quinta-feira, 10 de março de 2011

BENFICA - 2 PSG - 1 - DIFICIL MAS JUSTO

Se completar um ano sem empates desse direito a festa, era Franco Jara quem apagava a vela. O Benfica esteve muito perto de regressar às igualdades, de novo frente a uma equipa francesa (a última tinha sido na recepção ao Marselha), mas um golo do avançado argentino evitou não só o fim de mais um ciclo, como também a vantagem na eliminatória.
A exibição das «águias» teve muitos altos e baixos, mas quinze minutos no final de cada metade chegaram para garantir um resultado positivo. Jara conseguiu dar lucro à noite, com um tento a nove minutos do fim, ainda que o resultado seja naturalmente perigoso.
Meia-hora à deriva, quinze minutos (mais ou menos) à Benfica
Embora assumindo que a prioridade do PSG é interna, Antoine Komboauré tinha prometido uma equipa competitiva, e a verdade é que a sua formação surpreendeu o Benfica na fase inicial do jogo. A equipa portuguesa até dispôs da primeira ocasião de perigo, com Gaitán a proporcionar a Édel uma bela defesa (3m), mas depois andou muito tempo à deriva.
Em 4x3x3, o PSG conseguiu superioridade no meio-campo, criando um enorme fosse entre Carlos Martins e Javi García. O espanhol era muitas vezes deslocado da zona central, e perdia eficácia a parar o contra-ataque adversário. Intranquila, a defesa encarnada ia acumulando erros (sobretudo Sidnei, mas não só) perante um tridente ofensivo muito perigoso. Nenê, estrela da companhia, fez a assistência para o golo de Luyindula (14m), que apareceu no limite do fora-de-jogo (o lance deixa dúvidas, mas parece estar em linha) para inaugurar o marcador. Quatro minutos depois foi Erdinc, o outro avançado, a assustar a Luz com um remate ao poste
Bodmer e Chantôme aumentaram ainda mais o nervosismo na Luz, e só à passagem da meia-hora é que o Benfica começou a reagir verdadeiramente. Com Gaitán e Salvio pouco inspirados no regresso ao «onze», era o pontapé de Cardozo a dar o mote. O paraguaio começou por ver Édel negar-lhe o golo com uma grande intervenção, na sequência de um livre directo (31m), e depois tentou um chapéu que saiu muito largo (37m).                   
Valeu então a tendência que Maxi Pereira parece ter para marcar golos a equipas francesas. O lateral uruguaio apareceu nas costas da defesa a desequilibrar, e correspondeu ao passe de Carlos Martins para uma finalização irrepreensível, a restabelecer a igualdade.
Verdadeiros quinze minutos à Benfica, com o «joker» Jara
O golo a três minutos do descanso parecia embalar o Benfica para um segundo tempo mais convincente, mas o arranque da etapa complementar voltou a ser pouco sólido. Jesus «cansou-se» de esperar pela inspiração de Salvio e Gaitán, e substituiu-os pelos compatriotas Jara e Aimar (aos 66 e 71 minutos, respectivamente). Esta dupla acabaria por construir o golo da vitória benfiquista, apontado pelo avançado ex-Arsenal de Sarandí, a nove minutos do fim.
De referir, ainda assim, que já antes a equipa portuguesa podia ter chegado à vantagem, mas o árbitro não viu uma grande penalidade sofrida por Saviola (72m). Valeu depois Jara (entrou muito bem), a garantir a vantagem para a viagem a França.

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