sábado, 9 de setembro de 2017

BENFICA-2 PORTIMONENSE - 1 - APERTADO

O Benfica sofreu a bom sofrer para levar de vencida um surpreendente (?) Portimonense. Os campeões nacionais ganharam 2-1, mas estiveram a perder.
Num jogo de muito domínio, mas pouca inspiração, os “encarnados” precisaram de uma grande penalidade para empatar, de um golo do outro mundo de André Almeida para dar a volta ao marcador e ainda viram um golo anulado aos algarvios com recurso ao vídeo-árbitro.
  • Natural domínio inicial do Benfica na sua casa, com 74% de posse de bola nos primeiros dez minutos e apenas um remate, desenquadrado, de Jonas. Boa organização defensiva do Portimonense nos primeiros minutos.
  • O domínio “encarnado” manteve-se, mas o Portimonense conseguiu empatar em número de remates, dois, pelos 25 minutos. Nesta altura nenhuma equipa enquadrara qualquer dos seus disparos. Nesta fase, nenhum jogador chegara pelo menos ao 6.0 no GoalPoint Ratings, sendo Lisandro López o melhor, com 5.8.
  • Jonas, aos 29 minutos, e Wellington, aos 34 protagonizaram as melhores oportunidades para casa lado na primeira parte, o segundo obrigando Bruno Varela a grande defesa. Aos 40 minutos o domínio ainda era benfiquista (71% de posse), mas os algarvios controlavam e já somavam quatro remates, um enquadrado (7-2 para os da casa).
  • Nesta etapa inicial, Jonas era o mais rematador, com três disparos, mas só um com boa direcção; Nakajima destacava-se com os seus quatro dribles conseguidos em dez tentativas; Samaris era o mais interventivo, com 60 interacções com a bola.
  • O descanso chegou, num jogo morno e com poucos motivos do interesse para além da boa réplica do Portimonense. O Benfica teve mais posse de bola, 71%, rematou mais (sete contra quatro, dois enquadrados para um dos algarvios), mas ocasiões flagrantes nem vê-las. Nesta fase o melhor em campo era Emmanuel Hackman.
  • O lateral-esquerdo dos algarvios não deu grandes veleidades a Zivkovic e destacou-se com nove acções defensivas – três desarmes, três intercepções e outros tantos alívios. Chegou a esta fase com um GoalPoint Rating de 6.1.
  • Benfica não mostrava chama, o Portimonenses estava sempre bem no jogo e, aos 56 minutos, os algarvios chegaram ao golo. Fabrício fugiu pela esquerda, tirou Luisão da frente e rematou cruzado de pé direito. Foi ao segundo remate do atacante, primeiro enquadrado.
  • Mas os “encarnados” responderam de imediato, de grande penalidade. O árbitro assinalou falta de Hackman, que estava a ser um dos melhores da noite, sobre Salvio, que se isolava, e expulsou o lateral. E na grande penalidade, aos 60 minutos, Jonas não desperdiçou.
  • Aos 64 minutos, Shoya Nakajima saiu nos algarvios. O japonês terminou a sua participação na partida com 12 tentativas de drible, com sucesso em metade. Em termos colectivos, nos primeiros 25 minutos da segunda parte o Benfica registava 79% de posse, seis remates, três enquadrados. O Portimonense apenas um, o do golo.
  • Até que aos 78 minutos, o momento alto do jogo. Muitos irão defender que André Almeida tentou cruzar, outros recorrerão ao gesto técnico que mais parece de remate intencional. Seja como for, o lateral marcou um golo de levantar o estádio, com força e colocação, ao ângulo, num disparo quase da linha lateral. Estava feito o 2-1.
  • Foi o corolário do domínio intenso do Benfica, mais do que, propriamente, do bom futebol da equipa de Rui Vitória. Aos 80 minutos as “águias” somavam 16 remates, nove na segunda metade, seis enquadrados, 80% de posse só na etapa complementar. Mas o jogo não tinha acabado. Longe disso.
  • Aos 88 minutos, Fabrício voltou a colocar a bola no fundo das redes de Bruno Varela, mas o tento foi anulado posteriormente pelo vídeo-árbitro, por fora-de-jogo de Manafá. Alívio para as bandas da Luz.

O Homem do Jogo

Um nome pouco habitual nos MVP’s do Benfica. Mas merecido. André Almeidamarcou o golo da vitória “encarnada”, num cruzamento/remate (ou o que lhe quiserem chamar) do lado direito, com a bola a entrar ao ângulo.
Para além disso, tentou cinco vezes o cruzamento, com sucesso em um, quatro vezes o drible, também com eficácia apenas numa ocasião, fez um passe para finalização, tocou 95 vezes na bola, ganhou seis duelos em 11 e realizou três desarmes. Terminou com um GoalPoint Rating de 7.3.

Jogadores em foco

  • Pizzi 7.0 – Voltou a ser influente, o segundo melhor no jogo, mas sem grande brilho. Fez cinco passes para finalização, um deles para ocasião flagrante, tentou o drible cinco vezes e teve sucesso em quatro, e interagiu 123 vezes com a bola. Foi ainda quem mais passes acertou (81) e recuperou a bola dez vezes, o registo mais alto.
  • Jonas 7.0 – O brasileiro marcou um golo, o do empate, de penálti, e destacou-se dos demais pela veia rematadora. Fez cinco disparos, três deles enquadrados e um passe para finalização.
  • Fabrício 6.4 – O melhor do Portimonense foi o seu ponta-de-lança. Fabrício fez um golo e viu o do empate ser anulado. Rematou duas vezes, uma enquadrada, mas pecou nos maus controlos de bola: cinco.
  • Zivkovic 6.6 – O sérvio fez um bom jogo, apesar de se notar ainda alguma falta de ritmo. Terminou com dois passes para finalização, sete cruzamentos de bola corrida (só um eficaz) e melhorou com a ida para a esquerda.
  • Seferovic 4.8 – O pior do Benfica e pelo segundo jogo consecutivo. Esteve esforçado, mas o Portimonense percebeu a sua forma de jogar e anulou-o, provocando três foras-de-jogo ao suíço – que foi o jogador mais faltoso, com quatro infracções.

Resumo


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