segunda-feira, 26 de maio de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
TÍTULOS
Real Madrid conquista a décima em Lisboa
Atlético Madrid esteve perto de conquistar o título, mas viu esfumar-se o sonho a dois minutos do apito final.
O Real Madrid venceu este sábado o Atlético Madrid por 4-1, numa final da Liga dos Campeões que teve de ser decidida já no prolongamento depois do empate a 1-1 no tempo regulamentar.
Diego Godín abriu o marcador na primeira parte, mas Sérgio Ramos impediu que os rivais de Madrid celebrassem a dois minutos do apito final. No prolongamento, Di María deu a Bale a possibilidade de construir a remontada e já com o Atlético de rastos, Marcelo e Cristiano Ronaldo fixaram o resultado final.
Emoções à flor da pele nas bancadas da Luz para assistir à primeira final da Liga dos Campeões entre dois emblemas da mesma cidade. Real Madrid e Atlético Madrid apresentaram-se em Lisboa com algumas surpresas, desde logo com a inclusão de Diego Costa do lado colchonero e de Benzema nos “blancos. O turco Ardan Turan não recuperou a tempo do apito inicial e nem na ficha de jogo constou.
E foi num estádio da Luz completamento lotado que o Real Madrid deu o pontapé inicial. As coreografias de ambos os lados davam o toque ibérico de um dérbi madrileno, e as vozes carregava uma paixão cheia de sotaque castelhano.
O Atlético Madrid apresentou-se muito compacto, com os blocos muito juntos e não permitindo linhas de ruptura à formação comandada por Carlo Ancelotti. Aos 9 minutos, surge a primeira contrariedade para a equipa do Atlético Madrid com Diego Costa a ter de ser substituído por Adrián.
Numa primeira parte sem grandes lances dignos de registo, foi o Atlético Madrid a abrir o marcador num lance em que Casillas teve algumas responsabilidades. Na sequência de um canto para o Atlético Madrid, Diego Godín aproveitou uma saída em falso de Iker Casillas para, de cabeça, fazer o 1-0.
Até ao final do primeiro tempo, o Real Madrid não soube reagir à desvantagem no marcador. Cristiano Ronaldo esteve muito apagado na primeira parte, e só num livre direto surgiu como protagonista. O jogo foi para intervalo com o Real Madrid em vantagem na posse de bola (57% - 43%), mas com o Atlético Madrid na frente do marcador.
No segundo tempo, foi o Atlético a seguir com a bola, e com a iniciativa de jogo. A formação comandada por Diego Simeone entrou a fazer mais pressão, assumindo uma postura mais ativa perante um Real Madrid estranhamente apático, dada a qualidade dos seus jogadores.
A superioridade do Atlético Madrid esteve perto de ser materializada aos 56 minutos quando Adrián rematou com muito perigo à baliza de Casillas, mas a bola acabou por sofrer um desvio saindo depois para fora.
O Real Madrid precisava de alterar o rumo dos acontecimentos e Carlo Ancelotti operou duas substituições com a entrada de Marcelo e Isco. A formação meregue melhorou substancialmente com as entradas e começou a criar mais perigo. Aos 77 minutos, Bale teve mais uma oportunidade para fazer a diferença, mas acabou por se deslumbrar com a proximidade da baliza de Courtois e rematar para fora.
O tempo começava a esgotar-se, e nas bancadas os adeptos do Atlético Madrid começavam a gritar por Luis Aragonés. A festa colchonera foi intensificando-se à medida que o Real Madrid não conseguia objetividade na sua frente de ataque. Os homens de Diego Simeone foram aguentando estoicamente a pressão obsessiva do Real Madrid pelo empate, e com grande personalidade foram afastando a circulação de bola para longe da baliza de Thibaut Courtois.
No entanto, a dois minutos do fim dos descontos, o Real Madrid conseguiu levar a final da Liga dos Campeões para prolongamento na sequência de um pontapé de canto. Num lance dramático para a equipa de Diego Simeone, Sergio Ramos conseguiu surgir no coração da área para fazer o empate de cabeça.
O jogo teve de ser decidido no prolongamento depois de um volte face digno de um dérbi de Madrid. O Atlético Madrid foi melhor equipa ao longo do tempo regulamentar, mas o golo de Sérgio Ramos acabou por dar outra alma ao Real Madrid que entrou muito mais determinado no prolongamento.
No prolongamento ambas equipas acusaram o desgaste físico e foram poucas as ocasiões de golo. Depois de ter estado a perder até aos descontos, o Real Madrid ganhou uma nova dinâmica e tentou dar a volta ao marcador antes do segundo tempo do prolongamento. No entanto, o jogo acabaria por ser decidido na segunda parte do prolongamento numa jogada de génio de Di María no lado direito que acabou por ser completada por Gareth Bale a surgir na hora certa para finalizar para o 2-1. Já com o Atlético Madrid de rastos, Marcelo e Cristiano Ronaldo fecharam a contagem com o internacional português a selar resultado final em 4-1 de grande penalidade.
Com este resultado, o Real Madrid conquistou a tão desejada décima Liga dos Campeões depois de um jogo em que o Atlético Madrid esteve perto de fazer história. Esta época, a equipa de Carlo Ancelotti conquistou a Taça do Rei e a Liga dos Campeões.
sábado, 24 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
segunda-feira, 19 de maio de 2014
TITULOS
Bayern conquista Taça da
Alemanha no prolongamento
O Bayern de Munique conquistou a 17ª Taça da Alemanha do seu historial, neste sábado, ao vencer o Borussia Dortmund com dois golos no prolongamento (2-0).
