Noite de Champions é sempre sinónimo de estrelas, de emoção e de bons golos. Tudo isso passou ao lado da noite fria do Estádio da Luz, em que o Benfica cumpriu sem glória o triste adeus à Europa, com um empate a zero diante do Bayer Leverkusen, no jogo da sexta e última jornada do grupo C.
Como prometera na véspera, Jorge Jesus testou muitas soluções e elegeu uma equipa composta por ‘segundas linhas’ do plantel encarnado. Somente André Almeida e Lima resistiam entre as escolhas habitualmente titulares. Sem rotinas de jogo ou muitos minutos esta época, o Benfica apresentou um futebol muitas vezes desconexo e marcado por “repelões”. Porém, era de realçar o empenho dos jogadores, que chegou para submeter o Bayer Leverkusen à sua defesa na primeira parte.
De facto, a postura passiva e pragmática da formação de Roger Schmidt abriu espaço ao domínio encarnado. Como o passaporte para os oitavos de final era já um dado adquirido – faltando apenas confirmar se com a vaga do primeiro ou segundo lugar -, a equipa germânica pouco procurou ameaçar a baliza de Artur.
No entanto, nem nestas circunstâncias o Benfica conseguiu ser feliz nesta Champions. A ineficácia andou de mãos dadas com a equipa e Lima, sozinho, podia ter feito dois ou três golos nos primeiros 45 minutos. Aos 11’, atirou mesmo à trave no coração da área e com a baliza deserta, quando já os poucos milhares de espectadores na Luz se preparavam para celebrar. Muitas vezes tal infortúnio acaba punido com um golo sofrido, mas disso salvou-se esta noite o Benfica.
No segundo tempo, o jogo transfigurou-se por culpa do Bayer Leverkusen. A equipa alemã regressou dos balneários com uma maior determinação e rapidez, empurrando sem grandes dificuldades o Benfica para a sua área. Assim, o Benfica via-se a sofrer uma forte pressão num jogo que até estava a dominar.
Foi então que o golo ameaçou em mais do que uma ocasião a baliza de Artur e o guardião brasileiro teve mesmo de se aplicar para evitar um desfecho pior para as contas encarnadas.
Jorge Jesus rapidamente se apercebeu da quebra de equipa e lançou Talisca para o lugar de Lima, na esperança de conter o jogo mais intenso dos alemães. A alteração surtiu algum efeito e tornou-se mais efetiva com as entradas de Nélson Oliveira e João Teixeira, que ditaram uma reação final encarnada.
Contudo, o resultado não sofreu alterações, com o nulo a confirmar a passagem de Bayer Leverkusen, que segue na companhia do Mónaco, após a vitória monegasca desta noite sobre o Zenit.
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