Benfica 'viu-se grego' e Cardozo evitou o pior
O Benfica empatou esta quarta-feira a um golo com os gregos do Olympiacos, em jogo da terceira jornada do Grupo C da Liga dos Campeões.
Dominguez e Cardozo foram os autores dos golos, num jogo em que os gregos vinham com a lição bem estudada e em que os encarnados não conseguiram uma exibição ao nível da com o Anderlecht, como Rodrigo tinha querido.
O Benfica entrou a comandar e logo aos três minutos, Roberto, de volta à Luz, esticou-se para defender um livre cobrado por Cardozo, rasteiro e em força. Boa jogada três minutos depois, com Luisão a cacebecar por cima no coração da área. E por estes momentos iniciais, tudo levava a crer que a toada encarnada seria esta, num jogo que Jesus não quis dar como decisivo, mas que em caso de vitória colocava o Benfica em melhor posição.
Só que quando o Olympiacos, cansado de assistir ao encontro, decidiu ‘arrancar’, os sustos foram alguns, principalmente provocados pela dupla Fuster-Mitroglou.
E foi logo depois do cabeceamento de Luisão, com Fuster a servir o avançado grego, que acabou por ser atrapalhado pelos centrais encarnados, no limite. Mas a verdade é que a dupla deu o aviso e o camisola 11 dos gregos esteve outra vez perto do golo, valeu André Almeida, de ‘vigilância’.
O jogo acalmou nos minutos seguintes e só aos 20 minutos, o Benfica regaiu à inércia que se apossou dos jogadores, ainda que tenha sido momentânea. Enzo Pérez a fazer lembrar os velhos tempos e a rasgar para Lima, que na cara de Roberto, acertou no guardião. O avançado estava em linha, mas o árbitro assinalou fora de jogo.
A decisão de Jorge Jesus em colocar Gáitan na direita e Ola John na esquerda não pareceu render, já que o argentino pouco se viu em jogo, enquanto do outro lado, o holandês, esforçado, denunciava muito os cruzamentos longos.
O golo dos gregos acabou mesmo por aparecer, numa bela jogada. Matic perdeu a bola no meio-campo, Dominguez tabelou bem com Mitroglou, que devolveu para o argentino, que tirando um do caminho, rematou sem hipóteses para Artur.
O jogo seguiu assim para intervalo e o Benfica estava obrigado a reagir, com o treinador a operar uma substituição: saiu Ola John, esgotado, estreou-se Ivan Cavaleiro.
Com o que choveu em Lisboa, o relvado começou a segunda parte feito ‘campo de batalha’, dificultando o espetáculo. Ainda assim, o Benfica, a correr atrás do prejuízo, tomou o comando do jogo e Gáitan, definitivamente na esquerda, bem tentou levar a bola em velocidade, mas ela ficou presa. E as jogadas seguintes não foram muito diferentes.
Aos 49’, Lima, que hoje esteve abaixo do que pode fazer, cobrou um livre que passou perto da baliza de Roberto e protagonizou, pouco depois, a primeira de duas jogadas polémicas, ao ser derrubado na grande área, com o árbitro a mandar seguir.
A segunda foi com Siqueira, aos 56’, quando o lateral foi derrubado na área. Os jogadores pediram grande penalidade.
Os encarnados ainda viram Gáitan atirar uma bola à barra, só que o árbitro já tinha assinalado falta sobre Cardozo.
A verdade é que o Benfica continua uma pálida imagem do futebol da época passada. Valeu um golpe de sorte, aos 84’, quando Cardozo estava no sítio certo, há hora certa e no meio da ‘molhada’, com Roberto um pouco atarantado, empatou o jogo.
O empate é melhor resultado para os gregos, que ainda recebem o Benfica. Na tabela, continuam em igualdade pontual.
No outro jogo do Grupo C, o Paris Saint-Germain ‘limpou’ os belgas do Anderlecht, por 0-5, com um poker de Ibrahimovic, que virá à Luz a 15 de novembro para o Portugal-Suécia. E nem um mês depois, para a Liga dos Campeões.
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