terça-feira, 6 de setembro de 2011

C. Senhorim 1 - 1 Ac. Viseu -FRAQUITO

1ª Jornada da III Divisão Série C
Árbitro: Duarte Silva (Viseu)

Canas de Senhorim: João Paulo; João Miguel (Carlos Miguel, 89), Fino, Diogo Cunha e Pedro Correia; Pedro André, Roberto e Luís Lopes; Elio, Fernando Pedro (Miguel Pedro, 83) e Dominique. Treinador: João Bento.

Ac. Viseu: Augusto (c); Casal, Canelas, Tiago Gonçalves e Tiago (Zito, int); Àlvaro, Ricardo Ferreira e João Paulo; Marco Almeida, Lusinho e Dede. Treinador: Lima Pereira.

Golos: Luis Lopes 2 (1-0), Dede 59 (1-1)


Com várias e importantes baixas - Vouzela, Rui Santos, Baio, Bacari e Hélder Rodrigues – todos eles possíveis titulares nesta equipa, a inclusão de Canelas no onze titular foi, talvez, a grande surpresa do onze apresentado por Lima Pereira. De resto tudo como expectável Augusto na baliza, Casal a defesa direito, Tiago Gonçalves no centro da defesa, Tiago a defesa esquerdo, meio campo composto por Álvaro, João Paulo e Ricardo Ferreira, na frente nas alas Marco Almeida e Luisinho e ponta de lança Dede.
Pode-se mesmo dizer que o Académico entrou a perder neste campeonato já que logo aos dois minutos Luís Lopes, aproveitando a passividade de Canelas, abriu o marcador para os homens da casa. Foi o melhor que podia ter acontecido aos vice campeões do nosso distrito, um golo logo a abrir caiu como a sopa no mel à estratégia caseira.
Demorou imenso o Académico a reagir denotando muita falta de agressividade na procura de inverter o resultado só chegando à baliza contrária em lances de bola parada (cantos) que invariavelmente não levavam perigo à defensiva contrária. Ao minuto 22 Luisinho causou a primeira boa situação do encontro quando, da esquerda flectiu para o meio, e rematou com perigo à baliza canense. Volvidos quatro minutos, num excelente contra ataque academista, e naquela que para mim foi a melhor jogada de todo encontro Luisinho colocou Dede na cara do redes da casa mas o guineense com uma recepção de bola inenarrável perdeu uma situação de golo cantado. E foi o melhor que o Académico conseguiu fazer na primeira parte indo para o intervalo a perder. Injusto? Eles tiveram uma oportunidade e marcaram, nós não.
Na segunda parte o técnico academista fez a única alteração da partida, saiu Tiago entrou Zito. O Académico passou apenas a jogar com três defesas, Casal na direita, Canelas ao meio, Tiago Gonçalves na esquerda e Álvaro era o trinco que baixava. Zito foi fazer companhia a Dede.
Lima Pereira arriscou e quase petiscava no minuto inicial da etapa complementar mas Marco Almeida – claramente numa tarde sem inspiração – não conseguiu colocar a bola no fundo da baliza canense rematando torto quando podia fazer muito melhor. Estava dado o aviso, o Académico queria mesmo inverter a situação.
Dede, dois minutos antes de marcar o seu golo, dentro da área adversária ganhou boa posição rodopiou sobre si próprio e quando todos nos preparávamos para gritar golo a bola saiu fraca e fácil para as mãos do redes canense. Aos 59 minutos finalmente o golo do Académico. Canto da direita, há um primeiro desvio (Zito?) e Dede empurrou fácil para o golo do Académico. Pouco depois (62) João Paulo num livre directo atirou a rasar o poste adversário.
Depois do golo ainda havia muito tempo pela frente mas se na primeira parte faltou ao Académico agressividade em campo na segunda faltou, sobretudo, o talento para levar de vencida a equipa da casa. O Canas de Senhorim esteve bem perto do segundo golo por Dominique (64) mas a partir daí Académico manteve sempre o jogo num único sentido o da baliza do Canas. No entanto esse domínio era exercido mais com base no pontapé para as alas, “ignorando” sistematicamente os elementos do meio campo e sem ninguém que assumisse o jogo do Académico e só ao minuto 88, por Marco Almeida o Académico deu a sensação de poder marcar.
Mesmo tendo em conta todas as baixas academistas esperava-se mais deste Académico que perdeu hoje dois pontos por culpa própria. O Canas lutou com as armas que tinha e conseguiu um ponto que na minha opinião não mereciam, mas com o nosso mal podem eles bem.

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