quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A.VISEU


No espaço de dias o plantel do Académico de Viseu encolheu substancialmente. De quase 30 jogadores passou para pouco mais de 20, numa acção que pretende, ao que o Diário de Viseu apurou, equilibrar a equipa qualitativamente e financeiramente.
Conforme já havíamos noticiado, Luís Costa, Gamarra e André Valente deixaram o Fontelo mas, agora, sabe-se também que os cabo-verdianos Pilé e Kelvin, assim como Zé António, seguiram o mesmo caminho.
Os dois africanos, que ingressaram no Académico na pré-temporada juntamente com Luisão e Renato, foram poucas vezes utilizados e não pareciam estar nos planos de António Borges.
Já Zé António é um caso 'sui generis'. O jovem avançado, que despontou no Lusitano de Vildemoinhos com exibições interessantes, transferiu-se no arranque da temporada anterior para o 'rival' do Fontelo mas, aí, foi raramente utilizado. Luís Almeida ainda o usou algumas vezes como suplente utilizado mas ao longo dos vários meses que esteve no Académico, nestas últimas duas épocas, Zé António somou muito poucos minutos com a camisola academista.
Questão de disponibilidadeAntónio Borges, em declarações ao Diário de Viseu, abordou o assunto das dispensas. Para o técnico, o Académico precisa de 'jogadores com disponibilidade' e sublinha a importância de reduzir o número de jogadores."Estas dispensas são motivadas pelo excedente de jogadores que temos no meio-campo e por motivações financeiras porque o clube já havia ultrapassado os limites há muito tempo.
Antes de eu chegar já o Académico estava a ultrapassar o orçamento e era necessário reduzir. Por outro lado, tem a ver com a disponibilidade dos jogadores.
Não está em causa, na dispensa destes jogadores, se eu gosto deles ou não, se têm qualidade ou não. O que está em causa é que, para preparar a equipa, com novas filosofias, com novos métodos, é preciso disponibilidade dos atletas e é extremamente difícil para alguém que trabalha de noite, por exemplo, que era o caso do Luís Costa, poder treinar connosco, ou como o Gamarra que fazia um esforço enorme para chegar a horas ao treino".
A saída destes jogadores não implica que sejam encontrados novos reforços, embora o treinador academista não feche a porta a essa possibilidade."Primeiro temos de saber se, financeiramente, é viável porque o orçamento estava a ser excedido e mesmo os jogadores que vieram acabaram por ser mais 'baratos'.
Fizemos o retoque no plantel que achávamos necessário para equilibrar a equipa e para que esta ganhasse uma identidade. Julgo que está mais consistente mas ainda lhe falta alguma agressividade e mobilidade ofensiva. Nisso temos uma desvantagem em relação aos nossos adversários, porque não temos esse trabalho de base feito".
António Borges, que revela 'acompanhar a equipa de juniores de perto', demonstrou ainda a importância da paragem do campeonato."Foi importante esta paragem para melhorar a equipa, sobretudo, nos seus níveis físicos. Os jogadores a 20 minutos do final não aguentavam e esse trabalho foi reforçado agora. Por outro lado tenho acompanhado os juniores de perto e todas as semanas temos 2 ou 3 jogadores a treinar connosco sendo que, numa eventualidade, teremos essa cobertura".
O Académico recebe no domingo, às 15h00, o Operário.

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