Estádio do Fontelo, 29 de março de 2015
35ª Jornada da Liga 2
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Ac. Viseu: Ivo Gonçalves; João Amorim, Tiago Gonçalves (c), Eridson e Ricardo Ferreira; Alex Porto, André Sousa (Marcel, 86) e Clayton; Tiago Almeida, Luisinho (Filipe Nascimento, 82) e Tiago Borges. Treinador: Ricardo Chéu.
Sp. Covilhã: Taborda (c); Tiago Moreira, Coelho, Edgar e Soares; Djikiné, Zé Tiago (Flávio, 62) e Carlos Manuel (Gilberto, 49); Bilel, Traquina e Erivelto (Kizito, 81). Treinador: Francisco Chaló.
Golo: Kizito 85 (0-1)
Os academistas que foram hoje ao Fontelo ficaram com uma sensação de “déjà vu”. No meio das muitas limitações – apenas 3 jogadores de campo no banco – o Académico até jogou bem, tendo como adversário uma bela equipa, mas falhou na finalização – até um penalty desperdiçou – e depois… perdeu!
Entrou bem o Académico, a mandar no jogo, mas a primeira grande sensação de golo foi ao minuto 11 quando Traquina – um jogador que na era de Filipe Moreira esteve à experiência no Académico e pelos vistos não serviu – rematou com estrondo à barra da baliza de Ivo Gonçalves.
Respondeu o Académico, por Luisinho, que ganhou um ressalto e isolou-se perante Taborda, contornou o guardião serrano, mas depois, de ângulo apertado apenas conseguiu rematar muito devagar. Os seus companheiros não reagiram, quem o fez foi um defesa serrano que evitou o golo sobre a linha de baliza.
Até ao fim da primeira parte há ainda a registar: minuto 37 Luisinho falha uma grande penalidade – ou melhor Taborda é que defendeu; minuto 40, após canto, Tiago Borges, livre, enche o pé e dispara muito por cima; minuto 42 Clayton isola Tiago Almeida sobre a esquerda e este obriga Taborda a grande defesa.
Ao intervalo zero-a-zero.
Na segunda parte o Académico caiu numa série de equívocos no seu ataque. A maior ilustração para isso mesmo é o lance do golo serrano, mas já lá vamos. Ainda antes aí pela volta do minuto 64, Luisinho ganha sobre Soares – o elo mais fraco da equipa covilhanense – e sobre a direita, com Tiago Almeida a surgir no centro pronto para empurrar, o mágico academista opta pelo remate numa decisão inacreditável, pelo menos para quem está sentado na bancada.
Dois minutos depois o Sporting da Covilhã, após uma bola parada, atirou de novo aos ferros da baliza do guardião academista.
E assim foi correndo o jogo para o fim – o Académico a dominar mas a tomar sempre as piores decisões na hora de rematar à baliza – e o Covilhã na expectativa mas sempre muito perigoso nas transições ofensivas. A isso juntou-se-lhe trocas de jogadores que funcionaram no Sporting, mas que não funcionaram no Académico, sobretudo porque para refrescar a equipa, do meio para a frente, havia “apenas” Filipe Nascimento e Marcel.
Até que aconteceu o equívoco final – jogada de ataque academista, com a equipa toda balanceada para o ataque, em que Tiago Borges (que nem estava a jogar mal), cruzou forma disparatada, apanhando os seus colegas em contrapé. A verdade é que do “cruzamento” de Tiago Borges saiu um passe para um serrano, e no contra ataque, a passe do “proscrito” Traquina, aparece Kizito a empurrar para o golo do Sporting da Covilhã.
E assim se perdeu mais um jogo. Mas quem é que tem a coragem de criticar jogadores que não recebem o seu ordenado a tempo e horas? Eu não tenho.
José Carlos Ferreira, sócio 325 do Académico de Viseu Futebol Clube.
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