Na decisão de Berlim, presenciada ao vivo pelo ator Tom Hanks, até foi o Dortmund a festejar primeiro, mas o árbitro entendeu que Dante intercetou o cabeceamento de Hummels ainda antes da bola passar completamente a linha de baliza, num lance em que ficam dúvidas também sobre a posição do jogador do Borussia.
O Bayern chegou à vantagem no início da segunda parte do prolongamento, aproveitando um erro do adversário. Weidenfeller tentou lançar rapidamente Schmelzer, mas este foi desarmado, com Boateng depois a cruzar para a conclusão de Arjen Robben (107m).
A equipa de Pep Guardiola sentenciou a final já em período de descontos, na sequência de um contra-ataque, com Müller a contornar Weindefeller e a colocar a bola no fundo da baliza. Isto segundos depois de Boateng ter feito um corte providencial, com o pé, a remate de Reus.
O Bayern conquista assim o quarto troféu da presente temporada, depois da Supertaça Europeia, Mundial de Clubes e Liga alemã
O Bayern de Munique conquistou a 17ª Taça da Alemanha do seu historial, neste sábado, ao vencer o Borussia Dortmund com dois golos no prolongamento (2-0).
Na decisão de Berlim, presenciada ao vivo pelo ator Tom Hanks, até foi o Dortmund a festejar primeiro, mas o árbitro entendeu que Dante intercetou o cabeceamento de Hummels ainda antes da bola passar completamente a linha de baliza, num lance em que ficam dúvidas também sobre a posição do jogador do Borussia.
O Bayern chegou à vantagem no início da segunda parte do prolongamento, aproveitando um erro do adversário. Weidenfeller tentou lançar rapidamente Schmelzer, mas este foi desarmado, com Boateng depois a cruzar para a conclusão de Arjen Robben (107m).
A equipa de Pep Guardiola sentenciou a final já em período de descontos, na sequência de um contra-ataque, com Müller a contornar Weindefeller e a colocar a bola no fundo da baliza. Isto segundos depois de Boateng ter feito um corte providencial, com o pé, a remate de Reus.
O Bayern conquista assim o quarto troféu da presente temporada, depois da Supertaça Europeia, Mundial de Clubes e Liga alemã
Vitória por 5-0 frente ao Quilmes vale o título
O River Plate sagrou-se este domingo campeão argentino depois de golear o Quilmes em casa por 5-0, em jogo da 19ª e última jornada do Torneio Clausura.
Chegando à ronda decisiva com mais dois pontos que o Estudiantes, o River sabia que apenas tinha de fazer a sua parte para chegar a mais um título para o seu historial, o primeiro depois da descida ao inferno, quando o clube caiu para a II Divisão.
A FICHA do jogo do título
Cedo o encontro ficou resolvido. Aos 25 minutos, o River já vencia por 2-0, com golos de Cavenaghi e Mercado. Na segunda parte Ledesma fez um grande golo e aumentou a parada, ao passo que o «bis» de Cavenaghi e um golo do colombiano Teo Gutierrez nos descontos fizeram o resultado final.
O River até nem necessitava de vencer pois o Estudiantes acabou derrotado pelo Tigre por 2-1. Carrillo ainda adiantou a equipa de La Plata, que teve o ex-benfiquista Franco Jara expulso, mas o Tigre deu a volta com um golo no final da primeira parte, por Itabel, e outro no início da segunda, por Erik Godoy.
O Boca Juniors terminou no terceiro lugar em igualdade pontual com o Godoy Cruz, vencendo o Gimnasia por 1-0.
CLASSIFICAÇÃO DA LIGA ARGENTINA
O River Plate sagrou-se este domingo campeão argentino depois de golear o Quilmes em casa por 5-0, em jogo da 19ª e última jornada do Torneio Clausura.
Chegando à ronda decisiva com mais dois pontos que o Estudiantes, o River sabia que apenas tinha de fazer a sua parte para chegar a mais um título para o seu historial, o primeiro depois da descida ao inferno, quando o clube caiu para a II Divisão.
CLASSIFICAÇÃO DA LIGA ARGENTINAChegando à ronda decisiva com mais dois pontos que o Estudiantes, o River sabia que apenas tinha de fazer a sua parte para chegar a mais um título para o seu historial, o primeiro depois da descida ao inferno, quando o clube caiu para a II Divisão.
A FICHA do jogo do título
Cedo o encontro ficou resolvido. Aos 25 minutos, o River já vencia por 2-0, com golos de Cavenaghi e Mercado. Na segunda parte Ledesma fez um grande golo e aumentou a parada, ao passo que o «bis» de Cavenaghi e um golo do colombiano Teo Gutierrez nos descontos fizeram o resultado final.
O River até nem necessitava de vencer pois o Estudiantes acabou derrotado pelo Tigre por 2-1. Carrillo ainda adiantou a equipa de La Plata, que teve o ex-benfiquista Franco Jara expulso, mas o Tigre deu a volta com um golo no final da primeira parte, por Itabel, e outro no início da segunda, por Erik Godoy.
O Boca Juniors terminou no terceiro lugar em igualdade pontual com o Godoy Cruz, vencendo o Gimnasia por 1-0.
