foi recompensada muito cedo, logo aos seis minutos, num golo de cabeça do Jackson após a marcação de um canto, em que se antecipou ao Garay. O Benfica foi quase inofensivo no ataque, porque raramente conseguia sair de forma rápida e organizada. O Porto teve muito mais posse de bola, mas nunca chegámos a assistir a qualquer massacre à baliza do Artur - foram muito poucos os remates feitos, e as oportunidades de golo ainda menos. Mas as poucas que aconteceram, quase todas para o Porto, foram perigosas. A maior de todas deixou o Varela cara a cara com o Artur, num lance em que não percebo como é que o Fernando não viu um vermelho directo pela entrada horrível que teve sobre o Fejsa (foi de tal forma que provavelmente por vergonha a SportTV não mostrou mais do que uma repetição sorrateira). O Artur correspondeu com uma defesa miraculosa com a ponta da bota. As respostas do Benfica foram muito tímidas, e apenas me lembro de um mau cabeceamento do Rodrigo (nem acertou com a cabeça na bola, mas sim com o ombro) quando estava em posição para fazer melhor, e uma bola solta na área que o Maxi rematou contra os defesas do Porto.

A segunda parte foi mais equilibrada. O Benfica não pareceu particularmente incomodado com a desvantagem, e preocupou-se mais em controlar o ritmo do jogo. Prova disto o facto de apenas a quinze minutos do final o Porto ter feito o primeiro remate da segunda parte, pelo Herrera (remate perigoso, diga-se). As substituições feitas (entradas de Gaitán, Lima e Markovic, já na fase final do jogo) fizeram com que o Benfica se atrevesse um pouco mais no ataque, mas o jogo continuou a ser de muito poucas oportunidades de golo, ainda que a bola aparecesse mais vezes junto de uma e outra baliza. O Benfica criou apenas uma grande ocasião para marcar, através de um pontapé de canto no qual o Rúben Amorim apareceu solto na área a rematar, mas o Fabiano correspondeu com uma grande defesa. Houve ainda mais um cruzamento perigoso, que o Fabiano afastou e depois o Markovic não conseguiu fazer o chapéu de primeira, passando a bola perto do alvo. Mas a melhor ocasião foi mesmo do Porto, num remate do Jackson ao poste, com a sorte da bola depois ressaltar para o alívio do Luisão e não de outro jogador do Porto que estava em boa posição. Para além disso, já muito perto do final, o Porto libertou dois jogadores nas costas da nossa defesa mas depois o passe final do Quintero não saiu.

Não houve destaques esta noite, num jogo cinzento da nossa equipa. Mas houve decepções. Eu gosto do Cardozo e por isso custa-me escrever isto, mas neste momento jogar com ele na equipa é jogar com dez. Não creio que consiga fazer uma contribuição positiva que seja. Chega atrasado a todos os lances, perde todas as bolas divididas, e às vezes parece totalmente alheado do jogo. Jogo muito fraco também do Sulejmani, particularmente pelo elevado número de vezes que conseguiu perder a bola devido a agarrar-se demasiado a ela. O Salvio também continua muito longe da melhor forma, e o Maxi não me dá segurança a defender.

A opção pelo campeonato foi bastante clara neste jogo, e sobre isso não tenho nada a criticar. Se vencermos em Braga no domingo, considerarei esta semana positiva. Acho no entanto que, mesmo tendo em conta a rotatividade, poderíamos ter feito um pouco melhor, sobretudo no ataque - marcar um golo teria sido muito importante. Quanto à Taça de Portugal, a desvantagem de um golo está muito longe de ser irrecuperável. A jogar na Luz, e com uma equipa mais completa, não tenho dúvidas de que o Benfica tem capacidade mais do que suficiente para dar a volta ao resultado e conquistar o direito a regressar ao Jamor. Mas isso é coisa para pensarmos na altura, e nem vou preocupar-me demasiado a digerir este resultado - e não, isto não é abdicar da Taça de Portugal, que também desejo, e muito, vencer; é racionalizar e lembrar-me que isto é uma eliminatória a duas mãos, que temos a segunda mão em nossa casa e que a desvantagem é mínima. Mas a prioridade tem mesmo que ser vencer em Braga.FC Porto vs Benfica (REUTERS)

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terça-feira, 25 de março de 2014

TITULOS - FC BAYERN CAMPEÃO NA ALEMANHA


O Bayern sagrou-se esta terça-feira campeão da Alemanha, depois de ter derrotado o Hertha de Berlim por 3-1.

