O primeiro milho não é para os pardais. É para a águia, que voa para os quartos-de-final da Liga Europa. Na primeira vez que rematou à baliza do PSG, o Benfica fez o golo que carimbou o apuramento para a próxima eliminatória da prova europeia.
A exibição da equipa portuguesa foi bem melhor na etapa complementar, mas antes do descanso valeu a eficácia do pé esquerdo de Gaitán, a garantir que o Benfica segurava a vantagem conquistada em Lisboa até ao final da eliminatória. O PSG respondeu à altura, com um golo do empate que premiou a boa exibição nos primeiros quarenta e cinco minutos, mas acabou justamente eliminado.
Valiosa eficácia perante a superioridade francesa
Cedo se percebeu que o PSG apostava todas as fichas no lado esquerdo, onde Nenê deixou a cabeça em água a Maxi Pereira (Jallet, do outro lado, preocupava-se sobretudo em tapar Coentrão). A equipa francesa foi lesta a conquistar ascendente no jogo, mas na fase inicial sentia tanta dificuldade para criar perigo quanto o Benfica, longe de conseguir impor o seu jogo.
Só que na primeira vez em que rematou à baliza, a equipa portuguesa chegou ao golo (27m). Gaitán iniciou e concluiu um rápido contra-ataque, com um remate que fez Édel pagar pelos dois passos que deu na direcção do poste mais distante, quando a mira do argentino apontou precisamente ao lado contrário.
O PSG reagiu bem, e logo na jogada seguinte colocou Erdinc na cara do golo, mas a rematar à figura de Roberto (29m). O avançado franco-turco foi mais feliz seis minutos depois, ao assistir de cabeça para o belo golo de Bodmer, que rematou de primeira.
Com Nenê sempre ao comando, o PSG ainda tentou empatar a eliminatória antes do intervalo. Mesmo à beira do descanso, a estrela da companhia francesa ficou a centímetros do golo, com um remate de fora da área, saído de um pé esquerdo muito talentoso
Ao Benfica mais autoritário só faltou resolver mais cedo
O segundo tempo do Benfica foi bem melhor. Mais sólida, a equipa portuguesa não só controlou melhor o adversário, como ainda foi à procura do golo que resolveria a eliminatória. E oportunidades para isso foram muitas, mas o tento da tranquilidade nunca apareceu. Cardozo teve duas ocasiões, mas primeiro atirou por cima (48m) e depois viu Édel desviar por cima da barra (62m). Saviola (59m) e Luisão (63m) também falharam a baliza por pouco. Com Nenê mais apagado, o PSG só reagiu uma vez, durante este período, quando um cruzamento do brasileiro foi desviado por cima da barra por Erdinc.
Sem o segundo golo, o Benfica sujeitou-se à pressão parisiense nos minutos finais, mas soube resistir à mesma. Hoarau e Maurice, dois dos «trunfos» lançados por Kombouaré, ainda assustaram, mas a bola acabou nas mãos de Roberto em ambas as ocasiões. Com os alicerces reforçados com Carlos Martins, César Peixoto e Jardel, as «águias» resistiram ao «assalto final» e garantiram o apuramento, para gáudio dos muitos portugueses que fizeram o Benfica sentir-se em casa no Parque dos Príncipes.
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