Cedo o encontro ficou resolvido. Aos 25 minutos, o River já vencia por 2-0, com golos de Cavenaghi e Mercado. Na segunda parte Ledesma fez um grande golo e aumentou a parada, ao passo que o «bis» de Cavenaghi e um golo do colombiano Teo Gutierrez nos descontos fizeram o resultado final.
O River até nem necessitava de vencer pois o Estudiantes acabou derrotado pelo Tigre por 2-1. Carrillo ainda adiantou a equipa de La Plata, que teve o ex-benfiquista Franco Jara expulso, mas o Tigre deu a volta com um golo no final da primeira parte, por Itabel, e outro no início da segunda, por Erik Godoy.
O Boca Juniors terminou no terceiro lugar em igualdade pontual com o Godoy Cruz, vencendo o Gimnasia por 1-0.
TÍTULOS
.Arsenal conquista Taça de Inglaterra com reviravolta
GUNNERS BATERAM HULL (3-2) NO PROLONGAMENTO
O Arsenal venceu este sábado a Taça de Inglaterra, em Wembley, batendo o Hull City por 3-2 e pondo fim a um jejum de títulos que durava há mais de nove anos. Os gunners estiveram a perder na partida, face aos dois golos madrugadores na partida de Chester e Davies. Cazorla reduziu de livre direto, aos 17 minutos, e Koscielny, já no segundo tempo, fez a igualdade.
O 2-2 prevaleceu no final dos 90 minutos e o jogo para o prolongamento. Aaron Ramsey, a passe de Giroud, decidiria a partida aos 108 minutos para gáudio da falange londrina.
Juventus fecha época com triunfo histórico
VECCHIA SIGNORA VENCEU TODOS OS JOGOS CASEIROS
Com uma vitória por 3-0 diante do Cagliari, na derradeira jornada da Serie A, a Juventus consegue terminar o campeonato italiano com 19 vitórias em 19 jogos caseiros, o que constitui um novo recorde naquele país, já que nunca uma formação havia conseguido tal feito numa só época. Além desse facto, a Juve consegue ser a primeira formação a superar a barreira dos 100 pontos, fechando o ano com 102.
O guarda-redes Marco Silvestri, aos 8 minutos, a "meias" com Andre Pirlo fez o primeiro golo da partida, enquanto que Llorente (15') e Marchisio (40') fecharam as contas da Vecchia Signora, naturalmente campeã italiana 2013/14.A turma de Turim, que na Liga Europa caiu aos pés do Benfica, terminou o campeonato com mais 17 pontos do que a segunda classificada Roma.
TAÇA PORTUGAL -VENCEDORES
Tripleta
Foi difícil, bem mais difícil do que se calhar se esperaria. Mas após o sofrimento o jogo teve um final feliz, e o Benfica pôde celebrar a conquista da sua vigésima-quinta Taça de Portugal, recuperando um troféu que nos fugia há dez anos. A conquista significou ainda a nossa décima 'dobradinha', o que já não acontecia desde a longínqua época de 1986/87 (ainda me lembro bem dela, e dos dois golos com que o 'Diamante' abateu o Sporting no Jamor), e ainda uma inédita tripleta, que ainda não havia sido conquistado desde que existe a Taça da Liga.
O jogo teve duas partes muito distintas. Na primeira o Benfica, que teve o Enzo e o Salvio de regresso mas não viu o Siqueira recuperar a tempo de jogar, foi claramente superior. O Rio Ave optou por uma estratégia de contenção pura, sem ter sequer um ponta-de-lança em campo, e o Benfica dominou como quis, com uma posse de bola esmagadora e o jogo a disputar-se quase todo no meio campo do Rio Ave. Chegámos à vantagem num belíssimo golo do Gaitán, que mesmo à entrada da área controlou a bola e num pouco usual remate de pé direito levou a bola a entrar imparável junto ao ângulo. Poderíamos até ter ampliado a vantagem e estivemos perto de o fazer num cabeceamento do Garay, que só precisava ter desviado a bola um pouco mais do guarda-redes. Na segunda parte o Rio Ave entrou mais forte e pressionante, enquanto que a nossa equipa deu o estouro fisicamente. Os primeiros minutos foram complicados, depois conseguimos sacudir um pouco a pressão, mas à medida que o jogo ia caminhando para o final o objectivo passou mesmo a ser aguentar o resultado, já que não conseguimos responder muitas vezes aos ataques do Rio Ave (lembro-me apenas de uma grande ocasião do Markovic). Passámos por alguns sustos (levámos com uma bola no poste), mas o espírito de sacrifício e entreajuda dos nossos jogadores e intervenções do nosso fantástico guarda-redes impediram males maiores e deram-nos o direito a festejar com o apito final.
Nos jogadores, destaque óbvio para o Oblak - às vezes é fácil esquecer que tem apenas vinte e um anos. Temos aqui um guarda-redes para muitos e longos anos, se não no-lo vierem buscar entretanto. Bom jogo da dupla de centrais e do Maxi.
Depois da tempestade que foi o final da época passada, que se arrastou para o início desta, era difícil prever que este fosse o resultado final. Acabou por ser uma das melhores épocas da história do Benfica, e que só não foi ainda mais memorável por termos falhado a conquista da Liga Europa da forma que sabemos. Estas conquistas são acima de tudo o resultado da crença no trabalho desenvolvido até aqui e na viabilidade de um projecto para o futebol. Quem lê o que eu escrevo aqui sabe bem que mesmo nos piores momentos do final da época passada defendi a continuidade do Jorge Jesus. Para mim, sempre foi uma questão meramente racional: quando se falham objectivos por meros pormenores, parece-me mais lógico trabalhar para corrigir esses pormenores que falharam do que deitar tudo abaixo e recomeçar do zero. Fico satisfeito pelo facto dos resultados terem recompensado quem se atreveu a decidir por essa via e não pela previsivelmente mais fácil via populista.
