segunda-feira, 3 de novembro de 2008

VALECAMBRENSE - 2 - A. VISEU - 4 - CLASSE



Tranquilidade viseense 'deu' em aperto final O Académico de Viseu obteve a terceira vitória consecutiva, após o desaire caseiro ante o Anadia. A formação de José Miguel Borges foi a Vale de Cambra impor a primeira derrota caseira à turma local, obtendo uma vitória justa, mas acabou com o credo na boca, depois de ter chegado a um tranquilizador 4-0.Todavia, nunca esteve em causa a vitória dos academistas que, sob o comando de Rui Santos, construiram um resultado que lhes permitiu suster o ímpeto final da equipa da casa. Os dois golos, da turma da casa, foram obtidos em lances fortuitos, mas que acabaram por lhe dar ânimo. Mais que a derrota, a formação de Vale de Cambra deve ter perdido o seu treinador, Alberto Soares, sendo que o nome mais falado para o substituir é o de Secretário, antigo lateral direito do FC Porto.Foi um jogo interessante, com os viseenses a começarem bem a partida, pressionando alto, o que dificultava que a turma local pudesse sair para o contra-golpe. Aliás, foram os viseenses os primeiros a criar perigo, logo aos 3 minutos, com Rui Santos a ficar próximo do golo.Após uma fase de algum ascendente da formação de José Miguel Borges, à passagem do primeiro quarto de hora já a turma local tinha conseguido equilibrar a contenda, que, agora, era mais disputada na zona central do terreno, com as esquipas bem "encaixadas" uma na outra. A acção de Rui Lage, nos terrenos de William, tirava poder criativo à formação local, com os viseenses, aos poucos, a começarem a deter o comando da partida, obrigando o adversário a recuar para o seu meio campo.Golo de Everson abriu hostilidadesNuma altura em que se assistia a uma fase incaracterística, os viseenses chegaram ao golo. Rui Santos, na cobrança de um livre na meia direita do ataque, "teleguiou" a bola para a cabeça de Everson, no meio dos centrais contrários, e este a fazer o resto. Iam decorridos 29 minutos e o mais difícil estava feito.O golo deixou marcas na turma da casa e Milford, cinco minutos volvidos, poderia ter ampliado a vantagem, mas foi egoísta, quando tinha Rui Santos bem colocado, preferindo o remate que esbarrou no guarda-redes contrário.Mas, o segundo golo demorou apenas três minutos, com Rui Santos, lançado por Casal, a fugir pela direita e a bater Rui Miguel, pela segunda vez. O jogo estava numa fase de sentido único, com os viseenses a aproveitarem algum desnorte da turma da casa. Sem surpresa, a quatro minutos do intervalo, Milford, a passe de Rui Santos, fez o terceiro golo dos viseenses, que foram para o intervalo com um resultado tranquilo.A etapa complementar foi menos bem jogada mas, ainda assim, teve emoção. Os viseenses jogavam, agora, mais tranquilos, procurando não dar espaço, pressionando alto sobre o adversário que tinha a bola. Os academistas procuravam o erro do adversário para ampliarem a vantagem, o que viria a acontecer aos 69 minutos, com Rui Santos, o melhor em campo, a bisar.O quarto golo "fez mal" aos viseenses, mas animou a turma da casa. Quase sem dar por isso e após uma "carambola" na área viseense, William logrou diminuir a vantagem dos visitantes.O golo animou a turma da casa, que "carregou", na recta final do encontro, logrando apontar o segundo golo, já em tempo de compensação, na sequência de um canto inexistente.O trio de arbitragem fez um bom trabalho no capítulo técnico, mas não podemos dizer o mesmo no aspecto disciplinar.Reacção de José M. Borges"Fizemos uma boa partida num terreno muito difícil""Obtivemos uma vitória tranquila, mas acabámos por sofrer nos instantes finais. Alertei os jogadores, ao intervalo, sobre a necessidade de fazermos uma segunda parte igual à primeira. Todavia, os dois golos que sofremos são um pouco enganadores. O primeiro golo resultou de um ressalto de bola na nossa pequena área. O segundo golo nasceu de um canto inexistente, o que deixou os jogadores um pouco desconcentrados, porque ninguém percebeu o que o árbitro tinha marcado. São, no entanto, duas situações que podíamos ter evitado.""De resto, penso que fizemos uma boa partida, num terreno muito difícil, onde a própria equipa de casa teve alguma dificuldade em se adaptar. Apesar disso, conseguimos uma boa vantagem, se calhar mal gerida nos últimos dez minutos, mas são situações que temos que rever.""Nos últimos seis jogos tivemos cinco vitórias, com um percalço, pelo meio, frente ao Anadia. Temos três vitórias consecutivas e esta faz parte de um ciclo, que se vai completar daqui a 15 dias, dando seguimento a esta vitória fora.


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