A arte de defender e a sorte a atacar
Com ausências de ambos os lados, os treinadores de Tondela e Académico de Viseu prepararam diferentes estratégias para o dérbi e, nesse capítulo, saiu-se bem melhor António Borges.
O Académico apareceu diferente do que se tem visto, desde logo com Guima mais destacado na frente e com uma linha de meio-campo composta por Fernando, Álvaro, Tomé e Rui Santos (este bem mais recuado). A 'trinco' estava agora Calico que deixava a lateral direita entregue a Marco Almeida, a surpresa do técnico academista para este jogo. Com Filipe e Cabido no banco, estranha-se que António Borges usasse um extremo de raiz para aquele lugar, mas a verdade é que o experiente jogador não complicou, ainda que também não tenha tido muito trabalho que o fizesse 'tremer'.
Já Jesus deixava Gomes e Piojo no banco (lesionados?!), assim como o avançado Jefferson, apostando num esquema táctico semelhante ao do adversário. Luís Miguel era a ponta do ataque, mas não tão trabalhador quanto Guima, e Ricardo, Vítor Borges, Nuno Pedro e Ruca formavam o 'quarteto' de meio-campo, acompanhado por Xico mais atrás. Logo aqui saltavam à vista as novidades, com três homens raramente titulares a terem a difícil missão de ultrapassar a coesa defesa viseense. Na defesa tondelense não havia alterações.
Eficácia nas bolas paradas
O início da partida não foi bem jogado, com as equipas a estudarem-se e, sobretudo o Académico, a jogar a passo. O Tondela, enquanto conseguiu ultrapassar a defesa forasteira, foi criando algum perigo e aos 11 minutos acabou mesmo por marcar. Ricardo assistiu a entrada de Vítor Borges pela esquerda que facturou, mas já depois do árbitro apitar fora-de-jogo. Um lance que deixa enormes dúvidas, pois no momento do passe, o médio tondelense parece vir das costas de Marco Almeida.
Reagiu bem o Académico que em dois minutos teve três grandes oportunidades, acabando por marcar mesmo na terceira.
Primeiro, aos 24', Rui Santos bateu livre para a área e um desvio em várias pernas quase traía Bruno Sousa. Logo a seguir, e depois do canto, Rui Santos rematou fortíssimo para grande defesa do guardião local. Novo canto apontado por Rui Santos, desta vez com desvio ao primeiro poste e Fernando, quase ao nível do relvado, a cabecear para o fundo das redes da baliza da casa.
A reacção do Tondela registou-se aos 33', com Ricardo a rematar às malhas laterais e Xico, pouco depois, a estourar para defesa incompleta de Augusto.
O Académico voltava ao ataque e de bola parada ampliou a vantagem. Livre à entrada da área e Rui Santos fez o que todos esperavam - talvez menos Bruno Sousa, que ficou preso ao relvado quase junto ao poste contrário. O remate em arco, do número 10 visitante, encaixou no ângulo superior direito da baliza tondelense num dos grandes momentos do jogo.
A vencer por 2-0, o Académico tinha o jogo na mão perante um Tondela que denotava já enormes dificuldades em entrar na sólida defesa alvi-negra. A excepção aconteceria aos 40 minutos com Vítor Borges a falhar ao segundo poste o que poderia ter sido um golo fácil. Antes mesmo do intervalo, Rui Santos podia ter bisado pela direita, mas Bruno Sousa saiu-lhe bem aos pés para defender com segurança.
Ao intervalo o resultado não agradava, de todo, a António Jesus que assim se via obrigado a lançar as 'pérolas' Gomes e Piojo. No entanto, a aposta quase não teve efeito já que aos 22 segundos da 2.ª parte, numa combinação de Guima com Fernando, este isolou-se frente a Bruno Sousa e não perdoou, fazendo o terceiro golo para o Académico. Na sequência do lance, Fernando terá tocado na cabeça de Bruno Sousa que ficou, de imediato, estendido no relvado, facto que fez parar os festejos dos academistas. O guardião da casa saiu mesmo de ambulância do estádio com suspeita de eventual traumatismo craniano. Rui Vale acabou por ter de entrar e esgotar logo ali as substituições de António Jesus.
A vencer por 3-0 em casa do rival, era esperado que o Académico passasse a gerir o cronómetro e as acções desesperadas dos tondelenses para tentarem reduzir a diferença. Neste capítulo, nota para a má exibição de Ruca, para o desacerto de Piojo e até de Gomes que não conseguiu fazer, desta vez, a diferença. Luís Miguel esteve sempre desacompanhado e também não soube recuar para ajudar o meio-campo a construir quando era preciso.
Assim, a 2.ª parte 'voou' para os tondelenses que aos 73 minutos ainda reclamaram grande-penalidade sobre Piojo que, diga-se, não parece existir.
Vitória merecida de um Académico muito coeso defensivamente e a fazer o tal 'jogo directo' que António Borges dizia não gostar mas que teve de usar para derrotar o Tondela, não deixando este jogar com espaço no ataque e criando-lhe assim um 'nó' no cérebro. Mesmo assim foi um Desportivo de Tondela muito abaixo do habitual e as lesões e o relvado não explicam tudo.
Arbitragem positiva do trio lisboeta.
Com ausências de ambos os lados, os treinadores de Tondela e Académico de Viseu prepararam diferentes estratégias para o dérbi e, nesse capítulo, saiu-se bem melhor António Borges.
O Académico apareceu diferente do que se tem visto, desde logo com Guima mais destacado na frente e com uma linha de meio-campo composta por Fernando, Álvaro, Tomé e Rui Santos (este bem mais recuado). A 'trinco' estava agora Calico que deixava a lateral direita entregue a Marco Almeida, a surpresa do técnico academista para este jogo. Com Filipe e Cabido no banco, estranha-se que António Borges usasse um extremo de raiz para aquele lugar, mas a verdade é que o experiente jogador não complicou, ainda que também não tenha tido muito trabalho que o fizesse 'tremer'.
Já Jesus deixava Gomes e Piojo no banco (lesionados?!), assim como o avançado Jefferson, apostando num esquema táctico semelhante ao do adversário. Luís Miguel era a ponta do ataque, mas não tão trabalhador quanto Guima, e Ricardo, Vítor Borges, Nuno Pedro e Ruca formavam o 'quarteto' de meio-campo, acompanhado por Xico mais atrás. Logo aqui saltavam à vista as novidades, com três homens raramente titulares a terem a difícil missão de ultrapassar a coesa defesa viseense. Na defesa tondelense não havia alterações.
Eficácia nas bolas paradas
O início da partida não foi bem jogado, com as equipas a estudarem-se e, sobretudo o Académico, a jogar a passo. O Tondela, enquanto conseguiu ultrapassar a defesa forasteira, foi criando algum perigo e aos 11 minutos acabou mesmo por marcar. Ricardo assistiu a entrada de Vítor Borges pela esquerda que facturou, mas já depois do árbitro apitar fora-de-jogo. Um lance que deixa enormes dúvidas, pois no momento do passe, o médio tondelense parece vir das costas de Marco Almeida.
Reagiu bem o Académico que em dois minutos teve três grandes oportunidades, acabando por marcar mesmo na terceira.
Primeiro, aos 24', Rui Santos bateu livre para a área e um desvio em várias pernas quase traía Bruno Sousa. Logo a seguir, e depois do canto, Rui Santos rematou fortíssimo para grande defesa do guardião local. Novo canto apontado por Rui Santos, desta vez com desvio ao primeiro poste e Fernando, quase ao nível do relvado, a cabecear para o fundo das redes da baliza da casa.
A reacção do Tondela registou-se aos 33', com Ricardo a rematar às malhas laterais e Xico, pouco depois, a estourar para defesa incompleta de Augusto.
O Académico voltava ao ataque e de bola parada ampliou a vantagem. Livre à entrada da área e Rui Santos fez o que todos esperavam - talvez menos Bruno Sousa, que ficou preso ao relvado quase junto ao poste contrário. O remate em arco, do número 10 visitante, encaixou no ângulo superior direito da baliza tondelense num dos grandes momentos do jogo.
A vencer por 2-0, o Académico tinha o jogo na mão perante um Tondela que denotava já enormes dificuldades em entrar na sólida defesa alvi-negra. A excepção aconteceria aos 40 minutos com Vítor Borges a falhar ao segundo poste o que poderia ter sido um golo fácil. Antes mesmo do intervalo, Rui Santos podia ter bisado pela direita, mas Bruno Sousa saiu-lhe bem aos pés para defender com segurança.
Ao intervalo o resultado não agradava, de todo, a António Jesus que assim se via obrigado a lançar as 'pérolas' Gomes e Piojo. No entanto, a aposta quase não teve efeito já que aos 22 segundos da 2.ª parte, numa combinação de Guima com Fernando, este isolou-se frente a Bruno Sousa e não perdoou, fazendo o terceiro golo para o Académico. Na sequência do lance, Fernando terá tocado na cabeça de Bruno Sousa que ficou, de imediato, estendido no relvado, facto que fez parar os festejos dos academistas. O guardião da casa saiu mesmo de ambulância do estádio com suspeita de eventual traumatismo craniano. Rui Vale acabou por ter de entrar e esgotar logo ali as substituições de António Jesus.
A vencer por 3-0 em casa do rival, era esperado que o Académico passasse a gerir o cronómetro e as acções desesperadas dos tondelenses para tentarem reduzir a diferença. Neste capítulo, nota para a má exibição de Ruca, para o desacerto de Piojo e até de Gomes que não conseguiu fazer, desta vez, a diferença. Luís Miguel esteve sempre desacompanhado e também não soube recuar para ajudar o meio-campo a construir quando era preciso.
Assim, a 2.ª parte 'voou' para os tondelenses que aos 73 minutos ainda reclamaram grande-penalidade sobre Piojo que, diga-se, não parece existir.
Vitória merecida de um Académico muito coeso defensivamente e a fazer o tal 'jogo directo' que António Borges dizia não gostar mas que teve de usar para derrotar o Tondela, não deixando este jogar com espaço no ataque e criando-lhe assim um 'nó' no cérebro. Mesmo assim foi um Desportivo de Tondela muito abaixo do habitual e as lesões e o relvado não explicam tudo.
Arbitragem positiva do trio lisboeta.
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