O final do jogo de hoje não significa que o trabalho esteja terminado. Pelo contrário, espera-nos ainda mais trabalho para a próxima época. Porque se a exigência no Benfica já de si é alta, depois de uma época destas aumenta ainda mais. Não queremos que se repita 2010/11, em que depois de sermos campeões na época anterior perdemos tudo. É fundamental mantermos a nossa posição de supremacia no futebol português, continuando a vencer jogos e a conquistar troféus. E para isso seria importante tentar manter o máximo possível desta equipa - é que confesso que há muito, muito tempo que não tinha a sensação de termos um grupo tão unido como o que vi esta época, e isto foi para mim uma das principais chaves do sucesso.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
LIGA EUROPA - PERDIDA
Agora sim: o Benfica perdeu mais uma oportunidade de voltar a ser grande na Europa. Em Turim, no vale dos Alpes, a equipa percebeu que havia uma ligação direta ao céu e tratou de trepar a montanha até lhe tocar. Mas nunca o fez.
Deixou enfim escapar a oportunidade por entre hesitações, receios e tremores.
Nenhuma glória é suficiente heróica se não tiver um pouco, por muito pouco que seja, de sofrimento: e a noite Benfica, meus caros, teve muito sofrimento. Faltou-lhe a glória.
A glória que fugiu nas grandes penalidades, depois de duas horas completas de jogo durante as quais o Benfica até foi melhor, mas não conseguiu ter o discernimento necessário para dar aquele passo no fim de tanto sofrimento: o passo para chegar ao céu.
A formação de Jorge Jesus, é preciso dizê-lo desde já, não entrou bem no jogo.
Pelo contrário.
O favoritismo não é uma leveza, é um peso: ou então, se for uma leveza, é uma daquelas que tem um peso insustentável. Por isso, lá está, o Benfica acusou o peso do favoritismo. Tremeu, hesitou, duvidou até de si.
Teve mais bola desde o início, é verdade, teve quase sempre mais bola, mas não conseguia com isso ser mais perigoso. Era um bem supérfulo, no fundo. Até porque o Sevilha, esse sim, era expedito.
Confira a ficha de jogo e as notas dos jogadores
O problema do Sevilha é que é uma equipa com demasiada consciência das limitações. Por isso, e embora saísse com rapidez e profundidade, saía com poucos jogadores. Criava mais sobressaltos ao adversário, mas pouco.
A primeira parte foi por isso um longo e monótono bocejo.
Animou nos minutos finais, quando Maxi Pereira apareceu na cara de Beto e desviou para grande defesa, ou quando Rodrigo atirou forte para outra bela intervenção do português do Sevilha, mas mesmo assim foi pouco. Por isso, e de primeira parte, estamos conversados.
A segunda metade, essa sim, valeu a pena. Valeu a pena sobretudo pelo Benfica.
Costuma dizer-se que não há segundas oportunidades para criar uma boa primeira impressão. A equipa sentiu que esse problema já tinha passado, a primeira impressão não tinha sido boa e ponto final, pelo que libertou-se dos temores e surgiu bem mais solto na segunda parte.
Continuou a falhar passes, a perder bolas algo infantilmente e a atrapalhar-se nas saídas. Mas pelo menos teve mais nervo, teve mais vigor, teve mais entusiasmo, teve enfim mais substância.
Cresceu muito à medida que Ruben Amorim cresceu também, e sobretudo à medida que teve mais espaço. Maxi Pereira, logo de início, serviu Lima e Rodrigo para boas oportunidades. Mais tarde o mesmo Maxi Pereira serviu Lima para um remate falhado. Depois houve outra vez Lima para grande defesa de Beto e houve duas vezes Garay por cima da barra.
Destaques: Maxi a jogar e Beto a decidir
Jorge Jesus já tinha trocado na primeira parte o lesionado Sulejmani por André Almeida, fazendo avançar Maxi Pereira para extremo, num daqueles acidentes felizes: durante muito tempo o uruguaio foi o melhor do Benfica.
Infelizmente para o Benfica a equipa mostrava que era superior, mas falhava na finalização.
Demasiado.
Por isso, e perante um Sevilha que só criou uma oportunidade, o jogo foi para prolongamento.
No prolongamento, é verdade, a única verdadeira oportunidade de golo foi do Sevilha, e de Bacca num remate ao lado. Jesus tirou Siqueira para meter Cardozo, recuando Maxi Pereira e o Benfica curiosamente perdeu outra vez capacidade de desequilibrar pelas alas.
Há coisas difíceis de explicar, mas são factos: esta final foi muito de Maxi Pereira.
O Benfica teve sempre a bola e o domínio, sim, apoiado por um público incansável, carregou, carregou e carregou sobre a defesa do Sevilha: mas não criou ocasiões de golo.
Por isso teve tudo de se decidir nas grandes penalidades: no fim de um 0-0 que penalizava sobretudo na formação encarnada. Afinal de contas a que mais fez para ganhar este jogo.
As grandes penalidades, já se sabe, são um jogo da sorte e o Sevilha tinha um trunfo: Beto. O guarda-redes português costuma ser decisivo nestas ocasiões. Voltou a sê-lo, para mal do Benfica.
