segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A.VISEU -1 S.J.VER -1 - BOLAS PARADAS


Ac. Viseu FC 1 - 1 SC S. João Ver

As malditas das bolas paradas...



Estádio do Fontelo, 6 de Janeiro de 2013
14ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Carlos Dias (Porto)

Ac. Viseu: Nuno Ricardo; Marco Almeida (Tiago Gonçalves, 65), Calico, Campinho e Rodolfo Simões; Ibraima, Bruno Loureiro e Johnny (Kifuta, 66); Luisinho, Zé Rui (Mauro Antunes, 81) e Hélder Rodrigues. Treinador: Joaquim Rodrigues

SJ Ver: Nuno Oliveira; Márcio, Xavier, João Pedro (Quim Zé, 82) e Vítor Hugo; Rui Silva, Cancela e Rui Lopes; Rúben Gomes (Maia, 75), Machadinho (Amílcar, 15) e Ricardo Barros. Treinador: Jorge Lima.

Golo: Hélder Rodrigues 48 (1-0), Vítor Hugo 68 (1-1)

A equipa viseense entrou em campo de forma autoritária e dominante, mas com alguns elementos da equipa algo desconcentrados, que trouxe como consequência alguns passes mal executados. Com o decorrer do tempo os passes melhoraram e a qualidade de jogo academista acabou por colocar a defesa contrária em sentido, sem contudo criar grandes situações de golo.

A equipa de S. João de Ver, demonstrou ter a lição muito bem estudada, e só os mais desatentos terão ficado impressionados com a sua forma de jogar. Recordamos que a equipa de S.J.Ver tinha apenas menos 1 ponto que a equipa academista, e curiosamente tem mais pontos realizados fora do que em casa.

O académico a meio da primeira parte consegue finalmente assentar o seu jogo, ganha a batalha a meio campo, e começa a construir algumas jogadas de perigo, estando nesta altura em evidencia, Ibraima e Johny, contudo o ultimo passe, ou o cruzamento saiam sempre mal. Nesta altura faltava a magia de Helder, Luisinho e Zé Rui.

Curiosamente é por intermédio de Hélder Rodrigues, que numa das raras vezes que consegue deixar os seus adversários para trás, entra na área na zona frontal, e quando só tinha o guarda redes adversário pela frente remata ao lado, perdendo a melhor oportunidade da primeira parte do desafio.

Chegava o intervalo com o nulo no resultado a castigar a ineficácia dos homens mais adiantados do académico.

Na segunda parte, finalmente o académico vem decidido a pegar no jogo, e com os homens mais adiantados mais acertivos.
Foi sem grande surpresa que o académico se adiantou no marcador, cruzamento da esquerda do ataque, a bola sobra para Hélder, que na linha de grande área, chuta com a bola a bater num defesa contrário e a entrar na baliza adversária. Finalmente respirava-se de alivio no Fontelo.

O académico fazia por merecer a vantagem, e a equipa de S. J. de Ver nesta altura não criava qualquer jogada de perigo, espreitando sempre que podia um tímido contra ataque.

Foi nesta altura que se temeu o pior... a equipa adversária conquista alguns pontapés de canto, e pairava no Fontelo o receio causado por uma das grandes lacunas desta equipa... as bolas paradas.

Num desses pontapés de canto, a bola cai enrolada no centro da grande área, um molhe de jogadores sobre a bola, o árbitro apita, temeu-se o pior naqueles 2 segundos, mas afinal o árbitro apitava falta atacante.

Poucos minutos depois novo pontapé de canto, a bola é desviada no centro da área academista para o segundo poste onde aparece um adversário a empurrar a bola para as redes academistas.

Um filme já visto tantas vezes esta época.. e o Fontelo gelou e ficou incrédulo. O S. J. de Ver não tinha criado uma única oportunidade de golo, e tinha acabado de empatar o jogo.  

Como um mal ás vezes não vem só, poucos minutos depois do golo forasteiro, acontece a lesão de Marco Almeida, que até estava a ajudar a empurrar o adversário para trás com as suas idas á linha e excelentes cruzamentos para a área.

Filipe Moreira, que percorreu as bancadas do Fontelo á procura da melhor forma de comunicar com os jogadores, decide nesta altura tirar Marco e Johny, e lança em campo Kifuta e Tiago.

Começa nesta altura o duelo da tarde entre Kifuta e o guarda redes adversário. Foram mais de uma mão cheia de grandes defesas a tirar o golo da cabeça, ou dos pés de Kifuta, alguma delas mesmo em cima da linha de golo.

A história da segunda parte resume-se a um jogo de sentido unico, 4 ou 5 oportunidades flagrantes de golo para o académico, o anti-jogo natural da equipa adversária a seguir ao golo do empate, e mais uma vez a ineficácia da defensiva academista a afastar as bolas da sua área.
Foram nitidamente dois pontos perdidos pela única equipa que fez por ganhar o jogo, e fica mais uma vez bem identificado os grandes problemas da equipa academista, a falta de um finalizador nato, e a necessidade de acabar com as "tremideiras" no setor defensivo academista.

Força Académico, nós acreditamos!

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