quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

BENFICA - 1 GIL VICENTE - 0 - FRACO

Pobre

Exibição bastante pobre frente à pior equipa da Liga, que nos valeu a vitória pela margem mínima e a manutenção da vantagem de seis pontos no topo da tabela.


As ausências forçadas de três jogadores nucleares da equipa, como o são o Luisão, Enzo e Salvio, iria sempre fazer-se notar, mas de qualquer forma esperava mais da nossa equipa num jogo disputado em casa contra a pior equipa da liga, que ainda não conseguiu ganhar um único jogo. O nosso início foi lento e com pouca garra, como que a dar o mote para o que seria a maior parte do jogo. Depois lá acelerámos um pouco e começámos a conseguir aproximar-nos da baliza adversária, mas o nosso jogo foi quase sempre demasiado confuso e rendilhado, com excessiva insistência em acções pelo centro e muito pouca exploração das faixas laterais - se de um lado faltava o Salvio, do outro o Gaitán teve sempre a tendência de vir para o centro, onde acabava por cair na zona de acção do Talisca ou do Jonas. O Benfica teve uma posse de bola quase avassaladora mas nunca submeteu o adversário a uma pressão sufocante, e foram poucas as vezes em que o guarda-redes deles foi posto à prova. O Talisca deu o primeiro sinal num remate de muito longe, o Jonas também teve um remate que exigiu atenção, mas tirando isso não se viu muito mais. O golo que acabou por decidir o jogo surgiu à meia hora de jogo, num passe do Ola John para as costas da defesa, tendo o Maxi aparecido isolado e acertado no poste, para depois o Gaitán marcar na recarga. Até ao intervalo, apenas num cabeceamento do Jonas que levou a bola a passar perto do poste é que voltou a haver alguma sensação de perigo.


A segunda parte foi ainda pior do que a primeira. O Benfica continuou a ter naturalmente maior posse de bola, mas houve muito pouca inspiração no ataque. Lembro-me apenas de uma jogada em que a bola chegou aos pés do Talisca depois de uma boa iniciativa do Gaitán, e num remate de primeira obrigou o Adriano a uma defesa muito boa. Mas no geral o futebol jogado foi bastante fraco, e com tendência para ir sempre piorando à medida que o jogo ia caminhando para os minutos finais. As substituições operadas pouco ou nada de novo trouxeram ao jogo - o Bebé, por exemplo, entrou francamente desastrado - e acho que até contribuíram para o piorar. O que nos valeu é que o Gil Vicente, apesar de conseguir ser mais rematador no segundo tempo, revelou muita falta de qualidade no ataque, e apenas numa ocasião levou algum perigo à nossa baliza, quando conseguiu isolar um jogador nas costas da nossa defesa. Mas ele demorou tanto tempo a decidir que permitiu a recuperação do César, que cortou o lance para canto. Talvez a minha opinião seja fruto da minha irritação por ver-nos jogar tão pouco frente a um adversário tão limitado, mas quando penso no segundo tempo só consigo mesmo achar que foram uma longa espera de quarenta e cinco minutos pelo final do jogo. Todo aquele tempo, para aquilo que produzimos, foi simplesmente um desperdício.


Os melhorzinhos no Benfica foram o Gaitán, ainda que com uma exibição muito intermitente, e o Maxi, por ter sido aquele que teve a melhor atitude e deu o exemplo durante todo o jogo.

É óbvio que a nossa equipa perde muita qualidade com as ausências que houve hoje, mas creio que temos obrigação de, mesmo assim, produzir mais do que aquilo que mostrámos. Assim colocamo-nos em risco de num qualquer lance fortuito deitarmos pontos fora. Felizmente tal não aconteceu, e portanto passamos o ano confortavelmente sós no topo.

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