A Taça da Liga é do Benfica. Não apenas esta, ganha ao Gil Vicente. A Taça da Liga é do Benfica cada vez mais. A prova mais recente do calendário português volta a pintar-se de vermelho, numa mancha cada vez mais global e que já poucos estranham. Quatro vitórias em cinco. Segunda consecutiva por 2-1 frente a novo convidado inesperado, virgem em finais.
Saviola, proscrito em outras lides numa época que se avizinha do fim, decidiu a final contra um Gil Vicente combativo, que nunca se entregou. Ratice de «El Conejo» a dar novo título ao Benfica. Uma aposta que não seria para todos.
O Benfica ganhou. Justificou a vitória com o domínio que se previa no tempo de jogo. Não foi brilhante. Não massacrou. Sofreu. Talvez até de forma desnecessária. Mas a verdade é que a conquista, com tudo o que vale e não vale, arrancou alguns abraços entre companheiros e sorrisos simpáticos. Não vale mais ganhar a Taça da Liga?
À partida já se sabia que esta prova era pequena de mais para salvar a época do Benfica, mas tinha uma imagem parecida a uma Liga dos Campeões para os gilistas, menos habituados a estas andanças. A festa ia ser diferente, por isso. Ganhou o Benfica, o que equivale a festejar o 25 de Abril nos dias de hoje: há a noção de que é importante, mas a vontade de andar de cravo ao peito já foi maior.
Por isso, parte do segredo para encontrar o vencedor estava numa palavra: determinação. O Gil entrou atrevido. Até por cima de um Benfica demasiado receoso. Talvez aguardasse que o convidado inesperado mostrasse mais depressa o escudo do que a espada.
Mostrou-se a Adriano num remate à queima de Maxi, mas não disfarçou o aparente nervosismo, porque o Gil pouco depois assustou por César Peixoto e embrulhou-se mais algumas vezes em zona de decisões. As mexidas de Jorge Jesus no onze, lançando Matic, Nélson Oliveira e Capdvila não justificavam tudo o que se via.
Primeiro erro, primeiro golo
Ao Gil Vicente era pedido o jogo perfeito. O que se provou à passagem da meia hora. Ao primeiro erro, o Benfica marcou. Má abordagem de Rodrigo Galo perante Bruno César que correu pela esquerda e assistiu na perfeição Rodrigo, para uma finalização em bom estilo. Aberto o marcador. Aberto o champanhe?
É verdade que o golo acalmou os encarnados e o Gil Vicente, pese uma boa arrancada de Caiçara travada por Eduardo, caiu muito. Mas como o resultado se manteve em aberto, certamente ninguém ousou pegar nas taças. Era cedo, muito cedo.
O início do segundo tempo já não teve a atitude gilista da primeira metade. O golo pesou na confiança e virou o jogo. Antes já Adriano tinha evitado um fim anunciado, com uma grande defesa perante Witsel. E depois, foi na cara de Rodrigo que o brasileiro voltou a ser decisivo. Frio, imperial e brilhante. O Gil mantinha-se no jogo pelas luvas do guardião. As mesmas que o levaram à final no desempate nos penalties, com o Sp. Braga.
A maior festa estava guardada para a parte final. Era cedo para o Benfica, lembram-se? O Gil provou-o. Remate acrobático de Zé Luís a emendar uma tosca tentativa de Vilela. Igualdade. Tão surpreendente quanto o golo inaugural.
Jesus tira Conejo da cartola
O fantasma dos penalties chegou a pairar no Cidade de Coimbra. O «sem-abrigo», para usar a expressão do presidente gilista, ameaçava tombar o «grande» que faltava. Parecia feito o mais difícil. Mas o Gil não aguentou.
Se a determinação era o ponto chave para decidir o encontro, também é certo que a experiência e os valores individuais ajudam. O Benfica carregou, o Gil tremeu. Adriano evitou que Witsel marcasse, mas não foi a tempo da recarga de Saviola, acabadinho de entrar. Ponto final.
