domingo, 7 de janeiro de 2018

MOREIRENSE - BENFICA - 2 -JUSTA

Uma vitória indiscutível em mais um jogo que ficou marcado pela ineficácia na finalização, caso contrário os números do marcador poderiam ter sido bastante mais dilatados.


Face à ausência forçada do Fejsa, a única alteração no onze que tem sido mais habitual foi a entrada do Samaris para o lugar do sérvio. Os minutos iniciais do jogo até faziam antever maiores dificuldades, e o Moreirense até teve uma boa ocasião de golo, na qual o Varela foi obrigado a uma boa defesa. Mas depois disso só deu mesmo Benfica, e começaram a acumular-se as ocasiões desperdiçadas - estranhamente, até pelo Jonas, que hoje revelou um desacerto com a baliza que não é nada normal nele. Mas felizmente não foi preciso desesperar muito, porque a vantagem chegou aos vinte e três minutos com um golo do Pizzi. Nasceu de um cruzamento do Jonas, da esquerda para a direita, e o Pizzi rematou de primeira para o golo. Obtida a vantagem, o próximo passo era dilatá-la para evitarmos surpresas, e isso já se revelou mais complicado. Não pela ausência de ocasiões para o fazer, mas sim pela dificuldade em concretizá-las. O Benfica caminhou até ao intervalo com o controlo absoluto da partida e não permitindo ao Moreirense qualquer tipo de ameaças, mas sabemos que neste tipo de jogos basta uma pequena distração ou uma obra do acaso para deitar tudo a perder e acabarmos com um resultado mentiroso e injusto (infelizmente não é necessário irmos mais longe do que a última quarta-feira para termos um exemplo concreto disso). Era por isso esse o único motivo para o meu nervosismo ao intervalo.


Do intervalo já não regressou o Samaris, pelos vistos devido a problemas físicos, e veio o Keaton Parks no lugar dele. A segunda parte começou na mesma toada da primeira, com o Benfica a dominar completamente e a insistir em não chegar ao golo da tranquilidade. A nossa equipa pressionava logo a saída de bola do Moreirense, e o adversário, ao insistir em tentar sair a jogar, acabava por perder diversas bolas logo nessa fase, que resultavam em ocasiões claríssimas de golo para nós. Quase sempre com o Jonas em evidência, o guarda-redes do Moreirense ou a falta de acerto na finalização continuavam a manter o resultado teimosamente num magro golo de diferença. O Jonas ainda marcou, mas o golo acabou por ser anulado por fora-de-jogo (que se existiu, foi milimétrico). E depois, a provar que num instante um jogo que está a correr de feição pode virar, o Moreirense teve uma grande ocasião para empatar. Tudo começou em mais uma recuperação de bola adiantada do Benfica, que nos deixou em superioridade numérica contra a defesa do Moreirense. Mas o passe do André Almeida foi feito para os pés de um adversário, e do contra-ataque resultou um cabeceamento já no interior da nossa área que só não acabou em golo porque o Varela fez uma enorme defesa. O lance motivou o nosso adversário, que nos minutos seguintes se revelou mais perigoso na forma como conseguia chegar com velocidade à nossa área sempre que recuperava a bola, e durante este período cheguei a temer que o golo do empate pudesse acontecer. O Benfica respondeu com a troca do Salvio pelo João Carvalho, que deu resultados imediatos. O Moreirense insistia em tentar sair a jogar e depois de mais uma recuperação de bola o João Carvalho passou a bola para o Jonas que, dentro da área, tirou um adversário da frente com classe e colocou a bola no fundo da baliza, enviando-a para o lado contrário daquele que o guarda-redes esperava. Foi aos setenta e oito minutos de jogo, e significou um ponto final na incerteza - o Benfica limitou-se a gerir bem o jogo até final.


Apesar de todo o desperdício, o maior destaque acaba por ir para o Jonas, que fez a assistência para o primeiro golo e marcou o segundo. Gostaria de mencionar também o Varela, que apesar de não ter tido muito trabalho revelou segurança e foi decisivo nas poucas ocasiões em que foi chamado a intervir. É aquilo que se espera de um guarda-redes de equipa grande. Continuo extremamente agradado com o Krovinovic, que é um médio completo. Consegue assumir funções de 6, de 8, ou de 10 sem qualquer problema e neste momento começa a ganhar ao Pizzi em termos de preponderância no nosso meio campo.

Era muito importante não deixarmos que a exibição da passada quarta-feira fosse apenas uma coisa esporádica, e isso passava pela conquista dos três pontos hoje, aliados a uma exibição consistente. Julgo que o objectivo foi conseguido. Agora é continuarmos neste caminho.

Sem comentários: