domingo, 24 de dezembro de 2017

CARTOON,


BENFICA - 2 PORTIMONENSE - 2 - ACABOU A TAÇA DA LIGA

Desleixo

Parece que somos incapazes de fazer duas boas exibições seguidas. O que aconteceu esta noite foi acima de tudo o resultado de muito desleixo, e quase de certeza que vai significar deixar mais uma competição pelo caminho.


Com tudo a correr de feição - incluindo um golo na primeira jogada, logo aos cinquenta e três segundos de jogo - e uma vantagem ao intervalo de dois golos, entretanto ampliada pelo Lisandro, conseguimos fazer uma segunda parte completamente desinteressada que acabou por permitir o empate ao Portimonense. Com dois golos básicos, ambos na sequência de bolas paradas, um logo a abrir a segunda parte e outro a fechá-la, o Portimonense deixou-nos numa situação em que já não dependemos de nós próprios para seguir em frente, e a probabilidade mais elevada é mesmo ficarmos de fora. Nem me vou alongar muito mais; quem viu o jogo certamente que terá ficado desiludido com a forma como deixámos fugir uma vantagem de dois golos de uma forma inadmissível. É simplesmente incompreensível uma segunda parte tão desconcentrada e desgarrada, e nem sequer percebi as opções do nosso treinador para tentar corrigir o que se estava a passar. Numa altura em que o que provavelmente interessaria mais era acalmar o jogo e reter algum controlo sobre o mesmo, em vez de estarmos a assistir a uma toada de parada e resposta com ambas as equipas a dar demasiado espaço (e os jogadores do Portimonense sistematicamente a receberem a bola perfeitamente à vontade) as opções enfraqueceram o meio campo, primeiro retirando o Samaris (entrou outro médio, o Keaton Parks, que eu não classificaria propriamente como um médio de características defensivas) e depois regressando mesmo ao esquema de dois avançados, com a troca do Pizzi pelo Seferovic. O empate parecia-me um cenário tão provável que acabou mesmo por acontecer, depois de uma defesa do Svilar em que me parece que ele poderia ter feito bem melhor do que largar a bola para a frente, onde ficou à mercê de uma recarga fácil (enquanto o resto da equipa assistia de cadeirinha). Foi este tipo de passividade defensiva que nos custou a eliminação da Taça de Portugal, e provavelmente vai custar-nos também a eliminação da Taça da Liga.

Depois da injecção de confiança que a exibição e resultado em Tondela tinham dado, nada como um jogo destes para contrariar os efeitos disso. Já o escrevi várias vezes noutros anos: a Taça da Liga é uma competição oficial do calendário do futebol nacional, e como tal uma competição que eu quero sempre muito vencer. Deixa-me portanto profundamente irritado tanto desleixo.

A. VISEU FC 1-4 FC PENAFIEL - DESASTRE

Ac. Viseu FC 1-4 FC Penafiel

Estádio do Fontelo, 21 de dezembro de 2017
18ª Jornada da Ledman LigaPro
Árbitro: Tiago Martins (Lisboa)

Ac. Viseu: Peçanha; Joel (Zé Paulo, 74), Pica, Fábio Santos e Lucas; Capela (c), Fernando Ferreira e Bruno Loureiro (João Mário, int); Yuri (Tarcísio, int), Sandro Lima e Barry. Treinador: Francisco Chaló.

PenafielIvo Gonçalves; Kalindi, Luís Pedro, Diouf e Daniel Martins (Vasco Braga, 71); Romeu Ribeiro e Rafa Sousa; Ludovic (Fábio Fortes, 71), Gleison (Caetano, 88) e Gustavo; Fábio Abreu. Treinador: Armando Evangelista.


Golos: Gustavo 13 (0-1), Gleison 51 (0-2), Sandro Lima 63 gp (1-2), Ludovic 67 (1-3), Gustavo 84 (1-4)
Derrota pesada no último jogo do ano

O Aadémico perdeu por 1-4 na recepção ao FC Penafiel, que assim se aproximou dos lugares de subida, onde o nosso clube - diga-se - continua, tendo sido ultrapassado na liderança pelo FC Porto B.

O jogo inicia-se com uma excelente oportunidade para os viseenses, mas Sandro Lima isolado não conseguiu desfeitear Ivo Gonçalves.

A equipa  forasteira não perdoou e na primeira vez que foi com perigo à área academista fez o primeiro da tarde, através de Gustavo. Até ao final da primeira parte o Penafiel limitou-se a gerir o jogo, devagar, devagarinho, abusando várias vezes, com permissão da equipa de arbitragem, do retardamento das bolas paradas. 

A verdade é que o Académico também não fez melhor e não teve um jogo conseguido a todos os níveis, diga-se.

Para a segunda metade, o mister Francisco Chaló optou por colocar em campo João Mário e Tarcísio e os academistas melhoraram um pouco. Contudo, e contra a corrente, foi oo Penafiel a marcar novamente por Gleison.

Sandro Lima, de penalty, ainda reduziu para o Académico, mas só há segunda tentativa,  uma vez que o juiz da partida mandou repetir a primeira (desconhecemos o motivo). Com 25 minuto para jogar, ainda se acreditou que o Académico voltasse a marcar, mas não aconteceu.

Após um livre a nosso favor mal batido, os penafidelenses em contra ataque mataram o jogo, através do irrequieto Ludovic. Até ao final nota para mais um golo de Gustavo que assim bisou na partida.

Em suma uma derrota pesada, por números excessivos, numa tarde para esquecer, ou para reter.

É tempo de descansar, o campeonato regressa apenas a 5 de janeiro, com a visita ao terreno do Santa Clara. Independentemente do resultado desta tarde, não nos esqueçamos do magnífico trajeto que tem tidos os nossos VIRIATOS.

Obrigado equipa, força Académico!

Boas festas academistas!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

TONDELA - 1 BENFICA - 5 - FORTES

Passeio

O Benfica não mostrou quaisquer sequelas da eliminação da Taça a meio da semana ou do esforço extra a que tinha sido obrigado, ao jogar um prolongamento reduzido a dez unidades, e acabou por transformar esta visita a Tondela num verdadeiro passeio.


Foi mesmo com quase o mesmo onze do jogo em Vila do Conde (a excepção foi a obrigatória troca do Luisão pelo Lisandro) que o Benfica entrou em campo. Os minutos iniciais até chegaram a fazer crer que teríamos uma noite complicada. O Tondela entrou no jogo fiel aos princípios que o Pepa tem apresentado esta época, a jogar sem exageradas cautelas defensivas e a pressionar alto. A equipa mudou mesmo o esquema táctico habitual, abdicando do segundo avançado para colocar mais um médio, muito provavelmente com a intenção de anular os nossos médios criativos. Mas ao fim de dez minutos o Benfica já tinha conseguido assentar o seu jogo e começou a impor-se com toda a naturalidade. Agressividade na procura da bola - muito importante pressionar imediatamente o jogador do Tondela que tinha a bola, para cortar logo as saídas para o ataque - jogadores próximos uns dos outros, laterais muito ofensivos, combinações rápidas a explorar os flancos e bastante dinamismo no jogo. Depois foi não sermos traídos pela falta de eficácia, como aconteceu noutros jogos, e o resultado começou a construir-se naturalmente. Porque dos dez minutos de jogo para a frente, só deu Benfica no jogo. O primeiro golo apareceu aos dezassete minutos, depois de um cruzamento largo do André Almeida que foi encontrar o Pizzi junto ao poste mais distante, com tempo para controlar a bola e rematar rasteiro para o golo. Nove minutos depois o resultado aumentava, desta vez na sequência de uma jogada pelo flanco oposto. Cruzamento do Grimaldo após tabela com o Pizzi e o Salvio cabeceou no centro da área, sem sequer precisar de tirar os pés do chão. O terceiro golo foi a forma ideal de encerrar uma primeira parte na qual o Benfica foi dono e senhor do jogo. Foi já no período de compensação, na melhor jogada de toda a partida, em que a bola andou pelos pés do Krovinovic, do Jonas, do Cervi, do Salvio, e acabou com um passe artístico deste para um remate cruzado de primeira do Pizzi, a colocar a bola junto ao poste mais distante e bem fora do alcance do guarda-redes. Simplesmente perfeito.