O Gil cai de pé e vê de posição privilegiada nova festa do Benfica em Coimbra. Começa a ser tradição. A Taça da Liga pode não ter o peso suficiente para saciar o estômago encarnado. Pode não salvar a época, se o Benfica não ganhar mais nada. Mas conta, não é?
Saviola, proscrito em outras lides numa época que se avizinha do fim, decidiu a final contra um Gil Vicente combativo, que nunca se entregou. Ratice de «El Conejo» a dar novo título ao Benfica. Uma aposta que não seria para todos.
O Benfica ganhou. Justificou a vitória com o domínio que se previa no tempo de jogo. Não foi brilhante. Não massacrou. Sofreu. Talvez até de forma desnecessária. Mas a verdade é que a conquista, com tudo o que vale e não vale, arrancou alguns abraços entre companheiros e sorrisos simpáticos. Não vale mais ganhar a Taça da Liga?
À partida já se sabia que esta prova era pequena de mais para salvar a época do Benfica, mas tinha uma imagem parecida a uma Liga dos Campeões para os gilistas, menos habituados a estas andanças. A festa ia ser diferente, por isso. Ganhou o Benfica, o que equivale a festejar o 25 de Abril nos dias de hoje: há a noção de que é importante, mas a vontade de andar de cravo ao peito já foi maior.
Por isso, parte do segredo para encontrar o vencedor estava numa palavra: determinação. O Gil entrou atrevido. Até por cima de um Benfica demasiado receoso. Talvez aguardasse que o convidado inesperado mostrasse mais depressa o escudo do que a espada.
Mostrou-se a Adriano num remate à queima de Maxi, mas não disfarçou o aparente nervosismo, porque o Gil pouco depois assustou por César Peixoto e embrulhou-se mais algumas vezes em zona de decisões. As mexidas de Jorge Jesus no onze, lançando Matic, Nélson Oliveira e Capdvila não justificavam tudo o que se via.
Primeiro erro, primeiro golo
Ao Gil Vicente era pedido o jogo perfeito. O que se provou à passagem da meia hora. Ao primeiro erro, o Benfica marcou. Má abordagem de Rodrigo Galo perante Bruno César que correu pela esquerda e assistiu na perfeição Rodrigo, para uma finalização em bom estilo. Aberto o marcador. Aberto o champanhe?
É verdade que o golo acalmou os encarnados e o Gil Vicente, pese uma boa arrancada de Caiçara travada por Eduardo, caiu muito. Mas como o resultado se manteve em aberto, certamente ninguém ousou pegar nas taças. Era cedo, muito cedo.
O início do segundo tempo já não teve a atitude gilista da primeira metade. O golo pesou na confiança e virou o jogo. Antes já Adriano tinha evitado um fim anunciado, com uma grande defesa perante Witsel. E depois, foi na cara de Rodrigo que o brasileiro voltou a ser decisivo. Frio, imperial e brilhante. O Gil mantinha-se no jogo pelas luvas do guardião. As mesmas que o levaram à final no desempate nos penalties, com o Sp. Braga.
A maior festa estava guardada para a parte final. Era cedo para o Benfica, lembram-se? O Gil provou-o. Remate acrobático de Zé Luís a emendar uma tosca tentativa de Vilela. Igualdade. Tão surpreendente quanto o golo inaugural.
Jesus tira Conejo da cartola
O fantasma dos penalties chegou a pairar no Cidade de Coimbra. O «sem-abrigo», para usar a expressão do presidente gilista, ameaçava tombar o «grande» que faltava. Parecia feito o mais difícil. Mas o Gil não aguentou.
Se a determinação era o ponto chave para decidir o encontro, também é certo que a experiência e os valores individuais ajudam. O Benfica carregou, o Gil tremeu. Adriano evitou que Witsel marcasse, mas não foi a tempo da recarga de Saviola, acabadinho de entrar. Ponto final.
O Gil cai de pé e vê de posição privilegiada nova festa do Benfica em Coimbra. Começa a ser tradição. A Taça da Liga pode não ter o peso suficiente para saciar o estômago encarnado. Pode não salvar a época, se o Benfica não ganhar mais nada. Mas conta, não é?
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