Controlo
Um jogo marcado pelo controlo quase absoluto do mesmo da parte do Benfica, que geriu confortavelmente a vantagem trazida da primeira mão. A exibição pode não ter sido das mais exuberantes, mas foi claramente suficiente para ganhar este jogo, por isso apesar do nulo final nos servir perfeitamente até acaba por saber a pouco.
Desta vez não houve tantas alterações no onze em relação ao último jogo, pois foram apenas três: entradas do Florentino, Gedson e Cervi para os lugares do Samaris, Gabriel e Rafa. Conforme escrevi, a palavra chave deste jogo é controlo. Em momento algum este jogo e muito menos a eliminatória pareceu estar em causa. O Benfica teve uma entrada forte no jogo, o Benfica tentou fazer o seu jogo habitual, com pressão alta sobre o adversário mas sem a presença do Gabriel vimos bastantes menos lançamentos longos para as faixas nas costas da defesa adversária. Depois de uma primeira fase mais acelerada foi o próprio Galatasaray que contribuiu para reduzir a ritmo de jogo, parecendo até que não eram eles quem precisava de marcar dois golos. Para a segunda parte, o Benfica regressou decidido a marcar e esteve completamente por cima no jogo, construindo oportunidades suficientes para justificar a vitória, mas o desacerto na finalização foi sempre uma constante ao longo de todo o jogo. O Galatasaray esteve sempre completamente manietado e raramente conseguiu criar ocasiões de perigo ou sequer chegar muito perto da nossa baliza. A única grande ocasião que criaram resultou num golo anulado, e isso foi a cinco minutos do final do jogo. Chegámos mesmo a ver os turcos a adoptar tácticas mais comuns a equipas de menores recursos, aproveitando livres ainda dentro do seu meio campo para despejar a bola para perto da área, porque de outra forma quase não conseguiam fazer a bola lá chegar. A defender a nossa equipa esteve quase exemplar.
Mais um bom jogo dos miúdos Ferro e Florentino. Neste momento creio que ninguém terá ainda desconfiança neles por causa de alguma inexperiência, e são simplesmente mais duas opções muito válidas para o onze titular. O Grimaldo também fez um bom jogo, ainda que menos interventivo no ataque do que lhe é habitual (faltaram aqueles lançamentos longos do Gabriel). O Seferovic chegou ao final do jogo absolutamente esgotado, e acho que praticamente se arrastou em campo durante os vinte minutos finais.
Missão cumprida e passagem carimbada. Era o que se exigia. Apesar de um onze com vários miúdos (e sete portugueses) a nossa equipa geriu o resultado e a eliminatória como se tivesse imensa experiência em competições europeias. E ao contrário de um passado recente, em que 'gerir' significava cerrar fileiras atrás e entregar a iniciativa ao adversário, a gestão hoje passou sempre por procurar o golo e assim manter o adversário em sentido. Como deve ser.
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