Defendeu os remates de Cardozo e Rodrigo, enquanto no Sevilha todos marcaram.
O Benfica voltou assim a perder a oportunidade de conquistar uma prova internacional e recuperar um um apelido que só lhe fica bem. Grande na Europa. Numa época marcada por uma dinâmica de vitória, deve realmente custar muito.
Se calhar o melhor é ir à bruxa: o que lhe acontece nas finais europeias é impressionante.
Injustiça
E para não variar, perdemos. Fomos a equipa que mais quis vencer o jogo, fomos aquela que mais o tentou fazer, mas apanhámos pela frente uma equipa que passou o jogo quase todo a defender e a jogar para os penáltis. Depois, como o futebol é tantas vezes injusto, é recompensada nessa lotaria. Podemos queixar-nos dos jogadores indisponíveis, do azar (temos dois extremos suspensos e logo nos primeiros minutos vemos outro sair lesionado), do árbitro que não quis marcar nenhum dos penáltis durante o jogo e que deixou o Beto defender um quando estava uns dois metros adiantado, mas acima de tudo a queixa maior é de nós próprios. Pela primeira parte fraca, pelas oportunidades desperdiçadas, ou até mesmo pela incompreensível escolha do Cardozo (falha sempre penáltis decisivos) ou do Rodrigo (que eu me lembre, falhou todos os penáltis que eu o vi marcar) para marcar penáltis.
Vitórias morais destas não servem de nada, nem me sabem a nada. Aprecio o esforço da nossa equipa, o facto de terem conseguido ser claramente a melhor equipa em campo apesar de todas as contrariedades, mas o que me deixa mais triste não é tanto perder, mas sim perder assim. Jogar duas finais seguidas, ser a melhor equipa dentro de campo em ambas, e não ganhar nenhuma é injustiça a mais.
Enfim, há que recuperar, que no próximo domingo temos uma dobradinha que nos escapa há muitos anos para tentar conquistar. Com a equipa toda.
Vitórias morais destas não servem de nada, nem me sabem a nada. Aprecio o esforço da nossa equipa, o facto de terem conseguido ser claramente a melhor equipa em campo apesar de todas as contrariedades, mas o que me deixa mais triste não é tanto perder, mas sim perder assim. Jogar duas finais seguidas, ser a melhor equipa dentro de campo em ambas, e não ganhar nenhuma é injustiça a mais.
Enfim, há que recuperar, que no próximo domingo temos uma dobradinha que nos escapa há muitos anos para tentar conquistar. Com a equipa toda.
domingo, 11 de maio de 2014
PORTO - 2 BENFICA - 1 - FIM DE ÉPOCA
FC Porto "faz mínimos" frente a Benfica "B" com Enzo Pérez e Salvio
Campeões nacionais terminam época como iniciaram, a perder.
O FC Porto venceu hoje por 2-1, no Dragão, frente a uma equipa ”B” do Benfica, reforçada com Enzo Perez e Salvio, fraca compensação para uma época para esquecer, na 30.ª jornada da I Liga de futebol.
Além das questões do orgulho, da rivalidade e do prestígio, o clássico serviu apenas para cumprir calendário, mas o FC Porto corria o risco de ser humilhado na sua própria casa se sofresse uma derrota de um Benfica constituído maioritariamente por jogadores reservistas e da sua equipa B.
Os portistas “fizeram os mínimos” ao assegurar a vitória, mas o novo treinador, o basco Julen Lopetegui, presente na tribuna do Dragão, deve ter percebido a dimensão e profundidade do trabalho que o aguarda, porque a exibição não fugiu à bitola que caracterizou o desempenho da equipa ao longo da época.
O Benfica, já campeão e sem pressão, tentou evitar a derrota, mas o melhor que conseguiu foi equilibrar o jogo em vários períodos e manter até ao fim a dúvida quanto à vitória portista.
O Belenenses dependia apenas de si próprio para garantir a permanência na receção ao Arouca, estando, por isso, numa posição mais favorável do que Paços de Ferreira e Olhanense, mas tinha de vencer o Arouca para alcançar esse objetivo.
Acabou por fazê-lo, mas a vitória foi “arrancada a ferros”, aos 88 minutos, graças a um golo do brasileiro Dayverson, e só não se sofreu a bom sofrer no Restelo porque os seus concorrentes diretos na luta pela manutenção estavam a perder os seus jogos.
O Paços de Ferreira confirmou a crise de confiança que se abateu sobre os seus jogadores na ponta final da época, depois da entrada de Jorge Costa para o lugar de Henrique Calisto ter surtido efeito durante algumas semanas, e perdeu em casa com a Académica por 4-2, o que obriga a equipa a disputar a liguilha para permanecer no escalão principal.
Já o Olhanense tinha, à partida, a missão mais complexa dos três candidatos à descida, porque estava obrigado a vencer no Bonfim, e mesmo assim dependia dos resultados dos rivais, mas o sonho esfumou-se ao ser derrotado pelo Vitória de Setúbal por 3-1.
No outro jogo da 37.ª e última jornada hoje disputado, o Sporting de Braga voltou a perder, desta vez no dérbi minhoto, no terreno do seu maior rival, o Vitória de Guimarães, por 1-0, caindo para nono lugar na classificação, com 37 pontos, os mesmos do oitavo, a Académica.
