Passeio
Passagem às meias-finais da Taça de Portugal garantida num verdadeiro passeio do Benfica até Coimbra. Com uma entrada fortíssima, resolvemos o jogo cedo e depois controlámo-lo sempre no ritmo que nos foi mais conveniente.
Três alterações no onze que defrontou o Porto: entraram Luisão, André Almeida e Ola John, e saíram Garay, Maxi e Gaitán. A entrada em jogo do Benfica foi simplesmente demolidora: logo na primeira jogada de ataque, só não houve golo porque o remate do Cardozo (que decidiu fazê-lo em jeito e não em força) foi cortado praticamente em cima da linha por um defesa adversário. Mas quase nem deu tempo para ficarmos irritados com essa jogada, visto que aos quatro minutos a bola entrou mesmo na baliza da Académica, num remate rasteiro e muito colocado do Ola John à entrada da área, após passe do Lima. Mais quatro minutos e o Lima agora no papel de finalizador, a surgir sobre a linha da pequena área para empurrar um passe do Matic da esquerda para o fundo da baliza. A Académica ficou completamente atordoada com este início de jogo, e nem sequer conseguia esboçar qualquer tipo de reacção, pois o meio campo do Benfica, com o Matic e o Pérez em bom nível, dominava completamente as operações. Toda a equipa pressionava alto, e como resultado disso a Académica perdia facilmente a bola, muitas vezes mesmo em posições comprometedoras. Antes da meia hora o Benfica acrescentou ainda mais certeza sobre quem passaria às meias finais, com um bonito golo do Lima, que fugiu descaído para a direita e depois fez um chapéu ao Peiser - um golo a fazer lembrar um pouco outro golo, também muito bonito, marcado pelo Miccoli em Leiria há uns anos. E o resultado não foi ainda mais dilatado ao intervalo porque o Peiser, por instinto, negou com a perna o golo ao Cardozo.
A Académica entrou um pouco mais decidida para a segunda parte, tentando no mínimo despedir-se do troféu que detém com uma imagem um pouco mais positiva, e até conseguiu obrigar o Artur a uma boa defesa, opondo-se a um remate de primeira de fora da área no seguimento de um canto, mas pouco mais conseguiu fazer do que isso. O Benfica guardava bem a bola, fazendo-a circular pelos seus jogadores e depois explorando o espaço que surgia entre a defesa e o meio campo da Académica quando os médios subiam no terreno para tentar recuperar a bola. Com metade do segundo tempo decorrido o Benfica mudou para uma táctica de apenas um avançado e três médios interiores, trocando o Cardozo e o Ola John pelo Gaitán e o Carlos Martins, e a partir daí então a Académica praticamente deixou de ter bola. A vinte minutos do final chegou um previsível quarto golo, pelos pés do Salvio após uma jogada em que a equipa do Benfica faz uma boa troca de bola entre vários dos seus jogadores - a jogada começou num livre directo marcado pelo Lima, que foi defendido para a frente pelo guarda-redes, e depois disso viajou sempre pelos pés dos nossos jogadores até ao meio campo e de regresso, até acabar dentro da baliza. Depois deste golo a Académica quase deixou de existir, e o Benfica poderia e até deveria mesmo ter construído um resultado ainda mais dilatado, dadas as oportunidades que teve para marcar - sendo particularmente flagrante um falhanço do Gaitán.
Lima o melhor em campo, terminando com dois golos e uma assistência. Salvio também muito bem, e a dupla central do meio campo a exibir-se a um nível alto. O André Almeida voltou a mostrar que não será por ali que a equipa vai tremer.
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