domingo, 24 de outubro de 2010

A. VISEU - 1 NOGUEIRRENSE -1 - INFELIZES

Ac. Viseu FC 1-1 AD Nogueirense


O Académico de Viseu empatou esta tarde no Fontelo com o líder do campeonato. E chamo-os líderes porque é isso mesmo que a tabela classificativa diz. Porque de líder viu-se pouco. Organizada é o único adjectivo bom que se pode atribuir ao líder. Porque de resto vieram a Viseu pensar pequeno, apanharam-se a ganhar sem saber ler nem escrever e meteram-se lá atrás. Usaram e abusaram do antijogo e isto tudo com a complacência da equipa de arbitragem que deu apenas quatro minutos de compensação. E o Académico só não venceu por causa disto? Claro que não, não venceram porque na primeira parte pouco mais que passear as camisolas fizeram e porque na segunda parte Rui Vale, o guarda-redes forasteiro, foi um verdadeiro herói.

Augusto foi, como habitualmente, o guarda-redes dos academistas, na lateral direita esteve Calico saindo da equipa Casal a dupla de centrais foi a dos “Tiagos”, Jonas e Gonçalves e na lateral esquerda o brasileiro Marcelo Henrique. No meio campo um trio composto por Vouzela, Ricardo e Álvaro que fez a sua estreia a titular esta época. Na frente outro trio, Marco Almeida à esquerda, Zé Bastos à direita e Éverson no meio. Foi uma primeira parte em que o Académico não conseguiu mostrar chama, nem arte e muito menos engenho. Um deserto de ideias que nem a enorme voluntariedade de Luís Vouzela conseguiu disfarçar. Marco Almeida, na esquerda, pareceu sempre longe do jogo e Zé Bastos na única boa oportunidade dos primeiros 45 minutos disparou de longe quando tinha todo o caminho do mundo para seguir em frente e visar a baliza. E o Nogueirense? Disse em cima que chegou ao golo sem saber ler nem escrever, talvez não tenha sido bem assim aproveitou foi a enorme passividade de Álvaro e Calico para chegar ao golo através de um remate cruzado.

A segunda parte não previa grande coisa para o Académico. Se não vejamos: a perder, e supostamente com o ânimo em baixo, o Académico teria que ir em busca do benefício – sim benefício porque o prejuízo já lá estava – abrir buracos na sua defensiva e frente ao líder isso seria fatal. Não foi. Com Marco Almeida no sítio certo – à direita do ataque – o Académico remeteu o Nogueirense à sua defesa e o guarda-redes da equipa forasteira brilhou a grande altura negando o golo por 3 ou 4 vezes aos academistas com destaque para uma extraordinária defesa a cabeceamento de Éverson. Foi já com Mauro em campo – deu maior presença na área contrária – que o Académico chegou ao golo, Marco Almeida meteu a bola na área, Rui Vale não chegou e atirou-se para o chão, desta feita o árbitro não foi na sua cantiga e gerou-se uma grande confusão na pequena área com um atleta nogueirense a meter a mão à bola vendo o correspondente cartão vermelho. Na transformação da grande penalidade Zé Bastos não perdoou. Com dez minutos para jogar e com um a mais o Académico não conseguiu fazer o golo da vitória que merecia – o lado esquerdo do ataque nunca fez o mesmo que o direito – e o Nogueirense foi-se mantendo “ligado à máquina” através de livres laterais alguns com faltas inventadas e outros através de faltas completamente disparatadas para não lhe chamar outra coisa.
Sei que o Nogueirense na época passada estava na distrital. Mas também sei que é o líder da nossa série. E sei que tem despachado com goleadas os seus adversários. Por isso esperava um líder a jogar à líder. E o que se viu foi uma máquina de anti-jogo. Assustou-se com a entrada do Académico na segunda parte e… Rui Vale ficou no chão a contorcer-se com dores por faltas imaginárias, fez duas substituições de uma assentada e os jogadores demoraram eternidades a sair de campo, o senhor que fez as substituições pede-a e só depois lá coloca o número do jogador que sai e não contente com a sua brilhante actuação ainda se sente com forças suficientes para provocar os adeptos da casa. Gente como esta não faz falta ao futebol, mata o futebol. E com tudo isto o que faz o árbitro? Deu 4 minutos de desconto…

Se critico a equipa do Nogueirense tenho que dar os parabéns aos seus adeptos. Vieram a Viseu em bom número e fizeram a festa!

Destaque para o Zé Bastos, que hoje esteve displicente e infeliz, e um destaque especial para o Marco Almeida e especialíssimo para o Vouzela: duas excelentes exibições.

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