A segunda parte do Benfica foi naturalmente bem mais relaxada. Sem nunca perder o controlo do jogo, tirámos obviamente o pé do acelerador. O Tondela ao intervalo até tinha revertido para o esquema mais habitual de dois avançados, mas isso não teve qualquer influência no desenrolar dos acontecimentos, apesar de ter tido uma reentrada na partida a mostrar muita vontade de fazer melhor. O Benfica continuava perfeitamente tranquilo no jogo e a sensação que se tinha era a de que nem seria preciso acelerar muito para que surgissem mais golos, porque mesmo num ritmo mais controlado, as ocasiões acabariam por surgir. O Jonas estava estranhamente ainda em branco, mas a situação ficou corrigida à hora de jogo. Uma jogada estudada na marcação de um canto, que aliás o Benfica já fez esta época. O canto foi marcado pelo Grimaldo e a bola foi enviada rasteira para a zona central do limite da área, onde o Jonas surgiu a rematar de primeira para o golo. Depois deste quarto golo pareceu-me que o Benfica reduziu ainda mais o ritmo de jogo. Com tudo mais do que resolvido, trocámos o amarelado Fejsa pelo Samaris, e a equipa parecia mais apostada em trocar a bola à espera que o tempo fosse passando, por vezes até com toques de sobranceria - a superioridade no jogo era tão evidente que os excessos de confiança acabam por acontecer. Acabou por acontecer um golo do do Tondela a um quarto de hora do final, num erro da nossa equipa. Um mau passe do Krovinovic quando estava pressionado fez a bola passar fora do alcance do Jardel e ir para os pés de um adversário, que progrediu em direcção à baliza, ultrapassou facilmente o Lisandro, e fez o remate que o Varel ainda conseguiu defender. Mas não segurou a bola e esta seguiu para uma recarga fácil à boca da baliza. O golo serviu para despertar um pouco a nossa equipa e não é que fosse propriamente uma necessidade, mas rapidamente foi reposta a diferença. Apenas quatro minutos depois, o Jonas voltava a marcar, assistido pelo Pizzi depois de um bom passe do Salvio para as costas da defesa adversária. No fundo, uma espécie de confirmação daquilo que se percebia: que o Benfica tinha tudo perfeitamente controlado que que lhe bastaria apenas acelerar um pouco mais para causar perigo.


Os melhores neste jogo foram, para mim, o Pizzi e o Salvio. Não distingo entre os dois, porque para mim estiveram ambos a um nível muito elevado, com golos, assistências e intervenção directa em quase todas as jogadas de perigo. Destaque também para os dois laterais, muito ofensivos e interventivos no ataque (somaram três assistências entre eles, duas para o Grimaldo e uma para o André Almeida). Outro bom jogo do Krovinovic, a quem destaco sobretudo a leitura de jogo, com uma grande capacidade para ocupar os espaços certos, mas acho que pode evoluir um pouco na questão de por vezes ter tendência para se agarrar demasiado à bola - quando a soltar mais rapidamente poderá dar mais dinamismo às nossas jogadas de ataque. Gostei também do Cervi (conforme disse no início, gostei bastante do nosso jogo pelas alas, por isso é natural que destaque os laterais e os extremos) e uma menção inevitável para o Jonas, que somou mais dois golos ao registo fantástico que leva esta época.

Na minha opinião nem sequer jogámos particularmente melhor do que o fizemos a meio da semana em Vila do Conde. As grandes diferenças foram uma muito maior eficácia no ataque, ao nível do que se exige aos nossos jogadores, e mais agressividade a defender, o que terá certamente contribuído para que o adversário não precisasse de meia oportunidade para marcar um golo. A nossa consistência esta época tem deixado muito a desejar, mas espero que os últimos jogos sejam uma indicação de que a solidificação dos processos associados ao novo esquema táctico seja uma realidade.

GIL VICENTE - 0 A.VISEU - 0 - ZERO

Gil Vicente FC 0-0 Ac. Viseu FC

Estádio Cidade de Barcelos, 16 de dezembro de 2017
17ª Jornada da Ledman LigaPro
Árbitro: Carlos Espadinha
Ac. Viseu: Peçanha; Joel, Pica, Fábio Santos e Lucas; Fernando Ferreira, Tarcísio (Zé Paulo, 61), Bruno Loureiro e Yuri (João Mário, 55); Sandro Lima e Barry (c). Treinador: Francisco Chaló.


Ainda não foi desta que o Académico matou o «borrego de Barcelos» e pode perder a liderança caso o CF União de Ricardo Chéu perca com o FC Famalicão, sendo certo que aconteça o que acontecer entrará na próxima 5ª feira, no último jogo do ano, no Fontelo com o FC Penafiel, nos lugares de subida.

Salientando que esta crónica é «televisiva», já que não estivemos em Barcelos, dizemos-vos que os primeiros dez minutos nada de relevante tiveram, que houve mais Académico entre os dez e os vinte minutos, mas sem criar muito perigo, e que depois o Gil Vicente FC cresceu, embora o primeiro grande momento tenha sido academista.

E esse momento aconteceu ao minuto 37, com o estreante Tarcísio a rematar em arco à barra da baliza defendida por Rui Sacramento. A exibição do brasileiro Tarcísio foi das melhores coisas que hoje aconteceram, mostrando que vai ser um reforço precioso para o que falta de competição.

Começou aí um período de grande evidência academista, pouco depois Lucas fez Sacramento brilhar, isto ao minuto 39, e na sequência dessa mesma jogada, e com Sacramento fora dos postes, Sandro Lima teve tudo para abrir o marcador, mas a bola rematada por si foi tirada em cima da linha de baliza.

Ainda antes de terminar a primeira parte mais uma bola nos ferros gilistas. Pontapé longo de Joel, falha da defesa da casa, e Yuri a trabalhar muito bem sobre um defensor, mas depois o seu remate bate no poste esquerdo da equipa da casa.

Na segunda parte só houve Académico, que remeteu o Gil Vicente para o seu último reduto. A verdade é que, apesar de tudo isso, a nossa equipa poucas oportunidades dignas de esse nome conseguiu. Fernando Ferreira, Sandro Lima e João Mário ainda tentaram o golo, mas ele teimosamente não apareceu e o jogo acabou com um grande corte de Joel, na nossa área, que a não acontecer podia ter dado à partida um cunho ainda mais injusto do que este zero-a-zero.

Resumindo, houve mais Académico que falhou na finalização.