Foi o 24.º título dos bávaros, o nono em 14 anos (desde o início do milénio). O Bayern é de longe a equipa com mais títulos de campeão. Após o clube bávaro surgem Moechengladbach e Dortmund com apenas cinco títulos.

Títulos de campeão na Alemanha:

Bayern: 24 (1932, 1969, 1972, 1973, 1974, 1980, 1981, 1985, 1986, 1987, 1989, 1990, 1994, 1997, 1999, 2000, 2001, 2003, 2005, 2006, 2008, 2010, 2013 e 2014)

Moechengladbach: 5 (1970, 1971, 1975, 1976 e 1977)

Dortmund: 5 (1995, 1996, 2002, 2011 e 2012)

Bremen: 4 (1965, 1988, 1993 e 2004)

Hamburgo: 3 (1979, 1982 e 1983)

Estugarda: 3 (1984, 1992 e 2007)

Colónia: 2 (1964 e 1978)

Kaiserslautern: 2 (1991 e 1998)

TSV 1860 Munique: 1 (1966)

Braunschweig: 1 (1967)

Nuremberga: 1 (1968)

Wolfsburgo: 1 (2009)


segunda-feira, 24 de março de 2014

BENFICA - 3 ACADÉMICA - 0 - COM CLASSE

Passeio

Três golos, outras tantas bolas nos ferros, jogadas de alta qualidade estética e oportunidades mais do que suficientes para construir um resultado ainda mais folgado. O Benfica fez com que este jogo de fim de tarde contra a Académica acabasse por parecer ser pouco mais do que um mero passeio.


Uma única alteração no onze habitual do Benfica, apresentando o Sílvio na lateral direita em vez do Maxi Pereira. Nem sequer foi uma entrada das mais fortes do Benfica no jogo, mas a exemplo do que tem acontecido na maior parte dos jogos em casa esta época, chegámos ao golo bastante cedo - praticamente na primeira verdadeira ocasião de perigo que criámos. Foi aos onze minutos, numa jogada entre o Rodrigo e o Lima. O Rodrigo atirou ao poste, e depois o Lima conseguiu meter o pé e desviar para a baliza a tentativa de alívio do defesa da Académica. A partir deste momento tudo se tornou ainda mais fácil para o Benfica, que nunca deu sequer a impressão de ter realmente carregado a fundo no acelerador. Mesmo com a Académica a nunca abandonar o esquema cauteloso de duas linhas de defesa bem juntas, o talento e concentração dos nossos jogadores e uma ideia muito definida de jogo chegaram e sobraram. Antes de cumprida a meia hora de jogo (e com um penálti por assinalar a nosso favor pelo meio) o Benfica duplicou a vantagem, numa jogada de equipa muito bonita. Numa ocasião em que a Académica procurou pressionar alto, já bem junto à nossa área, os nossos jogadores nunca perderam a calma e libertaram-se da pressão fazendo a bola circular de pé para pé entre os seus jogadores, viajar da esquerda até à direita, onde o Sílvio avançou com ela no terreno, desmarcou o Markovic, e dos pés do sérvio saiu um cruzamento rasteiro para a zona do segundo poste, onde o Lima finalizou com facilidade. Continuou o Benfica a dominar completamente o jogo com enorme facilidade, e foi uma pena que mesmo em cima do intervalo não tivesse chegado ao terceiro golo em mais uma jogada fantástica de toda a equipa, que incluiu três passes de calcanhar, e que deixou o Siqueira em frente ao guarda-redes. Infelizmente o remate dele foi defendido - teria sido perfeito se tivesse tocado a bola para o lado, onde tinha o Gaitán completamente sozinho.