Pior do que esta época só em 2002/03, há 11 anos, quando a equipa se classificou em 14.º lugar da tabela classificativa.
O Sporting de Braga acabou por pagar fatura pesada pelas múltiplas transformações que o plantel sofreu da época transata para a atual, com a veterania de alguns jogadores a emergir e a saída de algumas “pedras” nucleares que não foram colmatadas.
D. AVES - 4 A.VISEU - 2 - ACABOU
CD Aves 4-2 Ac. Viseu FC
Estádio do Desportivo das Aves, 10 de maio de 2014
42ª Jornada da Liga 2 Cabovisão
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
Aves: Quim (Rui Faria, 90), Leandro, Romaric, João Paulo, Jorge Ribeiro, Tito, Luís Manuel (Vasco Matos, 81), Vasco Rocha, Pedro Pereira, Andrew e Fábio Martins (Zé Valente, 73). Treinador: Fernando Valente.
Ac. Viseu: Hélder Godinho; Tiago Costa, Cláudio, Paulo Monteiro e Ricardo Ferreira (Zé Rui, 73); Capela e João Alves (Leonel, 55); Bruno Loureiro, João Martins e Luisinho (Bruno Grou, 78); Cafú. Treinador: Ricardo Chéu.
Expulsão: Paulo Monteiro 66
Golos: Jorge Ribeiro 25 (1-0), Romaric 43 (2-0), Cafú 47 (2-1), Andrew 51 (3-1), Zé Valente 78 (4-1), Cafú 84 (4-2)
O Desportivo das Aves garantiu um lugar na "liguilha" de acesso à I Liga, ao vencer em casa o Académico de Viseu (4-2) e acabar em terceiro do segundo escalão entre os elegíveis para subir. Os golos de Jorge Ribeiro e Romaric, na primeira parte, e de Andrew e Zé Valente, na segunda, carimbaram o acesso da formação avense ao confronto com o Paços de Ferreira, 15.º da I Liga, que colocará o vencedor no campeonato principal de 2014/15. O Académico de Viseu entrou melhor na partida, mas essa tendência não durou muito tempo, tendo a equipa da casa assumido o comando e dominado ao longo de grande parte da primeira metade. O primeiro lance de perigo aconteceu aos três minutos, para o lado do Académico de Viseu, com Luisinho a atirar para a baliza com perigo, valendo a atenção de Quim. Mas, logo de seguida, os avenses organizaram-se defensivamente, aceleraram a nível ofensivo e, aos 10 minutos, já controlavam a partida, criando a primeira ocasião de perigo num remate de Jorge Ribeiro, que atirou por cima. Seguiu-se uma grande pressão levada a cabo pela equipa do Desportivo das Aves, que apenas pecou na finalização. Depois de muitas ameaças, o Aves conseguiu chegar ao golo, aos 25 minutos. Na marcação de um livre direto, Jorge Ribeiro inaugurou o marcador. O segundo tento dos locais aconteceu a poucos minutos do intervalo, e depois de um canto apontado por Pedro Pereira. Romaric, oportuno, rematou a contar. Depois do intervalo, o Académico de Viseu entrou mais pressionante e, logo aos 47 minutos, reduziu a desvantagem, por Cafu, em resposta a cruzamento de Luisinho. Mas, o Desportivo das Aves não estava disposto a deixar fugir a possibilidade de acesso à "liguilha" e não permitiu à equipa de Viseu subir mais no terreno. Andrew e Zé Valente, que tinha acabado de saltar do banco, ainda marcaram mais dois para os locais, confirmando a vitória do Desportivo das Aves, que, a partir do minuto 66, ficou a jogar com mais um, em virtude da expulsão de Paulo Monteiro. O Académico de Viseu ainda conseguiu marcar mais um golo, aos 84, novamente por intermédio de Cafú, mas o triunfo dos avenses já estava garantido
sexta-feira, 9 de maio de 2014
quinta-feira, 8 de maio de 2014
TÍTULOS,- JUVENTUS EM ITÁLIA
Juventus supera Atalanta em clima de festa
TURMA DE CONTE SAGROU-SE CAMPEÃ NO DOMINGO
A Juventus fez a festa do título em casa ao vencer a Atalanta por 1-0, um dia depois de festejar o 30.º campeonato italiano no sofá.
Antonio Conte aproveitou para dar minutos a jogadores menos utilizados e, talvez por isso, o golo tenha demorado a chegar.
Simone Padoin fez o único tento da partida ao minuto 72 e ofereceu os três pontos à Juventus, que assim soma 96, mais 11 do que a Roma, segundo classificado.
Confira todos os marcadores e resultados e a classificação.
TÍTULOS - PSG EM FRANÇA
Paris SG sagra-se bicampeão
CELEBRA NO SOFÁ APÓS EMPATE DO MONACO
O Paris SG sagrou-se esta quarta-feira bicampeão francês, vendo o seu título confirmado no sofá após o empate caseiro do Monaco com o Guingamp, quando faltam duas jornadas para o fim da Ligue 1.
Os parisienses festejaram depois no relvado, apesar da derrota caseira com o Rennes (1-2). O PSG ainda se adiantou no marcador, logo aos três minutos, por Lavezzi, mas o Rennes igualou ao minuto 23, pelo médio-ala argelino Foued Kadir, e quatro minutos depois colocou-se em vantagem pela dianteiro camaronês Paul N'tep, a qual manteve até final da partida. Este jogo marcou o regresso de Ibrahimovic à competição após um mês de paragem devido a lesão. Pelo Rennes foi titular o internacional português Nelson Oliveira, que seria substituído aos 71 minutos pelo avançado sueco Toivonen.