Quanto ao Gil Vicente FC, que sabe que irá para I Divisão, esperemos que mantenha este espírito competitivo até ao fim da época. O futebol agradece!

Um agradecimento especial a todos aqueles que me fizeram ouvir em Elvas, bem longe de Barcelos, o grito de «Académico, Académico, Académico»!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A.VISEU - 2 SPORTING BRAGA B - 1 - LIDER

Ac. Viseu FC 2-1 SC Braga B

( Foto A Magia do Futebol )

Estádio do Fontelo, 10 de dezembro de 2017
16ª Jornada da Ledman LigaPro
Árbitro: Bruno Rebocho (Évora)

Peçanha; Joel, Pica, Fábio Santos e Lucas; Capela, Bruno Loureiro (João Mário, 90) e Ferrreira; Yuri (Luís Alberto, 72), Sandro Lima e Barry (Zé Paulo, 81). Treinador: Francisco Chaló.

Braga B: Tiago Sá, Rui Silva (Francisco Trincão, 60), Thales (Anthony D’Alberto, 72), Bruno Wilson, Lucas Cunha, Simãozinho, Mamadou Loum (Robert Muric, 70), Didi, Ogana, André Ribeiro e Luther Singh. Treinador: João Aroso.

Expulsões: Capela 53 e Lucas Cunha 90+6

Golos: Barry 7 (1-0), Luther Singh 13 (1-1), Bruno Loureiro 51 (2-1)

O Académico regressou hoje ao Fontelo, e conseguiu superar uma verdadeira prova de fogo, depois do desaire na Madeira frente ao União.

Chaló, fez algumas alterações no 11 inicial, saíram kiko, Avto, João Mário e Zé Paulo, entraram Lucas, Yuri, Barry e Bruno Loureiro.


O Académico começou melhor a partida, e por volta dos 4m, teve a primeira oportunidade para abrir o marcador, jogada de entendimento entre Sandro e Barry, com este a chutar por cima da baliza.


Passados poucos minutos, Barry aproveitou uma desatenção da defensiva bracarense, que não aliviou a bola, e rematou para o fundo das redes.


O terreno de jogo estava muito pesado, o que não permitia jogadas de bom recorte técnico.


Foi com alguma surpresa que o Braga B chegou ao golo, quando nada tinha feito para o obter. Falta à entrada da área academista, Singh chamado à cobrança, bateu o livre de forma exemplar, sem hipóteses para Peçanha.


O jogo prometia com 2 golos marcados antes dos 15m iniciais, contudo não houve mais destaques na primeira parte.


O Académico voltou ao terreno de jogo com vontade de resolver o encontro, e foi logo aos 5m da segunda parte que Fernando Ferreira cruza da direita, e Bruno Loureiro dentro da área, faz um remate colocado sem hipóteses para o guarda redes arsenalista.


                                           ( Foto A Magia do Futebol )

O Académico coloca-se em vantagem aos 51m, e dois minutos depois sofre um grande revés na estratégia.  

Capela imprudente, faz uma falta escusada no meio campo do Braga, o jogador que a sofre atira-se para o chão, esperneia, o banco do Braga pede cartão, e o Sr. Bruno Rebocho mostra o segundo cartão amarelo a Capela.


A equipa academista sofreu a bem sofrer, e recuou muito no terreno, dando a iniciativa de jogo ao adversário. 


Fica a ideia que Francisco Chaló demorou muito a mexer na equipa, e o Académico não poderia ter dado tanta posse de bola ao adversário.


Capela foi expulso aos 53m, e Luis Alberto que entrou para o lugar de Yuri, só entrou aos 72. 


Durante estes 19 penosos minutos, as posições inverteram-se, parecia ser o Braga que estava no topo da tabela, e a equipa na casa na luta pela saída da linha de água.


Felizmente aos 81m, Pedro Paulo, acabado de entrar para o lugar de Barry, veio dar vida à equipa academista, e por 2 vezes, assustou a defensiva adversária.


João Mário entrou aos 90, para o lugar de Bruno Loureiro.


O Académico mereceu ganhar, mas o Braga tudo fez para o contrariar, e foi constrangedor ver o líder definhar durante longos 19m, o tempo que Chaló demorou a mexer na equipa.


O Sr. Bruno Rebocho, apitou bem, dentro das suas possibilidades, porque demonstrou não saber mais.


Estiveram no Fontelo 480 espetadores, e desta vez todos foram contabilizados, porque picaram os cartões cativos. Foi interessante ver os chapéus de chuva a embelezar o portão do Fontelo, porque não é permitida a sua entrada no estádio.


Na bancada coberta, só não deve chover na zona dos camarotes, mas as obras estão para breve, tão breve quanto a subida de divisão!


Para já somos lideres, e isso já ninguém nos tira, pelo menos até Sábado às 11.15 em Barcelos altura em que vamos defrontar o Gil Vicente com transmissão em direto na SportTV. 

BENFICA - 3 ESTORIL PRAIA . 1 - SUPERIOR

Superioridade

Uma vitória justa do Benfica, num jogo que até poderia ter sido mais fácil do que efectivamente foi. A nossa superioridade foi evidente, mas se o resultado acabou por não ser muito dilatado foi também por mérito do Estoril, que nunca se deu por vencido e veio à Luz para jogar futebol e não para tentar impedir-nos de jogar.


No regresso ao onze base do campeonato, assistimos a um jogo que no papel seria extremamente desequilibrado, já que defrontávamos o último classificado. Mas no campo acabou por ser bastante interessante, também por mérito do Estoril, que se apresentou interessado em jogar um futebol positivo, sem exageradas cautelas defensivas e sem recorrer ao antijogo. Foi por isso um jogo aberto e disputado a um bom ritmo, por oposição à grande maioria dos jogos com este perfil a que acabamos por assistir na Luz durante uma época. O Estoril tentava jogar com as linhas bastante subidas e em todo o campo, e com isso deixava sempre muito espaço nas costas da defesa, o que até obrigava o Moreira a jogar quase mais como líbero. Foi explorando esse espaço e as faixas que o Benfica ia criando perigo. O primeiro grande momento de perigo surgiu quando o Moreira foi desarmado pelo Pizzi, mas depois o nosso jogador foi demasiado egoista e optou pelo remate quando tinha colegas em melhor posição no centro da área. De qualquer maneira o jogo começou a simplificar-se cedo, já que não foi preciso esperar muito para que, no espaço de cinco minutos, marcássemos dois golos - aos treze e aos dezoito minutos. Um prova da forma relativamente aberta como o Estoril tentou jogar é o facto dos nossos dois primeiros golos terem surgido em lances de contra-ataque. O primeiro começou com o Krovinovic a conduzir a bola desde a entrada da nossa área até ao meio campo, onde foi desarmado mas a bola seguiu para a esquerda, onde o Cervi continuou a progressão até fazer o passe para o interior da área. Parece-me que a intenção dele seria servir o Jonas no meio, mas ainda houve um ligeiro desvio por parte de um defesa do Estoril e a bola acabou por seguir para o segundo poste, onde surgiu o Salvio para marcar sem grande dificuldade. No segundo, foi o Salvio a desmarcar-se pela direita após uma tabela com o André Almeida, a seguir até à linha de fundo, e a assistir o Jonas no meio para ele marcar facilmente. Continuando a tentar aproveitar o muito espaço nas costas da defesa adversária, o Benfica ia-se mostrando perigoso e ameaçando voltar a marcar. Mas como disse o Estoril nunca baixou os braços, e apesar de não ter conseguido pressionar-nos de forma consistente, conseguia esporadicamente chegar com perigo à nossa baliza, tendo obrigado o Varela a fazer uma grande defesa durante a primeira parte. Já mesmo a acabar a primeira parte, nada pôde fazer perante o cabeceamento fulgurante do Kléber, que ainda fez a bola embater na barra antes de entrar e assim recolocou o Estoril na discussão do resultado.


