segunda-feira, 24 de agosto de 2009

V. Guimarães – 0; Benfica – 1 -SERENO



A sorte que não se teve com o Marítimo, teve-a hoje o Benfica com o Vitória de Guimarães. O jogo já se previa complicado, frente a uma equipa sempre difícil e num terreno tradicionalmente duro.A equipa vinha também de uma jornada europeia, que, apesar de não ter implicado nenhuma viagem, corresponde sempre a um desgaste acrescido que pode fazer mossa. Jorge Jesus sabia que tinha um teste difícil pela frente.E sabia mais: depois do empate frente ao Marítimo, uma eventual perda de pontos em Guimarães seria sempre um rombo psicológico na equipa e nos adeptos de consequências imprevisíveis.O onze titular não trouxe surpresas, embora fosse de admitir que Fábio Coentrão pudesse entrar de início. De início entrou Ramires, plenamente integrado na equipa e recuperado da mazela que o impediu de jogar contra o Marítimo.Os primeiros 45 minutos foram disputados com uma grande intensidade competitiva, mas a uma baixa velocidade, talvez explicada pelo muito calor que se fazia sentir. Isso permitiu ao Vitória de Guimarães travar os homens mais adiantados do Benfica, como Cardozo, Saviola, Di Maria.Com Saviola completamente manietado, o Benfica via apenas Cardozo a lutar contra a defesa vitoriana. Pouco para sector tão compacto. No meio-campo a luta era tremenda. Não se saía disto, até que Aimar, depois de passe brilhante de Di Maria, teve nos pés uma grande oportunidade, que desperdiçou.Lembrei-me, de imediato, do jogo da época passada no Restelo, em que Aimar falhou três grandes oportunidades. Temi que o resultado pudesse ser igual: 0-0. Mais preocupado fiquei quando Cardozo falhou, pela segunda vez, uma grande penalidade, após mão indiscutível de Flávio Meireles.Tão indiscutível foi o penálti e a expulsão que Flávio Meireles, conhecido pela sua impetuosidade, nem discutiu, limitando-se a entregar a braçadeira e encaminhar-se para as cabinas.Jesus tem de procurar solução para estes dois factores: os falhanços de Aimar na cara dos guarda-redes e os penáltis falhados de Cardozo. No que diz respeito à segunda situação, sou de opinião que o Tacuara deve continuar a ser o marcador dos penáltis. Quanto a Aimar, julgo que se deve a alguma ansiedade em marcar pelo Benfica, pelo que Jesus saberá tratar dessa questão, no âmbito psicológico.A entrada de Fábio Coentrão, a saída de Saviola, em sub-rendimento, e de Aimar, procurando assim Jesus o jogo mais directo, vieram revolucionar a partida. Surpresa a entrada de Keirrisson, que passou ao lado do jogo, não sabemos se por ter levado logo um toque que o inferiorizou, se por não estar ainda integrado.No final, a justiça de um golo magnífico marcado por Ramires, um excepcional jogador, após um livre magnificamente executado por Fábio Coentrão. Uma vitória na Hora H, que permite agora a Jorge Jesus uma adequada gestão do plantel para o jogo da 2ª mão, na Ucrânia, para a Liga Europa.


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