A três jogos do fim da prova, a formação parisiense confirmou a revalidação do título, numa temporada em que, mesmo com a ameaça dos monegascos, cedo alcançou uma confortável vantagem na liderança do campeonato e reforçou o seu domínio no futebol francês, tendo também conquistado a Taça da Liga.
O Paris Saint-Germain repetiu os feitos de 1985/86, 1993/94, nessa época liderado pelo português Artur Jorge, e 2012/13, tendo agora alcançado pela primeira vez o estatuto de bicampeão. Para isso contribuiu e muito Zlatan Ibrahimovic que, mesmo terminado a temporada lesionado, alcançou a marca de 25 golos na Liga francesa e 40 em todas as competições.
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quarta-feira, 7 de maio de 2014
BENFICA - 2 RIO AVE - 0 - VENCEDORES DA TAÇA LIGA
Encarnados vencem a primeira final de maio com golos de Rodrigo e Luisão.
O Benfica venceu o Rio Ave por 2-0 em Leiria, e conquistou a quinta Taça da Liga do seu palmarés. A formação de Jorge Jesus somou o segundo título da época com golos de Rodrigo e Luisão, e ganhou moral para a deslocação a Turim, daqui a uma semana, para a final da Liga Europa com o Sevilha.
No regresso a Leiria dois anos depois, o Benfica jogou frente ao Rio Ave praticamente em casa, com as bancadas unanimemente pintadas de vermelho. A equipa de Nuno Espírito Santo não se intimidou com o ambiente hostil e apresentou-se em Leiria com a novidade Ventura na baliza. Já Jorge Jesus apostou na “artilharia pesada” para a primeira final do mês de maio com Lima e Rodrigo na frente de ataque. A equipa da Luz deu o pontapé de saída, mas foi o Rio Ave a criar as primeiras situações de perigo junto à área de Oblak, nomeadamente Tarantini que aos 5 minutos obrigou o guarda-redes do Benfica a aplicar-se.
O Rio Ave não queria participar na “festa antecipada” dos adeptos do Benfica, e só aos 10 minutos é que Luisão, de cabeça, fez o primeiro remate para o conjunto da Luz. Os vila-condenses não davam milímetros aos criativos do Benfica, e a jogar em contra-ataque a formação de Nuno Espírito Santo mostrava porque razão é uma das melhores equipas do campeonato a jogar nesse sistema.
A partir da meia-hora de jogo, o Benfica aumentou a intensidade de jogo e começou a controlar as operações no meio-campo, impedindo que os jogadores do Rio Ave, nomeadamente Pedro Santos, conseguissem espaço para as transições rápidas. E foi neste crescendo do Benfica, que o marcador acabou por ser inaugurado com um golo de Rodrigo na sequência de um pontapé de canto marcado por Markovic, que até surgiu no melhor lance de ataque da equipa de Jorge Jesus com uma enorme defesa de Ventura.
O Benfica foi para intervalo a vencer por 1-0, embora o Rio Ave tenha criado muitas dificuldades ao campeão nacional no arranque da primeira parte. No segundo tempo, as equipas regressaram dos balneários sem alterações com o Rio Ave a dar a iniciativa de jogo ao adversário na expectativa de empatar num contra-ataque. O Benfica entrou mais forte na etapa complementar criando várias situações de golo, mas Ventura, gigante, impediu vários golos à equipa de Jorge Jesus.
Aos 67 minutos, Nuno Espírito Santo fez duas substituições na equipa do Rio Ave, e um minuto depois Jorge Jesus responde com a entrada de Salvio para a saída de Gaitán. As substituições surtiram efeito em ambas equipas, mas foi o Benfica quem aproveitou para dilatar o resultado num lance de bola parada. Aos 77 minutos, Ventura facilita na saída a um livre e Luisão, nas alturas, abre nova vaga de euforia nas bancadas.
O Rio Ave acusou o segundo golo do Benfica, e só não permitiu o terceiro porque os avançados encarnados mostraram alguma complacência junto à linha final. O jogo encaminhava-se para o apito final, e a festa nas bancadas exigia mais um golo ao Benfica, mas o resultado final acabou por ser 2-0.
Com este resultado, o Benfica conquistou o segundo troféu da época, e a quinta Taça da Liga para o seu palmarés, tornando-se ainda na equipa que mais vezes chegou à final, e que nunca perdeu no último jogo da competição. Daqui a uma semana a formação da Luz joga em Turim frente ao Sevilha, naquele que poderá ser o terceiro troféu da época para o Benfica.
BENFICA - 1 V.SETUBAL - 1 - FIM DE EPOCA
escompressão
Num jogo em que houve mais festa do que futebol, um Benfica em clara descompressão fez um jogo fraquinho e acabou por empatar com um Setúbal que, por algum motivo que desconheço, meteu na cabeça que um empate esta tarde na Luz valia ouro.
