domingo, 2 de novembro de 2008

V.GUIMARÃES -1 BENFICA -2 - SACRÍFICO COM CLASSE




Benfica a um ponto do topo da Liga 2008/09, graças a uma entrada fulgurante no Estádio D. Afonso Henriques (1-2).
A equipa de Quique Flores resolveu o jogo em menos de vinte minutos, o Vitória ainda ganhou uma nova vida mas embateu numa muralha à prova de bala. Classe ofensiva e solidez defensiva neste Benfica, capaz de sofrer para ser feliz. Os homens de Cajuda não estiveram à altura, num jogo marcado pela falta de qualidade da equipa de arbitragem.
Suazo e Sidnei para o golo 5.000
Quando se pensava que Nuno Gomes era incontornável no ataque do Benfica, Quique Flores decidiu recuperar Aimar. Um segredo bem guardado, pelo que se percebeu, pois o argentino apresentou-se no D. Afonso Henriques com a qualidade do costume e uma condição física invejável. Mais à frente, Suazo, David Suazo. Um monstro à solta.

O internacional hondurenho completou uma obra-prima à passagem do primeiro quarto-de-hora. A fórmula de Quique era simples e eficaz. Aimar criava, com um passe de letra, e Suazo fazia o resto. Danilo para um lado, Gregory mais ao longe, finta para dentro, Danilo no chão, Gregory ainda ao longe e golo. Estreia a marcar na Liga, para o jogador cedido pelo Inter de Milão.
O Vitória de Guimarães apresentava-se num inusitado 4x4x2 losango, procurando lançar Desmarets nas costas de Douglas e Roberto, mas a ambientação ao novo sistema tardava e o Benfica não perdia tempo. Três minutos depois do primeiro golo, Sidnei deu uma cabeçada na contabilidade complexa, após livre de Reyes, e chegou à marca redonda: 5.000 golos encarnados no campeonato. Será desta?
A experiência que nada vale
Em meia parte, o Benfica tinha o jogo nas mãos. Depois, vou buscar de novo o biberão e mergulhou numa série de atitudes pouco condizentes com a experiência dos protagonistas. Carlos Xistra complicou, é certo, e irá merecer um parágrafo mais adiante, mas não chega para justificar a falha de Luisão no golo do Vitória e a ingenuidade de Reyes em tempo de descontos. Com dois tiros nos pés, os encarnados colocavam uma vantagem confortável em causa.
A equipa da casa, sem deslumbrar, regressava ao jogo e encarava a segunda metade com esperanças renovadas. Manuel Cajuda continuava desconfiado e lançou o veloz Momha para o eixo da defesa, para colocar um colete de forças em Suazo. Nuno Assis regressou à competição e Luís Filipe foi o último cartucho, no recurso a dois jogadores provenientes do clube da Luz. O caudal aumentou, mas a estrutura defensiva do Benfica continuava a apresentar uma saúde invejável.
Xistra para a confusão
É pena ter de perder espaço para falar de arbitragens, de casos em vez de lances de beleza pura. Mas tem de ser. Carlos Xistra assinou uma exibição pobre. Mal auxiliado, teve o condão de complicar e errar em catadupa. Aqui vai: Aimar tenta cavar a grande penalidade mas é mesmo derrubado, Suazo estava em posição legal mas viu a sua corrida anulada, Aimar tentou agredir Flávio Meireles e o capitão do Vitória já tinha feito pior imediatamente antes, Roberto esteve um minuto à espera de reentrar em campo, e por aí fora. O Benfica foi mais prejudicado, mas a noite foi tão má para a arbitragem que ninguém

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