domingo, 7 de outubro de 2012

BENFICA - 2 BEIRA- MAR - 1 - AFLITOS



Susto
 A noite previa-se tranquila, mas por culpa própria não nos livrámos de um pequeno susto contra uma das equipas mais fracas desta liga, orientada por aquele que na minha opinião será um dos piores treinador da mesma. De regresso aos dois avançados, com o Rodrigo a juntar-se ao Lima, o Benfica pareceu entrar no jogo com vontade de resolver cedo o assunto. O que certamente não entrava nos planos era que com quatro minutos de jogo, e na primeira vez que deve ter conseguido passar do meio campo, o Beira Mar chegasse ao golo. Após livre na esquerda, o Artur teve um erro crasso ao atacar a bola e permitiu que esta seguisse para a cabeça de um adversário, que a enviou para a baliza deserta. O golo em nada alterou o cariz do jogo, que foi de sentido único conforme esperado - até porque o Beira Mar nada mais fez do que defender, e nem muito bem, porque as oportunidades para o Benfica continuavam a surgir - mas a nossa equipa pareceu ficar intranquila. Apesar de jogarmos com alguma velocidade e das oportunidades de finalização, na altura do remate ou do passe decisivo as coisas eram feitas de forma precipitada, com o Rodrigo a destacar-se nesse aspecto.
Quando a meio da primeira parte o Salvio acertou no poste, comecei a temer que isto fosse um daqueles jogos em que tudo nos corria mal e o adversário acabava por ganhar quase sem saber como. Temor que se acentuou quando, já sobre o intervalo, o Rodrigo deu seguimento à noite desastrada falhando um penálti, permitindo a defesa ao guarda-redes do Beira Mar. Sem alterações para a segunda parte, o Benfica regressou a jogar pior. A velocidade foi menor, vimos demasiados passes falhados e perdas de bola no meio campo, e na maior parte das vezes víamos o Matic encarregado da construção e distribuição (quando não eram os centrais - por mais do que uma vez vi o Garay a ter que subir com a bola por não ter alternativas de passe à frente dele). empre faz parte do futebol, foi a jogar menos bem que o Benfica chegou aos golos - ainda que nunca, em qualquer altura do jogo, o Benfica tenha deixado de dominar. No espaço de dois minutos, a fechar o primeiro quarto de hora, conseguimos dar a volta ao resultado. Primeiro, com um remate acrobático do Maxi, que surgiu inesperadamente no centro da área para aproveitar um toque de cabeça do Salvio. E logo a seguir foi o Rodrigo que se redimiu da noite de pouco acerto marcando um golo fácil à boca da baliza, após assistência do Lima, aproveitando uma bola recuperada pelo próprio Rodrigo. Feito o mais complicado, ainda tivemos algumas ocasiões para ampliar o resultado e colocarmo-nos a salvo de alguma surpresa, mas não o conseguindo, a opção para o período final da partida foi a de gerir o resultado

 O meio campo foi reforçado com mais um jogador, os dois alas (Salvio e Gaitán) foram trocados numa altura em que pareciam estar já a acusar fadiga, e a vitória foi alcançada sem termos que passar por grandes sobressaltos. Não me pareceu que tivesse havido qualquer jogador a evidenciar-se muito esta noite. Merece destaque o golo do Maxi, recompensa pelo apoio constante prestado ao ataque. Agrada-me ver a progressiva adaptação do Matic e do Melgarejo às suas posições, e mesmo sem que as coisas lhe tivessem corrido particularmente bem, gostei do Gaitán, porque nos períodos mais parados do jogo era sobretudo ele quem assumia a responsabilidade de pegar na bola e ir para cima do adversário, tentando agitar as coisas. Foi mais difícil do que o previsto, mas foi inteiramente merecida a vitória, conseguida com a segunda reviravolta consecutiva a um resultado negativo. O Benfica foi a única equipa a querer ganhar o jogo, perante uma equipa que apenas quis defender e teve a felicidade de se apanhar em vantagem. Há dias em que, como hoje, não conseguimos uma exibição em cheio. E é muito importante que em dias como esses acabemos por conquistar na mesma os três pontos.

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