domingo, 3 de outubro de 2010

BENFICA -1 BRAGA - 0 - JUSTISSIMO


Martins persegue o Dragão

O tempo voltou atrás. Benfica e Sp. Braga envolveram-se em novo jogo intenso, como há seis meses, agora sem título em disputa. O tempo voltou atrás e o campeão venceu o vice, como da última vez, por 1-0. O tempo voltou atrás e o Benfica chegou-se à frente. Passou os minhotos na tabela e assume-se, entre candidatos, como o primeiro perseguidor do F.C. Porto. O dragão tem predador na Liga, com o pé quente de Carlos Martins a encurtar a distância, por um dia, pelo menos, para os azuis e brancos.

Afinal, não estavam assim tão mal, mostrou o primeiro tempo. O Benfica entrou confiante na partida, perante um Sp. Braga bem estruturado para anular as principais armas contrárias. Domingos Paciência meteu a equipa a defender num 4x5x1, com Salino à direita para tapar as subidas de Fábio Coentrão, enquanto do lado encarnado Nico Gaitán mostrava disposição para destacar-se no relvado.
Não demorou muito para a bola rondar as balizas. Lima atirou ao lado e Carlos Martins, escassos minutos depois, obrigou Felipe à primeira de muitas e boas defesas na noite. O guarda-redes brasileiro esteve sempre lá no primeiro tempo, fosse a corresponder a remates de benfiquistas ou a traições de companheiros, como a de Moisés, que ia dando golo.
Ao intervalo, nem parecia que havia seis meses e tantas diferenças a separar duas equipas que lutaram até final pelo campeonato 2009/10. Benfica e Sp. Braga jogavam como candidatos, se bem que os encarnados tinham feito bem mais que o adversário para chegar ao golo. Kardec mexia-se na frente, Saviola, Martins e Aimar enganavam o meio-campo contrário com boas trocas e combinações. Faltou toque final e certeiro, no entanto.

Os últimos lampejos davam ideia, porém, que, a qualquer momento, os bracarenses podiam fazer a festa. E só não fizeram no fechar da primeira parte porque Roberto fez uma defesa espantosa a remate de Elderson.
Bomba de Martins para a tribuna
O Sp. Braga entrou em campo como terminou a primeira parte: perto da baliza do Benfica. Os bracarenses roubaram a cena por alguns minutos. Afinal, se tinham mostrado no Dragão que eram candidatos, na Luz também o podiam fazer. Mas em Lisboa fizeram-no menos tempo que no Porto.
O jogo tornara-se menos intenso. Os encontros a meio da semana retiraram algumas pernas e lucidez. E Domingos também tirou Vandinho por lesão. Entrou Madrid e o Benfica recomeçou a engatar. Antes disso, Saviola atirava o golo para a bancada. Aos encarnados, faltou o melhor de El Conejo, que anda tão perto e tão longe do golo 200 (em jogos oficiais). Só que o argentino é um jogador de classe e, mesmo sem marcar, ofereceu o golo.
Uma bomba de Carlos Martins para Paulo Bento, o seleccionador, ver da tribuna da Luz. O golo coloriu o marcador e, no futebol dentro de campo, a justiça é mais rápida que nos tribunais. Os encarnados estavam em vantagem e eram a equipa que mais merecia o 1-0.

O jogo não acabou aí. Domingos chamou Matheus ainda o Benfica festejava. Houve perigo nas duas balizas e o jogo só não acabou antes do apito final porque Fábio Coentrão, isolado por Martins (quem mais?), atirou ao lado. No entanto, as redes ainda estremeciam pelo pontapé do 17 encarnado, que resolveu a partida e garantiu três pontos preciosos na corrida difícil para o bicampeonato.

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