O domínio absoluto e tranquilo do Benfica no jogo continuou na segunda parte. E com a ameaça constante de voltar a marcar. O Benfica nem sequer precisava de carregar muito, simplesmente conseguia manter a bola em seu poder com relativa facilidade, e depois aproveitava as movimentações dos seus jogadores para ir explorando os espaços concedidos para se aproximar da baliza adversária. O terceiro golo chegou quando se finalizava o primeiro quarto de hora: bola recuperada pelo Enzo a meio do meio campo adversário, tabela com o Rodrigo, e finalização à saída do guarda-redes, já em desequilíbrio após ter sido empurrado pelo adversário (era lance para penálti). Logo a seguir, o Rodrigo ficou muito perto de fazer o golo que bem merecia, mas o remate, já de ângulo apertado depois de ultrapassar o guarda-redes, bateu no poste. A seguir foi o Fejsa quem ficou perto do golo. O resultado prometia não ficar por ali, mas com uma vantagem tão confortável no marcador o Benfica relaxou mesmo, e depois das saídas do Gaitán, Rodrigo e Enzo (por troca com o Salvio, Cardozo e Amorim), a velocidade ficou mais reduzida e o jogo perdeu bastante interesse. Deu até para a Académica, quando faltavam pouco mais de vinte minutos para o final, criar a primeira ocasião de perigo no jogo, num cabeceamento que passou bem perto do poste da nossa baliza. Um livre que também passou perto do poste, pouco tempo depois, completou a produção ofensiva da Académica durante todo o jogo, isto numa altura em que o Benfica já permitia à Académica ter um pouco mais a bola e até jogar no nosso meio campo. Mas mesmo assim foi o Benfica quem voltou a estar perto de aumentar a vantagem, e por duas vezes, já muito perto do apito final. Na primeira o Salvio voltou a enviar a bola aos ferros da baliza da Académica, e na segundo o Lima falhou o hat trick, permitindo a defesa ao guarda-redes - poderia ter tocado para o lado, onde tinha o Cardozo completamente sozinho.


Toda a equipa esteve num bom nível e bastante homogénea. O Lima merece o natural destaque pelos dois golos marcados, mas hoje também pareceu mais solto e confiante. O golo de bola corrida marcado ao Nacional deve ter-lhe feito bem. O Rodrigo voltou a ser preponderante na manobra ofensiva da equipa, e bem merecia ter saído do campo com um golo. Depois de um par de jogos mais discretos, o Enzo voltou a subir de nível, a dupla de centrais exibiu a categoria habitual e o Fejsa ajudou a voltar a fechar os caminhos para a nossa baliza. O Sílvio exibiu a competência do costume (sinceramente, acho que me sinto mais seguro com ele a jogar do que com o Maxi).

Jornada positiva porque mantivemos a vantagem sobre o segundo classificado, e agora falta menos um jogo para o final. Positivo também o facto de termos 'descomplicado' o jogo bastante cedo, o que nos permitiu fazer uma boa gestão de esforço antes de uma sequência de jogos importantes e potencialmente complicados que se avizinham - fiquei com a sensação de que a equipa não teve mesmo que se esforçar muito, e que chegou ao final do jogo bastante fresca. Muito se vai jogar nos jogos que se seguem. Confio que a nossa equipa consiga manter o nível que tem exibido ultimamente, e que apoiada pela nossa incomparável massa associativa (49.320 espectadores hoje) consiga aproximar-se ainda mais dos seus objectivos.

domingo, 23 de março de 2014

A.VISEU - 1 BEIRA-MAR - 0 - JUSTO

Ac. Viseu-Beira-Mar, 1-0: Cafú resolveu no fim
GOLO SURGIU NA COMPENSAÇÃO
Um golo solitário de Cafú, em período de compensação, deu este domingo a vitória ao Ac. Viseu frente ao Beira-Mar, em jogo da 35.ª jornada.

Depois de uma primeira parte mal jogada, praticamente sem remates e sem claras oportunidades de golo, a emoção estava reservada para os minutos finais, em que o Ac. Viseu acabou por chegar ao golo, um minutos depois dos 90'. Até então, e depois de uma primeira parte sem emoção, eram os comandados de Ricardo Chéu quem mais faziam por chegar ao golo, mas a tarde não era de grande inspiração.

O treinador dos viseenses apostou tudo na frente, ao trocar o central Thiago Pereira pelo médio Leonel, aos 57 minutos, e no lance seguinte, Fausto Lourenço, frente a Rui Rego, por pouco não conseguiu desviar para o fundo da baliza. Frente a um Beira-Mar que praticamente não atacou, e só em esporádicos lances de contra-ataque chegou a incomodar Ricardo Janota, o Ac. Viseu, principalmente após a expulsão de Hugo Lopes, aos 79 minutos, foi sempre mais perigoso, em especial nas bolas paradas.

Foi numa fase de assédio final à baliza dos aveirenses, e já em período de compensação, que Cafú, de cabeça, respondeu da melhor maneira a um canto apontado por Leonel. O veterano avançado cabo-verdiano, melhor marcador da equipa, deu mais três pontos ao Ac. Viseu.

Jogo no Estádio do Fontelo, em Viseu.

Ac. Viseu - Beira-Mar, 1-0. Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: 1-0, Cafú, 90'+1 minutos.