E começámos a segunda parte com um enorme susto, quando um remate de fora da área ainda desviou num jogador nosso e obrigou o Varela a mais uma enorme intervenção. Teria sido o golo do empate, e provavelmente significaria um jogo completamente diferente. O Benfica pressentiu o perigo e foi à procura do golo que desse maior tranquilidade na partida, o que acabou por conseguir ao fim de um quarto de hora. Desta vez não foi num lance de contra-ataque, mas sim numa boa jogada ofensiva, na qual o Krovinovic parecia estar já em boa posição à entrada da área para tentar o remate, mas em vez disso optou por soltar a bola mais para a esquerda no Cervi, que depois a devolveu já para o interior da área, onde o mesmo Krovinovic se antecipou a um defesa e a empurrou para a baliza. Poder-se-ia pensar que o jogo estaria mais ou menos resolvido mas, conforme disse, o Estoril não nos fez a vida fácil e continuou a lutar por um resultado positivo. O Benfica também me pareceu ter mostrado aquela sua má faceta de descansar imediatamente a seguir a marcar, e nos minutos que se seguiram ao nosso golo o Estoril apareceu mais junto da nossa área. E voltaram a assustar, porque a bola chegou mesmo a entrar na nossa baliza, numa recarga do Kléber após uma defesa por instinto do Varela. Mas logo na altura pareceu-me que o golo tinha sido obtido com o braço, e após alguns momentos de expectativa o vídeo-árbitro acabou por confirmar isso mesmo, poupando-nos a uma fase final do encontro cheia de preocupações. Provavelmente pensando já no jogo a meio da semana o Benfica foi também poupando alguns jogadores (Fejsa, Jonas, Salvio) mas mesmo assim, à medida que o jogo caminhou para o seu final, os riscos corridos pelo Estoril davam espaço suficiente para que o Benfica ameaçasse ampliar a vantagem - num desses lances só mesmo uma saída quase suicida do Moreira que resultou num corte quase miraculoso com a cabeça é que evitou o golo. Mas em geral parece-me que o resultado final se ajusta ao que se viu em campo, e se fosse mais dilatado talvez fosse uma penalização excessiva para o Estoril.


Começo por destacar neste jogo os extremos, Salvio e Cervi. Um golo e uma assistência para o primeiro e duas assistências para o segundo são números que mostram a influência que tiveram neste jogo. Gostei também do Krovinovic, embora ache que por vezes tem tendência para se agarrar demasiado à bola e com isso acaba por travar algumas possibilidades de contra-ataque. Por último, uma menção para o Varela. Já escrevi anteriormente que parece ter regressado à baliza com muita motivação para agarrar a oportunidade, e neste jogo voltou a mostrá-lo. Não teve muito trabalho, mas conseguiu ter pelo menos três intervenções de altíssima qualidade.

Era importante vencer, e de forma convincente. Creio que esse objectivo foi conseguido, e que conseguimos também fazer uma boa gestão do esforço para o difícil jogo que se segue contra o Rio Ave, a contar para a Taça de Portugal. Não sendo uma exibição deslumbrante, foi minimamente segura para me deixar confiante em relação ao jogos que se seguem.

UNIÃO - 5 A.VISEU - 3 - ATIPICO

CF União 5-3 Ac. Viseu FC

Complexo Desportivo da Madeira, 3 de dezembro de 2017
15ª Jornada da Ledman LigaPro
Árbitro: João Malheiro Pinto (Lisboa)

U. Madeira: Tony Batista; Sylla, Allef Nunes (c), Romaric e Mica; Sidy Sagna, Nduwarugira, Rodrigo Henrique (Ciss, 74) e Gonçalo Abreu (Flávio Silva 87); Junior e Luan (Mendy, 90+5). Treinador: José Viterbo.

Ac. Viseu: Peçanha; Joel (Barry, 63), Pica, Fábio Santos e Kiko; Capela (c), Zé Paulo e Fernando Ferreira (Bruno Loureiro, 69), Avto, João Mário (Yuri, 34) e Sandro Lima. Treinador: Francisco Chaló.

Golos: Luan 8 (1-0), Zé Paulo 10 gp (1-1), Sandro Lima 12 (1-2), Gonçalo Abreu 17 (2-2), Luan 54 (3-2), Luan 58 (4-2), Junior 64 (5-2), Barry 72 (5-3)

Líder foi vulgarizado na Madeira
Académico não mostrou credenciais da liderança e foi goleado; insulares muito inspirados

A goleada sofrida pelo líder Académico só surpreende quem não viu o jogo. Apesar de ter pela frente um adversário que está mergulhado nos últimos lugares da tabela, a verdade é que os viseenses foram surpreendidos por um União aguerrido e eficaz, que demostrou, perante um dos candidatos à subida, qualidade para andar numa posição mais tranquila.
O Académico demonstrou debilidades defensivas, que não são consentâneas para quem quer subir à Liga. Fraca arbitragem.

Francisco Chaló: «Jogo atípico. Cometemos muitos erros que não são normais. A eficácia do União também foi determinante. Quando se comete tantos erros é muito complicado ganhar um jogo.»


In «A Bola».

U. Madeira surpreende líder
Escorregadela do Ac. Viseu

Ninguém acreditaria, de antemão, que o líder do campeonato iria perder na Madeira frente a um União que não vencia na segunda liga há quatro jornadas. Mas a verdade é que a equipa orientada por José Viterbo venceu e convenceu. Mesmo com poucas soluções à disposição o técnico do União voltou a provar que no futebol, por vezes, mesmo não sendo  favorito é possível vencer.
A união fez a força, e diga-se, com justiça e muita classe. Os viseenses até estiveram em vantagem na 1ª parte, com uma lição de eficácia - dois remates, dois golos -, mas não conseguiram justificar a razão de serem primeiros, perante um adversário que está nos últimos lugares. Até ao intervalo, os locais tnham 62 por cento de posse de bola e dois golos.
Na 2ª parte, em apenas 3 minutos Luan fez a diferença apontando dois golos. Os visitantes abanaram e sofreram o quinto pouco depois por Junior. Depois ainda reduziram com um belo golo de Barry, mas já nada havia a fazer.

Notas aos jogadores (aceites por nós para a eleição de jogador do mês/jogdor do ano): 3 - Fábio Santos, Zé Paulo, Avto, Sandro Lima, Barry e Yuri; 2 - Peçanha, Joel, Pica, Kiko, Capela, Fernando Ferreira, João Mário e Bruno Loureiro.

In Record

BENFICA - 0 BASILEIA - 2 TRISTE

Desolador

Um Estádio da Luz com as bancadas preenchidas por um vazio desolador acolheu a triste despedida de uma campanha europeia igualmente desoladora. E a exibição da nossa equipa neste jogo não quis destoar deste cenário, tendo como resultado mais uma derrota, que significa um registo perfeitamente negativo para esta nossa participação.


