Esta história já conhecemos
A gente conhece a história, sabe como ela vai muito provavelmente acabar. Já muitos tentaram mudar-lhe o enredo, muito poucos o conseguiram. O Benfica nem procurou escrever um guião próprio. Seguiu o do Barcelona, à espreita de uma deixa para poder brilhar. Não conseguiu, o Barça foi a estrela, como sempre. 2-0 é o saldo do jogo que levou à Luz a melhor equipa do mundo, para a segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Desta vez o Barça nem deu de avanço, não se deixou sequer surpreender por um primeiro golo do adversário, como aconteceu com o Spartak ou no sábado, com o Sevilha.
Depois, invariavelmente, começava tudo outra vez. O Barcelona com a bola, o Benfica à espera. Podia não parecer assim tanto, mas os números aí estão para calar as ilusões. À meia hora, 71 por cento de posse de bola para o Barcelona, contra 29 do Benfica. Que tinha conseguido fazer 73 passes, quando o Barça já ia para lá dos 260. E continuava a somar. Tiki, taka, tiki, taka.
Do banco, Jesus tentou mais qualquer coisa. Entrou Aimar, saiu Enzo Perez. O 10 do Benfica, o veterano de hoje que em tempos foi o ídolo de criança de Messi, não conseguiu muito mais. É tão grande a distância hoje, é tão grande a distância entre equipas. Aos 72m, para completar o elenco, entrou quem faltava no Barça. Iniesta, a voltar de lesão, 20 minutos para rodar antes do clássico de domingo com o Real Madrid. O Barça geria. E podia ter marcado mais. Aos 74m Messi esteve perto do golo outra vez, de cabeça. O grande contratempo da noite para o Barça aconteceu três minutos depois. Puyol caiu agarrado ao braço. O capitão, que tinha acabado de recuperar de lesão, saiu de maca, sob aplausos na Luz e rostos de consternação dos companheiros. Antes do fim a coisa ainda ganhou alguma agressividade. Mais faltas e uma expulsão, de Busquets. E pronto, caiu o pano na Luz. Aimar e Messi sairam abraçados a trocar camisolas, a Luz aplaudiu a equipa. A noite valeu a pena.
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