Equipas:

Ac. Viseu: Ricardo Janota, Tomé, Thiago Pereira (Leonel, 57'), Tiago Gonçalves, Ricardo Ferreira, Capela, João Alves (Bruno Grou, 81'), Bruno Loureiro, Luisinho (Zé Rui, 68'), Fausto, Cafú.
Suplentes: Hélder Godinho, Leonel, Bruno Grou, Zé Rui, Tiago Rosa, Ibraima, Ouattara.

Treinador: Ricardo Chéu.

Beira-Mar: Rui Rego, Daffara, Hugo Lopes, Luís Gustavo, Jeferson, Dias, Hélder Tavares, Willyan (André Sousa, 17'), Afshin (Pité, 55'), Dieguinho, Tiago Cintra (Dudu, 81').
Suplentes: Renato, André Sousa, Daniel Martins, Pedro Moreira, Pité, Dudu, Cocco.

Treinador: Daniele Fortunato.

Árbitro: Hugo Pacheco (Porto).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Hélder Tavares (51'), Hugo Lopes (62' e 79'), Jeferson (75'), João Alves (77'), Leonel (84'), Capela (85'). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Hugo Lopes (79').

Assistência: Cerca de 1.200 espectadores.

quinta-feira, 20 de março de 2014

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BENFICA - 2 TOTTENHAM - 2 - SOFRIDO PORQUÊ?

Encarnados tinham tudo para passar tranquilamente, mas os 10 minutos finais foram infernais.

Benfica sofre, mas passa aos 'quartos'
O Benfica qualificou-se esta quinta-feira para os quartos de final da Liga Europa, mesmo com o empate a dois golos na Luz, valendo aos encarnados o triunfo em Londres por 3-1.
Os ingleses foram ‘inofensivos’ o jogo quase todo, mas acordaram a 10 minutos do fim, numa altura em que o Benfica ‘baixou a guarda’ e quase empatavam a eliminatória. Chadli, aos 78 e 79 minutos, quase ‘apagou’ o golo de Garay, ainda na primeira parte, que deixou os encarnados confortáveis, já que tinham uma vantagem de 4-1 no agregado das duas mãos. 
No final do jogo, Lima converteu com sucesso uma grande penalidade.
O encontro foi bastante morno, até em ritmo de treino. Os encarnados geriam a vantagem, mas quando aceleravam, deixavam os ingleses sem reação. E a equipa de Tim Sherwood não conseguia chegar com perigo à baliza de Oblak. Só o conseguiu quando de facto o Benfica, já perto do fim, baixou o ritmo.
Não fosse isso, e a exibição encarnada esta noite teria sido impecável. Os encarnados sofreram sem necessidade nos últimos 10 minutos e a equipa de Jesus continua a mostrar que no momento em que se desconcentra, tem dificuldade de se encontrar. De tal forma que já depois dos 90’, Oblak salvou in extremis  o golo que daria o prolongamento. 
Já a pode contar com Salvio, Jesus lançou-o e o médio argentino foi uma dor de cabeça para os spurs. Foi dele a jogada de insistência e o cruzamento milimétrico para a cabeça de Garay, que apontou o seu sétimo golo esta temporada.
Com um agregado de 5-3, o Benfica passa aos quartos de final da Liga Europa. Desde que a prova entrou neste formato, os encarnados nunca perderam na Luz

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terça-feira, 18 de março de 2014

NACIONAL - 2 BENFICA - 4 - COM CLASSE


Equipa de Jorge Jesus continua com sete pontos de vantagem sobre o Sporting mas agora com 12 sobre o FC Porto.

O Benfica venceu o Nacional da Madeira por 4-2 em jogo da 23.ª jornada da I Liga. Candeias e Djaniny fizeram os tentos dos alvinegros, Garay (2), Lima e Rodrigo marcaram para os encarnados, que não perdem há 25 jogos. Equipa de Jorge Jesus continua com sete pontos de vantagem sobre o Sporting mas agora com 12 sobre o FC Porto.
Numa das deslocações mais complicadas até ao final da época, o Benfica entrou mal mas corrigiu a tempo de embalar para uma exibição soberba, principalmente da linha avançada, onde Markovic, Gaitán, Rodrigo e Lima fizeram estragos.
Manuel Machado montou um onze vocacionado para a frente, com João Aurélio a lateral direito, Gomaa e Diego Barcelos no meio-campo, no apoio a Djaniny, Rondón e Candeias. E foi Candeias quem abriu o ativo aos cinco minutos, (veja o golo) na transformação de uma grande penalidade, fazendo o terceiro golo no campeonato. O extremo cruzou para a área, Manuel Mota considerou que Luisão cortou a bola com o braço e apontou para a marca do castigo máximo (Veja o lance!)