Muitas mudanças no onze - que já tinham sido anunciadas. Apenas dois jogadores repetiram a titularidade do último jogo, o Jardel e o Pizzi. O resto foram regressos e novidades: Svilar, Douglas, Lisandro, Eliseu, Samaris, João Carvalho, Zivkovic, Diogo Gonçalves e Seferovic. Se havia alguma expectativa em ver algo diferente para melhor neste jogo, depressa ficou gorada. Bastaram cinco minutos e o Basileia subir à nossa área pela primeira vez para nos vermos atrás no marcador. Um cruzamento largo e um adversário a surgir completamente solto na área onde nunca poderia estar, ou seja, no espaço entre o lateral direito e o central, para cabecear com sucesso (acho que nem precisou de saltar). E pouco mais o Basileia precisou de fazer durante a primeira parte. O Benfica naturalmente que tentou reagir, mas raramente mostrou saber como fazê-lo. Perante os três centrais adversários, foi preciso esperar algum tempo para vermos a equipa parar de tentar exclusivamente jogar pelo centro e começar a tentar explorar as faixas. E conseguimos de facto criar alguns lances mais perigosos, mas a finalização/decisão foi sempre exasperantemente má. O Basileia limitava-se a manter a organização defensiva e a esperar por nós, para depois aproveitar alguma asneira para sair rapidamente. E causar perigo: acho que perto do intervalo, na segunda vez em que desceram com perigo à nossa área (depois de um corte patético do Lisandro, que deixou a bola nos pés de um adversário) só não marcaram porque o jogador que se isolou preferiu tentar a assistência para um colega e o Jardel fez o corte já na pequena área.

Os nossos jogadores entraram decididos para a segunda parte, a pressionar alto, mas a repetir os erros da primeira parte. Má finalização, más decisões (não só no ataque, mas em todo o terreno, com perdas de bola sucessivas na saída para o ataque) e pior de tudo, a desconcentração defensiva que foi a norma nesta edição da Champions, e que explica em muito a prestação conseguida. O Basileia não precisou de fazer grande coisa para garantir a vitória. Uma vez mais, simplesmente manter a organização e esperar pelas asneiras. O segundo golo foi básico: um livre a meio do nosso meio campo, balão para a área, um jogador ganha ao segundo poste e coloca no primeiro, onde aparece alguém solto de marcação a empurrar para a baliza (com o Svilar a hesitar na saída ao cruzamento, Samaris a marcar com os olhos). Depois do segundo golo a equipa continuou a tentar como melhor podia, mas foi um desnorte quase total, com muita gente a jogar para si mesma e erros de principiante a resultarem em perdas de bola comprometedoras. O Benfica teve mais de 60% de posse de bola e fez mais de vinte remates, mas ter mais bola de pouco serve quando como equipa não sabemos o que fazer com ela - e os números da posse de bola foram uma constante nesta campanha europeia. Em apenas meia dúzia de remates o Basileia marcou dois golos, e poderia ter marcado outros tantos. Entre tantos números negativos para recordar (sim, para recordar e não para esquecer) como a nossa pior prestação de sempre na Champions League - e pior cabeça de série de sempre - há mais um que é exemplificativo do quão mal estivemos: neste momento estamos há 518 minutos sem marcar um golo na Champions. São oito horas e trinta e oito minutos de futebol sem conseguirmos marcar um golo para amostra. Desde que o Seferovic, ao minuto cinquenta do jogo contra o CSKA na primeira jornada, marcou, mais nada. Quando se ataca assim tão mal e se defende ainda pior numa competição deste nível, o resultado só pode ser o que vimos.

É difícil elogiar alguém num jogo destes. Sim, houve jogadores que mostraram vontade, como o Seferovic ou o Zivkovic, mas houve outros que foram um desastre e não aproveitaram a oportunidade. O Douglas, se for embora em Janeiro, já vai tarde. Não podemos ter um lateral que parece desconhecer as noções mais básicas de como defender. O Lisandro pode ter muito boa vontade, mas é outro desastre a defender. Os miúdos Diogo Gonçalves e João Carvalho passaram completamente ao lado do jogo, e no caso do segundo até acho que esteve tempo a mais em campo, porque quando começou a aparecer mais em jogo na fase final, em que só jogávamos com dois médios, somou um disparate a seguir ao outro. O Samaris foi tenebroso, o Svilar quase conseguiu somar mais um lance ao anedotário desta Champions, quando passou a bola para os pés de um adversário, o Pizzi quis tanto mostrar serviço que quase só fez asneiras, incluindo uma mão cheia de passes inacreditavelmente maus, e podia continuar.

Fechado este capítulo negro na nossa história, temos agora que saber limpar a cabeça e mostrar já no próximo sábado, contra o Estoril, o nosso empenho na conquista do campeonato. E por limpar a cabeça quero dizer não deixar que esta péssima prestação europeia, totalmente indigna dos nossos pergaminhos, afecte o nosso desempenho nas provas internas. Esquecê-la é impossível

domingo, 3 de dezembro de 2017

FC PORTO - 0 BENFICA - 0

Vivos

Num jogo que foi uma guerra táctica entre duas equipas que na maior parte do tempo se conseguiram anular entre si, o Benfica saiu do Dragão com um empate a zero que mantém as nossas aspirações perfeitamente intactas.


Não mudou nada o Benfica do jogo contra o Setúbal para o jogo contra o Porto. O que é sempre uma boa indicação. Entrámos no jogo praticamente a criar uma boa ocasião de golo, pelo Jonas no seguimento de um canto, o que foi mais uma boa indicação e terá certamente dado confiança à equipa. Mas depressa se percebeu que as duas equipas, a jogar em esquemas tácticos semelhantes, encaixaram perfeitamente uma na outra, e daí resultou um jogo extremamente disputado na zona do meio campo. Nenhuma das equipas conseguia manter a posse da bola por períodos prolongados, e as jogadas eram depressa interrompidas ou por perdas de bola, ou por faltas. Não havia tempo ou espaço para pensar ou jogar muito, nem para explorar contra-ataques - o Porto é uma equipa bastante agressiva na fase de recuperação da bola, e o Benfica hoje, com o meio campo mais povoado e a equipa a jogar de forma solidária e a ocupar bem os espaços, conseguiu bater-se nesse aspecto praticamente de igual para igual. Obviamente que isto significou um jogo quase sempre disputado longe das balizas e com poucas ocasiões de perigo - o primeiro remate do Porto, por exemplo, surgiu aos vinte e cinco minutos de jogo (e foi completamente disparatado). O cenário apontava claramente para um nulo no marcador, e parecia que apenas algum lance fortuito poderia fazê-lo mudar, pelo que o resultado em branco ao intervalo era perfeitamente ajustado.

