Três grandes penalidades abriram caminho para a terceira vitória consecutiva do Benfica, com uma arbitragem de Duarte Gomes que vai fazer correr muita tinta esta semana. A primeira é inequívoca, a segunda deixa dúvidas e a terceira pura e simplesmente não existe. Cardozo fez dois golos e, pelo meio, acertou na trave. O Vitória só se levantou na segunda parte, mas não conseguiu melhor do que reduzir a diferença. A dois pontos do F.C. Porto, o clube da Luz ainda pode ir discutir a liderança ao Dragão daqui a duas jornadas, com a Champions pelo meio.
Casos à parte, o Benfica, desta vez com Saviola e Bruno César e sem Aimar e Nolito, entrou com tudo, subindo no relvado em bloco. Mas rapidamente os encarnados tiveram de refrear o ímpeto, depois de chocarem com um Vitória moralizado, a aproveitar bem os espaços vazios e a conquistar dois cantos nos primeiros instantes. Uma cabeçada de Edgar e um remate de El Adoua colocaram os encarnados em sentido e obrigaram a repensar a estratégia. Com mais cabeça, o Benfica foi aumentando a pressão de forma controlada, com Witsel e Javi a acertarem o passo, prendendo o Vitória junto à sua área e obrigando a uma sucessão de erros.
Bruno César imprimia velocidade ao corredor esquerdo, enquanto Gaitán emprestava fantasia ao lado contrário, com rápidas combinações com Maxi e Saviola. NDyaye foi o primeiro a ceder, com um erro infantil, caindo sobre Saviola na área. Uma armadilha que o central senegalês já tinha caído noutros jogos. Cardozo abriu o marcador desde a marca de castigo máximo e o Benfica continuou a carregar, com um super-Maxi marcar o ritmo, diante de um Vitória cada vez mais inofensivo e subjugado. Um remate de Witsel fora da área levou ao primeiro caso do jogo. El Adoua parece fazer um gesto com o braço, mas a bola bate-lhe na barriga. Duarte Gomes voltou a apontar para a marca de grande penalidade, mas desta vez Cardozo, em força, acertou na trave.
Nove minutos volvidos e nova grande penalidade, talvez a que deixa menos dúvida, porque pura e simplesmente não existe. NDyaye, outra vez ele, pressionado por Cardozo atrapalha-se com a bola e o paraguaio remata contra a cabeça do senegalês. Duarte Gomes entendeu que foi com o braço e, desta vez, Cardozo voltou a atirar em jeito, sem hipóteses para Nilson. O Benfica chegava ao intervalo com uma vantagem justa, mas conseguida por linhas tortas.
Vitória volta a levantar-se
Os encarnados voltaram a entrar fortes para a segunda etapa, diante de um Vitória que ia tentando subir as suas linhas, agora com Nuno Assis a dar maior consistência ao jogo vimaranense. Jorge Jesus também refrescou, reconstruindo o onze da Choupana com as entradas de Nolito e Aimar. O argentino ia fazendo estragos na primeira vez que tocou na bola, mas na resposta o Vitória reduziu, com Edgar, lançado por Nilson, a fugir pela direita, a ganhar na corrida a Emerson e a bater Artur. Aos poucos, os minhotos foram conseguindo afastar a pressão junto à sua área, ao mesmo tempo, pressionar junto à baliza de Artur.
O jogo voltou a ficar aberto. Faouzi podia ter empatado, num rápido contra-ataque, mas Gaitán também teve oportunidade soberana para fazer o terceiro, permitindo a defesa de Nilson. A verdade é o Vitória, depois de derrubado na primeira parte, voltou a erguer-se e houve jogo até final.
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