Os Nacionalistas entraram bem e continuaram a pressionar o Benfica, que não conseguia sair para o ataque. A partir dos 15 minutos, a formação de Jorge Jesus pegou no jogo, passou a controlar as operações e em 25 minutos marcou três golos.

O empate surgiu aos 24 minutos por Lima, a rematar para a baliza de Gottardi após passe de Rodrigo. Destaque para o cruzamento de Markovic na direita. Antes, Rodrigo já tinha estado perto do golo mas o remate foi para fora. (Veja o golo de Lima).

O Benfica vai dar a volta ao marcador aos 33 minutos, numa "bomba" de Rodrigo. (O golo de Rodrigo) O hispano-brasileiro saiu da esquerda, fletiu para o meio e rematou forte, de pé esquerdo, ao ângulo da baliza. Com o Nacional perdido em campo, o Benfica aproveitou para fazer o 3-1 por Garay, num remate de cabeça ao segundo poste, depois de um canto de Enzo Pérez (Veja o golo de Garay).

Manuel Machado, que já tinha perdido Ghezal no início da primeira parte, tentou dar a volta ao encontro, com as entradas dos avançados Lucas João e Reginaldo, pra os lugares de Rondón e Diego Barcelos.

O Benfica entrou mais lento no segundo tempo e, se calhar, já a pensar no jogo de quinta-feira com o Tottenham, recuou no terreno, deu iniciativa aos madeirenses para depois sair em contra-ataque. Num desses lances, Markovic esteve perto do golo, após centro de Gaitán mas o desvio saiu ao lado.

Quando nada fazia prever, o Nacional vai reduzir e relançar a partida aos 80 minutos. Candeias fez um passe longo, Luisão e Oblak hesitaram. Aproveitou Gomaa para colocar na área onde apareceu Djaniny a bater o guarda-redes esloveno, marcando assim à antiga equipa. (O golo de Djaniny).

Com dez minutos para jogar, o Benfica defendeu como pôde, com o Nacional à procura do empate a todo o custo. Os madeirenses criaram imenso perigo em lances pelo ar na área benfiquista.

E numa altura em que o Benfica fazia contenção de bola, Garay aproveitou um centro de Sílvio para cabecear para o fundo da baliza, aos 89 minutos. Este golo sentenciou o jogo e acabou com as aspirações do Nacional em chegar ao empate. (O segundo golo de Garay no jogo).

O Benfica sofre dois golos, algo que não acontecia há muito tempo mas mantém a vantagem para o Sporting em sete pontos. O FC Porto já está a 12 pontos dos encarnados. Já o Nacional continua com três pontos de vantagem sobre o SC Braga, sexto colocado.

PORTO B - 3 A.VISEU - 2 FOI PENA FALTOU O EMPATE

Numa excelente tarde e num bom estádio, hoje o Academico sofreu a sua segunda derrota com o comando de Ricardo Cheu.
Um jogo muito bem jogado, disputado e em que parece-nos que o empate era o mais justo.
Palavra inicial para os adeptos viseenses que cada vez são em maior numero fora de casa. O apoio foi quase do início ao fim. É muito bom sentir o clube a crescer neste aspecto de apoio, que é muito importante.

No onze academista , não podia deixar de se falar na ausência de Bruno Loureiro, rendido por João Alves e pela manutenção do Fausto Lourenço na equipa.

Estádio Municipal Jorge Sampaio, 16 de março de 2014
34ª Jornada da Liga 2 Cabovisão
Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)

FC Porto: Kadú; Victor Garcia (David Bruno, 90), Zé António, Tiago Ferreira e Quiñones; Mikel, Pedro Moreira e Tozé; Kayembe (Leandro, 64), Kelvin (Ivo, 75) e Gonçalo Paciência. Treinador: José Guilherme.

Ac. Viseu: Ricardo Janota; Tomé, Cláudio, Thiago Pereira e Tiago Costa (Tiago Rosa, int); Capela, João Alves (Bruno Grou, 83) e João Martins; Luisinho (Leonel, 58), Fausto Lourenço e Cafú. Treinador: Ricardo Chéu.