As equipas vieram para a segunda parte a jogar praticamente como tinham acabado a primeira, mas o nulo era um resultado que obviamente interessaria menos ao Porto. Por isso foi com alguma naturalidade que à medida que os minutos foram decorrendo, e sobretudo a partir do meio desta segunda parte, o Porto se tenha adiantado mais no terreno e o jogo passou a ser disputado mais no nosso meio campo. O nosso treinador terá reparado nisso e refrescou o centro, com a troca do Pizzi pelo Samaris e a consequente inversão do triângulo teórico que era desenhado no nosso meio campo. Mas na minha opinião, apesar do Porto ter passado a rondar mais as zonas próximas da nossa área, não eram muitas as ocasiões de grande perigo, pelo que me senti quase sempre tranquilo - a situação de maior perigo surgiu no seguimento de um pontapé de canto, em que a bola foi cortada para a entrada da área e o Felipe rematou de primeira ao lado. Apenas me incomodava o progressivo desaparecer do Benfica no ataque, onde o Jonas e o Salvio praticamente deixaram de existir. A parte pior de suportar foi mesmo quando, no espaço de dois minutos, o Zivkovic viu dois amarelos e acabou expulso, poucos minutos depois de ter entrado para o lugar do Cervi. Não vou questionar a justeza dos dois amarelos, mas depois de ter visto o Felipe ceifar por trás o Jonas pela raiz e ser simplesmente avisado, lamento a diferença no critério disciplinar aplicado. O que é certo é que ainda faltavam oito minutos para o final (mais os descontos) e o Porto, que já estava por cima no jogo, certamente quereria tirar partido da superioridade numérica. Até foi o Benfica quem, imediatamente a seguir, teve um ocasião flagrante para marcar, quando um ressalto de bola deixou o Krovinovic isolado na área, descaído sobre a esquerda. Mas o José Sá fez bem a mancha. Na resposta, o Marega acertou com a canela na bola quando estava em posição privilegiada e acabou por fazer um passe para o Varela. A pressão do Porto intensificou-se, e mesmo a acabar o jogo o mesmo Marega teve a ocasião mais flagrante de todo o jogo: completamente solto sobre a linha da pequena área e com a bola a vir redondinha para a sua cabeça (nem foi preciso saltar) enviou-a por cima da baliza. E assim acabou o jogo.

Não foi um jogo de grandes destaques individuais, mas sim de muito trabalho e entreajuda. De qualquer forma deixou uma menção para o Varela, que se mostrou sempre bastante seguro. Conforme disse no jogo anterior, ele não parece mostrar qualquer sequela da perda da titularidade após o erro contra o Boavista, e mostra-se disposto a aproveitar esta nova oportunidade para a voltar a agarrar.

Após a visita ao Porto, o empate deixa-nos a três pontos do topo da tabela, o que equivale a dizer que dependemos apenas de nós para lá chegar. É uma forma de dizer que continuamos bem vivos na luta pelo objectivo que perseguimos. Nada mau para uma equipa que foi dada como morta, e a quem anunciavam o enterro precisamente para este jogo. Tal como na época passada aquela cabeçada do Lisandro no último minuto no jogo do Dragão, que garantiu o empate, significou uma arrancada quase imparável para o tetra, espero que este resultado possa significar o mesmo esta época. Parece-me que no final do jogo ficou bem visível qual das equipas ficou mais afectada pelo empate.

P.S:- Perto do final do jogo, um adepto da casa invadiu o campo e foi agredir o Pizzi, na zona do nosso banco. Imagino que isto não tenha consequências algumas. Não só não deverá acontecer nada em termos disciplinares, como até suspeito que uma boa parte da nossa querida comunicação social vai fazer os possíveis e os impossíveis para passar uma esponja sobre o assunto, fingindo que nada aconteceu (ou então o Cervi vai acabar castigado por o ter agarrado).

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

CARTOON


BENFICA - 6 V.SETUBAL - 0 - POSITIVO

Resposta

A melhor resposta possível à péssima exibição europeia a meio da semana. Exibição convincente, vitória por números esclarecedores e redução da diferença que nos separa do topo da tabela imediatamente antes da visita ao líder.


O onze inicial teve os regressos do Grimaldo, Krovinovic e Cervi, sendo de notar a passagem do Diogo Gonçalves de titular a não convocado. O Setúbal do Couceiro, fiel à sua tradição, repetiu a gracinha de escolher o campo ao contrário. Também fiel à tradição, esse estratagema não lhes serviu de nada. A entrada do Benfica no jogo foi fortíssima e logo aos sete minutos já estávamos em vantagem. Um golo do Luisão na sequência de um livre indirecto, em que a bola foi tocada primeiro pelo Jardel, que assistiu o colega do centro da defesa para o remate final. Uma das acusações frequentes à nossa equipa esta época tem sido a falta de aproveitamento nas bolas paradas, mas hoje nada disso se passou. Já tínhamos criado perigo nestes lances e continuámos a criá-lo após do golo. O Setúbal tentou esboçar uma ténue reacção ao golo e até conseguiu criar uma situação perigosa, que foi salva com um grande corte do André Almeida aos pés do Paciência - felizmente desta vez, ao contrário do jogo em Moscovo, ele não ficou parado a pedir fora-de-jogo. Mas o Benfica esteve sempre por cima no jogo, e depois de várias ameaças, com o guarda-redes do Setúbal em destaque, chegou mesmo ao segundo golo, a cinco minutos do intervalo. Mais uma bola parada, desta vez um pontapé de canto, e o Pizzi a fazer a bola ir direita a um cabeceamento fulgurante do Jonas, que assim assinou o seu centésimo golo pelo nosso clube. O Benfica já tinha mostrado até então que este jogo era diferente para melhor, mas este segundo golo foi certamente um tónico para os jogadores, que lhes permitiu maior tranquilidade e consequentemente soltarem-se para mostrar a qualidade que possuem. E a confiança terá certamente aumentado quando, mesmo à beira do intervalo, o Setúbal ficou reduzido a dez, depois do Nuno Pinto ter feito uma entrada de carrinho sobre o Luisão, que progredia surpreendentemente com a bola pela lateral direita. À saída para o intervalo, creio que ninguém teria dúvidas sobre o vencedor do jogo. Incluindo os nossos jogadores.


E a confiança com que entrámos na segunda parte foi imediatamente recompensada, com o terceiro golo a surgir logo aos três minutos. Marcou-o o Salvio, na conclusão de uma boa jogada de equipa pelo lado direito, em que a bola foi muito bem trabalhada até ao passe final do Pizzi para a entrada do Salvio na área. O Benfica neste jogo nunca se acomodou ao resultado, e mostrou sempre ambição para fazer mais. Sentindo-se tão superior na partida e o adversário completamente desnorteado, foi atrás do melhor resultado possível e as substituições deram ainda maior balanceamento ofensivo à equipa, começando pela troca do Grimaldo pelo Zivkovic, com o Cervi a passar a ocupar a posição de lateral esquerdo. Posteriormente entrou o Seferovic para que nos minutos finais voltássemos ao 4-4-2. O nosso lado direito esteve sempre muito activo, com o André Almeida bastante balanceado no ataque, o Pizzi a cair frequentemente para esse lado e o Salvio a fazer diagonais frequentes para o centro. O jogo só prometia mais golos e no espaço de dois minutos, entre os 66 e os 68, somámos mais dois à nossa conta - e isso só não aconteceu antes porque o guarda-redes do Setúbal continuava inspirado e porque o auxiliar que acompanhava o nosso ataque conseguiu interromper mais uma boa jogada assinalando um fora-de-jogo num lance em que o Pizzi estava uns quatro ou cinco metros em jogo. O quarto golo é um grande golo do Jonas, que no interior da área aproveitou um toque de cabeça do André Almeida para trás, e encheu o pé num remate de primeira que deixou o guarda-redes pregado ao solo. Se esse lance não fosse já prova evidente do balanceamento ofensivo do nosso lateral direito, dois minutos depois foi mesmo ele quem introduziu a bola na baliza, rematando de ângulo apertado uma bola que foi devolvida por um defesa após uma tentativa sua de fazer um passe atrasado para o centro da área. E as ocasiões de perigo continuaram a suceder-se, porque o Benfica nunca abrandou o ritmo e os nossos jogadores mostravam fome de golo e uma alegria no jogo que acho que ainda não tinha visto esta época. Na esquerda o Zivkovic entrou muito bem no jogo e foi recompensado com um golo mesmo no final, contando com a contribuição do guarda-redes adversário naquela que foi a única mancha da sua exibição.


