Fácil
Vitória muito fácil do Benfica em Setúbal,
num jogo em que a nossa natural superioridade ainda mais ficou evidenciada com a
expulsão madrugadora de um adversário. Foram cinco sem resposta, poderiam ter
sido ainda mais.
Para este jogo o nosso treinador deu a entender que
a aposta em dois avançados de início deverá ser para manter: apenas uma
alteração no onze que a semana passada defrontou o Braga, que foi a entrada do
Enzo Pérez para a
esquerda, no lugar que tinha sido ocupado pelo Bruno César. O Benfica entrou
forte desde o apito inicial, empurrando o Setúbal para a sua área, e o domínio
territorial cedo ficou ainda mais claro, quando aos oito minutos, após uma
entrada perfeitamente disparatada do Amoreirinha sobre o Melgarejo, surpreendentemente o Jorge Sousa expulsou o
jogador do vitória. E escrevo 'surpreendentemente' não por causa do cartão
vermelho em si, dado que aquela entrada é claramente merecedora desta punição,
mas sim pelo facto de ter sido o Jorge Sousa a mostrá-lo. Cinco minutos após a
expulsão, a superioridade do Benfica no campo ficou também expressa no marcador.
Momento de redenção para o Melgarejo, que desmarcado pela esquerda a passe
do Pérez ofereceu o golo ao Rodrigo, que se limitou a empurrar para a baliza
deserta. Fiquei contente com este momento, que pode ter sido muito importante
para o jogador, e gostei muito de ver a união de toda a equipa em redor do Melgarejo, quase parecendo
ter sido ele o autor do golo.
A resposta do Setúbal foi o único remate que
conseguiu fazer na direcção da baliza ao longo de todo o jogo, obrigando o Artur
a uma defesa apertada. Mas o jogo só dava Benfica, com uma ala direita muito
activa, onde o Maxi
já não precisou de assumir as despesas em exclusividade, dado ter a companhia do
Salvio. Do outro lado
era o Melgarejo quem,
em constantes subidas, aproveitava bem os espaços que as movimentações do Pérez
lhe iam abrindo. Com muita mobilidade no ataque, bem apoiado pelo Witsel em funções de
organização, o segundo golo era apenas uma questão de tempo. Surgiu à meia hora,
através do Salvio
(segundo golo em igual número de jogos), na recarga a uma cabeceamento à
queima-roupa do Cardozo, após bom trabalho do Rodrigo do lado
direito. Como o Benfica nunca pareceu fazer tenção de abrandar, o avolumar do
resultado era quase uma certeza, e foi mesmo no fecho da primeira parte que o
terceiro golo surgiu. Mais uma recarga, desta vez do Enzo Pérez, a um remate do Salvio, que tinha
arrancado disparado por ali fora sem que ninguém o conseguisse
travar.
A segunda parte nada trouxe de novo. O Benfica continuou a mandar no jogo como quis, e o
Setúbal continuou a ser simplesmente inofensivo. Ataques constantes do Benfica e
mais golos a adivinharem-se. Deu para poupar o Javi e o Cardozo (entraram o Carlos Martins e o Nolito), testar momentaneamente o Salvio como segundo
avançado, e sobretudo para apreciarmos mais algumas pinceladas de classe do
Pablo Aimar. Entrou a vinte e
cinco minutos do final para o lugar do Pérez, e segundos depois, no primeiro
toque que deu na bola, assistiu de cabeça o Nolito para o nosso quarto golo. Nesta fase
final as situações de golo sucediam-se quase em catadupa, houve mesmo alguns
lances em que a bola chegou a entrar que foram (bem) anulados, mas a dez minutos
do final o inevitável quinto golo aconteceu mesmo. Assistência do Aimar, que na altura certa
libertou o Rodrigo sobre a esquerda, e este com muita calma fez cair o
guarda-redes com uma simulação e depois picou-lhe a bola por cima. Mesmo com
cinco golos de vantagem nem por isso o Benfica abrandou, e até final continuou
sempre a ameaçar o avolumar do resultado. Como escrevi no início, foram cinco,
mas até podiam ter sido mais.
Numa vitória por cinco golos sem resposta,
evidentemente que a equipa num todo deverá ter estado bem. Mas a destacar algum
jogador, escolho o Salvio. Quem o tenha visto jogar no Atletico e o veja fazer
jogos como o de hoje, deve ficar a pensar que são dois jogadores diferentes. Não
parou quieto um momento, criou inúmeros lances de perigo, marcou um golo numa
recarga oportuna, tal como na primeira jornada, e teve intervenção directa no
terceiro golo. Foi bem acompanhado pelo Rodrigo, Pérez, Witsel, Maxi e Melgarejo. E conforme
referi antes, os minutos do Aimar em campo foram muito bons de ver - sem
surpresa.
Este jogo e este resultado foram a melhor resposta possível à má imagem deixada na estreia. Terá sido também muito importante para o Melgarejo que o jogo lhe tenha corrido bem, depois das infelicidades contra o Braga. Agora será importante aproveitar esta embalagem e injecção de confiança. Na equipa e nos adeptos.
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Este jogo e este resultado foram a melhor resposta possível à má imagem deixada na estreia. Terá sido também muito importante para o Melgarejo que o jogo lhe tenha corrido bem, depois das infelicidades contra o Braga. Agora será importante aproveitar esta embalagem e injecção de confiança. Na equipa e nos adeptos.
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