Expulsão: Cláudio 90+1

Golos: Kayembe 37 (1-0), Gonçalo Paciência 52 (2-0), Pedro Moreira 54 (3-0), João Alves 61 (3-1), João Martins 83 (3-2)
Foto de Catarina Morais retirada do site zerozero.pt

Em termos de lances , houve vários com destaque.

O Porto B com alguns bons valores individuais mas não é como equipa muito forte, perante um Académico com uma equipa unida e bem organizada. Mas o 1º golo surgiu cedo, com uma abertura de Gonçalo Paciência para a direita onde surge Kayembé, que finta Ricardo Janota e marca. Uma abertura que apanhou descompensado o lado esquerdo do Académico.

O Académico jogava com a pressão alta e a flanquear, aproveitando o excelente apoio e as subidas de Tomé. O jogo era bem flanqueado com Fausto e Luisinho em evidência pela rapidez, enquanto Cafú parecia mais desacompanhado e não teve muitas oportunidades de tocar na bola. 

Tomé estava incisivo e destemido a subir e até remates tentou, bem como alguns centros mas que não tiveram consequência.

Há uma jogada a meio do 1º tempo em que Tomé aparece solto na direita, entra na área cruza para Cafú, mas na hora H surge um defesa da equipa B a cortar para canto. Aliás, o Académico teve inúmeros cantos. 

Num desses cantos, há um contra ataque seguido por Tozé e quase dá segundo golo.

O Final da primeira parte chegou e adivinahva-se um Académico diferente na 2ª parte.
Saiu Tiago Costa (lesionado?) e entrou Tiago Rosa para defesa esquerdo.

O Académico começa melhor com algum perigo na área e mais alguns cantos. 

Mas mais uma vez o Porto foi lá à frente , Gonçalo recebe a bola, flecte para o meio e fora da área remata encostado ao poste, fazendo o 2-0 .

O Académico fica atordoado e sofre outro numa carambola. Bola no poste , confusão, Janota toca na bola e Pedro Moreira aparece na boca da baliza e remata. A bola entrou mas ainda foi tirada por Janota. No entanto, estava feito o 3-0 aos 55 minutos e temia-se algum desnorte.

No entanto, o Académico cresceu e nao deu a batalha por vencida.

Entretanto, Ricardo Chéu tira Luisinho e entra Leonel para a esquerda do meio campo  e para também investir para os flancos. Leonel entrou bem, segurou muito bem a bola e criou alguns desequilíbrios e lances bem flanqueados que geraram perigo na área portista e alguns calafrios.

Surge por isso, de forma justa o Golooooooooooooo do Académico após uma jogada de insistência e com vários jogadores na área surge um passe da direita, aparece João Alves que perto da marca de penalty remata para o fundo das redes!

O Académico empolgou e continuou a desenhar boas jogadas de envolvimento. É bonito ver a equipa jogar com objetividade e profundidade.  Capela mostrava força e empenho em dar a volta, o seu físico imponente impunha-se perante alguns  portistas mais "verdes".

Perto dos 20 minutos da 2ª parte surge o 2º golo. Mais um lance insistência , bem construído. a bola chega mais uma vez a Tomé bem inserido no ataque e centra para o remate de João Martins a fuzilar na pequena área. 3-2, animava-se o jogo e as hostes academistas.

Ouvia-se ACADÉMICO, ACADÉMICO e sentiam-s os portistas (jogadores e adeptos) nervosos.

O Porto apostava claramente no contra ataque e abdicou de controlar o jogo também.

Entretanto, perto dos 80 minutos, Tomé com mais uma boa investida, centra e aparece Fausto na pequena área com tudo para fazer golo. Mas remata de cabeça por cima.

Até final, algumas perdas de tempo do Porto, algumas lesões, mais paragens e substituições e jogou-se menos.

O Porto poderia ter marcado quando o Académico jogava praticamente com 3 centrais, já que Thiago aparecia no meio campo a apoiar o jogo. 

No final, destaque para Janota que subiu para a área contrária em mais um canto, mas que não surtiu efeito. E Tozé, apanhou a bola, rematou antes do meio campo para a baliza deserta mas a bola desviou-se da baliza e foi até intercetada por um defesa do Académico.

Mesmo sobre o pano, destaque para a expulsão de Cláudio que viu 2 amarelos na mesma jogada. Um por uma falta e outro por mão na bola a travar o contra ataque. É pena, no próximo jogo vai jogar mais uma dupla diferente de centrais. Tem sido um sector muito alterado nos últimos jogos, entre lesões e castigos.