Quase todos os jogadores que participaram neste jogo podiam ser destacados. A começar pela defesa, o Luisão deu o exemplo como capitão. Grande atitude, que começou logo na entrada para o aquecimento, grande exibição e o golo que abriu o marcador como recompensa. O Jonas também merece destaque, obviamente, quanto mais não fosse pelos dois golos que lhe permitiram ultrapassar a marca da centena ao serviço do Benfica. O Pizzi apresentou-se num nível muito, muito superior ao que lhe temos visto esta época - basicamente ao que nos habituou a época passada. O André Almeida esteve diabólico na direita, com a companhia do Salvio, o Cervi esteve sempre bem quer a jogar mais à frente, quer quando recuou no terreno, e o Zivkovic entrou muitíssimo bem no jogo, mesmo tendo jogado na esquerda, que não é o lado onde costuma ser mais forte. A simples presença de um jogador como o Krovinovic em campo faz toda a diferença em termos tácticos, porque mesmo que eventualmente não esteja inspirado, pelo menos consegue quase sempre oferecer opções de passe aos colegas pela forma como se movimenta no terreno. Quaisquer comparações com a opção tomada em Moscovo são desnecessárias, de tão aberrante que é a diferença.

Esta vitória e a consequente aproximação ao líder representam um importante reforçar da confiança da equipa em vésperas de um jogo muito importante. Foi claramente a melhor exibição da época, e uma demonstração daquilo que os nossos jogadores sabem e conseguem fazer. Esperemos agora que seja este o Benfica a entrar em campo para esse jogo, e que saiba pegar neste ímpeto e utilizá-lo para prolongar este momento positivo

A.VISEU - 0 VARZIM - 0 -ZERO

Ac. Viseu FC 0-0 Varzim SC


Quando se esperava uma entrada forte em jogo, aconteceu precisamente o contrário, equipa amorfa, com pouca atitude, e a falhar muitos passes, frente a uma equipa do Varzim, muito motivada.

O Varzim teve sempre mais posse, e ganhou sempre as “segundas”, bolas.

Curiosamente, a primeira oportunidade de golo, pertenceu a Zé Paulo, tentou passar a bola por cima de Paulo Vitor, guarda redes do Varzim, mas este defendeu mesmo em cima da linha da grande área.

Foi quase em cima dos 45m, que João Mário, é abalroado na área por Paulo Vitor, com o árbitro a apontar para a marca de penalidade. Sandro Lima chamado a converter, permitiu a defesa do Guarda redes.

Na segunda parte a equipa viseense “acordou”, veio com outra atitude, e conseguiu 20 minutos de grande futebol.

O Académico esteve perto de inaugurar o marcador quando Avto, numa excelente jogada individual disparou para mais uma grande defesa de Paulo Vitor.

Chaló, decide recuar Capela, jogando num sistema de 3 centrais, libertando Joel e Lucas para zonas mais avançadas do terreno.

Zé Paulo teve mais uma oportunidade de marcar, ao chutar já no interior da área, mas Paulo Vitor estava intransponível.

Chaló, tentava tudo para reforçar a equipa, e lança no jogo Barry e Bruno Loureiro, para os lugares de João Mario e Paná.

Bruno Loureiro trouxe um pouco mais de velocidade ao meio campo, mas a equipa não criava lances de perigo.

Yuri entrou para o lugar de Avto a 10m do fim, e agitou a ala esquerda do Académico, numa jogada de insistência, deixou a bola nos pés de Barry, este tirou um defesa do caminho, e chutou rente ao poste da baliza do Varzim.

Numa jogada de contra ataque do Varzim, o infortúnio bateu à porta de Bura, que não conseguiu acompanhar um adversário e ficou agarrado à perna direita, não voltando ao terreno de jogo.

O Académico precisava de vencer, jogava com 10 jogadores, uma vez que já tinha esgotado as substituições, com a agravante de Lucas já se encontrar em inferioridade física.

Não restou outra alternativa ao Académico do que preservar o empate, uma vez que nos ultimos minutos do encontro o Varzim tentou chegar mais vezes à baliza de Peçanha.

O Académico teve um pequeno percalço, deu 45m de avanço ao opositor, teve oportunidades suficientes para vencer, mas as bolas teimaram em não entrar, e assim ficaram 2 pontos pelo caminho.

Continuamos a nossa caminhada, continuamos lideres.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

CSKA - 2 BENFICA - 0 - MAU DEMAIS

Torto

Toda a gente conhece o ditado sobre aquilo que nasce torto. Hoje foi apenas mais uma confirmação disso mesmo, a penúltima etapa de uma penosa campanha europeia, onde ficou confirmada a despedida das provas europeias esta época. É a pior campanha europeia de sempre da nossa história, e perante este facto, sinceramente, o adeus nem choca, porque objectivamente não mostrámos qualquer valor para permanecer lá.

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Não vou perder muito tempo a escrever sobre um jogo em que praticamente nada há a retirar de positivo. Sendo imperioso vencermos, nunca me pareceu que o Benfica jogasse para o fazer, porque fomos quase sempre uma equipa demasiado cautelosa e sem ideias ou soluções no ataque. Questiono a validade da opção pelo regresso do Filipe Augusto ao meio campo - bem sei que o Krovinovic não poderia ser opção, mas certamente que teria sido possível uma escolha mais inspirada. Nem estou a fazer do Filipe Augusto o bode expiatório de mais uma derrota - apesar de admitir, sem qualquer problema, a minha embirração com este jogador, que para mim não acrescenta absolutamente nada à nossa equipa, é um jogador exasperantemente lento, que nem é médio defensivo, nem médio de construção, e simplesmente anda por ali de um lado para o outro a fazer faltas gratuitas em mais de metade dos lances que disputa e a recuperar a passo no terreno - num jogo em que tudo correu mal. O adversário colocou-se em vantagem com um golo irregular logo aos treze minutos - achei no entanto particularmente interessante ver o André Almeida parado de braço no ar durante o que pareceram instantes intermináveis, enquanto o adversário tinha todo o tempo do mundo para ajeitar a bola e escolher para onde a queria meter. Diga-se também que, não servindo de desculpa para nada, é pelo menos lamentável que numa competição destas em todos os cinco jogos que disputámos tenham havido erros graves de arbitragem, infelizmente sempre em nosso prejuízo. A partir daí, à parte uma perdida escandalosa do Jonas, não mostrámos muito mais capacidade para inverter o rumo dos acontecimentos. Devemos aliás ao Varela (que já tinha mostrado contra o Setúbal não estar nada afectado pela forma como perdeu a titularidade) o facto de não irmos para intervalo a perder por mais. Depois na segunda parte, quando o CSKA estava perfeitamente confortável com este resultado, juntando linhas absolutamente impenetráveis para nós em frente à sua área e a sair de vez em quando para o ataque, em mais uma demonstração da nossa defesa sobre como não defender, uma jogada absolutamente banal acabou com o Jardel a meter a bola dentro da própria baliza. Foi o golpe final, e a nossa total incapacidade no ataque (perante uma defesa em que dois dos centrais tinham uma idade combinada de setenta e três anos) fica bem expressa no facto de, pela primeira vez em mais de quarenta jogos europeus consecutivos, o CSKA ter conseguido não sofrer golos. Ao menos deu para deixarmos o Akinfeev (um guarda-redes que eu sempre apreciei bastante) feliz.