Foi com uma equipa obviamente bastante diferente da habitual que o Benfica entrou em campo - apenas três dos habituais titulares de início (Maxi, Luisão e Siqueira) e oportunidade para o Paulo Lopes ser também efectivamente campeão nacional. Foi uma opção lógica e que eu esperava e espero aliás que se repita na próxima jornada, tendo em conta as três finais que temos por disputar. Sobre o jogo propriamente dito na primeira parte, pouco há a dizer. O Benfica foi demasiado lento e até apático, criou poucas ocasiões de golo, e acho que o Setúbal até deve ter rematado mais vezes. As poucas tentativas de dar algum safanão eram feitas sobretudo pelo André Gomes, acompanhado pelo Maxi e o Salvio na direita, mas era difícil causar muito perigo quando o ataque do Benfica praticamente não existia. Quer o Cardozo, quer o Djuricic estiveram demasiado estáticos, raramente criando uma linha de passe para os colegas, e na maior parte das vezes estragando até as jogadas sempre que a bola lhes chegava aos pés. O jogo foi-se arrastando sonolentamente até ao intervalo, com o mais que justificado nulo no marcador.
Voltámos do intervalo um pouco mais espevitados - a troca do Djuricic pelo Lima também ajudou a isso - e pela primeira vez no jogo vimos o Benfica a carregar claramente sobre a baliza adversária. Esta pressão exercida na reentrada acabou por resultar em golo, quando se completava o primeiro quarto de hora, numa tabela entre o André Gomes e o Cardozo (provavelmente a única contribuição positiva que conseguiu fazer em todo o jogo) que deixou o primeiro entrar na área para depois marcar num remate de pé esquerdo. O Setúbal respondeu ao golo com uma ocasião em que levou a bola, depois de defendida pelo Paulo Lopes, a tocar ainda na barra da nossa baliza, e o Benfica teve uma ocasião soberana para fazer o segundo, em que o Enzo (tinha entrado entretanto para o lugar do Siqueira) falhou o alvo depois de isolado pelo Lima. A um quarto de hora do final o Setúbal empatou, através de um penálti (claro) cometido pelo Maxi, e a partir daqui o Benfica, num assomo de brio, tentou carregar na procura do golo da vitória. Mas apesar da vontade, faltou algum jeito para procurar esse golo, até porque do outro lado o Setúbal parecia estranhamente convencido de que este empate era valiosíssimo, e dedicou-se a queimar o máximo de tempo que podia até final. Já mesmo a acabar tivemos a melhor oportunidade para voltar a marcar, mas o remate do Lima foi cortado em cima da linha de golo por um defesa adversário.
Os jogadores que me agradaram mais foram o André Gomes, Siqueira e Salvio. O Maxi também, mas fica com a exibição manchada pelo penálti cometido, que deu o empate ao adversário. No extremo oposto, o Cardozo e o Djuricic estiveram francamente desinspirados.
Não foi a despedida ideal dos adeptos em casa, mas a poupança de esforços e jogadores era completamente justificada. Temos três finais para disputar, e obviamente que desejo poder ganhá-las todas. Incluindo a da Taça da Liga, que é já o jogo que se segue. Um troféu é sempre um troféu, e o Benfica é um dos clubes que mais tem valorizado esta competição.
A.VISEU - 0 ST. CLARA - 1 - ZEROS
Ac. Viseu FC 0-1 CD Santa Clara
Estádio do Fontelo, 4 de maio de 2014
41ª Jornada da Liga 2 Cabovisão
Árbitro: Rui Silva (Vila Real)
Ac. Viseu: Hélder Godinho; Tiago Costa, Tiago Gonçalves (c) (Fausto Lourenço, 56), Paulo Monteiro e Ricardo Ferreira; Capela e João Alves (Leonel, 64); Bruno Loureiro, João Martins e Luisinho; Cafú. Treinador: Ricardo Chéu.
Santa Clara: Serginho; Paulo Arantes, Sandro Accioly e Igor; Cervantes (Paulo Henrique, 87), Mike, Pacheco (c) e Seddiki; JP (Tiago Leonço, 62) e João Pedro (Jefferson, 70).Treinador: Horácio Gonçalves.
Expulsão: Tiago Leonço 90 +1
Foto de Jorge Paulo
O Académico recebeu hoje o Santa Clara, naquele que foi o ultimo jogo no Fontelo da época 2013/14.
A equipa viseense compareceu ao jogo de hoje com 50m de atraso.
A história do jogo conta-se em poucas linhas, tamanha foi a inércia deste encontro.
A 1ª parte foi uma peladinha parecida com aquelas da pré-época, o Académico a “dormir à sombra da bananeira”, o Santa Clara, a jogar ao “nem lá vou nem faço nada”.
Palmas só se ouviram ao intervalo e foi para a justa homenagem a dois grandes jogadores que fizeram história no Académico, Sr. Silvério, e ao “el comandante” Sérgio Fonseca.
A segunda parte começa com o golo do Santa Clara, contra-ataque, remate à entrada da área, e o golo muito festejado pelos açorianos.
Com a entrada de Fausto e principalmente de Leonel, o Académico deu um ar da sua graça, e teve nos pés de Fausto e Luisinho, oportunidades flagrantes de virar o jogo, mas quis a história que os viseenses pagassem bastante caro, a falta de garra e atitude com que encararam este jogo.
Não há mais futebol no Fontelo na época 2013/14, fica para a história uma época de sabor “agri-doce”.
Se há meia dúzia de jogos atrás, se sussurrava baixinho, numa possível subida de divisão, rapidamente essa ideia ruiu, com uma sequência de maus resultados, apenas interrompida pela vitória caseira frente ao Leixões.
Fica um pedido especial para os jogadores: a época ainda não terminou, e a camisola que carregam, tem junto ao peito um símbolo histórico, com 100 anos e muitas histórias de glória, tem de se respeita
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