E pronto, surgiu o apito final e a derrota acabou por ser o desfecho. 

Próxima semana há mais , com um derby da região Centro, contra o Beira Mar. um "Clássico" entre estas duas equipas, que se espera bem jogado.

quinta-feira, 13 de março de 2014

TOTTENHAM - 1 BENFICA - 3 - BRILHANTES

Luisão dá asas ao Benfica em Londres

O central encarnado fez dois dos três golos do triunfo do Benfica sobre o Tottenham, por 1-3.

Luisão dá asas ao Benfica em Londres
O Benfica foi esta noite a Londres vencer o Tottenham, por 3-1, no jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa, e deu um passo de gigante rumo aos 'quartos' da prova.
Sob a autoridade e os golos de Luisão, os encarnados quebraram uma série de 11 jogos sem perder dos londrinos em casa e conseguiram o seu quarto triunfo em Inglaterra com uma equipa renovada. Jorge Jesus apostou na titularidade de Sílvio, Rúben Amorim, Sulejmani e Cardozo, mantendo ainda Oblak na baliza.
Depois de um início equilibrado, o Tottenham assumiu o comando da partida e submeteu o Benfica a uma pressão intensa. A formação de Tim Sherwood conquistou cantos sucessivos e carregava sobre a defesa do clube da Luz com lançamentos aéreos à procura do togolês Adebayor.
Esse assédio levou o Benfica a adaptar-se à postura ofensiva do Tottenham e adotou uma abordagem mais calculista e pragmática, sempre com o contra-ataque à vista. Assim, aos 29' surgiu o primeiro golo do Benfica, com Rodrigo a finalizar com classe uma grande jogada de Rúben Amorim.
Uma vantagem importante para os encarnados, que a conseguiram segurar até ao intervalo, apesar dos esforços dos spurs.
No segundo tempo, o Benfica controlou o jogo sem bola e chegou mesmo ao 2-0 aos 58', com o golo de cabeça de Luisão, na sequência de um canto convertido por Rúben Amorim. Tudo fácil e perfeito para o Benfica.
No entanto, o brio do Tottenham veio à tona e os ingleses reduziram para 1-2 por Eriksen, aos 64', na sequência de um livre perfeito.
O Benfica tremeu um pouco, mas não se desarmou e Jorge Jesus lançou Gaitán e Enzo Pérez no jogo. As substituições surtiram efeito e travaram o ímpeto inglês. Dessa forma, o Benfica soube chegar uma vez mais ao golo, novamente por Luisão, a finalizar mais um lance de bola parada aos 84'. O capitão fez o seu nono golo em 102 jogos europeus com a camisola do clube da Luz.
Até ao apito final, o Benfica podia ainda ter dilatado a vantagem, mas sai de Londres após uma grande noite europeia, com uma vitória segura e autoritária por 1-3 e boas perspetivas para a segunda mão na Luz. 

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segunda-feira, 10 de março de 2014

BENFICA - 2 ESTORIL - 0 - SEGURO

Mais um passo seguro dado no caminho para a conquista do título. O Benfica hoje não deu qualquer hipótese ao Estoril: controlou completamente o jogo e o adversário, venceu por números que até são escassos para aquilo que se passou durante os noventa minutos, e ainda viu alargar-se a vantagem sobre o segundo classificado.