Com o pesadelo europeu a aproximar-se do seu final, resta agora centrar atenções nas provas internas. E esperar que o impacto financeiro que uma tão má campanha poderá significar não implique mais mexidas radicais no plantel na próxima abertura do mercado, porque se as saídas no final da época passada tiveram como resultado esta miserável campanha europeia, mais mexidas poderão comprometer as provas nacionais.

TAÇA - BENFICA - 2 V. SETÚBAL - 0 - LÓGICA

Benfica 2 - 0 Vitória de Setúbal: Os Mistérios do Futebol Português num Apuramento Lógico

 Vou começar pelos pormenores que ninguém quer saber. Um jogo da Taça de Portugal no Estádio da Luz, o primeiro desta temporada. Ora, diz a regra, bem velhinha, que nesta competição em caso de semelhança nas cores dos equipamentos a equipa da casa muda o equipamento. Passei a minha vida toda a ver jogos entre Benfica e Vitória F.C. tanto no Bonfim como na Luz com os clubes a usarem as suas cores de equipamento normais. Aliás, em 2005 no Jamor o Vitória bateu o Benfica com as suas camisolas verde e brancas às riscas verticais.
Pois bem, expliquem-me lá qual é a necessidade de usar o equipamento alternativo. E se havia essa necessidade porque é que não foi a equipa da casa a mudar?
O mais engraçado é que com tanta preocupação em alterar as cores tradicionais, a equipa sadina conseguiu ir a jogo com um guarda redes equipado com cores que se confundiam com as camisolas do Benfica. Dizem-me que na televisão ainda era mais evidente do que no estádio. Tanto assim foi que Cristiano na 2ª parte aparece equipado de... amarelo!
Eu sei que sou um chato do caraças com estes pormenores, mas também gostava de saber o que aconteceu às quinas de campeão nacional nas mangas das camisolas do clube campeão? Não era costume na Taça de Portugal o "ovo" da Liga desaparecer para dar lugar às quinas de campeão numa manga? Agora, só vejo lá outro "ovo", o da Taça de Portugal, presumo que seja devido ao Benfica ser o actual vencedor do troféu.
Mistérios do futebol português que não interessam a ninguém mas que eu gostava muito de saber as respostas.



Para entrarmos no jogo mais uma curiosidade, o Vitória F.C. de José Couceiro não perdeu a oportunidade de trocar o campo obrigando o Benfica a jogar para sul na primeira parte. Fica registado.

Depois de uma paragem para as selecções definirem as suas posições no próximo mundial, a competição regressou a Portugal. A 4ª eliminatória da Taça de Portugal, 2ª para estas duas equipas, foi disputada na Luz e resultou no apuramento do Benfica para a próxima ronda.
Curiosamente, foi a Taça de Portugal a abrir um novo ciclo positivo para o Benfica nas competições internas. Desde o desafio no Algarve com o Olhanense que a equipa de Rui Vitória só soma triunfos. Foi ao norte bater o Aves e o Vitória de Guimarães, ganhou ao Feirense em casa e agora confirmou o ciclo positivo com mais uma vitória. O próximo desafio interno é uma repetição do encontro de hoje mas a contar para o campeonato e será bem diferente do que vimos hoje.

O Benfica apresentou duas ideias fortes para esta partida, a manutenção na aposta do 4-3-3 que deu bons sinais em Guimarães e uma janela de oportunidade para vários jogadores menos utilizados. Ao que se acrescenta mais uma estreia de um miúdo trabalhado no Seixal, o norte americano Keaton Parks que até fica bem ligado ao jogo por acção sua no 2º golo da equipa.

Portanto, o desenho táctico manteve-se, as individualidades mudaram. Varela regressou à baliza, curiosamente bem menos ansioso do que no começo da época, Douglas na direita, Grimaldo na esquerda, Luisão e Jardel no meio, isto na defesa.
No meio campo, Samaris, Pizzi e Krovinovic, nas alas Cervi e Rafa, na frente Jonas.
O Benfica venceu o jogo mas voltou a demonstrar uma atracção pelo perigo algo incompreensível, isto porque chega ao 1-0 de maneira natural. Após muita posse de bola, vários ataques, pressão alta, velocidade e oportunidades de perigo até chegar o golo. Um original canto batido por Pizzi com a bola rasteira que vai até Cervi, o argentino agradece e remata convictamente para golo.
Antes de Pizzi bater o canto, o capitão do Vitória, Nuno Pinto, não tirou uma bola do relvado que estava ao seu lado a atrasar a continuação do jogo. Irritou Pizzi e a bancada. Acabou por sofrer golo. O futebol por vezes bate tão certo.
Depois de conseguida a vantagem a equipa caiu na tal tentação de recuar, ceder a posse de bola e voltar a procurar o segundo golo. É estranho e tem acontecido regularmente esta época.

A tendência manteve-se na 2ª parte e só com as entradas de André Almeida, Raul e Keaton é que se sentiu sangue novo na equipa. Estar a vencer por 1-0 é sempre intranquilo e se pensarmos que nos últimos três encontros com o Vitória de Setúbal o Benfica só venceu um que acabou com um grande susto que podia ter dado um dramático 2-2, temos o cenário que justifica os nervos vividos nas bancadas da Luz.
Por falar em bancadas, nem 30 mil benfiquistas acharam que este cartaz, um duelo entre clubes que já venceram Taças de Portugal e Taças da Liga, com bilhetes a preços reduzidos, era digno da sua presença. Os outros aguardam confortavelmente pelo Jamor.

É verdade que a vantagem era mínima mas também não se pode dizer que o Vitória tenha estado muitas vezes perto do empate. Varela respondeu muito bem a uma oportunidade que podia ter dado o empate com uma finalização de um jogador do Vitória em flagrante fora de jogo. Depois veio o lance que os entendidos vão falar para sempre e até, quem sabe, fazer livros. João Amaral isolado tenta meter a bola entre as pernas de Varela, só que este consegue parar o remate fazendo a bola ressaltar para as suas costas onde já estava Jardel a aliviar. Enquanto se virava para chegar à bola envolveu-se com o jogador sadino que caiu. João Capela podia ter apitado penalti mas interpretou que Jardel já tinha resolvido o lance antes. Foi isto que vi.

Para acabar com as dúvidas, Krovinovic fez o 2-0 que arrumou a questão e apurou a equipa para os 1/16 de final da Taça de Portugal.
Uma vitória lógica e natural, um ciclo de vitórias a nível interno muito interessante, um sistema táctico que parece que veio para ficar, algumas oportunidades agarradas, outras nem tanto e uma exibição que não deslumbrou mas suficiente para garantir o objectivo da noite.
Segue-se a Europa.