Otelul Galati-Benfica, 0-1
A união dos extremos como estratégia para contornar a muralha.
Objectivo cumprido, mesmo com vitória magra. O Benfica não deslumbrou em Bucareste, mas regressa a Lisboa com um triunfo que mantém as contas do apuramento em dia. De regresso à titularidade, Bruno César garantiu a vitória sobre o Otelul. A equipa portuguesa já está na frente do grupo, mas a surpresa é que divide a liderança com o Basileia, que empatou em Old Trafford.O médio brasileiro e Saviola relegaram Nolito e Aimar para o banco, com o Benfica a apresentar uma postura bem ofensiva. Perante um adversário muito cauteloso, a jogar com duas linhas de quatro elementos, a estratégia de Jesus passava por circular a bola com rapidez. O objectivo era não dar tempo ao Otelul para se organizar defensivamente, e tentar chegar ao golo o mais rápido possível.
A dinâmica do meio-campo correspondia às expectativas do técnico, mas a ligação ao ataque estava a falhar. Saviola não conseguia criar o necessário desequilíbrio entre linhas, e Cardozo só conseguia jogar de costas para a baliza. Os lances de perigo apareciam apenas em lances de bola parada, e na ressaca de cortes romenos. Gaitán (8m), Witsel (12m) e Bruno César (32m) falharam o alvo.
A solução para este problema foi «prescindir» dos avançados, apostando na combinação de extremos. Gaitán alimentou o movimento de ruptura de Bruno César, que apareceu nas costas da defesa do Otelul e bateu Grahovac (41m).
Dois golpes para abanar, mas não para cair
Depois de quarenta e cinco minutos remetida à defesa, a equipa romena procurou reagir à desvantagem na segunda parte. Dos pés de Giurgiu saiu o primeiro remate à baliza de Artur, logo após o reatamento, mas só ao minuto 61 é que o guarda-redes brasileiro sujou o equipamento. Um remate de Filip motivou uma defesa apertada, e Antal, na recarga, atirou ligeiramente ao lado.
O lance assustou o Benfica, mas as substituições de Jesus devolveram alguma estabilidade. Nolito e Rodrigo reanimaram o ataque, para depois Rúben Amorim ajudar a equilibrar o meio-campo nos minutos finais. Ainda assim a equipa portuguesa não evitou um segundo susto, ao cair do pano. Artur defendeu um remate forte de Ljubinkovic, e Punosevac não ficou longe do empate, na recarga.
O Benfica fez pouco para ter tranquilidade antes do apito final, mas os argumentos do Otelul Galati também foram fracos (dois remates à baliza, apenas).
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