O onze mais habitual para defrontar um Estoril que, face a tudo o que se disse e escreveu durante esta semana, parecia ser um colosso do futebol mundial. Por vezes tinha que verificar que iríamos de facto defrontar o Estoril e não o Bayern, tal o agigantamento com que o nosso adversário foi pintado na comunicação social na antecipação a este jogo. Por mim, sempre considerei que o nosso maior adversário só poderíamos ser nós mesmos, porque um Benfica ao seu nível estaria sempre completamente fora do alcance do melhor Estoril que pudesse aparecer na Luz. E o Benfica fez os possíveis para que o seu trabalho fosse o mais fácil possível. Entrámos mais uma vez a todo o gás: logo na primeira jogada já o Lima falhava o golo na cara do guarda-redes. Ficou dado o mote, e aos quatro minutos foi o Gaitán a obrigar o guarda-redes a nova defesa apertada para canto. Mas na sequência do mesmo, marcado pelo Gaitán, o Luisão cabeceou de forma imparável para as redes. Obtida a vantagem, o meu receio era uma repetição de jogos anteriores, em que depois de estarmos em vantagem no marcador tirámos imediatamente o pé do acelerador para passarmos a gerir o resultado, por vezes até com toques de displicência. Não foi isso que aconteceu desta vez, pois o Benfica manteve-se concentrado, até porque o Estoril é uma equipa contra a qual não convém facilitar. Tem uma ideia de jogo bem definida e não abdica dela, apresentando-se na Luz sem especiais cautelas defensivas e a jogar de forma desinibida. O problema para eles é que neste momento é muito difícil marcar-nos golos. Toda a equipa defende e preenche os espaços quando não tem a bola (é impossível não reconhecer mérito do treinador quando vemos o trabalho defensivo de jogadores como o Gaitán, Rodrigo ou Markovic), pressiona bem e depois sai rapidamente para o ataque mal a recupera, especialmente quando a bola vai parar aos pés do Gaitán, Enzo ou Rodrigo. Aos dezanove minutos de jogo marcámos o segundo golo, um grande remate de primeira do Rodrigo no interior da área, após um cruzamento do Siqueira na esquerda, e apesar do muito tempo que ainda havia para jogar fiquei com muito poucas dúvidas sobre a vitória neste jogo. Fiquei com a clara sensação de que o Estoril teve a partir daí mais posse de bola do que o Benfica, mas foi uma posse quase inócua, já que não me consigo recordar de uma única oportunidade de golo do nosso adversário (nem sei se terá chegado a fazer um remate). Já o Benfica, por mais do que uma vez poderia ter ampliado o resultado.


No geral, e apesar de não termos marcado mais nenhum golo, até gostei mais de ver o Benfica no segundo tempo, porque geriu o jogo de forma muito confortável e segura. Permitimos menos posse de bola ao Estoril, e procurámos marcar o terceiro golo, que chegámos mesmo a conseguir, pelo Lima, a finalizar uma bonita jogada colectiva, mas infelizmente o golo acabou por ser (mal) anulado por fora-de-jogo. O Estoril foi mantido quase sempre bem longe da nossa baliza - teve, em todo o jogo, apenas uma oportunidade de golo, num livre do Evandro que desviou na barreira e levou a bola ainda a raspar no poste. Já o Benfica, mesmo sem forçar muito, teve ainda mais ocasiões para voltar a marcar para além do golo anulado. Em especial uma arrancada fantástica do Rodrigo, que merecia ter tido melhor sorte, mas depois de correr meio campo com a bola o seu remate foi defendido pelo guarda-redes. Todos os jogadores parecem estar cheios de confiança, e até chegámos a ver o Garay arrancar e desmarcar-se nas costas da defesa do Estoril, sendo desarmado no limite, quando poderia rematar para golo. Houve muitas esperanças tontas depositadas pelos nossos adversários neste jogo com o Estoril, mas a verdade é que o Estoril não teve qualquer hipótese hoje. Desta vez não houve um golo em fora-de-jogo, ou uma expulsão parva do Carlos Martins, ou um prémio extra no final do jogo. O Benfica jogou concentrado do princípio ao fim, e obteve o resultado que desejava sem sequer ter parecido necessário esforçar-se demasiado. Com este tipo de gestão de esforço eu só posso concordar.


Jogo praticamente perfeito da nossa dupla de centrais, em particular do Luisão, que está de facto num momento de forma fantástico. Em grande forma também continua o Gaitán, que hoje não marcou mas esteve nos dois golos (marcou o canto para o primeiro, que já tinha resultado de uma defesa a um remate seu, e desmarcou o Siqueira no lance do segundo). Gostei também muito do Rodrigo, que com a sua velocidade causou inúmeros problemas ao Estoril, e marcou um golo soberbo. O Lima continua a trabalhar muito, mas continua a mostrar falta de confiança na finalização. foi uma pena terem-lhe anulado aquele golo, porque de certeza que teria feito maravilhas pela sua confiança. Mas de uma forma geral praticamente todos os nossos jogadores estiveram bem neste jogo.

Quase cinquenta e sete mil espectadores na Luz neste fim de tarde proporcionaram um ambiente fantástico. Parece que finalmente o público da Luz começa a acordar e a juntar-se à onda vermelha, que nos jogos fora de casa já há algum tempo parece ser evidente. Quanto à equipa, foi digna deste ambiente e proporcionou-nos um dos jogos mais concentrados e confiantes desta época, a par dos jogos contra Porto e Sporting. Temos agora a conquista do título completamente ao nosso alcance, e se soubermos ser competentes e nos mantivermos concentrados neste objectivo, isso poderá ser uma realidade em breve.